La Graciosa, Ilhas Canárias

A Mais Graciosa das Ilhas Canárias


A Caleta del Oro
Entardecer doura o ocidente acima do porto de Caleta del Sebo.
Cume à Vista
Caminhantes prestes a atingirem o cume da montaña Bermeja de La Graciosa.
A Marginal de Caleta
A Marginal de Caleta del Sebo, virada para o Estrecho del Rio.
Sem sinal de Asfalto
Jipe percorre uma estrada de areia da ilha. La Graciosa é um dos poucos territórios da Europa ainda sem asfalto.
Vaga Indomada
Onda desfaz-se sobre o areal dourado da Playa de Las Conchas, com a Isla Montaña Clara em fundo.
Banhos Arriscados
Casario branco de Caleta del Sebo contra os penhascos vulcânicos de Lanzarote.
Um Passeio Juvenil
Jovem moradora de Caleta del Sebo carrega um bebé ao colo, sobre o entardecer dourado de La Graciosa.
Último Mergulho do Dia
Visitante prepara-se para mergulhar nas águas do Estrecho del Rio que separa La Graciosa de Lanzarote.
Arte Graciosa
Pátio artístico numa vivenda da capital e única povoação fixa da ilha de La Graciosa.
Playa Dourada de Las Conchas
Areal dourado da praia das Conchas, no sopé da Montaña Bermeja
Caleta del Sebo
O porto e o casario alvo da única povoação fixa de La Graciosa.
Playa de Las Conchas vs Isla Montaña Clara
Bandeira vermelha na Playa de Las Conchas, com a Isla Montaña Clara em fundo.
Arte Canária
Decoração e arquitectura na fachada de uma das casas tradicionais de Caleta del Sebo.
A Punta Fariones
A ponta aguçada que encerra o norte de Lanzarote.
Tons Insulares
Encosta da Montaña Bermeja contrasta com o azul atlântico da Playa de Las Conchas.
Roques Fariones
Rochedos Fariones que acompanham a Ponta Farione no extremo norte de Lanzarote.
A Punta Fariones
A ponta aguçada que encerra o norte de Lanzarote.
Até 2018, a menor das Canárias habitadas não contava para o arquipélago. Desembarcados em La Graciosa, desvendamos o encanto insular da agora oitava ilha.

A sedução já vinha de há mais de um ano. No início de 2019, à descoberta de Lanzarote, chegámos ao extremo norte da ilha atrasados para visitarmos o seu famoso Mirador del Rio.

Conformados com o percalço, descemos na estrada que percorre o cimo das falésias contíguas.

Quando atingimos o limiar do Risco de Famara, a mais de 500 metros de altura e perscrutamos o Atlântico abaixo e por diante, a visão de La Graciosa e restantes ilhas do arquipélago Chinicho deixa-nos incrédulos.

Vista de La Graciosa de Lanzarote, Canárias, Espanha

Dois amigos conversam no limiar de Lanzarote, com vista para La Graciosa e outras ilhas do arquipélago Chinicho.

Mesmo diminutas face às massivas Lanzarote e Fuerteventura, de tal maneira que, mesmo próxima, La Graciosa nos cabia na amplitude de um só olhar, a extensão insular que ali admirávamos gerou-nos de imediato uma inquietude.

Ao longo dos dezasseis meses que se seguiram, entregues a planeamentos das próximas viagens, essa visão voltou-nos à mente vezes sem conta.

Com a hipótese de regressarmos para um novo itinerário nas Canárias, fizemos questão de que passasse pelo norte de Lanzarote e de que incluísse La Graciosa. Assim aconteceu.

Já a a bordo do ferry Liñeas Romero, quanto mais Orzola se desvanecia, mais nos aproximávamos da península aguçada que encerra o cimo de Lanzarote, da Punta Fariones e dos Fariones, os grandes rochedos também eles pontiagudos que lhe inspiraram o baptismo.

Fariones, Lanzarote, Canárias, Espanha

Rochedos Fariones que acompanham a Ponta Farione no extremo norte de Lanzarote.

Na sua iminência, o oceano a norte batalha com as águas do Estrecho del Rio, o canal, apesar do nome, marinho que separa Lanzarote de La Graciosa.

Habituado a ver-se nessa contenda, o comandante manobra a navegação com o jeito ganho em incontáveis de passagens por ali, suaves, num jeito oscilado de ser.

