Wanaka, Nova Zelândia

Que Bem que Se Está no Campo dos Antípodas


Meandros do Matukituki
Luz solar difusa ilumina o desfiladeiro do rio Matukituki.
Por pastos anfíbios
Vaqueiro conduz uma manada pelo leito diminuído do rio Matukituki.
Barão Will
Will posa na dianteira do seu avião histórico que continua a voar dia após dia sobre os céus de Wanaka.
Verde Rob Roy
O verde-esmeralda degelado do riacho Rob Roy.
Águas do frio
Plataforma de mergulho no lago Wanaka.
Mundo Intrigante
Pórtico do Puzzling World um pequeno parque temático que distrai os visitantes com ilusões.
Em Suspenso
Ponte suspensa sobre o rio Matukituki, junto ao local em que o riacho Rob Roy nele desagua.
Com ajuda dos Santos
Sério exercício de corta-mato pelo trilho inclinado do riacho Rob Roy abaixo.
Dilemas da vida local
Visitantes do Puzzling World num pequeno labirinto de madeira.
Barão Will II
Will, um piloto local de aviões clássicos, prestes a descolar no aeródromo de Wanaka.
O trânsito de Wanaka
Rebanho de ovelhas avança, em fila, paralelo ao rio Matukituki.
Negócios na Natureza
Feira de fim-de-semana, a ter lugar ao ar livre à beira do lago Wanaka.
Branco Rob Roy
O glaciar Rob Roy, instalado contra boa parte do pico homónimo.
Nova Zelândia, havia dúvidas ?
Ovelhas dispersas num prado verdejante com as montanhas dos Alpes do Sul em fundo.
Se a Nova Zelândia é conhecida pela sua tranquilidade e intimidade com a Natureza, Wanaka excede qualquer imaginário. Situada num cenário idílico entre o lago homónimo e o místico Mount Aspiring, ascendeu a lugar de culto. Muitos kiwis aspiram a para lá mudar as suas vidas.

O Domingo amanhece esplendoroso.

Caminhamos sem destino pela marginal relvada de Wanaka, Nova Zelândia. Detém-nos o desafio caricato a que se havia entregue uma adolescente. “Ganhe 50 ou 100 dólares” alicia o cartaz. A participante agarra-se como pode à escada flexível de plástico.

Para surpresa do dinamizador do jogo, vence os seus caprichos e sai com uma das notas em disputa, a passear pela espécie de feira da ladra e ao mesmo tempo de garagem que tem lugar em redor.

Feira em Wanaka, Nova Zelândia

Feira de fim-de-semana, a ter lugar ao ar livre à beira do lago Wanaka.

Wanaka distrai-se como pode e com pouco. Situada a apenas 70km, Queenstown é a capital neozelandesa da adrenalina. Há décadas que não descansa um segundo. Ao invés, a maior parte dos habitantes de Wanaka orgulha-se da paz bucólica que se habituaram a idolatrar e partilham um certo terror pela perspectiva de a sua vila se tornar como a vizinha.

Até à data em que por lá passámos, não existia fast-food em Wanaka, nem chegavam hordas de forasteiros adolescentes com o propósito quase único de fazer bungee jumping ou outra radicalidade do género. O mais extremo que se pratica nestas partes é esqui e snowboard, mesmo assim, a boa distância da vila.

Da Origem Maori a Abrigo Favorito dos Kiwis

A origem do nome Wanaka vem da corrupção de Oanaka, “O Lugar de Anaka”, tendo sido Anaka um dos primeiros chefes maori desta área. Já a povoação, assemelha-se a tantas outras no vasto domínio dos Alpes do Sul da Nova Zelândia.

Surge nas imediações de montanhas nevadas, nas margens idílicas de lagos alimentados pelo degelo. O seu visual tem, no entanto, algo de especial. E se não fosse só o cenário, faria sempre uma boa diferença a cultura vinícola e gastronómica e o perfil da comunidade.

Lago Wanaka, Nova Zelândia

Plataforma de mergulho no lago Wanaka.

Quem é da terra conhece-se e cumprimenta-se de forma afável sempre que se encontra na rua ou num estabelecimento. Mais que o mero cumprimento, os moradores envolvem-se em frequentes actividades e passatempos ao ar livre. Veem assim reforçado o à vontade uns com os outros e, mais importante, a solidariedade que os ajuda a vencerem momentos complicados das vidas.

