Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul


A inevitável pesca
Pescadores percorrem o mar mais tranquilo entre a costa oeste da Ilha de Santa Catarina e o Brasil continental.
Açores Longe dos Açores
Vacas num ervado próximo da Praia do Matadeiro, um dos locais usados para finalizar a caça à baleia que proliferou no século XVIII.
Uma expressão de vida
Um dos pescadores mais experientes de Armação vestido para o ofício, na praia de Matadeiro.
Santo António de Lisboa
Ciclista percorre um rua tradicional de Santo António de Lisboa, uma freguesia da Ilha de Santa Catarina também ela povoada por descendentes de açorianos.
Azáfama piscatória
Pescadores preparam barcos para mais uma saída para o oceano Atlântico bravio em frente à Barra da Lagoa.
Artesanato açoriano
Mulher trabalha numa renda de bilro, uma técnica de produzir renda trazida dos Açores pelas primeiras emigrantes.
O velho mercado
Fachada peculiar do Mercado Público Municipal de Florianópolis, no coração histórico da cidade.
À Linha
Outra forma de pesca, a partir de uma plataforma rochosa sobre o oceano Atlântico, junto à Praia do Matadeiro.
Recolha esforçada
Pescador puxa o seu barco areal acima, após mais uma jornada no mar bravio da costa leste da Ilha de Santa Catarina.
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Cimo do forte de Santo António
Defesa de Pedra
Cimo do forte de Santo António, uma das fortalezas erguidas pela Coroa portuguesa para assegurar o domínio da Ilha de Santa Catarina e do mar em redor.
Um ofício alternativo
Criador de ostras nascido na ilha da Madeira trabalha nos seus engenhos, junto a Sambaqui. Alguns madeirenses também chegaram à ilha na emigração essencialmente açoriana.
Num grande cenário
Casal descontrai numa reentrância da costa leste do sul da Ilha de Santa Catarina, com vista para o litoral privilegiado da Praia do Matadeiro.

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

A vista a partir do cimo do Morro da Cruz não era a ideal para alimentarmos o imaginário histórico-lusitano daquelas paragens. Para oeste, espraiava-se o casario triangular formado pelos prédios de Floripa com uma interrupção marítima estreita para a sua extensão no continente sul-americano.

A expressão arquitectónica da nova prosperidade da ilha encobria por completo a herança urbana dos colonizadores portugueses que a começaram a viabilizar, pelo que não tardámos a regressar ao coração ribeirinho da capital.

Ainda é cedo e falta ao velho mercado municipal readaptado a proliferação musical e de gente que o anima a partir do meio da tarde. A maior parte dos negócios já estavam ou a abrir ou já abertos e essa constatação, só por si, compensava qualquer lacuna. Tínhamos acordado com as galinhas e a caminhada íngreme no derradeiro percurso para as alturas panorâmicas do antes chamado Pau da Bandeira, quando servia de semáforo para avisar da entrada de embarcações nas imediações da ilha, deixou-nos a precisar de um segundo pequeno-almoço. Foi, assim, com enorme agrado, que encontramos um boteco especializado em frutas, seus sucos e afins.

Numa viagem anterior pelo sul do Brasil tínhamo-nos já familiarizado com a maravilha nutritiva e gustativa das tijelas de açaí. As moças do estabelecimento diminuto ainda tratavam de limpezas mas não nos recusaram a confecção da delícia. Enquanto o faziam, falámos de tudo um pouco, incluindo dos familiares que tinham por terras patrícias. Nem sempre a comunicação fluiu como desejávamos. “Oi ?” atiravam-nos de cada vez que acelerávamos mais o português original. Tantos foram os “ois” que decidimos voltar a recorrer ao sotaque brasileiro genérico, estratégia sempre útil quando, de visita ao Brasil, se tem pouco tempo a perder.

Hoje, belo, amarelo e branco, o Mercado Público Municipal em que ambas trabalhavam funciona no mesmo edifício peculiar construído pelo governo da capitania de Santa Catarina, em 1899, para acolher vendedores e compradores remediados da ilha e redondezas que haviam sido removidos do lugar em que habitualmente comerciavam. O magnânimo soberano brasileiro Dom Pedro II estava prestes a visitar a povoação na companhia do Bispo do Rio de Janeiro e havia que higienizar e aperaltar o centro urbano. O monarca acabou por ficar um mês e concedeu farto beija-mão.

Por essa altura, a cidade chamava-se ainda Desterro (de Nª Senhora do Desterro). Os moradores abominavam a semântica de exílio que dela provinha. Em pleno processo de rebaptismo, a hipótese Ondina foi descartada. No final da revolução federalista, em homenagem ao segundo Presidente brasileiro, Floriano Peixoto, o governador Hercílio Luz fez valer Florianópolis.

