Lombok, Indonésia

Lombok. O Mar de Bali Merece uma Sonda Assim


Sementeira lacustre
Camponesas plantam arroz nos arredores da capital Mataram.
O Protector sagrado
O vulcão Gunung Rinjani, segundo mais elevado da Indonésia, envolto em nuvens.
Crespusculo Romântico
Namorados partilham um pôr-do-sol alaranjado a sul de Senggigi.
O último salto
Queda d'agua encharca a selva no sopé do monte Rinjani.
Capricho dos Deuses
Chapéu de sol arrumado contra um dos santuários do templo hinduista Batu Bolong.
Parelha & Arado
Agricultor lavra um terreno alguns kms para o interior de Bangsal, na costa norte de Lombok.
Índico Turquesa
Praia com areia vulcânica a norte de Senggigi.
Macaca Fascicularis
Fêmea de macaco caranguejeiro numa floresta tropical.
Perahu
Pescador navega um pequeno barco tradicional perahu.
Formas tropicais
Base de árvore curvilínea numa floresta junto a Senaru.
Hinduismo balinês
Silhueta do templo Batu Bolong contra a do vulcão Gunung Agung, já parte de Bali.
Uma Questão de Equilíbrio
Mulher transporta o filho e alguma carga adicional a caminho de Senaru.
Selva densa
Floresta tropical para oeste de Senaru, numa encosta baixa do monte Rinjani.
Em linha
Grupo de camponesas planta arroz num campo alagado nas imediações de Mataram.
Água que brota da selva
Vislumbre longínquo de uma das cascatas junto a Senaru.
Doca seca
Barcos de pesca coloridos em doca seca, numa aldeia piscatória de Lombok.
Pose de Arroz
Mulher indonésia interrompe a plantação de arroz para se meter com os visitantes.
Socalcos verdejantes
Campos agrícolas frondosos de Senaru.
Triagem
Camponesa separa folhas de arroz.
Rio em queda
Cascata na proximidade de Senaru, uma pequena aldeia do norte de Lombok.
Há muito encobertos pela fama da ilha vizinha, os cenários exóticos de Lombok continuam por revelar, sob a protecção sagrada do guardião Gunung Rinjani, o segundo maior vulcão da Indonésia.

A estrada que segue para norte de Senggigi sobe e desce, curva e volta a curvar.

Desvenda, a cada um dos seus caprichos, novos cenários tropicais inesperados.

Fazemos o percurso a meia-encosta. Sucedem-se, lá em baixo, enseadas de areia cinzenta, pintada pelo colorido das embarcações de pesca tradicionais.

Ou extra-escurecidas pela sombra da floresta de coqueiros que preenche o vale, até quase tocar o azulão do Mar de Bali.

Mais alguns “sssss”, uma longa rampa e, da ilha homónima, insinua-se, no horizonte, o triângulo quase perfeito do Gunung Agung, um vulcão de 3142 metros de altitude que já foi devastador e pode voltar a entrar em actividade a qualquer momento, apesar da imagem angelical impingida pela sua auréola de nuvens permanente.

Rinjani, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

O vulcão Gunung Rinjani, segundo mais elevado da Indonésia, envolto em nuvens.

O ambiente é rústico e rural mas roça o topo da escala do exotismo. Nos campos verdejantes à beira do asfalto, caminham camponeses de chapéus cónicos que conduzem cabras e vacas aos pastos.

Ao nível do mar, remam pescadores a bordo de pequenos perahus (barcos artesanais) prestes a desembarcar nas suas aldeias plantadas no areal.

Perahu, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Pescador navega um pequeno barco tradicional perahu.

Praias maravilhosas não faltam em Lombok. Na costa noroeste, de Senggigi até chegar a Pemenang destacam-se a Malimbu e a Mangsit. Mais para norte, fica a de Sira e, ao lado, a Medana.

Quem as contempla, desertas e selvagens, fica de pé atrás. Que há de errado com estas baías irresistíveis? Nos dias que correm, nada de nada.

Índico Turquesa, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Praia com areia vulcânica a norte de Senggigi.

O que se passa é que Lombok esteve décadas à sombra da vizinha famosa e o seu promissor desenvolvimento turístico foi prejudicado por confrontos religiosos ocorridos em 2000 e pelos atentados de Kuta, Bali, em 2002.

