Parque Nacional Everglades, Flórida, E.U.A.

O Grande Rio Ervado da Flórida


Airboat no Caminho
Árvore Só
Garça Cinzenta
Em recarga
Doca dos Airboats
Pouso do Íbis
Dorso Reptílineo
Airboat USA
Timoneiro de airboat
Canais e mais Canais
Lago verdejante
Riscos & Sombras
Em Recarga II
Canal nos Carriços
O Guia
everglades-florida-estados-unidos-arredores-miami
Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.

Barulhentos e polémicos a condizer, os tours a bordo de airboats abundam por uma razão óbvia.

Suplantam as incursões a pé ou de bicicleta a partir do quartel-general do parque nacional, demasiado caras, que se mantêm à beira de uns poucos canais e quase nada revelam.

Assumimos, assim, a necessidade de subimos a bordo de um dessas embarcações excêntricas que zarpam da beira da Highway 41, uma de duas que partem do litoral Atlântico, cruzam Miami e, na companhia de canais, sulcam a imensidão alagada a oeste.

Num ápice, deixamos a margem florestada contígua ao asfalto para o pântano circundante.

Removemos os tampões dos ouvidos de cada vez que, no seu posto sobranceiro e ao longo do percurso, o timoneiro fazia diminuir a rotação do motor para comunicar.

Tão flutuante como ruidosa, a embarcação navegava, ora sobre água escura, ora sobre o matagal de carriço (cyperaceae juss) que dela despontava.

A Fauna Prolífica do Parque Nacional Everglades

Decorridos outros breves instantes, já a realidade ilustrava a teoria zoológica debitada a salvo do motor.

Garças de distintas subespécies, íbis, colhereiros e outras criaturas asadas descolavam para o céu azul polvilhado de branco.

Dezenas de alligators veem-se forçados a interromper o seu recarregamento ao sol e submergiam para as funduras tom de coca-cola do Parque Nacional Everglades.

Disseminados pelos mais de 610 mil hectares protegidos pelo parque nacional homónimo (uma área bem maior não protegida), os jacarés são, desde sempre, o animal mais procurado nestes giros e o protagonista.

Outros, mamíferos em vez de répteis, ocupam lugares alternativos nesse estrelato. É o caso dos peixe-boi que, por norma, se mantêm junto a nascentes de água-doce.

E dos pumas-da-florida. Mesmo sob atenção especial, recuperados de apenas trinta nos anos 90 para mais de 200 na actualidade, concentrados em refúgios mais para norte do parque, estes felinos endémicos raramente são avistados pelo comum visitante.

Uma Invasão de Espécies Daninhas

Na Flórida – como noutros estados dos E.U.A – a aquisição e posse de espécies exóticas tornou-se moda. Em pouco tempo, vitimou tanto os Everglades como o puma-da-florida.

Moradores pouco informados ou conscientes da região lá se livram de peixes de aquário e de viveiro, iguanas, lagartos monitores, papagaios e periquitos. Nenhuma outra espécie adicionada causa tanto dano como as pitons birmanesas e as anacondas-verdes.

Mesmo se estas visam amiúde os jacarés e com eles se confrontam, várias das suas presas predilectas são as favoritas dos pumas-da-flórida, com destaque para os veados-de-cauda-branca que têm diminuído em diversas zonas do pantanal floridense.

Os Nativos da Flórida e a Intrusão Pioneira do Espanhol Ponce de León

Noutros tempos, tanto os répteis como os felinos eram bem mais abundantes. Cruzar, explorar os Everglades só estava à altura dos nativos da zona, conhecedores dos seus quatro cantos.

Ainda assim, pouco depois do desembarque pioneiro de Juan Ponce de León (1513) no litoral do que viria a baptizar de Florida, os conquistadores espanhóis desafiaram a resistência das tribos nativas Calusa e Tequesta e puderam sondar as orlas da península inundada.

Em vez de encontrarem a Fonte da Juventude que se diz que Ponce de León buscava, apoderaram-se de todo o actual território do estado.

Os indígenas não habitavam as terras alagadas da Florida. Em vez, de tempos a tempos, cruzavam-nas em expedições de caça ou em migrações para outros recantos mais proveitosos da região.