Contornamos a punta. Já com Graciosa à vista, internamo-nos no canal junto à base estriada de Lanzarote que, feita de falésias tão elevadas e brutas, tornava o barco uma casca de noz.

Punta Fariones, Lanzarote, Canárias, Espanha

A ponta aguçada que encerra o norte de Lanzarote.

Com o Mirador de Rio bem nas alturas, o comandante faz o barco cruzar o Rio. Aponta-o ao porto de Caleta del Sebo, a capital de La Graciosa.

O sábado desenrola-se. Damos com a cidade num óbvio modo de descompressão. O molhe que contornámos para entrar, serve de pouso a uma comunidade irrequieta de jovens pescadores que celebram a nossa entrada com uma mímica bem-disposta.

Desembarque Crepuscular na Pequena Capital de Caleta del Sebo

Já atracados ao lado de uma floresta de mastros e bandeirolas, examinamos a baía em frente. Um corrupio de banhistas entrega-se aos derradeiros banhos do dia na praia de areia da povoação. Em simultâneo, uma comunidade de convivas tagarelas bebe cañas e saboreia petiscos do mar nas esplanadas arejadas em redor.

Para trás do casario do oeste da cidade, o sol ora espreitava, ora se sumia entre uma caravana de nuvens baixas propulsionadas pelos Alísios. Foi já sob o escuro Atlântico que cruzámos a baía a carregar as malas, umas ao ombro, outras puxadas a esforço sobre o areal até ao apartamento que por ali tínhamos reservado.

Ocaso sobre Caleta del Sebo, La Graciosa, Ilhas Canárias, Espanha

Entardecer doura o ocidente acima do porto de Caleta del Sebo.

Voltamos a sair uma hora depois, com o rumo do restaurante “El Marinero”, uma das suas Mecas gastronómicas. Lá nos empanturramos com Entrantes de sardinhas, camarões, com polvo e o gofio e papas arrugadas quase incontornáveis um pouco por todas as Canárias.

Findo o repasto, mesmo já sem malas, voltamos a arrastar-nos para o apartamento. Tínhamos toda uma nova ilha por descobrir. Para variar, íamos explorá-la de bicicleta.

Uma Semi-Volta em Bicicleta a La Graciosa

Bem menos cedo que o que desejávamos no dia seguinte, batemos a porta da La Molina Bike.

Doña Demelza, saúda-nos a pensar que ia encontrar visitantes algo mais novos. Mesmo assim, algures entre o nosso à vontade e a vontade de pedalarmos, deixa-se impressionar. “Vocês têm ar de aventureiros, já estou a ver que, para fotografarem, se vão querer meter pela areia, pelos caminhos pedregosos e isso tudo. Olhem… vou-vos dar bicis das todo-o-terreno, aquelas com os pneus mais grossos.”

Mesmo conscientes que, num dos poucos lugares com capital em que não existe asfalto, as bicicletas artilhadas nos cansariam a dobrar, sentimo-nos privilegiados. Agradecemos a benesse, despedimo-nos da sorridente Demelza, sumimos entre o casario branco de Caleta del Sebo.

Casario de Caleta del Sebo, La Graciosa, Ilhas Canárias, Espanha

A Marginal de Caleta del Sebo, virada para o Estrecho del Rio.

Deixada para trás a povoação, com excepção para uma sequência de pequenos hortos dos moradores, a ilha depressa se nos revelou como veio ao mundo.

Como seria de esperar no arquipélago das Canárias, La Graciosa é vulcânica, na prática geológica, um maciço vulcânico insular salpicado por cinco vulcões. Mesmo se com alturas contidas, são estes vulcões que, aqui e ali, apimentam o circuito de volta a ilha.

Umas boas pedaladas depois, vimo-nos numa encruzilhada de estradas de areia entre dois deles, La Aguja Grande (266m) o mais elevado da ilha, na companhia da cratera Aguja Chica e da vizinha Montanha del Mojon (185m).

Curiosos quanto ao que nos reservaria a costa de lá de Graciosa, seguimos na sua direcção, ao mesmo tempo, do norte da ilha. Rejeitamos a Playa Baja del Ganado. Em vez, apontamos à de Las Conchas e ao sopé do vulcão ocre da Montaña Bermeja.

A Conquista e Omni-Revelação da Montaña Bermeja

Na sua confluência, achamos um parque de estacionamento para bicicletas mais preenchido do que esperávamos. Estimámos que o areal amarelo da praia ao lado em duo com um delicioso mar turquesa ali atraísse boa parte dos ciclistas entretidos com a volta à Graciosa.