Mas quem vive em Wanaka não nasceu necessariamente por lá. Chegam migrantes fartos do rebuliço cosmopolita e desalmado de Auckland, a grande cidade da nação. Mudam-se de Wellington, a capital bem mais comedida. Provêm de Christchurch que os tremores de terra insistem em assolar, de Queenstown, a meca dos desportos radicais e até de países europeus ou da América do Norte.

Mal se instalam, os novos moradores deixam-se contagiar pelo amor próprio do lugar. Passam a reverenciá-lo e a louvá-lo em cada conversa de café, entre moradores ou com visitantes de passagem.

À Beira de um Deslumbrante Lago Homónimo

Enquanto parte da última categoria, maravilhamo-nos com cada passo que damos em redor do lago azulão Wanaka, com os picos nevados que se projectam para lá da sua margem oposta e com os outeiros verdejantes que os ajudam a destacar.

Internamo-nos no casario, em boa parte de madeira, disposto ao longo da planície aluvial e verdejante do lago, entre o seu areal de pequenos seixos deslavados e uma amostra de cordilheira quase limpa tanto de vegetação como de neve. Não nos deparamos com lares ostentosos.

À boa moda kiwi, tudo se mantém tão terra-a-terra quanto possível. Quando confrontados com a incontornável questão de o que fazer para se sustentaram, vários residentes limitaram-se a activar a criatividade orgânica que prolifera entre os neozelandeses: determinada família inaugurou uma quinta de lavanda.

Um grupo de amigos abriu um bar de cerveja artesanal, hoje, obrigatório. Um casal acompanha visitantes a descer um rio em Paddle Board. Uma senhora que colecionava velhos carros Citroën, começou a levar as gentes mais entusiasmadas pelo vinho às adegas locais.

Rumo às Alturas Deslumbrantes do Mount Aspiring

Vários caminhantes e alpinistas guiam expedições pelos vales e montanhas das redondezas. Afinal, estamos em pleno Mount Aspiring National Park, parte de Te Wahipounamu, um reduto Património Mundial da UNESCO que cobre mais de 3500 km2 do Sudoeste da Ilha do Sul.

Não sendo o pico supremo da Nova Zelândia – título detido pelo Aoraki/Mount Cook que ascende aos 3724m, o Mount Aspiring, é de longe, o mais emblemático da zona. Seduz os adeptos dos Great Outdoors a caminhadas e escaladas memoráveis. Não tivemos como resistir à primeira modalidade.

Prado e Mount Aspiring em fundo, Nova Zelândia

>Ovelhas dispersas num prado verdejante com as montanhas dos Alpes do Sul em fundo

Deixamos a povoação bem cedo, ainda o sol luta para se livrar do bloqueio duplo das montanhas e das nuvens matinais. Contornamos a margem do lago. Embrenhamo-nos numa sucessão de enormes prados verdejantes salpicados de ovelhas, em desfiladeiros cavados pelo deslizar pré-histórico dos glaciares e, a espaços, em bolsas de floresta meridional e do frio.

O asfalto depressa se  entrega à gravilha e à imponência dos cenários do Rob Roy Valley, baptizado em honra do herói escocês Rob Roy MacGregor, o mesmo revisitado repetidas vezes por Hollywood, incluindo pelo êxito de bilheteira protagonizado por Liam Neeson.

Ao Longo do Caudal do Matukituki

Seguimos por uma estrada que avança lado a lado com o rio Matukituki e nos sujeita a tantos ou mais meandros que os do rio. Mas não são só as curvas. A via exígua sobe e desce em toda a sua extensão e quase nos faz sentir em mar alto.

Como se não bastasse, de tempos a tempos, deparamo-nos com grandes sinais de trânsito que exibem “FORD”. Após cada um deles, sujeitamo-nos à travessia de um riacho, todos eles, por sorte, nessa altura, pouco profundos.

Em época de chuvas esparsas, também o Matukituki flui diminuído, longe da torrente gerada pelo degelo que se intensifica com o aumentar primaveril das temperaturas.

Não tardamos a cruzar uma manada de vacas que se desloca em pleno leito, guiada por vaqueiros kiwis apoiados por uma velha carrinha pick up.

Vacas no rio Matukituki, Nova Zelândia

Vaqueiro conduz uma manada pelo leito diminuído do rio Matukituki

Mas o trânsito animal não se fica por aí. Do outro lado do Matukituki, meio camuflado no ervado seco da encosta, um rebanho ovino avança, autónomo, numa longa fila e no sentido contrário ao dos bovinos, o mesmo em que nos deslocávamos.