Por estes motivos e mais alguns, como o facto de ter uma população na sua maioria muçulmana tradicionalista que inibe alguns comportamentos considerados banais no Ocidente.

Lombok é, hoje, a Bali de há vinte anos. Agora que a tranquilidade parece ter regressado de vez, não se deve manter assim por muito tempo. Os seus visuais exóticos justificam-no.

São apenas a razão mais óbvia.

A Razão para a Riqueza Paisagística e Biológica de Lombok

A Linha de Wallace, uma divisória biogeográfica entre a flora e a fauna da zona ecológica indomalaia e a da Australásia, passa exactamente sobre o Estreito de Lombok. Apesar dos escassos 75 km de leste a oeste, quase os mesmos de norte a sul, Lombok contribui decisivamente para a ruptura da paisagem, a Wallacea.

É uma das Pequenas Ilhas da Sonda com maiores contrastes.

Devido à morfologia acidentada que culmina nos 3726 metros do vulcão Gunung Rinjani – o segundo mais alto da Indonésia, atrás apenas do Puncak Jaya (5050 m), da Papua Ocidental – certas áreas do seu território são tão húmidas e luxuriantes como Bali.

Raízes, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Base de árvore curvilínea numa floresta junto a Senaru.

Outras, principalmente a sul e a leste, mantêm-se secas como o interior da Austrália, anos a fio, independentemente do fluir das monções do sudeste asiático que se antecipam ou atrasam mas acabam sempre por chegar.

Anunciam-se por volta de Outubro, mês em que o acumular de nuvens se intensifica. Costumam resistir até Maio quando a mudança de padrão climático vira os ventos para norte e a chuva passa para as latitudes superiores do sul da China, Filipinas, da Península Malaia, Myanmar, Tailândia e vizinhos da antiga Indochina.

A partir de Maio, apesar de predominarem os dias solarengos, abordam Lombok nuvens determinadas, tantas vezes escuras como breu, que descarregam num ápice e somem noutro.

A Chegada de Bali, a uma Atmosfera Pesada de Monção

Foi num cenário meteorológico deste tipo que aterrámos, vindos de Denpasar – Bali, num sobrevoo curto mas majestoso do Anel de Fogo do Pacífico: o céu carregado até mais não e o sol a espreitar com receio, a reflectir-se no mar.

Por algumas horas, reinou uma atmosfera densa, arroxeada, de luz mágica e cheiro forte a terra asiática encharcada. Na manhã seguinte instalaram-se as altas pressões. Tudo voltou a normalidade.

Os 2.4 milhões de habitantes de Lombok adaptaram-se à morfologia e ao clima da ilha. Moram e têm os seus arrozais a norte do Rinjani, nas planícies férteis do centro, irrigadas pela água que flui da vertente sul do vulcão e nas zonas costeiras viradas a oeste, também elas propícias à vida.

Lavra, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Agricultor lavra um terreno alguns kms para o interior de Bangsal, na costa norte de Lombok.

As Gentes de Bali: Os Sasaks Muçulmanos e os Hinduístas Balineses

São maioritariamente sasaks, uma etnia muçulmana que retém antigas crenças animistas. Em termos fisiológicos, assemelham-se aos javaneses e aos balineses mas foram, durante largo tempo, um povo de montanha, algo que moldou a sua cultura e lei tradicionais Adat, o princípio porque continuam a reger o nascimento, a circuncisão, os noivados, os casamentos e, em tantas situações, o dia-a-dia.

Oprimidos pelos balineses que ocupavam toda a ilha desde 1750, em 1891, os sasaks convidaram os holandeses que ocupavam Bali a tomar conta de Lombok.

A resposta demorou mas chegou em força: três anos depois, o governador das Índias Orientais Holandesas, Van der Wijck, assinou um tratado com os rebeldes. Acabou por derrotar os balineses, e consegui manipular as aristocracias de ambos os povos em conflito de forma a conservar a paz e o poder.

Foi um equilíbrio improvável que se manteve longos anos, mesmo após da concessão da independência dos holandeses à Indonésia, em 1958, e a integração de Lombok na província insular de Nusa Tenggara Barat.

