Gran Sabana, Venezuela
Apenas a solitária estrada EN-10 se aventura pelo extremo sul selvagem da Venezuela. A partir dela, desvendamos cenários de outro mundo, como o da savana repleta de dinossauros da saga de Spielberg.
Gran Sabana, Venezuela
Apenas a solitária estrada EN-10 se aventura pelo extremo sul selvagem da Venezuela. A partir dela, desvendamos cenários de outro mundo, como o da savana repleta de dinossauros da saga de Spielberg.
VISTOS E OUTROS PROCEDIMENTOS
Cidadãos portugueses e brasileiros não necessitam de visto para visitar a Venezuela até 90 dias. É suficiente que apresentem passaporte com validade para 6 meses após a data da chegada.
CUIDADOS DE SAÚDE E SEGURANÇA
Existe um risco moderado a alto de contracção de malária durante todo o ano nas regiões de Amazonias, Anzoategui, Bolivar e Delta Amacuro. O risco de contracção de malária severa restringe-se a Amazonas e Bolivar. Proteja-se das picadas de mosquito também para diminuir o risco de contracção de febre de Dengue.
Para mais informações sobre saúde em viagem, consulte o Portal da Saúde do Ministério da Saúde e Clínica de Medicina Tropical e do Viajante. Em FitForTravel encontra conselhos de saúde e prevenção de doenças específicas de cada país (em língua inglesa).
Segurança
À data de criação deste texto a Venezuela vivia um situação política de grande instabilidade e muitos países aconselhavam os seus cidadãos a não visitarem a Venezuela até que se verificasse alguma acalmia. Muitos dos serviços, incluindo voos internos foram suspensos devido a protestos contra os governantes.
Para que possa tomar a decisão de visitar ou não a Venezuela em consciência, deve ter em consideração que, até quando se encontra politicamente estável, se trata de um país com elevados riscos contra a segurança do visitante, principalmente no que diz respeito a Caracas – Caracas tem, por exemplo, um dos índices de homicídios mais elevados do Mundo.
VIAGEM PARA A VENEZUELA
A TAP (tel.: 707 205 700) voa de Lisboa directamente ou via Funchal (Madeira) para a capital venezuelana Caracas a partir de 800€. À data de criação deste texto verificava-se um enorme afluxo de cidadãos venezuelanos aos voos de Caracas para Portugal e de Portugal para Caracas, causado pela urgência de trocarem Bolívares (moeda venezuelana) por Euros cuja cotação se encontrava há algum tempo em queda livre. Por este motivo, acontecia com enorme frequência os voos da TAP de e para a Venezuela terem lotação esgotada com enorme antecedência e preços sobrevalorizados.
VOOS INTERNOS
São seis as principais companhias aéreas que servem a Venezuela com vários voos domésticos:
Aeropostal, Aserca, Avior, Laser, Rutaca, SBA Airlines
Do aeroporto mais importante do país, Maiquetia, na capital Caracas, partem inúmeros voos, os mais frequentes para Porlamar, Maracaibo e Puerto Ordaz (Ciudad Guayana), Mérida, Ciudad Bolívar e Canaima.
O preço dos voos oscila substancialmente de companhia para companhia, pelo que vale a pena comparar os valores de várias delas antes de comprar os bilhetes.
AUTOCARRO
Perante a inexistência de uma rede ferroviária, a forma mais popular de viajar é o autocarro até porque, devido ao combustível ser quase gratuito, as passagens têm dos preços mais acessíveis da América do Sul, 1€ a 2€ ou até menos por hora de viagem.
Os melhores autocarros da Venezuela são os bus cama com assentos reclináveis até à posição de cama. Os ejecutivos, como os bus cama, têm ar condicionado normalmente demasiado poderoso, TV e frequentemente casa de banho a bordo.
Rotas mais curtas são servidas por puesto por velhos autocarros dos Estados Unidos, repintados e por vezes até reconstruídos e “kitados” de forma excêntrica (mais raramente minibuses) que funcionam na base de só partirem quando cheios. Podem ser mais dispendiosos que os piores autocarros mas também mais rápidos e, nalguns casos, até mais confortáveis.
BARCO
A Venezuela tem uma série de ilhas ao largo da sua costa caribenha. Destas, só a ilha Margarita é regularmente servida por ferries – de Caracas e Puerto de La Cruz – e outras embarcações menores.
ALUGUER DE VIATURA
Alugar viaturas venezuelanas através de sites populares de serviços turísticos (estilo expedia.com e afins) prova-se desafiante senão impossível. A maioria dos sites não mostram resultados quando se faz busca de viaturas, por exemplo, em Caracas. De qualquer maneira, poderá sempre alugar carro após chegada por valores que rondarão os 40€ a 60€ por dia com seguro incluído. Para compensar este valor – elevado face a muitos países europeus e os Estados Unidos – o combustível é praticamente gratuito – em redor de 0,02€ a 0,04€ por litro, consequência de a Venezuela ser um dos maior produtores de petróleo do Mundo e uma nação de governo socialista.
