Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical


Vai-e-vem fluvial
Embarcação navega rio Urauchi acima, no coração da selva densa de Iriomote.
De volta à foz do Urauchi
Caminhante japonesa progride num trilho irregular numa margem do rio Urauchi.
Fluxo Tropical
Pequena cascata a caminho do principal caudal do norte de Iriomote, o rio Urauchi.
Yamaneko
Sinal de trânsito alerta aos condutores para abrandarem para evitarem atingir os cada vez mais raros linces endémicos de Iriomote.
Leito Inavegável
Secção pedregosa do rio Urauchi, em breve substancialmente mais coberta de água devido ao intensificar das chuvas de monção.
Chapéus-de-chuva a bordo
Assentos de uma embarcação o rio Urauchi, equipada com chapéus-de-chuva para que os passageiros se protejam da chuva tropical.
Abrigo Militar
Uma gruta usada para esconderijo e protecção pelos soldados japoneses durante a 2ª Guerra Mundial.
Organização gastronómica
Refeição típica de Iriomote cuidadosamente disposta numa caixa tradicional bento.
‘Kampire-no-taki’
A queda d'água de Kampire, conhecida como o lugar em que se sentam os deuses.
De um lado ao outro do tunel
Sinal em nipónico proíbe a entrada num velho túnel escavado pelo exército imperial nipónico, nas imediações da aldeia de Funauki.
Uma História de Carvão
Painel expõe imagens, mapas e documentos antigos que explicam a importância das minas de carvão de Iriomote.
Praia de Ida
Ida: uma praia sub-tropical de Iriomote, por norma com um mar bastante mais apelativo fora do período das monções desta zona da Ásia.
Queda de água solitária
Queda de água flui na imensidão de selva de Iriomote.
Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.

Good Morning, Marucu and Sara!” São 8 da manhã.

Mantemo-nos dolorosamente ensonados quando recebemos os bons dias da sempre sorridente Kaori Kinjo, que recorre ao trejeito habitual dos japoneses de multiplicar os “us”, nas palavras, para melhor as articularem.

Deixamos a guest house Rakutenya de Ishigaki e saímos, na sua companhia, em direcção ao porto de Rito-Sanbashi. Uma vez chegados, aguardamos pelo anúncio do embarque no ferry para Uehara – um vilarejo portuário de Iriomote – numa sala que não destoria de um pequeno aeroporto.

Tão impacientes como curiosos, saímos vezes sem conta e examinamos as lojas e os escritórios daquela infraestrutura e as bases operacionais de uma ou outra agência turística local. Mas não vemos um único estrangeiro.

Nem sequer japoneses veraneantes. Ao invés, os funcionários do porto e passageiros habitantes de Ishigaki e do restante arquipélago Yayeama olham-nos de alto a baixo, como se não encontrassem qualquer razão para ali andarmos e não nos compreendessem as feições tão díspares.

Embarque Rumo à Outra Ilha Yayeama de Iriomote

Não obstante, Kaori assegura-nos no tom o mais convincente possível: ”A semana passada foi a nossa Golden Week. Muitos japoneses das ilhas principais estavam de férias. Tínhamos dezenas de autocarros repletos às voltas por Iriomote. Agora, voltaram todos a casa. Entretanto, vieram as monções.”

É hora de entrarmos no ferry, uma embarcação delgada e de visual sofisticado, simultaneamente hidro e aerodinâmica. Mal zarpa, aquela espécie de torpedo flutuante atinge uma velocidade impressionante, com a proa bem elevada acima de um mar da China Oriental bastante encrespado. “Mas olhem que estes já são modelos antigos.” diz-nos Kaori. “Em Honshu, é que usam barcos realmente futuristas!”.

Meia-hora depois, atracamos em Iriomote. Do porto de Uehara, seguimos directos para a foz do rio Urauchi, um dos vários caudais sinuosos, lamacentos e remotos que serpenteiam pela ilha e lhe conferem um visual de mini-Amazónia das Ásias.

'Kampire-no-taki'

A queda d’água de Kampire, conhecida como o lugar em que se sentam os deuses.

Iriomote é tropical como nenhum outro domínio meridional japonês. Por aquela altura, as monções do sudeste asiático já estão instaladas. Se o calor se provava opressivo, mais o era a humidade, mantida por uma cobertura persistente de nuvens ora brancas, ora plúmbeas.

