Valletta, Malta

As Capitais Não se Medem aos Palmos


Arranha-céus maltês
Um dos vários prédios monumentais e pitorescos de Valletta.
Salto no conhecido
Duas amigas num momento balnear à entrada do Grand Harbour de Valletta.
A pequena grande Valletta
Valletta e a sua fachada de arenito virada ao Grand Harbour.
Dgħajsa em espera
Remador aguarda por passageiros num dos taxis aquáticos tradicionais do Grand Harbour.
Uma cidade bela e amarela
Casario de Valletta visto do terraço dos Upper Barrak gardens.
Pequeno negócio, muita fruta
Dono de uma frutaria orgulhoso pela atenção dedicada à sua diminuta frutaria.
G. Borg
Letreiro de um velho negócio em tempos operacional junto ao Vitoria Gate.
Marquises seculares
Rua tradicional de Valletta repleta das marquises de madeira típicas da cidade.
Casario do lado de lá
Outra perspectivas de casario de Valletta, este virado para o estuário de Marsamxett.
O suave Marsamxett
Um veleiro ondula no estuário de Marsamxett com a Catedral de São Paulo destacada da outra orla de casario de Valletta.
Por altura da sua fundação, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários apodou-a de "a mais humilde". Com o passar dos séculos, o título deixou de lhe servir. Em 2018, Valletta foi a Capital Europeia da Cultura mais exígua de sempre e uma das mais recheadas de história e deslumbrantes de que há memória.

É tudo menos fácil, para quem acaba de chegar, intuir a configuração excêntrica de Valletta.

Situada no extremo da península de Sceberras, no âmago de um vasto esteiro recortado, a capital maltesa ostenta duas longas marginais, qual delas a mais elegante e imponente.

Estávamos instalados em Il Gzira, no litoral do estuário de Marsamxett que encerra a Ilha Manoel, mesmo de frente para a catedral Anglicana de São Paulo. Do lado de lá do braço de mar, a sua gigantesca abóboda e o campanário da mesma altura impunham-se acima da linha amarelo-torrada do casario de arenito.

Tínhamos já visto imagens daquela outra frente da cidade na Internet, em livros e em postais. Mas, manhã após manhã, entrávamos no carro e seguíamos no sentido contrário. Passávamos a ilha Manoel e contornávamos a marina de iates de Msida.

Percorridos três ou quatro meandros sem nunca os percebermos com maior profundidade que a mera orientação emprestada pelo Google Maps, íamos dar ao outro lado da cidade, o elevado, dos Upper Barrack Gardens, ou, em alternativa, a ruas de Cospicua, uma das três cidades vizinhas de Valletta.

Valletta e a Vista das Suas Irmãs Maltesas

Do trio, Cospicua é a mais recolhida. Senglea e Birgu (Città Vittoriosa), cada qual numa península rival, rasgam o Grande Estuário e projectam as suas ruelas e marinas atafulhadas na direcção da capital.

Valletta tem 800 por 1000 metros, bem menos que os 7.09 km2 de São Marino e os 17.5km2 de Vaduz. Caso a eclesial Cidade do Vaticano seja – como deve ser – considerada um caso à parte, Valletta confirma-se, sem apelo, a mais ínfima das capitais europeias.

Quando nos embasbacamos com a beleza do panorama revelado pelos terraços dos Barrak Gardens, percebemos como a, ainda assim, grande cidade maltesa contempla, entre a benevolência e a indiferença, as suas irmãs mais “baixas”.

Casario de Valletta, Malta

Casario de Valletta visto do terraço dos Upper Barrak gardens

Ao invés, sempre que a admiramos da extremidade pontiaguda de Senglea, a partir do posto de vigia La Guardiola, ou das ameias do Forti Sant’ Anglu de Birgu, nós, como os moradores daqueles que são alguns dos bairros mais pitorescos à face da Terra, olhamos para cima e prestamos-lhe uma merecida vassalagem.

Os terraços do Bastião de São Pedro e São João ficam à pinha de visitantes na expectativa do meio-dia e dos disparos da Salutting Battery que, embora pareçam alvejar os ferries e cargueiros no Grand Harbour abaixo, se limitam a reconstituir o seu antigo uso cerimonial.

Por altura da qualificação de Valletta como Património Mundial, uma das muitas razões invocadas pela UNESCO foi o facto de “ser uma das áreas com maior concentração histórica do mundo”. Para gáudio dos forasteiros interessados no seu passado épico, tal constatação repete-se sem tréguas.

Uma Obra Majestosa dos Cavaleiros Hospitalários

Valletta surgiu às mãos dos Cavaleiros de São João, os Hospitalários, numa altura em que Malta integrava o vasto Império Espanhol.

