Twyfelfontein - Ui Aes, Namíbia

À Descoberta da Namíbia Rupestre


Paisagem Cársica
O “Adventure Camp”
Contemplação a Dois
O vale de Aba-Huab
Monte Cársico
Desconfiança nas Alturas
Vale Rosado
Paquiderme
Rio Vegetal
Silhuetas ao Ocaso
O “Adventure Camp II”
Entre Avestruzes
Himba vs Herero
Calau
Curiosidade a Dobrar
Ao Alcance
Estrada fora
Manada ocupada
“Lion Man” e cia
“Adventure Camp”, quase noite
Durante a Idade da Pedra, o vale hoje coberto de feno do rio Aba-Huab, concentrava uma fauna diversificada que ali atraía caçadores. Em tempos mais recentes, peripécias da era colonial coloriram esta zona da Namíbia. Não tanto como os mais de 5000 petróglifos que subsistem em Ui Aes / Twyfelfontein.

Não têm conta as rochas e calhaus amarelados, empilhados com a arte dos milénios que compõem a montanha pedregosa, em forma de baleia, a que se encostou o Twyfelfontein Adventure Camp que nos abriga.

Acabados de chegar do litoral de Swakopmund, rendemo-nos num ápice ao surrealismo lítico do lugar. Um trilho-escadaria instalado pelo lodge facilita-nos a ascensão ao cimo do monte, frequentado, pelos hóspedes, sobretudo para contemplação do ocaso.

Há muito e, para sempre, deslumbrados com a peculiaridade da paisagem namibiana, conquistamo-lo mais de uma hora antes, com tempo de apreciarmos a vastidão do sul de Kunene em redor, a uns quase 360º.

Vários outros montes daquele mesmo crumble de dolomite salpicavam-na até perder de vista, intersectados por duas das estradas que servem a zona.

A distância revelava-nos ainda mesetas com topos rosados ou ocres destoantes.

Tanto a norte como a sul da ilha cársica que nos sustinha, insinuavam-se linhas densas de vegetação.

Irrigavam-nas o leito do rio Aba-Huab, por essa altura, subterrâneo mas, chegada a época das chuvas fulminante da Namíbia, uma torrente enlameada que levava tudo à frente.

Como viríamos a compreender, o Aba-Huab e o Huab eram, havia muito, as artérias que concediam a vida.

O Twyfelfontein Adventure Camp provava-se apenas um capricho de requinte no ecossistema ancestral daquele domínio de África.

No Cimo do Twyfelfontein Adventure Camp, à espera da Magia Crepuscular

Com o sol a descer sobre as montanhas a leste, os hiracoides recolhem às suas tocas.

Os hóspedes do lodge aparecem e servem-se de bebidas no bar improvisado entre pedregulhos.

Sentam-se nos assentos providenciados, cirandam pelas orlas panorâmicas da elevação.

O grande astro não tarda a sumir-se.

Tinge aquela Namíbia de rosados, lilases e até purpuras que lhe reforçam o visual já de si extraterrestre.

Escurece.

O Espaço cintilante reclama a sua dose de protagonismo, com rival único nas instalações iluminadas do lodge.

Lá se reunia, em volta da sala de jantar, uma comunidade multinacional privilegiada.

Por aqueles lados, tanto como o ocaso e o arrebol que o remata, a aurora e o seu próprio lusco-fusco representavam estímulos que começávamos a ansiar.

Dormimos aconchegados pela exaustão. Sobre a aurora, saímos em busca do Aba-Huab.

Pelo rio Aba-Huab seco acima

Guia o jipe e guia-nos a nós, Lucas, descendente de família angolana que, quando grassava a destrutiva Guerra Civil de Angola, se viu forçada a migrar para sul.

Lucas esforça-se por nos saudar com o pouco que sabia de português.

Até que outros passageiros o interrompem e reorientam para a incursão.

Passamos por boa parte das tendas do Twyfelfontein Adventure Camp.

Contornamos o monte cársico que o acolhia pelo seu norte. Logo, flectimos para sul e para uma planície coberta de um feno amarelado.