A Venezuela tem uma rede ampla de estradas (82.000km) na maioria em condições muito aceitáveis o que não quer dizer que não venha a necessitar de um veículo 4WD robusto para certas zonas mais remotas, principalmente durante e logo após a época das chuvas.
Em hora de ponta mas não só, o trânsito em Caracas e nas estradas de acesso à capital pode deter-se em filas intermináveis. Os condutores são agressivos e ignoram as regras sempre que lhes é mais conveniente. Também acontecem assaltos repentinos perpetrados por motociclistas ou peões armados.
Vai encontrar postos de controlo militares ao longo de quase todos os itinerários do país.
A Venezuela surge no mapa logo acima do equador. Mesmo tendo em conta as recentes anomalias, tem duas estações climáticas bem definidas: uma seca que vai de Dezembro a Abril e uma chuvosa que dura o resto do ano. Visite, de preferência, durante a época seca e, se não é de confusões, tente evitar os períodos de férias dos venezuelanos, como o Natal e a passagem de ano, o Carnaval e a Semana Santa.
A moeda da Venezuela é o Bolivar Forte (VEF). Devido à inflação galopante, à data de criação deste texto, estava há já algum tempo em queda livre contra a maior parte das restantes moedas. Além disso, tem um valor oficial substancialmente superior ao que é praticado no mercado negro.
Nos anos 90, a Venezuela era uma das nações mais dispendiosas da América do Sul. Hoje, a forte desvalorização do Bolivar fez com que se tenha tornado numa das mais acessíveis do continente. Existem caixas ATM nas principais cidades e o pagamento com cartões de crédito é generalizado nos estabelecimentos mais sofisticados. Não espere, todavia, encontrar caixas ATM ou terminais de pagamento nos cenários selvagens do Parque Nacional Canaima ou de Amazonas.
ALOJAMENTO
Caracas, a ilha Margarita e alguns poucos outros pontos nevrálgicos do turismo venezuelano têm os seus hotéis de 4 e 5 estrelas. Apesar de responsável pelo inflacionar dos preços – de 120€ a 400€ por noite – esta cotação por norma inflacionada não garante as infra-estruturas, o requinte e qualidade de serviço dos melhores hotéis europeus ou norte-americanos.
Os hostels e youth hostels, tal como os conhecemos, são raros como os parques de campismo. Noutros lugares turísticos, as melhores soluções de estadia são frequentemente as posadas, que existem em grande quantidade e normalmente com vagas, com excepção para os fins de semana prolongados em redor de feriados importantes. Algumas posadas têm estilos próprios, por vezes, adequados aos lugares ou edifícios em que surgem, outras são meros caixotes de cimento. As posadas de nível inferior podem ter condições de higiene e conforto lastimáveis. Escolha o lugar em que vai ficar com atenção e tenha também em conta que abundam, na Venezuela, os bordéis, e os motéis sexuais que alugam quartos à hora mas podem não se escusar a alugar por uma ou mais noites a turistas que os visitem por engano.
Os preços das posadas variam em grande ordem, dos 7€ a 10€ por quarto duplo para as mais espartanas e incaracterísticas a 80€ a 90€ por noite em posadas históricas requintadas.
ALIMENTAÇÃO
Os restaurantes abundam, na Venezuela. Servem uma variedade de pratos e petisco que testemunham bem da riqueza étnica do país, que ao longo do tempo foi acolhendo imigrantes de todas as partes: espanhóis, italianos, portugueses, alemães, do Médio Oriente, chineses etc.
A forma menos dispendiosa de almoçar é pedir, num restaurante popular, um menu ejecutivo ou del dia, que inclui sopa e prato principal por 3€ a 5€. Como noutros lugares da América do Sul, algumas bancas de mercados têm para venda estes mesmos tipos de refeição ainda mais baratos.
Em qualquer restaurante, se pedir refeições à la carte, supostamente cozinhadas só para si, vão-lhe custar bastante mais. A Venezuela têm a sua dose de restaurantes independentes ou parte de hotéis mais sofisticados em que poderá encontrar buffets abastados mas dificilmente irá encontrar menu ejecutivo ou del dia. Nestes restaurantes, espere pagar de 20€ a 80€ por refeição completa, dependendo da reputação do lugar.
INTERNET
Nem todas as guest houses asseguram Wi-fi mas deve esperá-lo dos hotéis mais dispendiosos do país. Caso não tenha acesso gratuito onde ficou alojado, não deve ter dificuldade em achar um internet café com acesso a uma internet bastante aceitável. Muitas bibliotecas públicas e bares prestam este serviço, os bares cedem passwords a clientes.
Se pretende ter internet a toda a hora e é dono de um smartphone ou tablet desbloqueado ou de portátil e de uma pen (USB Stick), compre um cartão SIM venezuelano com minutos para chamadas e gigabytes para navegação incluídos.