Vontade de nos entregarmos de imediato àquele Atlântico soprado pelos Alíseos não faltava mas, com o trilho e o desafio da conquista da Montaña Bermeja (157m) a terem início a uns poucos metros, não tínhamos como resistir.

Pé ante pé, pelo trilho já marcado na sua crista ascendemos ao cume colorado e pejado de líquenes verdes-claro ou de um amarelo muito torrado.

Ascensão da Montaña Bermeja, La Graciosa, Ilhas Canárias, Espanha

Caminhantes prestes a atingirem o cume da montaña Bermeja de La Graciosa.

Além dos líquenes agarrados às rochas, encontrámos o cimo decorado com uma inesperada obra de arte, quatro estatuetas, esculpidas no que nos parecia arenito, com formas, se humanas retorcidas, quase amorfas.

Apuramos mais tarde que, chegou a acompanhar estas esculturas uma cruz com a inscrição de 1499, o ano em que se considera ter terminado a conquista do arquipélago das Canárias, iniciada em 1402.

Jean de Béthencourt e o Encanto com a Pequena Graciosa

Reza a história, que terá sido o descobridor Normando Jean de Béthencourt a baptizar La Graciosa.

Após várias semanas no mar, contadas desde a partida do porto de La Rochelle, Béthencourt deliciou-se com a visão da ilha quase rasa aos pés da gigantesca vizinha Lanzarote. Chamou-a, assim, de La Gracieuse, título que foi adaptado para castelhano.

Montaña Bermeja e Playa de Las Conchas, La Graciosa, Ilhas Canárias, Espanha

Encosta da Montaña Bermeja contrasta com o azul da Playa de Las Conchas. Um cenário que ilustra o baptismo de Jean de Béthencourt.

Béthencourt vinha determinado a se abastecer de urzela, um líquen de que se extrai uma cor comparável ao violeta. Acabou por conquistar Lanzarote e Fuerteventura e por colonizar boa parte do arquipélago das Canárias.

Não vemos sinal nem da cruz nem, entre os abundantes líquenes que temos em torno, da valiosa urzela. De qualquer maneira, os cenários em redor depressa nos reclamaram a atenção e suscitaram um inevitável êxtase visual.

Para norte e leste, La Graciosa estendia-se numa vastidão arenosa preenchida por dunas baixas salpicadas de vegetação xerófita.

Para sul e sudeste, o pequeno deserto local cedia à ditadura do solo vulcânico e de um cinzento quase negro.

Deste solo pardo, à distância, víamos despontar as outras elevações da ilha, quanto mais para sul, mais difusas na calima (névoa poeirenta) que ali chegava do Sara.

E em Redor de La Graciosa, a Extensão do sub-Arquipélago Chinijo

Quando nos virávamos para norte e noroeste, com o mar pelo meio, contemplávamos diversas ilhas inóspitas e inabitadas: a Isla de Montaña Clara, ali em frente. A maior distância, a Isla de Alegranza.

Vislumbrávamos ainda dois outros ilhéus, o Roque del Oeste – também conhecido por Roque del Infierno – nas imediações da ilha de Montaña Clara, o Roque del Este.

Este conjunto, acrescido da nossa anfitriã La Graciosa (a maior ilha com 27km2), forma o sub-arquipélago canário de Chinicho que nos manteve uma boa meia-hora num absoluto deleite sensorial.

Interrompemo-lo pela noção do tempo que nos sobrava para circundar a ilha e pela urgência de recuperarmos o mergulho adiado na Praia de Las Conchas que, logo ali abaixo, se insinuava num dourado-turquesa.

Dito e feito. Regressamos à base da montaña Bermeja, cruzamos o areal. Com cuidado redobrado, mergulhamos por baixo das vagas que os alísios continuavam a espicaçar.

Onda na Playa de Las Conchas, La Graciosa, Ilhas Canárias, Espanha

Onda desfaz-se sobre o areal dourado da Playa de Las Conchas, com a Isla Montaña Clara em fundo.

Com a volta à ilha por completar, regressamos às bicicletas ainda por secarmos.

Pedalamos até ao seu litoral norte, espreitamos a beira-mar ventosa das Playas Lambra e Del Ambar.

Em vez de circundarmos a totalidade do litoral norte, atalhamos caminho para Pedro Barba, a segunda povoação da ilha, mesmo se composta sobretudo por segundas casas de habitantes da Graciosa e outras de veraneantes forasteiros.