Fundada, em Jerusalém, em 1070, para garantir auxílio dos peregrinos e cruzados doentes ou feridos nas batalhas, a Ordem de São João viu-se obrigada a retirar quando as forças muçulmanas tomaram a Terra Santa e a maior parte do Mediterrâneo Oriental. Sedeou-se em Chipre.

Mudou-se para Rodes. Em 1530, saturado dos danos provocados pela marinha otomana no Mediterrâneo, Carlos V tê-la-á incitado a instalar-se em Malta.

À chegada, os Cavaleiros Hospitalários desiludiram-se com a inospitalidade da ilha em que as estruturas de defesa eram inexistentes e os próprios habitantes os rejeitavam. Estavam, no entanto, habituados a desafios. Liderados pelo gaulês Jean Parisot de Valette, dedicaram-se a fortificar as entradas para o Grand Harbour e para o actual estuário de Marsamxett.

Grand Harbour de Valletta, Malta

Valletta e a sua fachada de arenito virada ao Grand Harbour

Em boa hora. Apenas trinta e cinco anos depois, já apoiados pelos habitantes malteses, resistiram durante quatro meses ao Grande Cerco imposto pelos Otomanos e proclamaram a sua primeira vitória. De recém-chegados algo ressentidos, os Hospitalários passaram a ser vistos como salvadores da Europa.

Estimulados, embrenharam-se na construção da primeira cidade planeada na íntegra do Velho Mundo, entretanto baptizada em honra do Grão-Mestre Valette, o herói do fracassado cerco.

Em Honra de Jean Parisot de Valette

Valette pediu auxílio a reis e príncipes da Europa. O Papa Pio V enviou-lhe Francesco Laparelli, o seu arquitecto militar. Filipe II de Espanha contribuiu com um significativo apoio financeiro.

Cerca de 8000 escravos e artesãos trabalharam a península de Sceberras. Apararam-lhe as encostas e alisaram o cimo. Delinearam uma grelha geométrica que viria a acolher prédios altos que bastasse para fazerem sombra às ruas, construídas rectas e amplas para permitirem que as brisas marinhas refrescassem o longo Verão mediterrânico.

Tal como os admiramos até à exaustão, até os prédios mais modernos nos parecem seculares. Alguns têm quatro, cinco e até seis andares assentes em bases que fazem de ruelas elevadas. Ao nível do verdadeiro solo, alojam garagens ou arrecadações individualizadas com portões coloridos.

Um pouco por toda a Valletta mas não só, em cada andar dos prédios mais genuínos coexistem mini-marquises tão ou mais peculiares. Em certas ruas, formam um delicioso sortido de varandins de madeira encaixotados.

Marquises tradicionais de Valletta, Malta

Rua tradicional de Valletta repleta das marquises de madeira típicas da cidade

Exploramos a zona interior da península, a começar em Floriana, outra pequena urbe às portas da capital. Triq (rua) após triq, confrontamo-nos com a Fonte Tritão e atravessamos o Portal da Cidade. Como consequência de sucessivas tentativas de conquista e de ataques, aquela era já a quinta entrada ali erguida.

Dela se encarregou, em 2011, o arquitecto italiano Renzo Piano que desenhou ainda o edifício do Parlamento Nacional e a conversão das ruínas da Ópera Real num teatro ao ar livre.

Dali até ao limite nordeste estabelecido pelo Forte St Elmo e pelos Bastiões de Abrecrombie, Ball e São Gregório, a rede urbana de Valletta desenrola-se em volta das suas maiores triqs e misrahs (praças) que acolhem os jardins e os cafés e esplanadas mais caros da nação.

Uma Pequena Capital à Pinha

Este desafogo não chega a todo o lado. Nas suas vertentes e orlas, Valletta e, ainda mais, as cidades vizinhas apertam-se de tal maneira que os condóminos criam esquemas engenhosos de turnos e segundas e terceiras filas para assim estacionarem os seus pequenos carros.

Eternizam, desta forma, uma das maiores densidades populacionais do Planeta. Mesmo conscientes desse e de tantos outros prodígios, os modestos malteses chamam a Valletta “Il-Belt”, “A Cidade”. A própria nomenclatura conflituosa da capital prova-se sintomática da sua magnificência histórica.

Um dos prédios mais altos de Valletta, Malta

Um dos vários prédios monumentais e pitorescos de Valletta.

Na génese, os Cavaleiros Hospitalários intitularam-na “Humilissima Civita Valletta”. Os anos fluíram. Malta, Valletta em particular, fizeram parte da república francesa de 1798 a 1800, após – mesmo conhecendo a neutralidade da ilha – Napoleão ter ordenado a sua invasão.

Pouco depois, os malteses, os Britânicos – apoiados por tropas portuguesas e, mais tarde sicilianas e napolitanas – sujeitaram os invasores a uma fome desesperada e à rendição. Daí, até 1813, Malta tornou-se um Protectorado Britânico e, logo, uma das muitas colónias de Sua Majestade.