Durante mais de dois séculos de confronto e convivência com os espanhóis, com a sua ganância e com as doenças que traziam da Europa, os indígenas viram as suas tribos e modos de vida degenerarem.

Depois dos Espanhóis, a Arqui-Rival Grã-Bretanha e os E.U.A. Independentes

Chegado o final do século XVIII, a Grã-Bretanha procurava já apoderar-se da colónia hispânica. Sem forma de o evitar, os espanhóis capturaram muitos indígenas sobreviventes e transferiram-nos para Havana.

Outros nativos, mantiveram-se a salvo dos captores. Integraram uma nação indígena distinta – a Seminole – formada no norte da Florida.

Essa nação, foi ainda reforçada e complexificada por milhares de negros livres e escravos foragidos sobretudo da vizinha Geórgia, que a ela se associaram.

Se, apesar de algumas estradas, canais e infraestruturas, os Everglades continuam a revelar-se selvagens e inóspitos, imagine-se o que seriam então do século XVI ao XVIII, quando boa parte permanecia inexplorada pelos europeus.

Em pouco tempo, esse cenário natural e imaculado mudou.

As Guerras Seminoles e a Passagem da Flórida para os Estados Unidos

Decorrido quase meio século da Declaração de Independência dos E.U.A., os norte-americanos insistiam em aumentar o território da nação à conta dos indígenas norte-americanos.

No caso dos Seminoles, o bloqueio nativo provava-se danoso a dobrar. Os indígenas rechaçavam os colonos.

Como se não bastasse, acolhiam nas suas terras (oficialmente espanholas) escravos que fugiam das fazendas da Geórgia. Forçavam, assim, amiúde, os proprietários das fazendas a cruzarem a fronteira em busca da mão-de-obra em falta. Obrigaram, aliás, o próprio exército dos Estados Unidos a fazê-lo.

Em 1817, pretensamente irado pela indignação dos espanhóis, o futuro 7º Presidente dos E.U.A., General Andrew Jackson, conduziu nova expedição transfronteiriça. Arrasou várias povoações Seminole e ocupou a região floridense de Pensacola.

Esta investida dos Estados Unidos leva-nos de volta ao interior intimidante dos Everglades.

Decorridos outros três anos, Espanha assumiu que não conseguiria sustentar a defesa da isolada Florida. Negociou o território com os Estados Unidos.

O intensificar do conflito dos E.U.A. com os Seminoles (guerra de 1835-1842) empurrou os nativos para o sul da Flórida.

Também para o cerne do imenso rio ervado em que depressa se habituaram a viver. E em que sabiam que as forças estadounidenses se veriam em apuros para os combater.

Nem aí os americanos deixaram os nativos em paz. A perseguição garantiu-lhes a submissão dos Seminole, a sua fuga para paragens improváveis, caso das ilhas e caios das Florida Keys ou o desterro em território de Oklahoma que os EUA preservaram índio.

Ditou ainda a exploração branca pioneira da maior parte dos Everglades.

O Refúgio dos Seminole nos Everglades

Em 1913, os indígenas Seminole que se mantinham naquele pantanal tão distinto do pantanal sul-americano eram pouco mais que trezentos. Habitavam raras pequenas ilhas que despontam de pontos elevados, secos, pejados de árvores.

Alimentavam-se de tudo um pouco o que a fauna e flora generosa em redor lhes concedia:

canjica, raízes de plantas, peixe, tartaruga, carne de veado e de outros animais.

Avancemos até 1930.

A abertura do trilho Tamiami, a actual Highway 41 que percorremos desde Miami e que bissectou os Everglades, a par de diversos projectos de drenagem, ditou o fim do seu isolamento.

O Protagonismo dos Seminole na Vastidão Alagada

Hoje, os Seminole habitam a cidade de Everglades que ergueram.

Trabalham em plantações, ranchos e pequenos negócios turísticos.

Servem de guias, tratadores de jacarés, artesãos e até de corpo de bombeiros, sempre que fogos ameaçam disseminar-se.

Subsistem ainda seis reservas de etnias Seminole e Miccosukke na Flórida.

Duas delas, as de Big Cipress e de Imokalee situam-se bem no âmago dos Everglades, a relativamente pouca distância das grandes urbes floridenses que, a partir do litoral, exercem pressão ambiental sobre a vastidão alagada.