Antes de Desterro e de Florianópolis, esteve em vigor por muito tempo Santa Catarina, o nome dado à povoação pelo fundador Francisco Dias Velho por lá ter chegado no dia da santa. Encarregue pela Coroa de uma bandeira colonizadora do sul do Brasil, Dias Velho instalou-se na ilha com a esposa, três filhas, dois filhos, dois padres jesuítas e uns quinhentos índios semi-convertidos. Mandou erguer uma capela que deu origem à Catedral Metropolitana actual e uma série de habitações. Pouco depois, solicitou a posse daquelas terras e a sua colonização. Interessava-nos sobremaneira o povoamento que se seguiu. Não tardámos a sair à procura dos seus vestígios.

A conversa estava tão boa como o açaí mas a Ilha de Santa Catarina não era propriamente pequena. De acordo, conduzimos directos para a praia da Armação, um dos seus recantos mais genuínos, situado no sudeste, entre uma tal de Lagoa do Peri e o oceano.

Ali, damos com um litoral verdejante e grandioso limitado por morros ora cobertos de Mata Atlântica desbastada ora por grama rasa. Vacas que poderíamos jurar serem, no mínimo, parentes das arouquesas aparavam a erva natural. Para diante, um casal de tarambolas coroadas enfurece-se por invadirmos o seu território e expulsa-nos com um dueto de avisos estridentes e voos rasados.

Ainda são oito da manhã. Na enseada contígua, dois barcos de pescadores aportam. Os homens saltam para o areal, empurram os barcos praia acima e descarregam as redes. Rodrigo César, membro do projecto ecologista TAMAR, já os esperava. Não tarda a detectar uma tartaruga  enrodilhada. Com a licença dos pescadores, remove-a, anilha-a, retira amostras da carapaça para análise e devolve-a ao oceano.

Metemos conversa com os homens da faina a ver se algum se atrevia a falar das origens daquelas povoações tão remotas. Mesmo atarefado, um deles, de cabelo e barba branca, peso da responsabilidade a condizer, resume-nos a história o mais que consegue: ”isso daqui foi tudo açoriano. Vieram para cá às centenas já faz muito tempo. Acharam esses lugares bons para caçar baleia e por cá ficaram. O “matadeiro” (deturpação popular de Saco do Matadouro) era aqui mesmo e essa praia ficava toda vermelha. A armação era logo ali ao lado. Tinha várias cá em Santa Catarina… parece que também havia no Rio e em São Paulo.”

Devido à necessidade de consolidar a posse da Colónia de Sacramento,  isolada no limite do território do sul do Brasil (hoje Uruguai), D. João V aprovou a construção de fortalezas na Ilha de Santa Catarina e o seu reforço militar. Também eram precisos habitantes. Como tal, a Coroa concedeu incentivos aos açorianos e madeirenses que se prestassem a emigrar. A partir de meados do século XVIII, mais de 6000 aceitaram mudar-se para o Atlântico Sul. Predominaram os açorianos, escolhidos com critério de virtudes morais e físicas, aos casais. Mais tarde, seriam, aliás, tratados por Casais.

Viveram da agricultura e da produção de algodão e de linho e também da caça à baleia que só trouxe proveitos até à viragem para 1800, ano em que a Coroa extinguiu o seu monopólio de extracção de óleo. Por essa altura, a ilha já tinha 24.000 habitantes livres (quase 75% de origem açoriana) e mais de 5000 escravos, à época, uma prova inequívoca de prosperidade.

Quanto mais explorávamos, mais lugares com história açoriana encontrávamos, como a Praia dos Naufragados, na ponta meridional da ilha que tem o nome que tem porque, em 1751, uma galera com 250 casais já instalados naufragou ao contornar a Barra Sul e quase todos ali deram à costa. A tragédia inviabilizou o plano de fundarem aquela que é hoje Porto Alegre.

Espreitamos esta extremidade batida por um mar temível e invertemos para norte, desta feita pelo litoral virado ao Brasil continental. “Não vão por essa estrada” avisa-nos uma residente. “Tá muito má e às vezes tem bandidos escondidos nos arbustos!”. Já era tarde demais. O conselho obrigou-nos a fazer o carro voar baixinho sobre os buracos. Aproveitamos o balanço e vamos até Santo António de Lisboa e Sambaqui, duas outras povoações fulcrais na ligação com Açores.

A primeira tornou-se muito cedo posto de Alfândega e recebeu colonizadores de várias das ilhas do arquipélago. Lá encontramos outros estabelecimentos que honram a génese açoriana, mais pescadores que esticam enormes fios de redes e senhoras que trabalham nas suas, de bilros, arte que viajou com as tetravós e pentavós de São Miguel, da Terceira, do Faial e por aí fora.

Em Sambaqui, investigamos grandes viveiros de ostras. Ao passarmos por barracos de armazenamento, um trabalhador solitário apanha-nos a pinta. “Bom, vocês com essa pronúncia só podem ser portugueses, né ?” provoca-nos.  “Eu também sou. Nasci na Madeira mas os meus pais vieram para cá ainda eu era bem pequeno. Ando a ver se acabo o curso superior de Agronomia com especialização disto das ostras para voltar para lá. Estagiei em França, em viveiros em frente ao Forte Boyard. Fala-se muito da qualidade vida de Floripa mas isto aqui, como em todo o Brasil, está é uma miséria. Esses políticos só roubam e protegem os seus.” Com este exemplo tardio, confirmámos a extensão da emigração pelo século XX adentro e a presença solidária dos madeirenses entre os açorianos.