Twyfelfontein e a Fauna em Redor do vale do Aba-Huab

Instantes depois, avistamos avestruzes e antílopes kudus. No encalço de um outro jipe que tinha saído primeiro, Lucas desce para a pista arenosa do Aba-Huab seco.

Seguimos-lhe os meandros e trejeitos, entre árvores mopane, espinhos-de-camelo e outros tipos de acácias em que pululavam calaus curiosos.

Sem que o esperássemos, da folhagem áspera, despontam os pescoços e cabeças de girafas.

Uma, duas, três. Várias mais.

Adultas, crias, numa comunidade relativamente habituada à presença humana e que, como tal, tolerava a nossa aproximação.

Lucas mostra-se satisfeito com aquele avistamento tão rápido e fácil.

Os passageiros a bordo, partilham um mesmo entusiasmo.

Os Elefantes do Deserto de Damaraland

O guia sabia, no entanto, que as vedetas da fauna local eram outras.

De olho nas pegadas e fezes sobre o leito do rio, de ouvido nas comunicações chegadas de outros jipes, depressa as situou e revelou.

Uma grande manada de elefantes do deserto, mais de quinze, por serem de um bioma com menos alimento e água, substancialmente menores do que os seus congéneres da savana verdejante.

Devido a viverem em função da água, humidade e vegetação deste e de outros rios efémeros, habituados a avistarem as gentes namibianas e os visitantes a bordos de jipes.

De acordo, os paquidermes pouco ou nada se importunam ou reagem.

Apenas uma cria mais reguila decide manifestar indignação.

Finge investir e, para gáudio comunal, com a trombinha, atira terra na nossa direcção.

Relembramos que o rio Aba-Huab e o Huab a que se junta são os principais sustentos da flora e da fauna da região.

Há muito que tornam a Namíbia em redor menos desértica e ali atraem e mantêm uma panóplia de espécies.

Aba-Huab e Huab, fontes de Vida Fluvial que vêm da Idade da Pedra

Sabe-se, aliás, que, durante a Idade da Pedra, entre há 6000 e há 2000 anos, a zona era ainda mais vegetada e que os animais a frequentavam em maior abundância.

Encontramos o sítio com maior concentração de arte rupestre da Namíbia, Ui Aes (na língua nativa damara, Twyfelfontein no dialecto afrikans), a meros 9km do lodge homónimo.

Ocupa outra cordilheira de montes cársicos, habitados por lagartos e colónias prolíficas de hiracoides.

Lá, uma guia com pele negróide mas feições quase caucasianas acolhe-nos sob um céu azulão que combinava com o ocre rochoso.

Leva-nos aos petróglifos mais famosos, de entre os quase cinco mil que se estimam.

As Teorias em volta do petróglifo “Lion Man” e de outros mais

Seguimo-la pelo trilho do “Lion Man” assim denominado por conduzir a uma gravura de um leão com uma presa na boca, cinco dedos em cada pata e uma longa cauda levantada em L.

Estas últimas peculiaridades levaram alguns estudiosos a afirmar que se tratava, na realidade, de um homem, para o caso, um xamã a transformar-se num leão.

Na mesma face da mesma rocha ocre, cercam-no uma girafa, kudus e distintos antílopes, rinocerontes e outros.

Em mais de doze aglomerados de rochas próximos, constam também órix, avestruzes, flamingos e zebras.

Determinadas gravuras exibem figuras humanas e humanas-animais, caso do Kudu Dançante.

Outras ainda, revelam padrões geométricos, os animais retratados com linhas de movimento que os estudiosos afirmam serem consequência do transe em que entravam os xamãs durante rituais.

Como acontece com a do “Lion Man”, uma teoria facilmente rebatível.

Nos milénios e na ocupação, seguiram os caçadores-recolectores San, os pastores de etnia KhoiKhoi (damara/nama) que subsistem na Namíbia.

