Porvoo, Finlândia

Uma Finlândia Medieval e Invernal


Café Helmi
Estranho correio Enregelado
Artilharia 1
“VR SUOMI 22375”
Arquitectura Multicolor
Abençoado Casario I
Arquitectura Multicolor II
Abençoado Casario II
À Frente da Catedral
Última Ceia
Uma Composição Enregelada
Conversa em Dia
Correio ao Sol
O Lento Degelo
Panorâmica
Os Velhos Armazéns
Rua Bela e Amarela
A Rua Jokikatu
Varridela Providencial
Vultos da Cidade
Uma das povoações anciãs da nação suómi, no início do século XIV, Porvoo era um entreposto ribeirinho atarefado e a sua terceira cidade. Com o tempo, Porvoo perdeu a importância comercial. Em troca, tornou-se um dos redutos históricos venerados da Finlândia.  

Estamos já em Abril. Lá para o sul da Europa, uns poucos dias concedem ansiados recreios balneares.

À latitude 60º de Porvoo, a uma hora de carro para nordeste da capital Helsínquia, o sol permanece aprisionado acima de nuvens carregadas de neve.

O rio Porvoo que banha e baptizou a cidade flui sob um manto compacto de gelo.

Quebram-no duas meras zonas em que algum fenómeno gera lagoas superficiais e um espelho fidedigno do casario acima.

Porvoo, a povoação, estende-se pela encosta num sortido de tons garridos a que uma luz solar diminuída e filtrada só retira algum brilho.

Deambulamos pelas ruelas, enregelados, como o tempo, em busca de um ponto elevado e destacado que nos revelasse um panorama condigno.

Nessa missão, divergimos para a floresta de coníferas que preenche boa parte da Finlândia e que, de acordo, envolve o povoado.

A espaços, as folhas sobrecarregadas dos pinheiros, dos abetos e das bétulas prendam-nos com banhos de neve. Ajudam-nos a despertar para o dia que, por essa altura, promete resistir invernoso.

Porvoo: o Casario Multicolor abençoado por uma Catedral Bilingue

Por fim, o trilho revela-nos uma abertura no arvoredo. Dali, distinto de junto ao rio Porvoo em que predomina o vermelho, as edificações exibem-se de tons pastel amarelados e esverdeados.

Porvoo é religiosa. À boa maneira cristã, a sua igreja em forma de A destaca-se, bem acima do plano urbano e dos telhados menos empinados dos fiéis.

Desprovida do antigo protagonismo mercantil, Porvoo retém o seu mérito religioso. Aquela mesma catedral abrupta e antiga (século XV) que admirávamos preserva uma função dupla.

Acolhe a diocese de Borga integrante da Igreja Luterana Evangélica da Finlândia, a que congrega os milhares de fiéis finlandeses que se expressam em sueco.

Em jeito de exemplo, Borga (castelo sobre o rio) é o termo sueco que, fruto de contingências históricas, os quase 30% de moradores faladores de sueco usam em vez de Porvoo.

A paróquia de crentes faladores de finlandês, parte da Diocese de Helsínquia, usa a mesma catedral para as missas e outros serviços religiosos.

Quando passamos diante da sua fachada, um grupo corajoso de crentes ensaia para algo diferente.

Um Ensaio Congelante para a Semana Santa

Aproxima-se a Semana Santa. Malgrado o frio confrangedor, actores e figurantes reconstituem a Crucificação e cenas prévias da Via Crucis.

Por respeito à narrativa, o actor com o papel de Jesus Cristo veste pouco mais que uma túnica. Enfia-se num blusão de Inverno e reaquece-se de cada vez que o ensaio é pausado para reparos e correcções.

Uns poucos flocos de neve errantes que lhe caem sobre o cabelo e o rosto atraiçoam a realidade histórica e agravam o castigo que, assim nos parece, está longe de terminar.

Daí a uns dias, dezenas de reencenações da Via Crucis haveriam de se desenrolar nos quatro cantos cristãos da Finlândia. A começar pela realizada diante da catedral de Helsínquia.

Também Porvoo teria a sua.

Mesmo sem a imponência arquitectónica do grande templo da capital, é procurada por milhares de forasteiros que a consideram mais pitoresca e a preferem pela beleza do cenário envolvente, feito de casas e armazéns dos séculos XVIII e XIX e de uma Natureza resplandecente.