Essa era anglófona continua estampada no arquipélago: o inglês é a segunda língua, a condução faz-se pela esquerda, as cabines telefónicas e caixas de correio são vermelhas e, a mais solene de todas, o Victoria Gate de Valletta, erguido em honra da rainha Victoria e que serve de principal entrada na cidade a quem ascende da margem do Grand Harbour.

Nos mais de quatrocentos anos que decorreram desde a fundação até 1964, quando Malta proclamou a sua independência, a reputação de Valletta reforçou-se. A cidade foi dotada de mais e mais fortificações, catedrais e igrejas, palácios barrocos, jardins e lares senhoriais distintos.

Letreiro de uma velha loja de Valletta, Malta

Letreiro de um velho negócio em tempos operacional junto ao Vitoria Gate.

A menos de metade desses quatro séculos, o apodo de humildade atribuído pelos Hospitalários já não lhe servia. As Casas Reais da Europa tinham-se rendido à sua pompa e esplendor. Tratavam-na por Superbissima (A Mais Orgulhosa).

46 Grãos-Mestres, dos quais Três Portugueses

Do pioneiro francês Jean Parisot Valette até aos dias de hoje, quarenta e seis Grão-Mestres de distintas nacionalidades, dos Cavaleiros Hospitalários e da Ordem Soberana Militar de Malta contribuíram para esta evolução. Três deles foram portugueses. O primeiro, Luís Mendes de Vasconcellos, exerceu apenas seis meses.

António Manoel de Vilhena e Manuel Pinto da Fonseca tiveram no cargo bastante tempo. Deixaram em Valletta as suas marcas.

O ilhéu e o forte porque passávamos todas as manhãs vindos de Il Gzira tinham o nome do segundo. Foi Manoel de Vilhena quem financiou a construção do forte na ilha, na sua altura apenas chamada de Isolotto.

O forte ficou completo em 1733. Seria usado até ao século XX, como um dos muitos acrescentos vitais às defesas de Malta e de Gozo assegurados pelo Grão-Mestre português. Mas um seu outro legado, dá ainda mais vida a Valletta.

Descemos a Triq it-Teatru l-Antik e espreitamos o aconchegante (apenas 623 lugares sentados) Teatro Manoel, inaugurado, em 1732, enquanto Teatro Pubblico. Encanta-nos constatar como resistiu aos séculos – e aos bombardeamentos da 2ª Guerra Mundial – e é considerado o terceiro teatro em funcionamento mais antigo da Europa e o ancião da Commonwealth.

Depois de muito calcorrear a Valletta alisada do cimo da península de Sceberras, descemos à Waterfront, uma zona de lazer repleta de esplanadas sobre o Grand Harbour em que atracam enormes cruzeiros.

A Obra Onerosa de Manuel Pinto da Fonseca

Esta secção da Marina de Valleta foi desenvolvida a partir de 1752, pelo Grão-Mestre português que se seguiu. Nascido em Lamego, Manuel Pinto de Fonseca lá mandou erguer uma igreja e dezanove armazéns e lojas agora ocupados por bares, restaurantes e outlets, mais conhecidos por Pinto Stores.

Em sincronia com o que se passava no Império Português, no Espanhol e em França, Pinto da Fonseca expulsou os Jesuítas de Malta. Confiscou as suas propriedades e converteu-as numa Pubblica Università di Studi Generali, hoje, a Universidade de Malta.

Várias destas suas medidas radicais e a vida que levava na ilha – tão faustosa que gerava inveja nas mais nobres famílias – granjearam-lhe um bom número de inimigos. O facto de ter conduzido a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários à bancarrota só aumentou a lista. Pinto faleceu em 1773 com a idade avançada de 91 anos.

Veleiro no estuário de Marsamxett, Valletta, Malta

um veleiro ondula no estuário de Marsamxett com a Catedral de São Paulo destacada da outra orla de casario de Valletta

Tem repouso eterno onde jazem os mais relevantes Grão-Mestres Hospitalários e de Malta, a Co-Catedral de São João. Quem, como nós, se rendeu à pequena mas soberba Valletta sabe que é tanta a sua virtude que lhe assenta bem alguma mácula.

Mais informação sobre Valletta na página respectiva da UNESCO.

