Manaus, Brasil

Ao Encontro do Encontro das Águas


Convívio à porta
Jovens nativos numa das entradas da casa de sabedoria e medicina tradicional da Comunidade Indígena Dessana-tucana.
Cristo é a bussola
Barco de passageiros da Amazónia decorado com mensagem religiosa.
Dessana
Nativo da comunidade indígena Dessana-Tucana, nas margens do Rio Negro.
Perfil de Boto
Boto cor-de-rosa tingido pela água ocre do rio Negro.
Um Botos do Negro
Um nativo das imediações do rio Negro alimenta um boto (golfinho da Amazónia).
Fim do Fogo
Índia Dessana sopra o fogo Pajé, no interior da casa de sabedoria da comunidade.
Grelhado a bordo
Tripulante de um barco de passageiros do Amazonas cozinha na popa da embarcação.
A comunidade Dessana
Foto de grupo de elementos da comunidade Dessana-tucana do rio Negro.
Avisos de navegação
Anúncios divulgam datas de partida e destino de barcos atracados ao largo de Manaus.
Dolores pinheiro
Barco de passageiros zarpa de Manaus e navega rio Negro acima.
Negro vs Solimões
Pequena embarcação navega sobre o Encontro das Águas, alguns quilómetros a jusante de Manaus.
O fenómeno não é único mas, em Manaus, reveste-se de uma beleza e solenidade especial. A determinada altura, os rios Negro e Solimões convergem num mesmo leito do Amazonas mas, em vez de logo se misturarem, ambos os caudais prosseguem lado a lado. Enquanto exploramos estas partes da Amazónia, testemunhamos o insólito confronto do Encontro das Águas.

É Domingo.

Pouco passa das 8h30. Em plena época seca, Manaus e o Amazonas despertam levemente polvilhado de nuvens, no que dizia respeito a chuva, apenas e só decorativas. Uma boa parte dos seus habitantes estão longe de despertar.

Não é o caso do Sr. Francisco, o guia que nos acolhe e aos restantes passageiros no barco e inaugura uma intensa narração multilingue. Zarpamos da doca logo em frente à velha Alfândega e Guardamoria, com o rio tão raso quanto, em Setembro e Outubro, o estio enxuto da região o costuma tornar.

Navegamos rio Negro acima. Passamos sob a enorme Ponte Jornalista Phelippe Daou que cruza o Negro e permite à via AM-070 fluir da grande cidade para o interior ocidente da Amazónia e no sentido contrário. A ponte foi inaugurada em Outubro de 2011, pela Presidente de então da República Brasileira, Dilma Roussef, que prometeu aos políticos locais que a Zona Franca de Manaus se prolongaria por mais meio século com todos os benefícios fiscais e comerciais de que tem beneficiado.

A conurbação de quatro municípios próximos e a intensificação do progresso destas paragens em tempos remotas e temidas do Brasil, depressa se fez sentir, contra a essência natural e luxuriante da Amazónia. Por mais que disso nos quiséssemos abstrair, a verdade era que o tour em que participávamos navegava no mesmo rumo.

Rio Negro acima à Procura dos golfinhos da Amazónia

O primeiro dos objectivos da digressão embarcada era encontrar botos-cor-de-rosa, os golfinhos do Amazonas, algo que a massificação do turismo em redor de Manaus tornou quase garantido. Os botos continuam à solta nas águas do Negro e afluentes.

Só que agora, para facilitar a vida aos empresários do turismo e aos seus clientes, os nativos operam pequenas plataformas de acolhimento dos mamíferos: tanto os cetáceos como os humanos que lá afluem para com eles conviverem.

Desembarcamos numa delas. Um caboclo desce uma escadaria curta para cima de um tabuado submerso. Ali, pega num pequeno peixe e agita-o debaixo de água. Para espanto do Sr. Francisco, os botos ignoram o repto. Não porque se tivessem afastado de forma autónoma. O chamariz de uma plataforma concorrente desviava-os.

Com o tempo, estes golfinhos habituaram-se que, àquelas horas, conseguiam alimento sem esforço. Bastava, para isso, que se aproximassem das plataformas e cirandassem entre as pernas dos visitantes, vulneráveis às carícias e contactos que quase todos lhes dedicam para sentirem a incrível textura da sua pele.

Boto cor-de-rosa tingido pela água ocre do rio Negro.

“Cuidado com ele mininas, vocês não querem surpresas, pois não?” Atira uma das passageiras a outras e assim gera uma risada comunal quase histérica. “Oi, ele tá aí bem junto de você, foge já daí, garota”, riposta uma segunda.

O contacto com os botos pode ser uma novidade excitante para quem chega de outras partes do Brasil e do mundo. Mas é comum entre os brasileiros – principalmente os do norte do país – uma lenda dedicada a estas criaturas.

Reza esta lenda que os botos-rosados se transformam em jovens elegantes vestidos de branco e que usam chapéu, de maneira a disfarçarem a narina que, ainda segundo a lenda, tal metamorfose não costuma mudar. Pois, acontece que, durante a época das Festas Juninas, esse rapaz seduz as moças sem par.