E Novo Embarque Rio Urauchi Acima

Enquanto uma barca colorida e silenciosa nos conduz rio acima, ao longo da selva cerrada, confirmamos como a humidade permanente e as chuvas torrenciais alimentavam o Urauchi. E como o rio flui das terras altas a grande velocidade para depois atingir a planura e se entregar primeiro aos vastos manguezais.

Vai-e-vem fluvial

Embarcação navega rio Urauchi acima, no coração da selva densa de Iriomote.

Pouco depois, a um oceano Pacífico que, ali e por aqueles dias, não podia fazer melhor jus ao baptismo de Fernão Magalhães.

Atingido o ponto em que termina o leito navegável desembarcamos. Sentimo-nos anestesiados pelo calor, pelo silêncio e pela beleza algo estéril do lugar. A partir daí, seguimos a pé, subsumidos na floresta encharcada da ilha e em busca de Mariyudo-no-taki, uma das suas quedas de água imponentes.

Queda de água flui na imensidão de selva de Iriomote.

Nos vários quilómetros luxuriantes e ensopados do trilho, cruzamo-nos com um ou outro morador de Iriomote que se exercita no mesmo percurso de olho na ameaça latente das víboras habu, cuja mordedura requer uma injecção pouco demorada do antídoto correcto.

O Fundo Tropical, Última Fronteira do Japão

Apesar de se situar a apenas 20km para oeste de Ishigaki e alguns adicionais para leste de Taiwan, a ilha mais populosa do arquipélago Yayeama, Iriomote é, há muito, considerada a última fronteira do Japão.

Com quase 300 km², prova-se a maior ilha deste sub-arquipélago de Okinawa. Tem apenas 2000 habitantes e uma única estrada que liga as povoações ínfimas das costas norte e leste.

Até ao fim da 2ª Guerra Mundial, às selvas densas e os pântanos de Iriomote mantinham-se infestados de malária. Iriomote praticamente não acolhia habitantes.

De volta à foz do Urauchi

Caminhante japonesa progride num trilho irregular numa margem do rio Urauchi.

O Fim da Malária e a Preservação dos Linces Yamaneko

Esse foi um dos problemas que as tropas dos Estados Unidos conseguiram resolver em definitivo quando introduziram na ilha um tal de Wheeler Plan.

Este plano preconizava o ataque aos mosquitos anofeles com recurso a DTT em vez da aniquilação do parasita da malária já nos corpos dos pacientes, como era feito desde 1920, pelo governo regional de Taiwan, então uma posse territorial nipónica.

Como consequência indirecta, o número de habitantes de Iriomote aumentou. Por esse motivo, a fauna local e, em especial, os furtivos yamanekos – os linces autóctones – são agora forçados a evitar os humanos. Tanto os que se mudaram para o seu território como os que chegam, de tempos a tempos, de outras partes do Japão, entusiasmados pela aventura de explorarem a mais bravia das ilhas nipónicas. 

Já só sobram à volta de cem espécimes do felídeo. O único lugar onde são avistados de forma garantida é nos sinais de trânsito amarelos que, para protecção da espécie, as autoridades disseminaram pela ilha.

YamanekoAproveitamos a escassez do felídeo para brincarmos com os guias sempre contidos e disciplinados. De cada vez que avistamos algum gato doméstico ou vadio, aproveitamos para gritar “yamaneko”. Como é de esperar, só os dois primeiros desses falsos alertas despertam verdadeira atenção.

Terminamos o percurso. Admiramos a queda de água de Maryudo, a de Kampire. E, ao longe, a cascata Mayagusuku. Depois, regressamos ao ponto de partida do trilho e, no mesmo barco, de novo à foz do Urauchi.

Jantar com Banda Sonora em Português

Dali, levam-nos ao restaurante-esplanada de um hotel quase vazio onde é suposto recuperarmos energias a saborearmos comida típica de Iriomote.

O repasto é-nos servido sem mácula, organizado de forma geométrica nos compartimentos de uma caixa bento tradicional e elegante que ocupa a maior parte da mesa.

Organização gastronómica

Refeição típica de Iriomote cuidadosamente disposta numa caixa tradicional bento.