Por fim, chegamos ao estacionamento do Raspberry Creek e deixamos o carro.  Inauguramos, ali, um caminho glorioso pela orla dos Alpes do Sul, na direcção de algumas suas montanhas conceituadas: o Pico Rob Roy, o Mount Avalanch e, visto ao longe, o culminante Mount Aspiring.

O trilho depressa se faz às primeiras vertentes e inclina-se. Por consequência, o Matukituki estreita e flui em modo rápido. Numa ponte suspensa que dá entrada para uma encosta e floresta sombria de faias, atravessamos o rio e cruzamo-nos com um casal de trampers.

Rio Matukituki, Nova Zelândia

Luz solar difusa ilumina o desfiladeiro do rio Matukituki

Pela Encosta do Pico Rob Roy Acima

Já na margem oposta, subimos a bom subir e suamos a bom suar. Maravilhamo-nos com a pureza da paisagem daqueles nenhures insulares do Pacífico do Sul. Estamos em pleno território da kea, um dos dez papagaios endémicos da Nova Zelândia que, com quase meio metro em idade adulta -vemos esvoaçar acima da copa das árvores.

Ponte suspensa sobre riacho Rob Roy, Wanaka, Nova Zelândia

Ponte suspensa sobre o rio Matukituki, junto ao local em que o riacho Rob Roy nele desagua.

Um outro caudal, o do riacho Rob Roy, desce furioso das alturas. Contorna enormes rochedos forrados de musgo espesso e aveludado. Corre num verde quase esmeralda, já não no branco lácteo do Matukituki a que, por altura da ponte suspensa, se havia rendido.

Quando pensamos que estamos sós, entregues à Natureza, chegamos a um cotovelo apertado do caminho e dois corredores de corta-mato quase nos arrastam ladeira abaixo. Os atletas atingem a ponte num ápice. Nós, arrastamo-nos ribeira de Rob Roy acima.

Não tarda, chegamos a um ponto de meia encosta que, por fim, nos livra do mato lúgubre. A clareira prenda-nos com a visão inesperada do glaciar que alimenta o riacho e lhe empresta o nome. Mas uma névoa  torna o gelo difuso e, de tempos a tempos, esconde-nos o pico sobranceiro à geleira.

Glaciar Rob Roy, próximo de Wanaka, Nova Zelândia

O glaciar Rob Roy, instalado contra boa parte do pico homónimo.

Tinham decorrido apenas duas horas desde o início da caminhada mas o seu derradeiro trecho apontado aos céus reclamava um descanso condigno. Por enquanto sem pressas, tiramos os lanches das mochilas e improvisamos um piquenique. Mal inauguramos o repasto, nuvens escuras como breu vindas detrás das montanhas emboscam-nos.

Na certeza de que nos vão aprontar problemas, rearrumamos as mochilas e regressamos ao carro, a tempo de evitarmos a maior parte do dilúvio. Completamos um regresso semi-anfíbio à povoação. Comemos algo mais substancial numa esplanada e planeamos uma passagem célere por Cardrona.

Os jogos intrigantes do Puzzling Word e  Legado Aurífero de Cardrona

Pelo caminho, deixamo-nos intrigar no “Puzzling World” local, um parque temático singelo repleto de enigmas e ilusões do dia-a-dia ou da ciência.

Puzzling World, Wanaka

Pórtico do Puzzling World um pequeno parque temático que distrai os visitantes com ilusões.

Cardrona não tarda. Identificamo-la pela fachada amarela e vermelha do seu velho hotel de beira de estrada, erguido em 1860, em plena febre do ouro desta região meridional da Nova Zelândia, quando várias povoações disputavam o estatuto de maior prosperidade da então colónia britânica.

Havia Arrowtown nas imediações de Queenstown; Otago mais para sudeste, o litoral do Golfo de Hauraki na Ilha do Norte, e a Cardrona a que estávamos a chegar, entre outras. Hoje, em Cardrona pouco mais resta desse apogeu áureo que a história e o hotel. Cardrona acolhe ela própria uma pequena estância de esqui, humilde se comparada com Treble Cone, a mais reputada da Ilha do Sul.

Quer neve ou faça calor, cenários como os kiwis requerem vistas aéreas. De acordo, os neozelandeses mais endinheirados mantém uma paixão nacional pelas avionetas e pelos voos panorâmicos. Não tardamos a descobrir que, de novo, Wanaka vai mais longe.

