Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra


Check email
Ancião passa por uma banca encerrada de comunicações e serviços electrónicos da ilha Elefantina.
Uma estranha expedição
Caravana de visitantes estrangeiros a camelo e guias avança para o interior do deserto.
Carga à cabeça
Moradora núbia equilibra um contentor numa das muitas ruelas coloridas da ilha Elefantina.
Chaveiro Divino
Abdul Kareem, guardião núbio do templo de Ramsés II.
1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.

Chegamos avisados de que Assuão era uma das cidades mais solarengas, secas e quentes do Mundo.

O novo dia comprovava-o.

Em breve, seríamos tostados por um sol tórrido e por bem mais que 40º.

Tínhamos despertado com a visão fabulosa de um casario multicolor e garrido como que encalhado no meio do rio.

A vista pitoresca revelou-se-nos sobre a alvorada e impingiu-se-nos por um bom tempo.

Quando chegou a hora de decidirmos para onde nos queríamos virar primeiro na grande Assuão, a ilha Elefantina – antigo quartel-general militar e religioso do poderoso reino de Abu –  de que fazia parte, revelou-se prioritária.

Subimos a escada de portaló do navio, demos umas dezenas de passos e voltamos a descer uma outra que conduzia a um pequeno pontão coberto.

Dali, partiam as balsas que atravessavam um dos dois braços do Nilo, ambos criados pelo destino que almejávamos, a umas poucas dezenas de metros.

Situada pouco a norte da primeira das Cataratas do Nilo – são várias, neste seu trecho – a ilha Elefantina abrigou o assentamento mais antigo de Assuão.

Casario multicolor das pequenas povoações tradicionais da ilha Elefantina, Siou e Koti.

Foi conhecida como Abu, um termo que significava tanto elefante como marfim em antigo egípcio e que, como o actual, traduzia a importância que ilha então tinha no comércio de marfim.

Por volta de 3000 a.C., recebeu uma fortaleza que marcava a derradeira fronteira meridional dos povos egípcios e acolhia os exércitos que enfrentavam a temida inimiga do sul, a Núbia.

Há três mil anos, os habitantes de Abu adoravam dezenas de divindades sortidas, muitas delas tomadas de empréstimo dos vizinhos do norte.

Os tempos são outros. Vários séculos após a tempestade de areia maometana que percorreu o norte de África, também a maior parte das gentes de Assuão se islamizaram e se vestem e comportam a condizer.

Morador transporta uma bilha de gás. Um burro carrega-os a ambos.

Ainda durante a travessia, um de vários passageiros masculinos de longas barbas e rosto austero comunicou-me: “está numa zona só para as mulheres.

Tem que mudar de lugar.” Acatei a norma, fiz-lhes companhia e, tudo levava a crer, em nome do Islão, vi-me forçado a deixar a Sara sozinha nos instantes de navegação que faltavam.

Já desembarcados na ilha, não tardámos a constatar que éramos os únicos forasteiros a por ali deambular de câmaras fotográficas penduradas no pescoço e que os moradores tanto de Siou como de Koti – assim se chamavam as aldeias – delas fugiam ou se protegiam.

Moradora núbia passa por um solo semi-regado por roupa lavada, em Elefantina.

Deixámo-nos perder nos becos e ruelas sem qualquer receio. Estivéssemos onde fosse na ilha longilínea, bastava-nos percorrer menos de quatrocentos metros para oeste ou para leste e voltávamos às margens.

No extremo sul, algo mais distante, encontraríamos as ruínas milenares de Abu, um complexo de templos erguido em honra do deus cabeça de carneiro Khnum, criador da humanidade e da inundação. Outras cabeças ocupavam lugares distintos.

Crânios de crocodilos do Nilo enfeitam a entrada de uma loja de artesanato da ilha Elefantina.

Nos tempos áureos daquela civilização, os dois conceitos andavam lado a lado já que apenas a subida abrupta das águas do Nilo viabilizava a vida.

Frequentes sacrifícios eram levados a cabo com o fim de condicionar o calendário e volume das cheias.

Mas só os vários nilómetros instalados na ilha Elefantina davam uma indicação fidedigna dos níveis do Nilo, da abundância das colheitas e dos impostos reais que lhes estavam associados.

Casario multicolor das pequenas povoações tradicionais da ilha Elefantina, Siou e Koti.

Ao invés da velha cidade templo de Abu, a que a imposição do Cristianismo pela integração desta zona no Império Romano retirou sentido no séc. IV d.C., Siou e Koti, estavam bem vivas.

Nas suas artérias exíguas, mulheres conversavam, cuidavam das crianças.

E escondiam as faces ou vociferavam – por norma de forma maternal e carinhosa, à boa moda núbia – de cada vez que nos atrevíamos a apontar uma da câmaras na sua direcção.

Moradora anciã da ilha Elefantina protege-se do interesse fotográfico dos visitantes estrangeiros.

Encontrávamo-las quase sempre sentadas sobre bancos de cimento ou adobe, mobiliários de rua providenciais anexados à base das suas casas coloridas que lhes proporcionavam longos momentos de convívio ao ar livre.