Laivos de Sol e uma Porvoo que Resplandece a Dobrar

Um bando de corvos levanta de árvores despidas próximas. Esvoaça em redor da catedral e da povoação. Salpica o céu arroxeado de negro e reafirma-se num domínio há muito seu. Relembra-nos de retomarmos o giro.

Com a manhã a chegar a meio, o sol quase a pique começa finalmente a imiscuir-se nas nuvens. Derrete o gelo que resiste sobre as calçadas e reduz o risco de queda latente em cada rua, ruela e ladeira.

Ao sentirem os laivos solares nas fachadas e pelas janelas adentro, os moradores de Porvoo estimulam-se a sair. Uns, varrem neve ainda alva da frente dos seus lares.

Outros, compõem as fachadas, montras e letreiros dos inúmeros estabelecimentos virados para o turismo que dotam a povoação.

Um Passado Mercantil Glorioso

Situada sobre o rio homónimo e, ao mesmo tempo, na iminência da baía de Stensbole e do Golfo da Finlândia, Porvoo cedo se tornou um entreposto comercial fulcral.

As suas gentes preservam uma mesma aptidão histórica para o negócio, agora, adaptada à demanda e oferta renovada pelos visitantes.

Porvoo  começou a surgir, registada como cidade, durante o século XIV. Antes disso, ainda dominada pela tribo tavastiana, lá afluíam mercadores alemães, provavelmente membros da Liga Hanseática que se expandiria a outras partes do norte europeu, incluindo a longínqua cidade norueguesa de Bergen.

Os alemães desembarcavam em Porvoo em número crescente.

De tal maneira que o centro original da povoação se tornou conhecido como Saksala, “o lugar dos alemães”.

 

A Era Sueca de Porvoo. Seguida da Russa

À época, os suecos expandiam o seu território muito à custa de povos nativos e pagãos da actual Escandinávia e em torno.

Após uma segunda cruzada instigada pela igreja Católica, a meio do século XIII, arrebataram, por fim, Porvoo aos tavastianos.

Promoveram a colonização da região por agricultores provindos do âmago da Suécia e que atraíam com a oferta de terras, gado, sementes e a isenção dos impostos devidos à Coroa.

Porvoo desenvolveu-se em proporções comparáveis apenas às de Turku e Ulvila. Avancemos até ao século XVIII.

A Rússia tomou Viborg à Suécia. A sede episcopal de Viborg mudou-se para Porvoo. O número de religiosos e crentes que acompanharam os bispos fez de Porvoo a segunda maior cidade do território actual da Finlândia.

Como acontecia amiúde, nesses tempos, a cidade aumentava e evoluía a bom ritmo quando um incêndio incontrolável destruiu quase dois terços dos edifícios.

Não tivesse sido esta catástrofe, o casario de Porvoo que tanto encanta quem o admira poderia ser muito mais antigo.

Voltamos a cruzá-lo pela Jokikatu, uma das ruas pedestres locais, como duas ou três paralelas, repletas de cafezinhos, lojas de artesanato, antiquários, restaurantes e afins.

O afago solar intermitente encoraja um casal a instalar-se, híper-agasalhado, numa esplanada recém-aberta.

Esses mesmos inesperados laivos luminosos convencem-nos a descermos para a beira-rio, a atravessarmos a ponte e a apreciarmos Porvoo com a bênção do grande astro.

Pelo caminho, nuvens mais rápidas que as nossas passadas, sequestram e voltam a libertar o fulgor solar.

Do meio da ponte Uusi, confrontamo-nos com a frente de armazéns seculares em que os comerciantes guardavam os produtos por ali transaccionados, de um vermelho uniforme que destoa tanto da alvura circundante como do cada vez mais descoberto, azul-celeste.

Por ali se guardaram e venderam, séculos a fio, sobretudo manteiga, madeira, peixe seco, tecidos e, também, o providencial alcatrão.

Hoje, quase todos cafés e ravintolas (restaurantes) conceituados, reescrevem, com requinte, o passado de cargas e descargas, de embarques e desembarques, para os navios oriundos de outras partes do Golfo da Finlândia.

À época, no oriente-sul do Golfo, São Petersburgo continuava a emular Paris, de acordo com os ensejos expansionistas do cada vez mais ameaçador Império Russo.

Como temido, em 1808, os Russos conquistaram o território da Finlândia ao Império Sueco.

