São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos


Alcatraz em fundo
Cable car 24 sobe para as alturas de São Francisco com a famosa ilha e ex-prisão de Alcatraz em fundo
Casamento sobre carris
Noivos e convidados celebram um matrimónio sobre os carris do cable car, no topo de um dos incontáveis declives da cidade
Frisco rosada
Vista nocturna sobre uma das muitas colinas percorridas pelos funiculares de São Francisco.
Chinatown acima
Cable car passa em frente a um prédio com arquitectura oriental que se destaca da enorme Chinatown de São Francisco.
Crossing
Sinal de trânsito alerta para a passagem de cable cars.
Nos dois sentidos
Dois funiculares cruzam-se a meio de uma das colinas de Frisco, com vista para a baía da cidade.
Penduras
Passageiros sobem uma colina de São Francisco pendurados num cable car.
Ponte São Francisco – Oakland
A ponte San Francisco/Oakland que possibilita um acesso à cidade norte-americana das colinas alternativo ao da Golden Gate Bridge.
A meio do cimo
Cable car impõe-se ao topo de uma longa colina.
Transamerica Pyramid
Cable car surge de uma rampa com a Transamerica Pyramid no fundo.
Linha em sombra
Passageiros descem de um cable car com o Sol a pôr-se a Oeste de São Francisco.
De volta ao sol
Cable car deixa a escuridão que preenche o fundo de uma elevação de São Francisco.
Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.

O polícia de trânsito destacado para controlar os muitos cable cars de São Francisco de passagem pelo cruzamento da Califórnia Street com a Powell-Hyde desespera:

«Amigo, mais uma dessas e vou ter que o multar. E olhe que não me agrada nada multar peões.»

Para variar, a tarde está solarenga. Na Powell-Hyde Street, uma horda ansiosa e indisciplinada de visitantes atravessa e volta a atravessar, espera no meio das ruas, de câmara em riste.

Afasta-se apenas no último momento e passa, de novo, para o lado oposto, em repetidos movimentos incautos que levam os guarda-freios ao desespero.

De máquinas fotográficas em riste, resistem. Aguardam as cabines deslizantes nas várias dobras que a estrada impôs ao relevo.

As mesmas lombas que Clint Eastwood e o detective Dirty Harry Callahan que representava galgavam contra o sistema e em contramão, ao volante de um emblemático blue Sedan, durante intermináveis perseguições policiais

Para cá, para lá, Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos

Dois funiculares cruzam-se a meio de uma das colinas de Frisco, com vista para a baía da cidade.

Um Património Secular da Cidade das Colinas

Encontram-se ali duas das principais linhas de cable cars de São Francisco, semelhantes aos «eléctricos» alfacinhas, ou aos bondes do Brasil. As cabines deslizantes podem não surpreender forasteiros oriundos de Lisboa, ou de uma ou outra urbe europeia ou do mundo.

Mas, no cenário inusitado em que se inserem, por se tratarem de uma das principais imagens de marca da cidade, geram um entusiasmo redobrado que os condutores e as autoridades se habituaram a perdoar.

A prisão de Alcatraz surge ao fundo, a meio da baía de São Francisco. Um manto de nevoeiro arroxeado desliza por detrás da ilha que a acolheu. Confere um toque místico de beleza ao cenário. Com Alcatraz, são já três os símbolos da cidade numa só imagem, para regozijo dos diversos fotógrafos, dos iniciantes aos profissionais.

No interior de cada funicular o ambiente está também longe de ser pacífico. Os passageiros são de igual forma, em grande maioria, forasteiros.

Mesmo que existam lugares vagos, alguns dos mais jovens fazem questão de seguir pendurados no exterior. Encaram a viagem como uma nova experiência radical, e inclinam-se em excesso para fora, em nome da fotografia e da aventura.

Sinal de Crossing, Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos

Sinal de trânsito alerta para a passagem de cable cars.

Ignoram os alertas repetidos dos pacientes guarda-freios e dos seguranças que seguem na traseira das cabines. “Os jovens aí fora importam-se de não surfarem tanto, por favor? Há obstáculos pelo caminho. Se alguma coisa acontece, estamos todos em apuros…”

Cable Cars de Frisco: a Criação Providencial de Andrew Hallidie

Nunca Andrew Hallidie imaginou que, 138 anos depois, a sua criação ainda fizesse tanto furor. E, se actualmente a maior parte dos admiradores e passageiros saem incólumes deste frenesim, foi um acidente terrível numa das colinas da cidade que  convenceu este inglês a desenvolver o primeiro funicular de São Francisco.

Em 1869, 17 anos depois de chegar da Grã-Bretanha, Hallidie descia uma rua íngreme e molhada pela chuva. Sem aviso, uma carruagem que vencia a inclinação a custo, perdeu a tracção devido a um óbvio excesso de peso e começou a descair.