Caleta del Sebo vs Lanzarote, La Graciosa, Ilhas Canárias, Espanha

Casario branco de Caleta del Sebo contra os penhascos vulcânicos de Lanzarote.

Não demorássemos a avistar a linha branca do seu casario, contra os penhascos imensos de Lanzarote, em fundo.

Na sequência, subimos, a esforço, entre os Morros Negros e as vertentes leste das Aguja Grande e da Chica. Tentamos estender o empenho de maneira a conquistarmos a ilha a sul de Caleta del Sebo.

Regresso a Tempo de um Novo Ocaso em Caleta del Sebo

Tal como Doña Demelza nos avisara, a estrada para a Punta de la Herradura e a sua Montaña Amarilla revelaram-se demasiado arenosas até para as as bicicletas supostamente todo-o-terreno que conduzíamos.

Exauridos, a vermos o sol precipitar-se sobre o Atlântico à nossa frente, sem termos tempo de atingirmos o destino planeado da Playa de la Cocina, invertemos caminho para a Caleta del Sebo.

De volta ao pueblo, devolvemos as bicis especiais a Demelza.

Caleta del Sebo, La Graciosa, Ilhas Canárias, Espanha

Jovem moradora de Caleta del Sebo carrega um bebé ao colo, sobre o entardecer dourado de La Graciosa.

No templo que nos restava até ao escuro se reinstalar, caminhámos por entre as ruelas e pela beira-mar quase rasa que confronta as falésias descomunais de Lanzarote.

La Graciosa ainda hoje nos encanta.

Caleta del Sebo, La Graciosa, Ilhas Canárias, Espanha

Pátio artístico numa vivenda da capital e única povoação fixa da ilha de La Graciosa.

Lanzarote, Ilhas Canárias

A César Manrique o que é de César Manrique

Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
Fuerteventura, Ilhas Canárias, Espanha

A (a) Ventura Atlântica de Fuerteventura

Os romanos conheciam as Canárias como as ilhas afortunadas. Fuerteventura, preserva vários dos atributos de então. As suas praias perfeitas para o windsurf e o kite-surf ou só para banhos justificam sucessivas “invasões” dos povos do norte ávidos de sol. No interior vulcânico e rugoso resiste o bastião das culturas indígenas e coloniais da ilha. Começamos a desvendá-la pelo seu longilíneo sul.
El Hierro, Canárias

A Orla Vulcânica das Canárias e do Velho Mundo

Até Colombo ter chegado às Américas, El Hierro era vista como o limiar do mundo conhecido e, durante algum tempo, o Meridiano que o delimitava. Meio milénio depois, a derradeira ilha ocidental das Canárias fervilha de um vulcanismo exuberante.
La Palma, CanáriasEspanha

O Mais Mediático dos Cataclismos por Acontecer

A BBC divulgou que o colapso de uma vertente vulcânica da ilha de La Palma podia gerar um mega-tsunami. Sempre que a actividade vulcânica da zona aumenta, os media aproveitam para apavorar o Mundo.
Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Porto Santo, Portugal

Louvada Seja a Ilha do Porto Santo

Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.

Valência a Xàtiva, Espanha

Do outro Lado da Ibéria

Deixada de lado a modernidade de Valência, exploramos os cenários naturais e históricos que a "comunidad" partilha com o Mediterrâneo. Quanto mais viajamos mais nos seduz a sua vida garrida.

Matarraña a Alcanar, Espanha

Uma Espanha Medieval

De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

PN Timanfaya, Lanzarote, Canárias

PN Timanfaya e as Montanhas de Fogo de Lanzarote

Entre 1730 e 1736, do nada, dezenas de vulcões de Lanzarote entraram em sucessivas erupções. A quantidade massiva de lava que libertaram soterrou várias povoações e forçou quase metade dos habitantes a emigrar. O legado deste cataclismo é o cenário marciano actual do exuberante PN Timanfaya.
Tenerife, Canárias

O Vulcão que Assombra o Atlântico

Com 3718m, El Teide é o tecto das Canárias e de Espanha. Não só. Se medido a partir do fundo do oceano (7500 m), só duas montanhas são mais pronunciadas. Os nativos guanches consideravam-no a morada de Guayota, o seu diabo. Quem viaja a Tenerife, sabe que o velho Teide está em todo o lado.
La Palma, Canárias