Nesse baralhar histórico e político, Porvoo acolheu uma Dieta (assembleia legislativa) que se arrastou por quatro meses e que teve como principal resultado a declaração do czar Alexandre I de que a Finlândia assumiria um estatuto de Grande Ducado autónomo.

O Contributo para a Passagem da Autonomia à Independência da Finlândia

Mesmo desprovida de tal intenção, essa decisão tornou-se predecessora da independência da Finlândia que, não obstante, só chegaria mais de um século depois, pouco antes do término da 1ª Guerra Mundial.

Uma das máximas da consciência nacional finlandesa, com crescendo significativo em Porvoo, foi o denominado mote Fenomman:

“Suecos já não somos,

 Russos não nos podemos tornar

 Como tal, teremos que ser Finlandeses”

Em Porvoo, num tempo de iminente adesão à NATO, de costas viradas para o Leste, pouco ou nada resta da submissão à Rússia.

O sueco é falado, tanto ou mais que noutras regiões do ocidente suómi.

A velha Porvoo mantém-se tão finlandesa quanto a Finlândia pode deslumbrar.

Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum "Barco do Amor". Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Ilha Hailuoto, Finlândia

À Pesca do Verdadeiro Peixe Fresco

Abrigados de pressões sociais indesejadas, os ilhéus de Hailuoto sabem sustentar-se. Sob o mar gelado de Bótnia capturam ingredientes preciosos para os restaurantes de Oulu, na Finlândia continental.
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Helsínquia, Finlândia

A Filha Suomi do Báltico

Várias cidades cresceram, emanciparam-se e prosperaram à beira deste mar interior do Norte. Helsínquia lá se destacou como a capital monumental da jovem nação finlandesa.
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Cansaço em tons de verde
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Emma
Cidades
Melbourne, Austrália

Uma Austrália “Asienada”

Capital cultural aussie, Melbourne também é frequentemente eleita a cidade com melhor qualidade de vida do Mundo. Quase um milhão de emigrantes orientais aproveitaram este acolhimento imaculado.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Cultura
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Sal Muito Grosso
Em Viagem
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Efate, Vanuatu, transbordo para o "Congoola/Lady of the Seas"
Étnico
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a “Survivor”

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Verão Escarlate
História

Valência a Xàtiva, Espanha

Do outro Lado da Ibéria

Deixada de lado a modernidade de Valência, exploramos os cenários naturais e históricos que a "comunidad" partilha com o Mediterrâneo. Quanto mais viajamos mais nos seduz a sua vida garrida.

Graciosa, Açores, Monte da Ajuda
Ilhas
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Picos florestados, Huang Shan, China, Anhui, Montanha Amarela dos Picos Flutuantes
Natureza
Huang Shan, China

Huang Shan: as Montanhas Amarelas dos Picos Flutuantes

Os picos graníticos das montanhas amarelas e flutuantes de Huang Shan, de que brotam pinheiros acrobatas, surgem em ilustrações artísticas da China sem conta. O cenário real, além de remoto, permanece mais de 200 dias escondido acima das nuvens.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Vista aérea das quedas de água de Malolotja.
Parques Naturais
Reserva Natural de Malolotja, eSwatini

Malolotja: o Rio, as quedas d’água e a Reserva Natural Grandiosa

Meros 32km a nordeste da capital Mbabane, sobre a fronteira com a África do Sul, ascendemos a terras altas, rugosas e vistosas de eSwatini. Por lá flui o rio Malolotja e se despenham as cascatas homónimas, as mais altas do Reino. Manadas de zebras e de antílopes percorrem os pastos e florestas em redor, numa das reservas com maior biodiversidade do sul de África.  
Casario de Gangtok, Sikkim, Índia
Património Mundial UNESCO
Gangtok, Índia

Uma Vida a Meia-Encosta

Gangtok é a capital de Sikkim, um antigo reino da secção dos Himalaias da Rota da Seda tornado província indiana em 1975. A cidade surge equilibrada numa vertente, de frente para a Kanchenjunga, a terceira maior elevação do mundo que muitos nativos crêem abrigar um Vale paradisíaco da Imortalidade. A sua íngreme e esforçada existência budista visa, ali, ou noutra parte, o alcançarem.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Personagens
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Vilanculos, Moçambique, Dhows percorrem um canal
Praias
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
Queima de preces, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao
Religião
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Sociedade
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Bwabwata Parque Nacional, Namíbia, girafas
Vida Selvagem
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.