De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos

Cable car deixa a escuridão que preenche o fundo de uma elevação de São Francisco.

Ganhou tal velocidade que, ao despenhar-se, matou os cinco cavalos que a puxavam uma tragédia que o impressionou tal como a inúmeros outros transeuntes e às autoridades.

Na terra da oportunidade, Hallidie não perdeu tempo. O seu pai registara, além-mar, a primeira patente para o fabrico de cabo de aço e Hallidie tinha-o já empregue em pontes e sistemas de içamento de minas em várias partes do Gold Country californiano. O passo seguinte foi mudar a produção para São Francisco e construir um sistema de transporte digno das suas colinas.

A obra foi aperfeiçoada ao longo do fim do século XIX mas, em 1892, uma rede de eléctricos operava já noutras zonas da cidade com custos de construção e de manutenção bastante inferiores aos dos cable cars de São Francisco o que os colocou sob a pressão da companhia que geria os eléctricos, a San Francisco & San Mateo Electric Railway.

A partir de então, à imagem dos itinerários que percorrem, o seu passado teve inúmeros altos e baixos.

A discussão agravou-se, polarizada entre o aspecto financeiro e a inestética dos postes e cabos necessários aos eléctricos. Até que o grande tremor de terra de 1906 destruiu várias cabines e restantes infraestruturas dos cable cars e obrigou a United Railroads a ceder à electricidade.

Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos

Vista nocturna sobre uma das muitas colinas percorridas pelos funiculares de São Francisco.

Viagem da Quase Extinção à Glória Turística

Em 1912, sobravam só 8 e apenas porque serviam colinas que os cable cars não conseguiam vencer. Em 1944, a decadência tinha-se acentuado e já só restavam os 2 da famosa Powell Street.

No fim da década de 70, além de diminuído, o sistema revelava-se demasiado desgastado e perigoso e foi desactivado. Mas, depois de cada baixo há um alto e, em breve, a história viria a inverter-se.

O turismo tornava-se cada vez mais importante para a cidade e os sucessivos mayors viram finalmente nos cable cars de São Francisco, ícones que se deviam valorizar.

Uma convenção do Partido Democrata a realizar-se em Frisco, contribuiu para justificar o enorme esforço financeiro e, em Junho de 1984, o sistema foi reactivado a tempo de beneficiar da publicidade que traria o evento político.

Desde então, a sua recuperação intensificou-se, como o interesse dos visitantes e o orgulho dos governantes e habitantes da cidade ainda mais porque o novo sistema de três linhas é o último no mundo permanentemente operado de forma manual.

Uma Profissão Que Não é Para Todos

Como pudemos compreender em várias viagens, não é qualquer um que chega a guarda-freio (gripman) dos cable cars de São Francisco. Só cerca de 30% passam no curso de treino e, até hoje, apenas uma mulher – com o nome bem sulista de Fannie May Barnes – foi contratada, em 1998.

Rampa, Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos

Cable car surge de uma rampa com a Transamerica Pyramid no fundo.

Trata-se de um trabalho que requer um tronco forte mas, ao mesmo tempo, é relativamente qualificado já que a operação de travagem e libertação exige bom senso, sensibilidade e coordenação para que os veículos se imobilizem nos lugares indicados e se antecipem possíveis colisões e tragédias, algo que nem sempre é possível.

O historial de segurança das relíquias está longe de ser famoso. Uma investigação apoiada por números do US Department of Transportation apurou que quase todas as semanas os cable cars chocam contra outros veículos ou embatem em pedestres, ou que travam com demasiada brusquidão e magoam passageiros ou a tripulação.

De tempos a tempos, verificam-se acidentes graves e até mortes. Como resume Miguel Duarte, um guarda-freios hispânico: “… muitas pessoas pensam que estão na Disneylândia, que isto é uma espécie de montanha-russa.” “Nós fazemos com que pareça fácil mas acreditem que não é.”

A Atribulada Gestão Financeira dos Cable Cars de São Francisco

O mesmo se pode dizer da missão dos revisores que há muito sentem dificuldades para vencer os oportunistas e quase-anarquistas da classe média-baixa da cidade, conhecida por acolher um grande número de bilionários mas também pelo desemprego elevado e por uma sub-população de sem-abrigos.

Um outro estudo realizado em 2007 comprovou que, até então, cerca de 40% dos passageiros viajava sem pagar bilhete. À estatística não serão inócuos os preços implacáveis praticados pela Muni (San Francisco Municipal Railway) que vão dos 5 dólares para uma simples viagem de ida aos 60 dólares dos passes mensais.