Enquanto isso, os homens tratavam de tarefas de manutenção ou dos animais domésticos da família.

Duas jovens mulheres conversam ao fim da tarde, contra uma das muitas fachadas coloridas da Ilha Elefantina.

Chegamos a meio da manhã. O sol recoze Assuão. Da cidade, ainda só tínhamos explorado aquele pequeno reduto rústico. Mas, havia mais, muito mais.

À parte de solarenga, quente e seca, Assuão era a derradeira das grandes cidade egípcias.

Tinha uma população de 1.4 milhões que continuava a aumentar, muito devido ao estatuto de capital administrativa, de centro regional burocrático e universitário.

No pino do Verão, Assuão deixava-se anestesiar pelo calor ofegante. Mas, durante a época alta, quando todos os cruzeiros do Nilo pareciam despejar os passageiros nas suas docas, a cidade tornava-se quase tão frenética quanto a famosa Luxor.

Não será de agora.

Os antigos documentos que a identificavam como Swenet (antiga palavra egípcia para comércio) narravam-na como a última fronteira egípcia, a guarnição militar preparada para os confrontos militares contra a Núbia mas também como uma cidade mercado próspera na encruzilhada de várias rotas de caravanas.

Nos dias que correm, o souq local é, aliás, um dos mais amplos e exóticos fora do Cairo.

Em tempos antigos, Assuão acolheu ainda inúmeras pedreiras que forneceram a matéria-prima das pirâmides, dos templos, estátuas colossais e obeliscos milenares com que os visitantes do Egipto se continuam a deliciar no Cairo, Alexandria e Nilo acima ou abaixo.

Os Antigos Egípcios orientavam a prioridade da sua vida em função do correr das águas do Nilo. Assim, Swenet era considerada a cidade que abria o reino.

Fallucas sulcam as águas profundas do rio Nilo que, dentro em pouco, para montante, deixarão de ser navegáveis.

Tal como hoje, pouco após a Primeira Catarata, a navegação era possível até ao Delta do Mediterrâneo.

Já para montante, à parte do afunilamento do rio e de inúmeros outros obstáculos geológicos, no final do século XIX, pressionados pelo crescimento descontrolado da população egípcia, os colonos britânicos dotaram o Nilo daquela que, à data, se tornou a maior barragem do mundo.

Mais tarde, seria ainda aberta uma segunda represa seis quilómetros acima, a Barragem Alta.

Actualmente, a mais antiga já só serve de atracção turística.

Não fosse a longa (1960-1980) Nubian Rescue Campaign da UNESCO e de outras instituições e, património milenar sublime da Núbia como o Templo de Isis  (na ilha de Philae) e o templo de Abu Simbel teriam sido destruídos para sempre pela subida artificial das águas do Nilo e do lago Nasser.

Guardiães do templo de Ramses II conversam na base de uma das enormes estátuas do monumento.

No caso de Abu Simbel, durante quatro anos, uma equipa multidisciplinar e internacional teve que o dividir em 2000 blocos com entre 10 a 40 toneladas.

Voltou a reconstruí-lo no interior de uma montanha a 210 metros da água e 65 metros mais acima.

“Acordem amigos, não se façam de múmias!” grita-nos o guia Edid a querer certificar-se que o seu grupo está todo a pé. São três da manhã. Despertamos com a má disposição de um faraó ludibriado.

Só aos poucos, com o aconchego do pequeno-almoço empacotado, ficamos em condições de partir do cruzeiro ancorado em Assuão para o último dos complexos arqueológicos.

A povoação de Abu Simbel ficava a quase 300 km para sul e a meros 40 km da fronteira com o Sudão, logo, em território que as autoridades egípcias consideravam problemático. Por essa razão, juntamo-nos a uma caravana de jipes que percorre o itinerário a alta velocidade.

Somos os primeiros a chegar. E a ser detectados pelas sentinelas colossais que vigiam o sul a partir do grande templo que Ramsés II dedicou a si próprio e aos deuses Ra-Horakhty, Amun e Ptah.

As quatro estátuas colossais do faraó Ramsés II, em Abu Simbel.

Desafiamo-las, por nossa conta, durante quase vinte minutos. Até que a restante caravana traz a multidão e a hora de anteciparmos a volta a Assuão.

Nessa tarde, o vento sopra sobre o deserto mais cedo que o costume e as fellucas logo invadiram o Nilo com as suas velas em forma de barbatana de tubarão bem esticadas, a sondar por passageiros.

Admiramos a visão encantadora da margem oriental elevada do Nilo e conjecturámos que uma daquelas fellucas nos poderia conduzir a uma vista ainda mais privilegiada sobre Assuão.

Embarcação turística aberta percorre um dos braços do rio Nilo ao longo da ilha Elefantina que o divide.

Cruzámos uma vez mais para a Elefantina. Foi numa doca improvisada da margem de lá da ilha que inaugurámos essa demanda.