Não ficámos por aí. Ainda espreitámos a Barra da Lagoa, um porto de pesca posicionado no fim do canal que liga a enorme Lagoa da Conceição ao mar. Foi esta uma das povoações criadas após a Galera Jesus, Maria e José ter atracado na ilha de Santa Catarina com o primeiro lote de emigrantes. Quando lá chegamos, pescadores jovens preparam barcos coloridos para saírem para o mar. Dois deles, têm pintado o mesmo baptismo sequencial e familiar: Sílvio da Costa II e III. Ao lado, duas bandeiras brasileiras deixam bem claro o destino a que se entregaram aquela e tantas outras famílias de Casais.

Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Curitiba, Brasil

A Vida Elevada de Curitiba

Não é só a altitude de quase 1000 metros a que a cidade se situa. Cosmopolita e multicultural, a capital paranaense tem uma qualidade de vida e rating de desenvolvimento humano que a tornam um caso à parte no Brasil.
Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Ilhabela, Brasil

Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Hidroeléctrica Binacional de Itaipu, Brasil

HidroElétrica Binacional do Itaipu: a Febre do Watt

Em 1974, milhares de brasileiros e paraguaios confluíram para a zona de construção da então maior barragem do Mundo. 30 anos após a conclusão, Itaipu gera 90% da energia paraguaia e 20% da do Brasil.
Ilha do Marajó, Brasil

A Ilha dos Búfalos

Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
Chapada Diamantina, Brasil

Bahia de Gema

Até ao final do séc. XIX, a Chapada Diamantina foi uma terra de prospecção e ambições desmedidas.Agora que os diamantes rareiam os forasteiros anseiam descobrir as suas mesetas e galerias subterrâneas
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Manaus, Brasil

Ao Encontro do Encontro das Águas

O fenómeno não é único mas, em Manaus, reveste-se de uma beleza e solenidade especial. A determinada altura, os rios Negro e Solimões convergem num mesmo leito do Amazonas mas, em vez de logo se misturarem, ambos os caudais prosseguem lado a lado. Enquanto exploramos estas partes da Amazónia, testemunhamos o insólito confronto do Encontro das Águas.
Pirenópolis, Brasil

Uma Pólis nos Pirinéus Sul-Americanos

Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi erguida por bandeirantes portugueses, no auge do Ciclo do Ouro. Por saudosismo, emigrantes provavelmente catalães chamaram à serra em redor de Pireneus. Em 1890, já numa era de independência e de incontáveis helenizações das suas urbes, os brasileiros baptizaram esta cidade colonial de Pirenópolis.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Arquitectura & Design
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Tequila, cidade de Jalisco, México, jima
Cidades
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
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Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Eswatini, Ezulwini Valley, Mantenga Cultural Village
Cultura
Vale de Ezulwini, eSwatini

Em Redor do Vale Real e Celestial de Eswatini

Estendido por quase 30km, o vale de Ezulwini é o coração e a alma da velha Suazilândia. Lá se situa Lobamba, a capital tradicional e assento da monarquia, a pouca distância da capital de facto, Mbabane. Verdejante e panorâmico, profundamente histórico e cultural, o vale mantém-se ainda o cerne turístico do reino de eSwatini.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Em Viagem
Morondava, Avenida dos Baobás, Madagáscar

O Caminho Malgaxe para o Deslumbre

Saída do nada, uma colónia de embondeiros com 30 metros de altura e 800 anos ladeia uma secção da estrada argilosa e ocre paralela ao Canal de Moçambique e ao litoral piscatório de Morondava. Os nativos consideram estas árvores colossais as mães da sua floresta. Os viajantes veneram-nas como uma espécie de corredor iniciático.
Pequena súbdita
Étnico

Hampi, India

À Descoberta do Antigo Reino de Bisnaga

Em 1565, o império hindu de Vijayanagar sucumbiu a ataques inimigos. 45 anos antes, já tinha sido vítima da aportuguesação do seu nome por dois aventureiros portugueses que o revelaram ao Ocidente.

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Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Casal Gótico
História

Matarraña a Alcanar, Espanha

Uma Espanha Medieval

De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

Mirador de La Peña, El Hierro, Canárias, Espanha
Ilhas
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A Orla Vulcânica das Canárias e do Velho Mundo

Até Colombo ter chegado às Américas, El Hierro era vista como o limiar do mundo conhecido e, durante algum tempo, o Meridiano que o delimitava. Meio milénio depois, a derradeira ilha ocidental das Canárias fervilha de um vulcanismo exuberante.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
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Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
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O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
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Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
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Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
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Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
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No Curso do Budismo Cingalês

Por ter escondido e protegido um dente de Buda, uma ilha diminuta da lagoa da lagoa Madu recebeu um templo evocativo e é considerada sagrada. O Maduganga imenso em redor, por sua vez, tornou-se uma das zonas alagadas mais louvadas do Sri Lanka.
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Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
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Quem Protege os Guardiães do Mundo?

Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"
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Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Vida Selvagem
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A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
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Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.