Amesterdão, Holanda

De Canal em Canal, numa Holanda Surreal

Liberal no que a drogas e sexo diz respeito, Amesterdão acolhe uma multidão de forasteiros. Entre canais, bicicletas, coffee shops e montras de bordéis, procuramos, em vão, pelo seu lado mais pacato.
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Jerusalém, Israel

Mais Perto de Deus

Três mil anos de uma história tão mística quanto atribulada ganham vida em Jerusalém. Venerada por cristãos, judeus e muçulmanos, esta cidade irradia controvérsias mas atrai crentes de todo o Mundo.
Perth, Austrália

A Cidade Solitária

A mais 2000km de uma congénere digna desse nome, Perth é considerada a urbe mais remota à face da Terra. Apesar de isolados entre o Índico e o vasto Outback, são poucos os habitantes que se queixam.
Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
Singapura

A Ilha do Sucesso e da Monotonia

Habituada a planear e a vencer, Singapura seduz e recruta gente ambiciosa de todo o mundo. Ao mesmo tempo, parece aborrecer de morte alguns dos seus habitantes mais criativos.
Ushuaia, Argentina

A Última das Cidades Austrais

A capital da Terra do Fogo marca o limiar austral da civilização. De Ushuaia partem inúmeras incursões ao continente gelado. Nenhuma destas aventuras de toca e foge se compara à da vida na cidade final.
Oslo, Noruega

Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
Gozo, Malta

Dias Mediterrânicos de Puro Gozo

A ilha de Gozo tem um terço do tamanho de Malta mas apenas trinta dos trezentos mil habitantes da pequena nação. Em duo com o recreio balnear de Comino, abriga uma versão mais terra-a-terra e serena da sempre peculiar vida maltesa.
Mdina, Malta

A Cidade Silenciosa e Notável de Malta

Mdina foi capital de Malta até 1530. Mesmo depois de os Cavaleiros Hospitalários a terem despromovido, foi atacada e fortificou-se a condizer. Hoje, é a costeira e sobranceira Valletta que conduz os destinos da ilha. A Mdina coube a tranquilidade da sua monumentalidade.
Rabat, Malta

Um ex-Subúrbio no Âmago de Malta

Se Mdina se fez a capital nobiliárquica da ilha, os Cavaleiros Hospitalários decidiram sacrificar a fortificação da actual Rabat. A cidade fora das muralhas expandiu-se. Subsiste como um contraponto popular e rural do agora museu-vivo de Mdina.
Birgu, Malta

À Conquista da Cidade Vittoriosa

Vittoriosa é a mais antiga das Três Cidades de Malta, quartel-general dos Cavaleiros Hospitalários e, de 1530 a 1571, a sua capital. A resistência que ofereceu aos Otomanos no Grande Cerco de Malta manteve a ilha cristã. Mesmo se, mais tarde, Valletta lhe tomou o protagonismo administrativo e político, a velha Birgu resplandece de glória histórica.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
Arquitectura & Design
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cerimónias e Festividades
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Cidades
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Cultura
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Homer, Alasca, baía Kachemak
Em Viagem
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Étnico
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Frederikstad-Saint-Croix-ilhas-virgens-americanas-freedom
História
Frederiksted, Saint Croix, Ilhas Virgens Americanas

A Cidade da Emancipação das Índias Ocidentais Dinamarquesas

Se Christiansted se afirmou como a capital e principal polo comercial da ilha de Saint Croix, a “irmã” do sotavento, Frederiksted teve o seu apogeu civilizacional quando lá se deu a revolta e posterior libertação dos escravos que garantiam a prosperidade da colónia.
Mirador de La Peña, El Hierro, Canárias, Espanha
Ilhas
El Hierro, Canárias

A Orla Vulcânica das Canárias e do Velho Mundo

Até Colombo ter chegado às Américas, El Hierro era vista como o limiar do mundo conhecido e, durante algum tempo, o Meridiano que o delimitava. Meio milénio depois, a derradeira ilha ocidental das Canárias fervilha de um vulcanismo exuberante.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Natureza
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Camiguin, Filipinas, manguezal de Katungan.
Parques Naturais
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Teleférico de Sanahin, Arménia
Património Mundial UNESCO
Alaverdi, Arménia

Um Teleférico Chamado Ensejo

O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Cabana de Bay Watch, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,
Praias
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Casario de Gangtok, Sikkim, Índia
Religião
Gangtok, Índia

Uma Vida a Meia-Encosta

Gangtok é a capital de Sikkim, um antigo reino da secção dos Himalaias da Rota da Seda tornado província indiana em 1975. A cidade surge equilibrada numa vertente, de frente para a Kanchenjunga, a terceira maior elevação do mundo que muitos nativos crêem abrigar um Vale paradisíaco da Imortalidade. A sua íngreme e esforçada existência budista visa, ali, ou noutra parte, o alcançarem.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Graffiti deusa creepy, Haight Ashbury, Sao Francisco, EUA, Estados Unidos America
Sociedade
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Parque Nacional Everglades, Florida, Estados Unidos, voo sobre os canais dos Everglades
Vida Selvagem
Parque Nacional Everglades, Flórida, E.U.A.

O Grande Rio Ervado da Flórida

Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.