Em linha, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Grupo de camponesas planta arroz num campo alagado nas imediações de Mataram.

Actualmente, os balineses são à volta de 10% e os Sasaks quase 90%. Devido ao requinte colorido da sua religião, os primeiros destacam-se da multidão.

Como as restantes cidades e povoações menores da ilha, Senggigi – a mais turística – desperta ao chamamento do “Allah hu Akbar” madrugador cantado pelos muezins.

Rege-se pelos quatro seguintes.

A Resiliência do Hinduísmo numa Ilha Muçulmana da Indonésia

Isso não impede que, ao mesmo tempo, no Pura (templo) Batu Bolong, a família Mindra, trajada a preceito de sash (lenço) e sarong coloridos leve a cabo os rituais elegantes do hinduísmo balinês

O hinduísmo balinês está tão ou mais distante do indiano que Lombok da Índia. Como os hindus do sub-continente, os balineses crêem na trindade Brahma, Shiva e Vishnu.

Hinduismo balinês, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Silhueta do templo Batu Bolong contra a do vulcão Gunung Agung, já parte de Bali.

Acreditam também num deus supremo, Sanghyang Widi que só é venerado de quando em quando, por ocasião da fundação de uma nova aldeia, por exemplo.

Ao contrário do que acontece na Índia, em que proliferam imagens quase livres e garridas destes deuses, em Lombok, como em Bali, a trindade nunca é vista.

A génese da cultura e religião balinesas está na era Majapahit, um reino de influência indiana que, de 1293 a 1500, dominou várias ilhas indonésias e a península malaia e acabou por se refugiar, em Bali, da invasão dos Sultanatos de Malaca e Demak.

Uma das crenças pré-Majapahit que os balineses preservaram foi o kaja, kelod ou kangin, a orientação dos templos de frente para montanhas, o mar ou o nascer do sol, em deferência aos seus espíritos animistas.

É por respeito a esta crença que o ritual da família Mindra se faz sob a supervisão longínqua e sagrada do Gunung Agung, o maior vulcão de Bali.

Um Périplo de Motorizada Pelo Norte Verdejante de Lombok

A ilha não é propriamente grande mas tratamos da descoberta de Lombok, aos poucos, com ajuda da mota alugada que continua sem dar problemas.

A costa oeste já ficou para trás e, com ela, uma série de aldeolas sasaks encaixadas entre o mar e a montanha, quase sempre à beira da estrada que, aqui e ali, desaparece debaixo da areia arrastada pelas torrentes de água caídas da encosta.

Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Vislumbre longínquo de uma das cascatas junto a Senaru.

Cruzar estas povoações exige cuidados de condução redobrados. Atravessam-se à nossa frente cães, vacas e galinhas e, como o trânsito é reduzido, a estrada faz ainda de campo de futebol, de pátio para todas as brincadeiras de criança e convívio dos adultos.

Já no norte, os espaços aumentam. Surgem arrozais vastos e campos com outras culturas salpicados de espantalhos toscos e camponeses atarefados.

Sementeira, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Camponesas plantam arroz nos arredores da capital Mataram.

Uma Curta Escala nas Ilhas Sem Nome de Gili

Passamos, sem parar, por Bangsal e seu pequeno porto. É famosa entre a comunidade mundial de “mochileiros” a máfia local de pretensos guias, agentes e vendedores aldrabões que tudo inventam para conseguir umas rupias extra.

Em especial durante o translado para as Gili Islands – cuja tradução trapalhona do bahasa e do inglês é Ilhas Ilhas – e que acabámos também por visitar.

Ficámos apenas duas noites nas Gili. Venceu a vontade de regressar a Lombok que nos tinha surpreendido e que nos continuava a fascinar. Como tal, voltamo-nos a instalar em Senggigi.

Prosseguimos com a exploração, ainda e sempre em modo motoqueiro.

De Mataram Para o Interior do Parque Nacional Gunung Rinjani

Decidimos deixar a costa. Tomamos um caminho que iria começar em Mataram, a capital, e seguir para norte, através da extremidade leste do Parque Nacional Gunung Rinjani, uma área elevada de floresta densa.

Selva Senaru, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Floresta tropical para oeste de Senaru, numa encosta baixa do monte Rinjani.

