Mendoza, Argentina

Viagem por Mendoza, a Grande Província Enóloga Argentina


Mar-de-Parra
Planície repleta de vinha entre a bodega Catena Zapata e a pré-cordilheira andina.
Aroma apurado
Jaquelina Ascoetti prova um vinho numa pequena loja de vinho do centro de Mendoza.
Anoitece no Cavas Wine Lodge
Lusco-fusco destaca a fachada virada para as montanhas da pré;-cordilheira andina do hotel de vinho Cavas Wine Lodge.
Matéria-Prima
Cacho volumoso numa vinha do Cavas Wine Lodge.
Caves Finca Flichman
Trabalhador solda na sala de barricas da adega Finca Flichman pertencente à portuguesa Sogrape.
Eno-Herança
Recanto envelhecido de uma adega de Lujan de Cuyo.
Escolha dificil
Visitante examina garrafas armazenadas na bodega.
Vinho, tapas e queijos
Tábua de queijos elaborada pelo hotel de vinho Cavas Wine Lodge.
Villa em vinha
Villa do hotel Cavas Wine Lodge, perdida numa vastidão de parra nos arredores de Lujan de Cuyo.
Estilo Finca Flichman
Decoração e iluminação requintada da adega Finca Flichman.
Conversa com sabor a acafrão
Amigos conversam numa mesa do Bar de Viño Azafran, em Mendoza.
Torre San Martin
Vista de Mendoza com a emblemática Torre del Pasaje San Martin em primeiro plano.
Vinhas Pré-Andinas
Vinha plantada no sopé das montanhas da pré-cordilheira andina, próximo de Lujan de Cuyo.
Círculo vinícola
Sala de barricas da bodega Catena Zapata.
Vinho envelhecido
Adega repleta de pó numa loja de provas da cidade de Mendoza.
Vinho em pesos e em saldo
Montra de vinhos do bar Azafran, em Mendoza.
Mesa para encontros vinícolas
Sala de reuniões da adega Catena Zapata.
Os missionários espanhóis perceberam, no século XVI, que a zona estava talhada para a produção do “sangue de Cristo”. Hoje, a província de Mendoza está no centro da maior região enóloga da América Latina.

“Bom, então já sabem. Atravessam o primeiro sector da vinha e vêem a vossa villa ao fundo à direita”!

Cecília Diaz Huit direcciona-nos, ainda algo apreensiva devido ao óbvio abismo visual que nos separava dos restantes hóspedes, quase todos executivos ou veraneantes sul-americanos abastados, entregues a repousos vinícolas.

Tinha decorrido apenas um ano e meio desde que conhecêramos esta argentina empreendedora. Na primeira passagem por Mendoza, encontrámo-la como responsável de Marketing do hotel Hyatt local. Já então nos sugerira que preparava voos mais ambiciosos.

Até à data, a maior parte dos visitantes da província de Mendoza alojavam-se na capital homónima. Saíam à descoberta do vasto domínio enólogo disseminado pelos arredores sem fim de Godoy Cruz, Maipu e Lujan de Cuyo. Áreas vastas, se tivermos em conta que a província de Mendoza tem quase a dimensão de Portugal.

Cecília e o marido enólogo Martin Rigal compreenderam a lacuna. Não hesitaram em resolvê-la.

Quando regressámos à zona, receberam-nos no seu recém inaugurado hotel de vinho, instalado num recanto do mar verde-parra de Lujan de Cuyo, isolada pela imensidão da paisagem. Na realidade, entre várias bodegas com arquitecturas caprichosas.

Villa do hotel Cavas Wine Lodge, perdida numa vastidão de parra nos arredores de Lujan de Cuyo.

E vista para as montanhas nevadas da pré-cordilheira andina.

Não foram, nem de longe, os primeiros a aproveitar a fertilidade solarenga daquelas paragens.