E, em tempos recentes, os colonos alemães e os afrikaners da África do Sul que, pelo menos em parte, substituíram os germânicos nas suas colónias de até à derrota na 1ª Guerra Mundial

Ui Aes / Twyfelfontein: a Inusitada História Colonial

Malgrado a sua importância histórica, Ui Aes / Twyfelfontein só foi declarada Monumento Nacional, pelas autoridades sul-africanas, em 1952. Mesmo assim, permaneceu desprotegido até 1986.

E só em 2007, viu o seu estatuto de Património Universal concedido pela UNESCO.

Como consequência, foi erguido um lodge (o Twyfelfontein Country Lodge) sobre o que é considerado o Lugar das Cerimónias ancestrais. Deparamo-nos também com as ruínas de uma antiga casa rural de estrutura europeia.

Ui Aes / Twyfelfontein manteve-se livre de colonos de origem europeia até pouco depois da 2ª Guerra Mundial.

Por essa altura, uma seca trágica fez com que agricultores bóeres lá se tivessem instalado, na esperança que a proximidade dos rios e uma nascente específica lhes viabilizassem a existência.

Um colono em particular, David Levin, dedicou-se a estudar a fiabilidade da tal nascente, que encontrou, mas de que não conseguiu obter água suficiente para os seus cultivos e criação de gado.

E a Origem não menos Rara do nome Twyfelfontein

Um amigo te-lo-á alcunhado de David Twyfelfontein, traduzível por “David duvida da nascente”, ou “David nascente duvidosa”. Em 1948, o próprio David Levin registou a sua propriedade com esse nome jocoso.

Em 1963, a quinta foi integrada no Plano Odendaal (1963) de reorganização étnica da África do Sul sob o regime do Apartheid.

Dois anos volvidos, mais de uma década após o início da investigação científica das gravuras, os colonos bóeres deixaram a zona, mais para sul e de volta à África do Sul.

O nome Twyfelfontein, esse, ficou, a par com o Ui Aes nativo. Tal como ficaram as milhares de obras de arte da Idade da Pedra locais.

Agora, devidamente valorizadas e protegidas, espera-se que para sempre.

COMO IR

TAAG – Linhas Aéreas de Angola:  Voo Lisboa – Luanda – Windhoek (Namíbia) em TAAG: www.taag.com por a partir de 750€.

Reserve o seu programa de viagem na Namíbia com a Lark Journeys: www.larkjourneys.com

Whats App: +264 81 209 47 83

FB e Instagram: Lark.Journeys

Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Malealea, Lesoto

A Vida no Reino Africano dos Céus

O Lesoto é o único estado independente situado na íntegra acima dos mil metros. Também é um dos países no fundo do ranking mundial de desenvolvimento humano. O seu povo altivo resiste à modernidade e a todas as adversidades no cimo da Terra grandioso mas inóspito que lhe calhou.
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay

Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Spitzkoppe, Damaraland, Namíbia

A Montanha Afiada da Namíbia

Com 1728 metros, o “Matterhorn Namibiano” ergue-se abaixo das dez maiores elevações da Namíbia. Nenhuma delas se compara com a escultura granítica, dramática e emblemática de Spitzkoppe.
PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
Palmwag, Namíbia

Em Busca de Rinocerontes

Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Visitantes nos Jameos del Água
Arquitectura & Design
Lanzarote, Ilhas Canárias

A César Manrique o que é de César Manrique

Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Verificação da correspondência
Cerimónias e Festividades
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Ribeira Grande, Santo Antão
Cidades
Ribeira Grande, Santo AntãoCabo Verde

Santo Antão, Ribeira Grande Acima

Na origem, uma Povoação diminuta, a Ribeira Grande seguiu o curso da sua história. Passou a vila, mais tarde, a cidade. Tornou-se um entroncamento excêntrico e incontornável da  ilha de Santo Antão.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Sol e coqueiros, São Nicolau, Cabo Verde
Cultura
São Nicolau, Cabo Verde