Não percebemos se a escolha musical havia sido intencional ou mera coincidência. O que é certo é que, durante toda a refeição, o restaurante só passou temas cantados – pelo menos em parte – em português do Brasil. Foi o caso da recordação surpreendente de “Underwater Love” dos ingleses Smoke City.

Até ao fim do dia, limitamo-nos a restabelecer-nos do cansaço gerado pela caminhada íngreme da manhã e pela humidade atroz que só parecia aumentar.

Shirahama, Uchibanare-Jima e Funauki: Recantos Insulares e Repletos de História

Pouco depois da nova alvorada, viajamos primeiro até Shirahama, logo para Uchibanare-Jima, onde visitamos uma das minas de carvão históricas de Iriomote.

Abrigo Militar

Uma gruta usada para esconderijo e protecção pelos soldados japoneses durante a 2ª Guerra Mundial.

De 1891 a 1960, 1400 mineiros chegaram a retirar do subsolo da ilha, no período anual de maior produção, cerca de 130 mil toneladas deste combustível fóssil.

Tal como Iriomote, em geral, Uchibanare foi alvo dos bombardeamentos norte-americanos que tentaram terminar com esta extracção e anteciparam a conquista árdua de Okinawa e os bombardeamentos nucleares de Hiroshima e Nagasaki.

Uma História de Carvão

Painel expõe imagens, mapas e documentos antigos que explicam a importância das minas de carvão de Iriomote.

Em Funauki – uma pequena povoação portuária – inspeccionamos uma fábrica de pérolas mas também abrigos e túneis militares preservados.

O guia que tomara o lugar de Kaori era nativo da aldeia. Tinha emigrado para estudar russo, em Moscovo, um ano antes da desintegração da União Soviética. Viajou o mais que pôde pelas novas nações que dela emergiram. “Quando vos ouvi falar, pensava que era russo mas como, depois, não identifiquei nenhuma palavra, vi que me equivocava”.

A sua esposa havia escolhido abrigar-se no extremo oposto da moribunda Guerra Fria. Tinha estudado em Michigan e falava um inglês bem melhor que o do marido. O casal produzia o jornal de Iriomote. Só muito a espaços publicavam notícias da aldeia

Depressa percebemos porquê. Não passavam de 41 os habitantes de Funauki. Pouco ou nada por ali se passava.

À data, eram apenas três os alunos da escola local que empregava apenas nove professores, o presidente, o vice-presidente, uma enfermeira e duas cozinheiras. Isto, por capricho do governo regional que fazia questão de compensar o isolamento do lugarejo.

Praia de Ida

Ida: uma praia sub-tropical de Iriomote, por norma com um mar bastante mais apelativo fora do período das monções desta zona da Ásia.

“Nós não nos queixamos” afiança-nos o casal, habituado à sua vida retirada e pacata. “Para os miúdos é que é pior. A três, é-lhes mesmo impossível fazerem actividades ou jogos de grupo. É raro por aqui aparecem outros amigos.”

Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.

Garganta de Taroko, Taiwan

Nas Profundezas de Taiwan

Em 1956, taiwaneses cépticos duvidavam que os 20km iniciais da Central Cross-Island Hwy fossem possíveis. O desfiladeiro de mármore que a desafiou é, hoje, o cenário natural mais notável da Formosa.

Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

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Cairns a Cape Tribulation, Austrália

Queensland Tropical: uma Austrália Demasiado Selvagem

Os ciclones e as inundações são só a expressão meteorológica da rudeza tropical de Queensland. Quando não é o tempo, é a fauna mortal da região que mantém os seus habitantes sob alerta.
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

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O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
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Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Quioto, Japão

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Uma Aldeia Fiel ao A

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Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

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Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

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Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Pela sombra
Arquitectura & Design
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cerimónias e Festividades
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Forte de San Louis, Fort de France-Martinica, Antihas Francesas
Cidades
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Comida
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Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Capacete capilar
Cultura
Viti Levu, Fiji

Canibalismo e Cabelo, Velhos Passatempos de Viti Levu, ilhas Fiji

Durante 2500 anos, a antropofagia fez parte do quotidiano de Fiji. Nos séculos mais recentes, a prática foi adornada por um fascinante culto capilar. Por sorte, só subsistem vestígios da última moda.
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A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
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