Leva-as ao fundo do rio e, com frequência, engravida-as. A velha lenda justificou até que, quando jovens aparecem em festas, de chapéu, lhes seja dito para o tirarem para assim provarem que não são botos. É também a razão de ser da expressão “é filho (a) do boto”, aplicada a filhos com pai desconhecido.

Mais uma Espécie Ameaçada

No plano da realidade, à imagem do que acontece com tantas outras espécies, são os humanos que vetam os botos a uma aflitiva fragilidade existencial. Bem mais grave que a intrusão dos visitantes da Amazónia, têm-se provado os costumes dos seus habitantes.

Malgrado o estatuto de espécie protegida, a inacessibilidade da Amazónia viabiliza que, todos os anos, sejam abatidos milhares de espécimes. As autoridades ambientais apuraram que os pescadores os capturam porque a sua carne é ideal para servir de isco do piracatinga (Calophysus macropterus), uma espécie de peixe-gato com grande valor comercial.

Sobretudo por este motivo, estimou-se que a cada dez anos, os botos-cor-de-rosa diminuem para metade. Ainda que resistam em boa parte da Amazónia incluindo no rio Araguaia – mas aquém do vasto Pantanal -, como as fêmeas tem uma única cria de quatro em quatro ou cinco em cinco anos, as perspectivas de recuperação da espécie são pouco animadoras.

Mesmo que a invasão turística dos humanos aos seu habitat se tenha provado um mal menor, agentes do Ibama destacados para Manaus marcam presença nas plataformas, encarregues de controlar o tempo que cada grupo passa com os botos-cor-de-rosa e de limitar a sua interacção com os animais.

Um nativo das imediações do rio Negro alimenta um boto (golfinho da Amazónia).

De início, a agente presente sobre a nossa plataforma limita-se a tirar notas num qualquer caderno mas, quando algumas das donzelas insistem em prolongar o namoro com os botos, a oficial não se furta a cortar-lhes as vazas e a forçar a sua saída de água.

Visita à Comunidade Indígena Dessana-Tukana

Regressamos a bordo. Sr. Francisco anuncia novo trecho. Navegamos do meio do Negro até uma praia fluvial recolhida e ressequida. Ainda do barco, detectamos várias malocas e outros edifícios de menores dimensões, todos eles erguidos com troncos e revestidos de palhota seca.

A mais próxima parece meio afundada na areia descoberta pelo recuar do rio. Caminhamos até à sua entrada. Lá nos recebe um nativo da pequena comunidade Tukana que agrupa indígenas originários da zona do Alto Rio Negro de São Gabriel da Cachoeira, a 850 km, junto à fronteira com a Colômbia.

É esse o âmago cultural de um vasto território de selva amazónica em que convivem vinte e seis etnias distintas que  partilham uma mesma família linguística, a Tukana. A comunidade que visitamos, integra apenas cinco delas: a Desana, a Tukana, Tuiúca, Bará e Makuna.

Nativo da comunidade indígena Dessana-Tucana, nas margens do Rio Negro.

Sob um grande cocar feito de penas vermelhas e azuis que nos parecem de arara, Tutuia, o nativo com os traços indígenas mais marcados e perfil de cacique carismático, dá-nos as boas-vindas. Primeiro em Tukano, depois em português, com vários galos a cantarem à desgarrada, em fundo.

Em seguida, encaminha-nos para o interior sombrio da maloca, que os nativos usam como casa de sabedoria ou medicina tradicional. Lá arde um fogo pajé que os anfitriões alimentam a resina, de maneira a protegerem de maleitas e maldades, os seus espíritos e os dos visitantes.

Tutuia termina as boas-vindas e a apresentação da comunidade. Logo, passa o protagonismo a quatro outros nativos, todos homens, já que o ritual que que se segue é proibido a mulheres e crianças.

Jurupari: um Culto Esotérico do Mal

Os nativos inauguram um ritual de Jurupari, tocado com instrumentos de sopro feitos de paxiula, uma palmeira da Amazónia que produz um som característico. Tocam-no para cá e para lá no interior da maloca, de uma porta à outra e para trás. Produzem um movimento e uma reverberação que se provam místicos e nos deixam intrigados.

Tínhamos razões para tal. Jurupari define um complexo culto mitológico dos povos indígenas da Amazónia. É o mal em pessoa, origem de outros demónios secundários com os mais diversos nomes, consoante as diferentes tribos e etnias.

Quando os portugueses e os espanhóis chegaram às terras amazónicas, no século XVI, perceberam que se tratava do principal culto dos nativos. Preocupados com a sua popularidade e com a concorrência às personagens e crenças bíblicas, os missionários tudo fizeram para o associarem ao diabo cristão.

A música misteriosa de Jurupari continua a seduzir-nos. Até que a sua dança obscura dá lugar a outra em tudo contrastante, que segue o som de flautas de madeira amazónicas, se desenrola em circulo em vez de em trajectos rectilíneos e conta já com mulheres e crianças.

Jovens nativos numa das entradas da casa de sabedoria e medicina tradicional da Comunidade Indígena Dessana-tucana.