O núbio poliglota Mustafá aparece-nos numa jilaba cinzenta, mais que sorridente, obviamente bem com a vida: “Vamos então, navegar?” começa por perguntar-nos, em inglês, apenas para fazer conversa.

O ti

Só tínhamos zarpado há meio minuto quando nos confessa um seu alívio de forma dramatizada mas cómica: “vocês salvaram-me de boa! Sabem que a minha mulher tem que jantar sempre carne. Se não lha levo, morde-me os braços!”

A conversa continua mais divertida que formativa. Entretanto, chegamos à margem ocidental arenosa do Nilo, de onde um enorme grupo de forasteiros acabara de partir a camelo para o deserto.

Nós, mantemos o plano da vista suprema. Apontamos para as alturas do túmulo de Aga Khan III, o 48º Imam, fundador e primeiro presidente da Liga Muçulmana, protector dos direitos dos muçulmanos na Índia.

Dali, com o sol quase a pôr-se, admirámos o fluir do Nilo bifurcado e, de novo, a navegação suave das fellucas, logo, o palmeiral denso e verdejante e, por detrás, o casario disforme e cor-de-deserto de Assuão.

Uma felluca navega pelo Nilo com o casario de Assuão para lá da margem oriental.

À distância, distinguimos ainda o velho Old Cataract Hotel, que se promove com o facto histórico de Agatha Christie lá ter escrito parte do seu famoso romance “Morte no Nilo” e que viria a ser usado como um dos cenários da adaptação cinematográfica com Peter Ustinov e Mia Farrow.

No filme, Simon Doyle assassina a sua esposa e herdeira abastada Linnet Ridgeway com a cumplicidade da amante Jacqueline.

Tudo se passa a bordo do cruzeiro S.S. Karnak numa navegação atribulada ao longo do “sangue do Egipto” que, tendo em conta a sequência das escalas, se provaria de todo impossível no verdadeiro cenário.

O Nilo que admirávamos, esse, não podia ser mais real.

Falluca no rio Nilo ao largo de Assuão e Elefantina.

Vinha das profundezas do lago Victoria e de África.

Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Chiang Khong - Luang Prabang, Laos

Barco Lento, Rio Mekong Abaixo

A beleza do Laos e o custo mais baixo são boa razões para navegar entre Chiang Khong e Luang Prabang. Mas esta longa descida do rio Mekong pode ser tão desgastante quanto pitoresca.
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Edfu a Kom Ombo, Egipto

Nilo Acima, pelo Alto Egipto Ptolomaico

Cumprida a embaixada incontornável a Luxor, à velha Tebas e ao Vale dos Reis, prosseguimos contra a corrente do Nilo. Em Edfu e Kom Ombo, rendemo-nos à magnificência histórica legada pelos sucessivos monarcas Ptolomeu.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Cerimónias e Festividades
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Família em Hobart, Tasmânia, Austrália
Cidades
À Descoberta de Tassie, Parte 1 - Hobart, Austrália

A Porta dos Fundos da Austrália

Hobart, a capital da Tasmânia e a mais meridional da Austrália foi colonizada por milhares de degredados de Inglaterra. Sem surpresa, a sua população preserva uma forte admiração pelos modos de vida marginais.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Momento de partida de uma das corridas organizadas pelo Barbados Turf Club
Cultura
Bridgetown, Barbados

Canhões e Corridas de Cavalos na Velha Savannah Barbadiana

Nos séculos XVIII e XIX, Bridgetown acolheu o Quartel-General do Exército e da Marinha da Grã-Bretanha para as Índias Ocidentais. Em 1966, após 300 anos, Barbados conquistou a sua independência. A Garrison e, em particular, o relvado-hipódromo no seu âmago exaltam o vigor da jovem nação.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Salto para a frente, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu
Étnico
Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Ilha Maurícia, viagem Índico, queda de água de Chamarel
História
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.
Vista do Pico Verde para a Praia Grande, São Vicente, Cabo Verde
Ilhas
São Vicente, Cabo Verde

O Deslumbre Árido-Vulcânico de Soncente

Uma volta a São Vicente revela uma aridez tão deslumbrante como inóspita. Quem a visita, surpreende-se com a grandiosidade e excentricidade geológica da quarta menor ilha de Cabo Verde.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Natureza
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Sal Muito Grosso
Parques Naturais
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Património Mundial UNESCO
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Avião em aterragem, Maho beach, Sint Maarten
Praias
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Gelados, Festival moriones, Marinduque, Filipinas
Religião
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Cabine Saphire, Purikura, Tóquio, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Pesca, Caño Negro, Costa Rica
Vida Selvagem
Caño Negro, Costa Rica

Uma Vida à Pesca entre a Vida Selvagem

Uma das zonas húmidas mais importantes da Costa Rica e do Mundo, Caño Negro deslumbra pelo seu ecossistema exuberante. Não só. Remota, isolada por rios, pântanos e estradas sofríveis, os seus habitantes encontraram na pesca um meio embarcado de fortalecerem os laços da sua comunidade.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.