A Isla Bonita das Canárias

Em 1986, Madonna Louise Ciccone lançou um êxito que popularizou a atracção exercida por uma isla imaginária. Ambergris Caye, no Belize, colheu proveitos. Do lado de cá do Atlântico, há muito que os palmeros assim veem a sua real e deslumbrante Canária.
Vegueta, Gran Canária, Canárias

Às Voltas pelo Âmago das Canárias Reais

O velho e majestoso bairro Vegueta de Las Palmas destaca-se na longa e complexa hispanização das Canárias. Findo um longo período de expedições senhoriais, lá teve início a derradeira conquista da Gran Canária e das restantes ilhas do arquipélago, sob comando dos monarcas de Castela e Aragão.
Tenerife, Canárias

Pelo Leste da Ilha da Montanha Branca

A quase triangular Tenerife tem o centro dominado pelo majestoso vulcão Teide. Na sua extremidade oriental, há um outro domínio rugoso, mesmo assim, lugar da capital da ilha e de outras povoações incontornáveis, de bosques misteriosos e de incríveis litorais abruptos.
Santa Cruz de La Palma, Canárias

A Viagem na História de Santa Cruz de La Palma

Começou como mera Villa del Apurón. Chegado o séc. XVI, a povoação não só tinha ultrapassado as suas dificuldades como era já a terceira cidade portuária da Europa. Herdeira dessa abençoada prosperidade, Santa Cruz de La Palma tornou-se uma das capitais mais elegantes das Canárias.
Fuerteventura, Canárias

Fuerteventura - Ilha Canária e Jangada do Tempo

Uma curta travessia de ferry e desembarcamos em Corralejo, no cimo nordeste de Fuerteventura. Com Marrocos e África a meros 100km, perdemo-nos no deslumbre de cenários desérticos, vulcânicos e pós-coloniais sem igual.
Gran Canária, Canárias

Gran (diosas) Canária (s)

É apenas a terceira maior ilha do arquipélago. Impressionou tanto os navegadores e colonos europeus que estes se habituaram a tratá-la como a suprema.
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cerimónias e Festividades
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Canal de Lazer
Cidades
Amesterdão, Holanda

De Canal em Canal, numa Holanda Surreal

Liberal no que a drogas e sexo diz respeito, Amesterdão acolhe uma multidão de forasteiros. Entre canais, bicicletas, coffee shops e montras de bordéis, procuramos, em vão, pelo seu lado mais pacato.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Kiomizudera, Quioto, um Japão Milenar quase perdido
Cultura
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Manatee Creek, Florida, Estados Unidos da América
Em Viagem
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Cenário marciano do Deserto Branco, Egipto
Étnico
Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

USS Arizona, Pearl Harbour, Havai
História
Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
Banhistas sobre o limiar entre as Piscinas Naturais e o oceano Atlântico, Porto Moniz
Ilhas
Porto Moniz e Ribeira da Janela, Madeira

Uma Vida de Encosta, Oceano e Lava

Exploramos terras que se diz terem sido colonizadas, ainda no século XV, pelo algarvio Francisco Moniz, o Velho. Decorrido quase meio milénio, Porto Moniz tornou-se um domínio balnear concorrido, muito por conta das suas piscinas retidas num labirinto de rocha lávica.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Natureza

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Caminhada sobre a orla, vulcão villarrica, Pucon, Chile
Parques Naturais
Vulcão Villarrica, Chile

Ascensão à Cratera do Vulcão Villarrica, Sempre em Actividade

Pucón abusa da confiança da natureza e prospera no sopé da montanha Villarrica.Seguimos este mau exemplo por trilhos gelados e conquistamos a cratera de um dos vulcões mais activos da América do Sul.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Património Mundial UNESCO
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Soufrière e Pitons, Saint Luci
Praias
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Cabo Espichel, Santuário da Senhora do Cabo, Sesimbra,
Religião
Lagoa de Albufeira ao Cabo Espichel, Sesimbra, Portugal

Romagem a um Cabo de Culto

Do cimo dos seus 134 metros de altura, o Cabo Espichel revela uma costa atlântica tão dramática como deslumbrante. Com partida na Lagoa de Albufeira a norte, litoral dourado abaixo, aventuramo-nos pelos mais de 600 anos de mistério, misticismo e veneração da sua aparecida Nossa Senhora do Cabo.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Bufalos, ilha do Marajo, Brasil, búfalos da polícia de Soure
Sociedade
Ilha do Marajó, Brasil

A Ilha dos Búfalos

Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Curieuse Island, Seychelles, tartarugas de Aldabra
Vida Selvagem
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.