Bastou-nos percorrer para cá e para lá o bairro de The Haight para percebermos que a sua comunidade de residentes alternativos ou desenquadrados por certo fariam parte das estatísticas.

Chinatown, Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos

Cable car passa em frente a um prédio com arquitectura oriental que se destaca da enorme Chinatown de São Francisco.

Ao fim de outro dia húmido, subimos a California Street, em boa parte do percurso com a Chinatown gigantesca de São Francisco à nossa direita.

O sol põe-se por detrás da névoa, sobre o horizonte ocidental da metrópole e cria uma cortina amarelada de que vão irrompendo os veículos num dos cimos da colina.

Nova Colina, Nova Epopeia Fotográfica

As silhuetas atraem-nos. Decidimos esperar pela chegada dos cable cars da carreira 61, que têm as formas que realmente queremos. Mas, mais uma vez, a operação é delicada e arriscada. A linha passa no meio da estrada que é também espaço dos carros e autocarros.

Silhueta, cable cars de São Francisco, Vida Altos e baixos

Passageiros descem de um cable car com o Sol a pôr-se a Oeste de São Francisco.

Temos, assim, que actuar nos tempos ínfimos em que os cable cars surgem na posição cimeira exacta e os outros veículos nos dão tréguas, um exercício que nos concedeu as imagens pretendidas e gerou alguma adrenalina.

Quando terminamos, percebemos que, nem ali, nem àquela hora tardia, somos os únicos a acossar os funiculares. Um casamento decorria num hotel luxuoso da avenida.

E, para fechar as recordações, noivos e fotógrafo de serviço tiram algumas fotos com família e amigos mesmo no meio da emblemática California Street.

A sorte sorri-lhes e passam dois cable cars num período mais tranquilo do trânsito. Nós aproveitamos também e registamos mais um momento insólito sobre os carris históricos de São Francisco.

The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
São Francisco, E.U.A.

Com a Cabeça na Lua

Chega a Setembro e os chineses de todo o mundo celebram as colheitas, a abundância e a união. A enorme sino-comunidade de São Francisco entrega-se de corpo e alma ao maior Festival da Lua californiano.
Alcatraz, São Francisco, E.U.A.

De Volta ao Rochedo

Quarenta anos passados sobre o fim da sua pena, a ex-prisão de Alcatraz recebe mais visitas que nunca. Alguns minutos da sua reclusão explicam porque o imaginário do The Rock arrepiava os piores criminosos.
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Las Vegas, E.U.A.

Capital Mundial dos Casamentos vs Cidade do Pecado

A ganância do jogo, a luxúria da prostituição e a ostentação generalizada fazem parte de Las Vegas. Como as capelas que não têm olhos nem ouvidos e promovem matrimónios excêntricos, rápidos e baratos.
Las Vegas, E.U.A.

O Berço da Cidade do Pecado

Nem sempre a famosa Strip concentrou a atenção de Las Vegas. Muitos dos seus hotéis e casinos replicaram o glamour de néon da rua que antes mais se destacava, a Fremont Street.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
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A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Arquitectura & Design
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De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
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Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
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Da Fronteira Indígena à Capital do Luisiana

Aquando da sua incursão Mississipi acima, os franceses detectaram um bastão vermelho que separava os territórios de duas nações nativas. Dessa expedição de 1723 para cá, sucederam-se as nações europeias dominadoras destas paragens. Com o fluir da História, Baton Rouge tornou-se o cerne político do 18º estado dos E.U.A.
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Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
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Durante 25 horas, percorremos a NH13, uma das mais elevadas e perigosas estradas indianas. Viajamos da bacia do rio Bramaputra aos Himalaias disputados da província de Arunachal Pradesh. Neste artigo, descrevemos-lhe o trecho até aos 4170 m de altitude do Sela Pass que nos apontou à cidade budista-tibetana de Tawang.
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O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
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Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
De frente para a Ponta do Passo.
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A Primeira Luz de Quem Navega de Cima

Integra o grupo dos seis ilhéus em redor da Ilha de Porto Santo mas está longe de ser apenas mais um. Mesmo sendo o ponto limiar oriental do arquipélago da Madeira, é o ilhéu mais próximo dos portosantenses. À noite, também faz do fanal que confirma às embarcações vindas da Europa o bom rumo.
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Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
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Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
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O fenómeno não é único mas, em Manaus, reveste-se de uma beleza e solenidade especial. A determinada altura, os rios Negro e Solimões convergem num mesmo leito do Amazonas mas, em vez de logo se misturarem, ambos os caudais prosseguem lado a lado. Enquanto exploramos estas partes da Amazónia, testemunhamos o insólito confronto do Encontro das Águas.
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
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O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
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Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
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Religião
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Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
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Sobre Carris
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Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Sociedade
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Vida Selvagem
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.