A Aero-Reverência da Ilha do Sul da Nova Zelândia

Abriga um museu dos Pilotos de Caças da Nova Zelândia que conta com elegantes Hawker Hurricanes, Havilland Vampires e Chipmunks. Visitamo-lo. No aeródromo, acabamos à conversa com Will, um piloto de Classic Flights vestido de casaco de cabedal espesso, óculos e touca, como o nome deixa antever, tudo condizente com a época clássica da aviação.

Piloto de aviões clássicos, Wanaka, Nova Zelândia

Will, um piloto local de aviões clássicos, prestes a descolar no aeródromo de Wanaka.

Will está prestes a descolar para um voo de teste. Tem um lugar vago. À boa moda desprendida dos neozelandeses, mal nos conhece mas, do nada, pergunta-nos se um de nós o quer acompanhar.

Ainda hesitamos mas são várias as condicionantes e atenuantes que nos vemos forçados a ponderar: tínhamos estadia reservada para essa noite, na distante Dunedin e as pousadas do downunder não perdoam atrasos. Só nessa visita à nação kiwi já tínhamos voado por três vezes sobre o cenário indescritível dos Alpes do Sul.

Por último, não sabíamos se queríamos confiar no velho motor daquela relíquia asada de museu. Ainda assistimos à descolagem ruidosa de Will. Confirmado o desperdício da experiência aérea, apontámos via rodoviária ao confim sudeste da Nova Zelândia.

Nelson a Wharariki, PN Abel Tasman, Nova Zelândia

O Litoral Maori em que os Europeus Deram à Costa

Abel Janszoon Tasman explorava mais da recém-mapeada e mítica "Terra Australis" quando um equívoco azedou o contacto com nativos de uma ilha desconhecida. O episódio inaugurou a história colonial da Nova Zelândia. Hoje, tanto a costa divinal em que o episódio se sucedeu como os mares em redor evocam o navegador holandês.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
Península de Banks, Nova Zelândia

O Estilhaço de Terra Divinal da Península de Banks

Vista do ar, a mais óbvia protuberância da costa leste da Ilha do Sul parece ter implodido vezes sem conta. Vulcânica mas verdejante e bucólica, a Península de Banks confina na sua geomorfologia de quase roda-dentada a essência da sempre invejável vida neozelandesa.
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 - Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Nova Zelândia  

Quando Contar Ovelhas Tira o Sono

Há 20 anos, a Nova Zelândia tinha 18 ovinos por cada habitante. Por questões políticas e económicas, a média baixou para metade. Nos antípodas, muitos criadores estão preocupados com o seu futuro.
Mount Cook, Nova Zelândia

O Monte Fura Nuvens

O Aoraki/Monte Cook até pode ficar muito aquém do tecto do Mundo mas é a montanha mais imponente e elevada da Nova Zelândia.
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Bay of Islands, Nova Zelândia

O Âmago Civilizacional da Nova Zelândia

Waitangi é o lugar chave da Independência e da já longa coexistência dos nativos maori com os colonos britânicos. Na Bay of Islands em redor, celebra-se a beleza idílico-marinha dos antípodas neozelandeses mas também a complexa e fascinante nação kiwi.
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Arquitectura & Design
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Cerimónias e Festividades
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
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Em tempos o principal destino dos condenados britânicos desterrados na Austrália, Fremantle desenvolveu-se até se tornar o grande porto do Oeste da grande ilha. E, ao mesmo tempo, um abrigo de artistas aussies e expatriados em busca de vidas fora da caixa.
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Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
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Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
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São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
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Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
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Malolotja: o Rio, as quedas d’água e a Reserva Natural Grandiosa

Meros 32km a nordeste da capital Mbabane, sobre a fronteira com a África do Sul, ascendemos a terras altas, rugosas e vistosas de eSwatini. Por lá flui o rio Malolotja e se despenham as cascatas homónimas, as mais altas do Reino. Manadas de zebras e de antílopes percorrem os pastos e florestas em redor, numa das reservas com maior biodiversidade do sul de África.  
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Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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Na Rota do Tropeirismo do Paraná

Entre Ponta Grossa e Castro, viajamos nos Campos Gerais do Paraná e ao longo da sua história. Pelo passado dos colonos e tropeiros que colocaram a região no mapa. Até ao dos imigrantes neerlandeses que, em tempos mais recentes e, entre tantos outros, enriqueceram o sortido étnico deste estado brasileiro.
Via Conflituosa
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Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
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A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
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À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
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O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
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Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Cabine lotada
Sociedade
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O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
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A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
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Uma Noite no Berçário de Tortuguero

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As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.