O tempo precioso entre a comunidade Tukana extinguiu-se. Reeembarcarmos. Desta feita, viajamos Negro abaixo, na direcção de Manaus. Voltamos a passar debaixo da Ponte Jornalista Phelippe Daou e deixamos para trás a área vasta de casario ribeirinho da cidade.

Rio Negro abaixo, ao Encontro do Encontro das Águas

Aproximamo-nos de uma grande língua de rio que ali dissimulava uma fronteira. Do nosso lado, continuava a fluir o rio Negro. Do lado de lá, deslizava um outro.

A determinada altura, à água de visual Coca-Cola do Negro, com muito pouco sedimento mas imensa matéria-prima vegetal dissolvida, ganha a companhia da do Solimões, assim baptizaram os exploradores ibéricos o trecho superior do rio Amazonas.

Esta última, surge com um tom caramelo conferido pela quantidade e diversidade de sedimentos (areia, lama e lodo) que o Solimões acumula na sua descida desde as longínquas encostas da cordilheira dos Andes.

Encontro das águas, Manaus, Amazonas, Brasil

Pequena embarcação navega sobre o Encontro das Águas, alguns quilómetros a jusante de Manaus.

Por cerca de 6km, os dois caudais fluem lado a lado, num enigmático orgulho fluvial que a ciência não teve problema em deslindar.

Entre ambos, quase tudo é diferente: o rio Negro desliza a apenas 2km/h. O Solimões flui entre 4 e 6km/h. A água do Negro tem uma temperatura de 28ºC. Já a do Solimões mede apenas 22ºC.

Como tal, a densidade de ambos os caudais prova-se bastante distinta. A peculiaridade físico-química de cada qual faz com que demorem a aceitar-se e a misturar-se no caudal único do Baixo Amazonas – o grande Rio Mar que, até desaguar no verdadeiro mar do Atlântico, para leste de Belém, ainda acolhe “encontros” similares.

Junto a Manaus, a resistência de ambos é ilustrada pelos tons concorrentes da água mas não só. Instalados sobre o convés superior do barco, vulneráveis ao sol tropical tórrido que sempre que se liberta reforça o fenómeno, apreciamos as formas curvilíneas e da fronteira do Encontro das Águas. E também os remoinhos cor-de-café que, de quando em quando, o  combate entre ambas as forças gerava.

Um manto mais denso de nebulosidade volta a ocultar o sol.  O Sr. Francisco e a tripulação do barco já estavam connosco há quase oito horas. A um Domingo, ansiavam mais que nunca o seu próprio reencontro com as famílias. De acordo, invertemos mais uma vez o rumo.

Contra a nossa vontade e a do Negro, regressamos a Manaus.

 

A TAP – flytap.pt  voa directamente de Lisboa para várias cidades brasileiras. Em termos de horas de voo, as mais convenientes para chegar a Manaus são, por esta ordem: a)  Fortaleza ou Brasília b) São Paulo e Rio de Janeiro.  c) via Miami, Estados Unidos.

Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
Hidroeléctrica Binacional de Itaipu, Brasil

HidroElétrica Binacional do Itaipu: a Febre do Watt

Em 1974, milhares de brasileiros e paraguaios confluíram para a zona de construção da então maior barragem do Mundo. 30 anos após a conclusão, Itaipu gera 90% da energia paraguaia e 20% da do Brasil.
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

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Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
Curitiba, Brasil

A Vida Elevada de Curitiba

Não é só a altitude de quase 1000 metros a que a cidade se situa. Cosmopolita e multicultural, a capital paranaense tem uma qualidade de vida e rating de desenvolvimento humano que a tornam um caso à parte no Brasil.
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Ilha do Marajó, Brasil

A Ilha dos Búfalos

Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
Chapada Diamantina, Brasil

Bahia de Gema

Até ao final do séc. XIX, a Chapada Diamantina foi uma terra de prospecção e ambições desmedidas.Agora que os diamantes rareiam os forasteiros anseiam descobrir as suas mesetas e galerias subterrâneas

Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

Morro de São Paulo, Brasil

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Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
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A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
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Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Pirenópolis, Brasil

Uma Pólis nos Pirinéus Sul-Americanos

Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi erguida por bandeirantes portugueses, no auge do Ciclo do Ouro. Por saudosismo, emigrantes provavelmente catalães chamaram à serra em redor de Pireneus. Em 1890, já numa era de independência e de incontáveis helenizações das suas urbes, os brasileiros baptizaram esta cidade colonial de Pirenópolis.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
A pequena-grande Senglea II
Arquitectura & Design
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Via Conflituosa
Cerimónias e Festividades
Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
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Cidades
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Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
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Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Cultura
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Quando o Budismo se Cansa da Meditação

Nem só com silêncio e retiro espiritual se procura o Nirvana. No Mosteiro de Sera, os jovens monges aperfeiçoam o seu saber budista com acesos confrontos dialécticos e bateres de palmas crepitantes.
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Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
ilha Streymoy, Ilhas Faroe, Tjornuvik, Gigante e Bruxa
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Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

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Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, Doces crocantes
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