Num dos voos que fazemos com destino a Miami, ao fim da tarde, o avião entra numa fila de aproximação à pista.

A Incompatibilidade da Civilização com a Preservação do Parque Nacional Everglades

O piloto vê-se forçado a dar duas voltas sobre o Parque Nacional Everglades, entre nuvens dispersas que lhe impõem as suas sombras e jogos de luz.

Durante algum tempo, maravilhamo-nos com os distintos padrões da sua superfície. Uns, preenchidos quase por completo por água.

Outros, cobertos de vegetação salpicada de lagoas.

Outros ainda, riscados por rios e canais lentos e multidirecionais, um estranho labirinto verde que as tempestades e furacões que, com frequência, assolam a península da Flórida, alteram e voltam a alterar.

Por fim, o avião recebe autorização para aterrar.

A aproximação a Miami revela-nos o quanto a cidade e os seus arredores se expandiam para dentro dos Everglades, com mais canais, estradas e urbanização.

Condomínios e campos de golfe enfiados em lagos. Armazéns, salinas, prisões e tantas estruturas invasivas que nos faltou compreender.

Suficientes para validarem a inquietação de se, mesmo imensos, os Everglades seriam mesmo para sempre.

COMO IR

Reserve e voe com TAP Air Portugal: www.flytap.com  A TAP voa, directo, de Lisboa para Miami, todos os dias.

Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica

A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

A Rampa de Lançamento do Programa Espacial Americano

De viagem pela Flórida, desviamos da órbita programada. Apontamos ao litoral atlântico de Merrit Island e do Cabo Canaveral. Lá exploramos o Kennedy Space Center e acompanhamos um dos lançamentos com que a empresa Space X e os Estados Unidos agora almejam o Espaço.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Maguri Bill, Índia

Um Pantanal nos Confins do Nordeste Indiano

O Maguri Bill ocupa uma área anfíbia nas imediações assamesas do rio Bramaputra. É louvado como um habitat incrível sobretudo de aves. Quando o navegamos em modo de gôndola, deparamo-nos com muito (mas muito) mais vida que apenas a asada.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Ilha de Miyajima, Xintoismo e Budismo, Japão, Portal para uma ilha sagrada
Cerimónias e Festividades
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Moscovo, Kremlin, Praça Vermelha, Rússia, rio Moscovo
Cidades
Moscovo, Rússia

A Fortaleza Suprema da Rússia

Foram muitos os kremlins erguidos, ao longos dos tempos, na vastidão do país dos czares. Nenhum se destaca, tão monumental como o da capital Moscovo, um centro histórico de despotismo e prepotência que, de Ivan o Terrível a Vladimir Putin, para melhor ou pior, ditou o destino da Rússia.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Kiomizudera, Quioto, um Japão Milenar quase perdido
Cultura
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Tsitsikamma Parque Nacional
Em Viagem
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
vale profundo, socalcos arroz, batad, filipinas
Étnico
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

real de Catorce, San Luís Potosi, México, Capela de Guadalupe
História
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

A Depreciação da Prata que Levou à do Pueblo (Parte II)

Com a viragem para o século XX, o valor do metal precioso bateu no fundo. De povoação prodigiosa, Real de Catorce passou a fantasma. Ainda à descoberta, exploramos as ruínas das minas na sua origem e o encanto do Pueblo ressuscitado.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Ilhas
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Espargos, ilha do Sal, Cabo Verde
Natureza
Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Dunas da ilha de Bazaruto, Moçambique
Parques Naturais
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
tarsio, bohol, filipinas, do outro mundo
Património Mundial UNESCO
Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Fila Vietnamita
Praias

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Religião
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Ilha Sentosa, Singapura, Família em praia artificial de Sentosa
Sociedade
Sentosa, Singapura

A Evasão e a Diversão de Singapura

Foi uma fortaleza em que os japoneses assassinaram prisioneiros aliados e acolheu tropas que perseguiram sabotadores indonésios. Hoje, a ilha de Sentosa combate a monotonia que se apoderava do país.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Tombolo e Punta Catedral, Parque Nacional Manuel António, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Manuel António, Costa Rica

O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.