Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas


Cristo chicoteado
Centuriões Moriones chicoteiam Jesus Cristo durante a Via Crucis de Boac.
Tempo de Morionar
Morador de Boac sai para a rua acabado de se vestir de centurião romano.
Romanos na Praia
Moriones invadem uma praia de Marinduque
Duplo Moriones
Artesão criador de moriones, segura duas máscaras recém-produzidas.
Público romano
Centuriões moriones alinhados durante a crucificação de Cristo, próximo do fim da Via Crucis de Boac.
Sofrimento
Actor que faz de Jesus Cristo leva a cabo o seu papel durante a Via Crucis de Boac.
O Corpo de Cristo
Centuriões carregam o corpo de Cristo pelas ruas de Boac, a capital de Marinduque.
Crucificação Moriones
Centuriões cercam Jesus Cristo, ainda na cruz, tal como foi representado durante a Via Crucis, nos arredores de Boac.
Peditório Romano
Moriones pedem dinheiro numa loja do centro de Boac.
Pausa para gelados
Mascarados de centuriões interrompem a sua participação para aliviarem o calor tropical de Marinduque.
Fé gay
Espectador gay da Via Crucis de Boac pede a dois centuriões para o ameaçarem com as suas espadas.
O Criador
Artesão segura uma das muitas máscaras que cria em madeira.
Peditório Particular
Morione pede uma contribuição numa loja de Boac.
De olho
Crianças sob vigia de uma gigantesca cabeça morione, durante uma competição de dança e máscaras, em Mogpog.
Morione Invertido
Morione de Marinduque em motorizada remove a sua máscara de Moriones para recuperar do calor tropical da ilha.
O Júri
Paine de júri do concurso de dança morione de Mogpog, em Marinduque.
Ar Puro
Morione levanta a sua máscara de centurião para arejar.
Sob Julgamento
Participantes de um concurso de moriones de Mogpog alinham-se em frente ao júri.
Tricycle Morione
Condutor de tricycle de Boac (a principal cidade da ilha de Marinduque) repousa com a máscara de morione a seus pés.
I tak ta mo
Morione destaca-se a dançar o êxito "i tak ta mo" durante um concurso de dança de Mogpog.
Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.

César desesperaria perante o desempenho destes súbditos.

Abril começou há uns dias. A amihan  – a monção do Nordeste e época seca do arquipélago filipino – vai a meio.

O Sol brilha sem piedade mas o calor não chega para desmotivar um batalhão desgovernado de centuriões com vozinhas agudas que guerreiam por tudo e por nada e provocam os espectadores de Boac, a capital da ilha que leva à cena o Festival dos Moriones.

Moriones na praia, Festival moriones, Marinduque, Filipinas

Moriones invadem uma praia de Marinduque

A Génese Histórica do Festival dos Moriones

O evento foi assim chamado por adaptação de morrion, o termo castelhano para os capacetes dos soldados de Castela que continua a definir os usados pelos foliões. Basta avançarmos até à era das Descobertas para compreendermos a ligação.

Em 1521, Fernão de Magalhães chegou às Filipinas ao serviço de Carlos V. Apesar de ter sido ferido de morte na ilha vizinha de Mactan, o seu sacrifício abriu as portas aos conquistadores espanhóis. Em breve, estes, colonizariam o arquipélago enquanto os missionários que se lhes juntaram, se encarregavam de o converter ao Cristianismo.

Marinduque não escapou à sua acção.

Em 1807, a ilha estava já dividida em várias paróquias e cada padre era livre de formar os novos fiéis como lhe aprazia, desde que de acordo com a Bíblia.

Diz-se que, na de Mogpog, agradavam, em especial, ao Frade Dionísio Santiago, as dramatizações populares e a personagem de Longinus.

Morione a arejar, Festival moriones, Marinduque, Filipinas

Morione levanta a sua máscara de centurião para arejar.

E a Base Bíblica do Longo Enredo

Segundo os relatos dos Evangelhos,

Longinus terá sido o centurião responsável por satisfazer os judeus em garantir que Jesus e os outros crucificados morriam e eram removidos do Calvário antes do pôr-do-sol, para evitar a profanação do Sabat.

Segundo instruções superiores, deveriam partir-se as pernas aos que ainda estivessem vivos.

Quando Longinus se aproximou de Jesus, pareceu-lhe morto mas, para ter a certeza, o centurião, que só via de um olho, decidiu perfurar o corpo com a sua lança.

Gotas de sangue caíram-lhe sobre a vista cega e curaram-na.

Daí em diante, Longinus e dois outros centuriões testemunharam diversas manifestações divinas, incluindo a Ressurreição.

Essas manifestações levaram-nos a aceitar, com remorso, que Jesus era realmente o filho de Deus.

Cristo actor, Festival moriones, Ilha de Marinduque, Filipinas

Actor que faz de Jesus Cristo leva a cabo o seu papel durante a Via Crucis de Boac.

A sua inesperada conversão provocou a ira tanto dos judeus como dos romanos. Obrigou Longinus a fugir para a Capadócia onde passou a professar o Cristianismo.