A História Já Longa da Enologia da Província de Mendoza

Os primeiros colonos espanhóis constataram, pouco depois de ali chegarem, a secura e aridez irrigável. Também repararam na grande amplitude térmica da região. Foram eles – sobretudo os missionários católicos – que plantaram os primeiros vinhedos experimentais.

A produção vinícola manteve-se por bastante tempo crioula e localizada. No século XIX, a intensificação da imigração de italianos e espanhóis – também de franceses e outros – fez com que a enologia começasse a ser levada a sério.

A partir de então, a competição entre bodegas familiares conduziu a um processo de maturação da indústria vinícola que a construção do caminho de ferro entre Mendoza e Buenos Aires, em 1884, favoreceu.

Malgrado este progresso, até há três décadas atrás, apesar de ser o quinto no Mundo em termos de quantidade, o vinho argentino não chegava a ser exportado. Era tido como demasiado inferior ao importado da Europa pelas mansões afrancesadas de Buenos Aires.

Eno-Herança

Recanto envelhecido de uma adega de Lujan de Cuyo.

Por essa altura, os proprietários de bodegas constataram que a cerveja ocupava já uma parte significativa do mercado nacional de bebidas alcoólicas. E que o consumo anual per capita de vinho tinha baixado de 25 litros, em 1960, para menos de 10.

Viram-se obrigados a redobrar esforços. Recorreram a investidores e enólogos estrangeiros. A sua entrada em cena fez com que, em pouco tempo, os melhores rótulos argentinos fossem avistados e reconhecidos em redor do Mundo.

Catena Zapata. Uma Família Eno-Produtora de Sucesso. Entre Tantas Outras

A família Catena Zapata, chegada de Itália em 1898, tornou-se uma das maiores proprietárias de vinhas da região e um caso de enorme sucesso.

Quando visitamos a sua adega e quartel-general, deslumbramo-nos com a imponência faustosa de que foi dotada, desenhada com influência das pirâmides maias de Tikal.

Também nos marca a postura acolhedora mas pragmática e o discurso pomposo de Nicholas, o herdeiro no trono desta dinastia vinícola.

Sala de barricas da bodega Catena Zapata.

Nicholas Catena Zapata senta-se, confortável, sobre uma das centenas de pipas da sua excêntrica adega. A figura delgada, elegante, enquadra-se, na perfeição, no ambiente de cave mas, ainda assim, requintado que nos rodeia.

“Ainda bem que vos impressiona!” segreda-nos, enquanto passeamos, incrédulos, pela sala de barricas circular e sumptuosa do edifício. “Não poupámos esforços para erguer uma sede digna da história da família. Como já devem saber, os meus antecessores têm grande responsabilidade em tudo aquilo em que Mendoza se tornou.”

O milagre que permitiu ao clã Catena Zapata e a tantos outros com origem europeia aproveitar um quase deserto de maneira a que passasse a gerar 70% da produção de vinho da Argentina tem, hoje, poucos segredos.

Matéria-Prima

Cacho volumoso numa vinha do Cavas Wine Lodge.

A Particularidade Geológica e Climática de Mendoza

A província de Mendoza está situada, na Argentina, aproximadamente à mesma latitude que a capital Buenos Aires mas no extremo longitudinal oposto do país.

Surge numa vastidão inóspita e arenosa, aos pés da cordilheira dos Andes que, aqui, partilhada com o vizinho Chile, se ergue mais imponente e colorida que noutra parte qualquer da América do Sul.

Culmina-a a maior elevação do Hemisfério Ocidental, o Monte Aconcágua (6962 m).

A localização continental de Mendoza abriga a região da humidade proveniente tanto do Pacífico como do Atlântico. Proporciona um predomínio absoluto dos dias de sol e fortes amplitudes térmicas diurnas.

Mas, se a água só muito raramente cai sobre as zonas planas da província – o que acontece com frequência nas montanhas mais elevadas- acaba por deslizar sobre elas em caudais alimentados pelo degelo e pelo declive, mais ou menos volumosos consoante a época do ano,

Foram estes rios e riachos que os colonos espanhóis aprenderam com os índios Huarpes a canalizar numa complexa rede de canais e aquedutos de maneira a irrigar um mar de vinhedos que aumentou ao longo dos séculos.