A caótica Mataram tem cerca de 320.000 mil habitantes. Apesar de ser considerada uma cidade, é, na realidade, um conglomerado de quatro cidades independentes: Ampenam (o porto); Mataram (o centro administrativo); Cakranegara (o centro de negócios) e Bertais, a zona marginal que recebeu o novo terminal de autocarros.

Depois de verificarmos um ou outro pura e o Mayura Water Palace, na lista das suas atracções imperdíveis, concluímos que o tempo é melhor gasto sobre a “nossa” poderosa Honda Supra, à descoberta dos cenários naturais e rurais da ilha.

A estrada interior entre Mataram e Pemenang tem um desenho no mapa praticamente igual à que liga as duas povoações pela costa. As vistas, essas, são distintas.

Pose de Arroz, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Mulher indonésia interrompe a plantação de arroz para confraternizar com os visitantes

Começamos por atravessar uma zona de arrozais minifundiários e arrumados em socalcos sobrepostos até à orla do bambu que anuncia o início da selva.

Sementeira II, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Camponeses semeiam arroz num campo de Lombok.

À frente e acima no percurso, a estrada embrenha-se na vegetação. Torna-se sombria.

Atinge o seu ponto mais alto, já em plena Monkey Forest, onde reinam centenas de exemplares endiabrados e ladrões, de uma subespécie barbuda, os macacos-caranguejeiros (macaca fascicularis).

Macaca Fascicularis, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Fêmea de macaco caranguejeiro numa floresta tropical.

Ali, a selva abre. Dá origem a um miradouro espontâneo que revela uma das perspectivas mais impressionantes de Lombok: a floresta tropical densa e coberta de névoa estendida encosta abaixo até encontrar o mar, vários quilómetros para diante.

Senaru e as Quedas d’Água Generosas no Sopé do Vulcão Rinjani

As vertentes íngremes do Rinjani abrigam inúmeros cenários semelhantes ao deste itinerário. Todos eles escondem os seus encantos particulares.

Socalcos verdejantes, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Campos agrícolas frondosos de Senaru.

Proliferam quedas d’ água impressionantes com acessos que partem de aldeolas semeadas em campos rurais idílicos e continuam para trilhos de selva encharcados.

São os casos de Tetebatu e Lendang Nangka, na vertente sul, mas sobretudo de de Senaru, na norte, com acesso às suas quedas d´água Sindang Gila e Tiu Kelep.

O último salto, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Queda d’agua Tiu Kelep encharca a selva no sopé do monte Rinjani.

Apesar de existirem outras hipóteses, com o passar dos anos, Senaru transformou-se na base eleita para as ascensões à Danau Segara Anak (Filha do Mar) – a enorme cratera-lago azul-turquesa do vulcão Gunung Rinjani.

Acolheu o Rinjani Trek Centre, em que podem ser contratados guias e carregadores e tratar-se da restante logística.

O Gunung Rinjani mantém-se inactivo desde 1901. ao contrário do Baru, por comparação, uma miniatura de vulcão alojada na sua cratera.

A última erupção do Baru ocorreu em 1994. Mudou a forma do cume do Rinjani e espalhou cinza sobre grande parte de Lombok.

Nada de dramático.

Equilíbrio maternal, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Mulher transporta o filho e alguma carga adicional a caminho de Senaru.

Tanto os sasaks como os balineses consideram o Rinjani sagrado. Alguns sasaks fazem várias peregrinações por ano, por norma, durante a lua cheia quando lhe prestam homenagem e aproveitam para curar problemas de saúde com banhos criteriosos nas águas quentes que dele brotam.

Já para os balineses, o Rinjani tem a mesma importância religiosa que o Gunung Agung. Os balineses vêm-no como um trono dos deuses.

De acordo, organizam uma peregrinação anual em que levam a cabo a Pekelan, uma cerimónia em que atiram jóias ao lago e fazem outras oferendas ao espírito da montanha.

Triagem, Lombok, mar Bali, ilha Sonda, Indonesia

Camponesa separa folhas de arroz

Tanta reverência parece garantir a clemência e protecção do vulcão. Os anos passam.

O Gunung Rinjani continua a poupar e a proteger Lombok, um segredo bem guardado de Nusa Tenggara.