São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

Partidas forçadas como as que inspiraram a famosa morna “Sodade” deixaram bem vincada a dor de ter que deixar as ilhas de Cabo Verde. À descoberta de Saninclau, entre o encanto e o deslumbre, perseguimos a génese da canção e da melancolia.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Em Viagem
Moçamedes ao PN Iona, Namibe, Angola

Entrada em Grande na Angola das Dunas

Ainda com Moçâmedes como ponto de partida, viajamos em busca das areias do Namibe e do Parque Nacional Iona. A meteorologia do cacimbo impede a continuação entre o Atlântico e as dunas para o sul deslumbrante da Baía dos Tigres. Será só uma questão de tempo.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Étnico
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, Varandas Avenida Marítima
História
Santa Cruz de La Palma, Canárias

A Viagem na História de Santa Cruz de La Palma

Começou como mera Villa del Apurón. Chegado o séc. XVI, a povoação não só tinha ultrapassado as suas dificuldades como era já a terceira cidade portuária da Europa. Herdeira dessa abençoada prosperidade, Santa Cruz de La Palma tornou-se uma das capitais mais elegantes das Canárias.
ilha de Alcatraz, Califórnia, Estados Unidos
Ilhas
Alcatraz, São Francisco, E.U.A.

De Volta ao Rochedo

Quarenta anos passados sobre o fim da sua pena, a ex-prisão de Alcatraz recebe mais visitas que nunca. Alguns minutos da sua reclusão explicam porque o imaginário do The Rock arrepiava os piores criminosos.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Motociclista no desfiladeiro de Sela, Arunachal Pradesh, Índia
Natureza
Guwahati a Sela Pass, Índia

Viagem Mundana ao Desfiladeiro Sagrado de Sela

Durante 25 horas, percorremos a NH13, uma das mais elevadas e perigosas estradas indianas. Viajamos da bacia do rio Bramaputra aos Himalaias disputados da província de Arunachal Pradesh. Neste artigo, descrevemos-lhe o trecho até aos 4170 m de altitude do Sela Pass que nos apontou à cidade budista-tibetana de Tawang.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Os vulcões Semeru (ao longe) e Bromo em Java, Indonésia
Parques Naturais
PN Bromo Tengger Semeru, Indonésia

O Mar Vulcânico de Java

A gigantesca caldeira de Tengger eleva-se a 2000m no âmago de uma vastidão arenosa do leste de Java. Dela se projectam o monte supremo desta ilha indonésia, o Semeru, e vários outros vulcões. Da fertilidade e clemência deste cenário tão sublime quanto dantesco prospera uma das poucas comunidades hindus que resistiram ao predomínio muçulmano em redor.
New Orleans luisiana, First Line
Património Mundial UNESCO
New Orleans, Luisiana, E.U.A.

A Musa do Grande Sul Americano

New Orleans destoa dos fundos conservadores dos E.U.A. como a defensora de todos os direitos, talentos e irreverências. Em tempos francesa, para sempre afrancesada, a cidade do jazz inspira, a novos ritmos contagiantes, a fusão de etnias, culturas, estilos e sabores.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Personagens
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Barcos fundo de vidro, Kabira Bay, Ishigaki
Praias
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.
Intervenção policial, judeus utraortodoxos, jaffa, Telavive, Israel
Religião
Jaffa, Israel

Protestos Pouco Ortodoxos

Uma construção em Jaffa, Telavive, ameaçava profanar o que os judeus ultra-ortodoxos pensavam ser vestígios dos seus antepassados. E nem a revelação de se tratarem de jazigos pagãos os demoveu da contestação.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sociedade
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Transpantaneira pantanal do Mato Grosso, capivara
Vida Selvagem
Pantanal do Mato Grosso, Brasil

Transpantaneira, Pantanal e Confins do Mato Grosso

Partimos do coração sul-americano de Cuiabá para sudoeste e na direcção da Bolívia. A determinada altura, a asfaltada MT060 passa sob um portal pitoresco e a Transpantaneira. Num ápice, o estado brasileiro de Mato Grosso alaga-se. Torna-se um Pantanal descomunal.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.