Mar-de-Parra

Planície repleta de vinha entre a bodega Catena Zapata e a pré-cordilheira andina.

Esta engenharia viabilizou também o desenvolvimento da capital homónima da região.

Cidade Homónima, Alma e Coração de Mendoza

Mendoza – a cidade – é famosa por uma incrível densidade de enormes plátanos que a protegem da rudez do clima contrastante. As suas árvores urbanas são irrigada por inúmeras acequias (canais a céu aberto) que acompanham as avenidas largas da baixa.

É o caso da pedestre Avenida Sarmiento, onde as esplanadas dominam a sombra e permitem aos moradores apreciar os inevitáveis picadillos e médias lunas (croissants) enquanto debatem os temas e traumas favoritos da nação.

As acequias nada podem, todavia, contra os movimentos tectónicos verificados na zona. Como precaução, a Mendoza cidade foi dotada de praças amplas.

A sua função primordial, o refúgio da população em caso de sismo, é algo desvanecida pelos piqueniques improvisados, pelas siestas e outras formas de ócio que os mendocinos aperfeiçoaram ao longo dos tempos.

Mendoza não é o que se espera de uma capital.

As videiras há muito que ficaram para trás mas o verde permanece e predomina. Assim ditou a concepção paisagística do francês Carlos Thays, autor de um trabalho surpreendente, reconhecido em todo o mundo como uma das mais brilhantes expressões urbanas de um oásis.

Fundada, em 1561, pelo espanhol Pedro del Castillo, como já vimos, numa zona de grande actividade sísmica, a cidade viria, pouco depois, a pagar pela ignorância ou, pior, pela displicência. Foi arrasada por um terramoto de forte intensidade e só em 1863, recebeu um novo traçado.

Hoje, são raros os seus edifícios e lares com mais de 4 ou 5 andares.

Vista de Mendoza com a emblemática Torre del Pasaje San Martin em primeiro plano.

Como não podia deixar de ser, a actividade comercial local está, também ela, organizada, em grande parte, em função do vinho.

As Bodegas e as Provas de Vinho da Eno-Província Argentina

Lá se situam muitas das agências que organizam as visitas às bodegas mais viradas para o turismo. Casos das Escorihuela ou La Colina de Oro.

Vinho

Tábua de queijos elaborada pelo hotel de vinho Cavas Wine Lodge.

Ou a La Rural, a adega que acolhe o maior museu vinícola da América do Sul, onde encontramos em exibição as ferramentas usadas pelos colonos da região na plantação dos vinhedos inaugurais.

São vários os edifícios térreos do centro que abrigam salas de prova exíguas, pouco preocupadas com a sua insignificância face à pompa das congéneres da planície.

Caminhamos por uma rua qualquer quando Jaquelina Ascoetti nos recruta para entrar na bodeguita em que trabalha. E a provar uma série de vinhos argentinos que está encarregue de promover e vender.

Aroma apurado

Jaquelina Ascoetti prova um vinho numa pequena loja de vinho do centro de Mendoza.

De forma suave e gentil, a jovem mendocina serve-nos um pouco de Malbec, de Cabernet, de Syrah, de Pinot e de Torrontés, em algumas das amostras, combinações apuradas destas castas.

“Que vos parece?? Por mais antiga que a Europa possa ser, já produzimos uns vinhitos à altura dos vossos, não?” Não temos como discordar. Agradecemos a dedicação da anfitriã.

Despedimo-nos para uma longa caminhada até ao famoso bar de viño Azafrán. Nessa noite, jantamos umas tapas com trejeitos culinários argentinos.

Amigos conversam numa mesa do Bar de Viño Azafran, em Mendoza.

E bebemos mais uns copos do revigorante néctar dos deuses de Mendoza.

Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
San Ignácio Mini, Argentina

As Missões Jesuíticas Impossíveis de San Ignácio Mini

No séc. XVIII, os jesuítas expandiam um domínio religioso no coração da América do Sul em que convertiam os indígenas guarani em missões jesuíticas. Mas as Coroas Ibéricas arruinaram a utopia tropical da Companhia de Jesus.
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Mendoza, Argentina

De Um Lado ao Outro dos Andes

Saída da Mendoza cidade, a ruta N7 perde-se em vinhedos, eleva-se ao sopé do Monte Aconcágua e cruza os Andes até ao Chile. Poucos trechos transfronteiriços revelam a imponência desta ascensão forçada
Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
El Calafate, Argentina

Os Novos Gaúchos da Patagónia

Em redor de El Calafate, em vez dos habituais pastores a cavalo, cruzamo-nos com gaúchos criadores equestres e com outros que exibem para gáudio dos visitantes, a vida tradicional das pampas douradas.
Ushuaia, Argentina

A Última das Cidades Austrais

A capital da Terra do Fogo marca o limiar austral da civilização. De Ushuaia partem inúmeras incursões ao continente gelado. Nenhuma destas aventuras de toca e foge se compara à da vida na cidade final.
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Perito Moreno, Argentina

O Glaciar Que Resiste

O aquecimento é supostamente global mas não chega a todo o lado. Na Patagónia, alguns rios de gelo resistem.De tempos a tempos, o avanço do Perito Moreno provoca derrocadas que fazem parar a Argentina
Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
El Chalten, Argentina

O Apelo de Granito da Patagónia

Duas montanhas de pedra geraram uma disputa fronteiriça entre a Argentina e o Chile.Mas estes países não são os únicos pretendentes.Há muito que os cerros Fitz Roy e Torre atraem alpinistas obstinados
Terra do Fogo, Argentina

Uma Fazenda no Fim do Mundo

Em, 1886, Thomas Bridges, um órfão inglês levado pela família missionária adoptiva para os confins do hemisfério sul fundou a herdade anciã da Terra do Fogo. Bridges e os descendentes entregaram-se ao fim do mundo. Hoje, a sua Estancia Harberton é um deslumbrante monumento argentino à determinação e à resiliência humana.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Dia da Austrália, Perth, bandeira australiana
Cerimónias e Festividades
Perth, Austrália

Dia da Austrália: em Honra da Fundação, de Luto Pela Invasão

26/1 é uma data controversa na Austrália. Enquanto os colonos britânicos o celebram com churrascos e muita cerveja, os aborígenes celebram o facto de não terem sido completamente dizimados.
Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão
Cidades
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Indígena Coroado
Cultura
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Em Viagem
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Étnico
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Kremlin de Rostov Veliky, Rússia
História
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina
Ilhas
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
A Gran Sabana
Natureza

Gran Sabana, Venezuela

Um Verdadeiro Parque Jurássico

Apenas a solitária estrada EN-10 se aventura pelo extremo sul selvagem da Venezuela. A partir dela, desvendamos cenários de outro mundo, como o da savana repleta de dinossauros da saga de Spielberg.

Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Kogi, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia
Parques Naturais
PN Tayrona, Colômbia

Quem Protege os Guardiães do Mundo?

Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"
Moradores de Iloilo em frente a uma das suas várias igrejas
Património Mundial UNESCO
Iloilo, Filipinas

A Cidade Muy Leal y Noble das Filipinas

Em 1566, os espanhóis fundaram Iloilo no sul da ilha de Panay e, até à iminência do século XIX, foi capital das imensas Índias Espanholas Orientais. Mesmo se há quase cento e trinta anos filipina, Iloilo conserva-se uma das cidades mais hispânicas da Ásia.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Soufrière e Pitons, Saint Luci
Praias
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka
Religião
PN Yala-Ella-Candia, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
imperador akihito acena, imperador sem imperio, toquio, japao
Sociedade
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Vida Selvagem
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.