PN Bromo Tengger Semeru, Indonésia

O Mar Vulcânico de Java

A gigantesca caldeira de Tengger eleva-se a 2000m no âmago de uma vastidão arenosa do leste de Java. Dela se projectam o monte supremo desta ilha indonésia, o Semeru, e vários outros vulcões. Da fertilidade e clemência deste cenário tão sublime quanto dantesco prospera uma das poucas comunidades hindus que resistiram ao predomínio muçulmano em redor.
Ilha Moyo, Indonésia

Moyo: Uma Ilha Indonésia Só Para Alguns

Poucas pessoas conhecem ou tiveram o privilégio de explorar a reserva natural de Moyo. Uma delas foi a princesa Diana que, em 1993, nela se refugiou da opressão mediática que a viria a vitimar.
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Lombok, Indonésia

Lombok: Hinduísmo Balinês Numa Ilha do Islão

A fundação da Indonésia assentou na crença num Deus único. Este princípio ambíguo sempre gerou polémica entre nacionalistas e islamistas mas, em Lombok, os balineses levam a liberdade de culto a peito
Ilhas Gili, Indonésia

Gili: as Ilhas da Indonésia que o Mundo Trata por "Ilhas"

São tão humildes que ficaram conhecidas pelo termo bahasa que significa apenas ilhas. Apesar de discretas, as Gili tornaram-se o refúgio predilecto dos viajantes que passam por Lombok ou Bali.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Danca dragao, Moon Festival, Chinatown-Sao Francisco-Estados Unidos da America
Cerimónias e Festividades
São Francisco, E.U.A.

Com a Cabeça na Lua

Chega a Setembro e os chineses de todo o mundo celebram as colheitas, a abundância e a união. A enorme sino-comunidade de São Francisco entrega-se de corpo e alma ao maior Festival da Lua californiano.
, México, cidade da prata e do Ouro, lares sobre túneis
Cidades
Guanajuato, México

A Cidade que Brilha de Todas as Cores

Durante o século XVIII, foi a cidade que mais prata produziu no mundo e uma das mais opulentas do México e da Espanha colonial. Várias das suas minas continuam activas mas a riqueza de Guanuajuato que impressiona está na excentricidade multicolor da sua história e património secular.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cultura
Apia, Samoa Ocidental

Fia Fia – Folclore Polinésio de Alta Rotação

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e daqui ao Havai, contam-se muitas variações de danças polinésias. As noites samoanas de Fia Fia, em particular, são animadas por um dos estilos mais acelerados.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
DMZ, Coreia do Sul, Linha sem retorno
Em Viagem
DMZ, Dora - Coreia do Sul

A Linha Sem Retorno

Uma nação e milhares de famílias foram divididas pelo armistício na Guerra da Coreia. Hoje, enquanto turistas curiosos visitam a DMZ, várias das fugas dos oprimidos norte-coreanos terminam em tragédia
Tatooine na Terra
Étnico
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Uxmal, Iucatão, capital Maia, a Pirâmide do Adivinho
História
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
La Digue, Seychelles, Anse d'Argent
Ilhas
La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza
Natureza
São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza

Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Parques Naturais
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Canal de Lazer
Património Mundial UNESCO
Amesterdão, Holanda

De Canal em Canal, numa Holanda Surreal

Liberal no que a drogas e sexo diz respeito, Amesterdão acolhe uma multidão de forasteiros. Entre canais, bicicletas, coffee shops e montras de bordéis, procuramos, em vão, pelo seu lado mais pacato.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Praias
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Ilha Maurícia, viagem Índico, queda de água de Chamarel
Religião
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Substituição de lâmpadas, Hidroelétrica de Itaipu watt, Brasil, Paraguai
Sociedade
Hidroeléctrica Binacional de Itaipu, Brasil

HidroElétrica Binacional do Itaipu: a Febre do Watt

Em 1974, milhares de brasileiros e paraguaios confluíram para a zona de construção da então maior barragem do Mundo. 30 anos após a conclusão, Itaipu gera 90% da energia paraguaia e 20% da do Brasil.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Pisteiro San em acção na Torra Conservancy, Namibia
Vida Selvagem
Palmwag, Namíbia

Em Busca de Rinocerontes

Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.