Mas as calúnias dos judeus instaram Pilatos a enviar soldados para o capturar e decapitar.

O perseguido acabou por se submeter a esse destino.

Quando os Moriones Romanos Invadem a Ilha de Marinduque

Com o passar dos anos, em Marinduque, a história foi simplificada.

O drama é tratado com uma combinação de respeito e da famosa descontracção do povo mais latino da Ásia.

Morione motorizado, festival moriones, Marinduque, Filipinas

Morione de Marinduque em motorizada remove a sua máscara de Moriones para recuperar do calor tropical da ilha.

Durante toda a semana, Mogpog, Boac, Gasan e Santa Cruz são atormentadas por legiões irrequietas.

Cruzam-nas grupos de centuriões anacrónicos, que percorrem as praias e se apoderam de casamentos, onde se atrevem a raptar os noivos.

Formam colunas militares coloridas. Invadem as lojas com exigências de donativos generosos a que a maior parte dos comerciantes tem prazer em ceder.

Peditorio em loja, Festival moriones, Ilha de Marinduque, Filipinas

Moriones pedem dinheiro numa loja do centro de Boac.

Os Artesãos que Moldam as Máscaram Moriones

Alguns nativos contribuem com a sua arte.

É o caso de Regis e dos sobrinhos, que esculpem com dedicação e mestria as máscaras moriones mais realistas da ilha.

Criador de máscaras, festival moriones, Marinduque, Filipinas

Artesão criador de moriones, segura duas máscaras recém-produzidas.

“Vivemos e trabalhamos nos Estados Unidos durante a maior parte do ano … “ confessam os rapazes que vestem equipamentos das suas equipas de basquete norte-americanas preferidas. “ … ao chegar a esta altura, arranjamos sempre maneira de vir até cá …”

Outros ainda, preferem trabalhar e divertir-se ao mesmo tempo. Fazem-no mascarados.

Encontramos motoristas de jeepneys (autocarros folclóricos filipinos) e de tricycles, mas também funcionários de repartições públicas, empregados de mesa e até jardineiros.

Morione romano em tricycle-festival moriones, Marinduque, Filipinas

Condutor de tricycle de Boac (a principal cidade da ilha de Marinduque) repousa com a máscara de morione a seus pés.

Dentro dos uniformes e das máscaras, o calor é atroz e, muitos, encaram as suas participações no festival como penitências.

Vistas as coisas de uma forma comparativa, não passam de brincadeiras.

A Via Crucis Tropical do Festival de Moriones

Quando chega a tarde de Sexta-Feira Santa é levada a cabo a Via Crucis.

Voluntários devotos desempenham o papel de Jesus e dos dois ladrões e, sob um sol inclemente, carregam as cruzes até um gólgota local.

Via Crucis de Boac, Festival de Moriones, Marinduque, Filipinas

Centuriões Moriones chicoteiam Jesus Cristo durante a Via Crucis de Boac.

Também durante a procissão os moriones fazem das suas.

Sob o pretexto do realismo, mandam chicotadas violentas nas cruzes e, demasiadas vezes, nos mártires, que têm que apelar à ajuda divina para não ripostarem e se manterem fiéis à representação.

Em simultâneo, os esgares sádicos dos centuriões – que ali exibem as melhores máscaras de Marinduque – e a dor que vão infligindo impressionam e angustiam, por solidariedade, os espectadores mais sensíveis.

No Calvário, prosseguem, sem exageros, os acontecimentos históricos. Em vez de pregados, Jesus e os dois ladrões são amarrados às cruzes pelos soldados romanos e reverenciados pela multidão.

Representa-se o milagre de Longinus. Pouco depois, Jesus é trazido ao solo e entregue às mulheres que choram a sua morte.

Cena Crucificação, Festival moriones, ilha de Marinduque, Filipinas

Centuriões cercam Jesus Cristo, ainda na cruz, tal como foi representado durante a Via Crucis, nos arredores de Boac.

Uma vez removidas as cordas que delimitam o cenário, o público corre para se fotografar na companhia dos seus actores e figurantes preferidos.

Espectador efeminado, Festival moriones, Ilha de Marinduque, Filipinas

Espectador gay da Via Crucis de Boac pede a dois centuriões para o ameaçarem com as suas espadas.

As Competições de Máscaras e Danças e a Perseguição de Longinus

Chegado o fim de semana, os moriones voltam à carga. Longinus assume um protagonismo ausente das celebrações.

Encontramo-los numa escola de Mogpog – a povoação-berço do festival – onde se realiza um concurso que premeia as melhores máscaras e trajes, segundo diversas categorias.

Morione romano de olho, Festival moriones, Marinduque, Filipinas

Crianças sob vigia de uma gigantesca cabeça morione, durante uma competição de dança e máscaras, em Mogpog.

Do cimo de um palco, em tagalog (o dialecto nacional) o apresentador de serviço agradece a um sem número de entidades e pessoas. Logo, explica aos concorrentes as regras da competição.

A prova começa e a visão a partir desse mesmo palco revela-se surreal.

Concurso de danca, Festival moriones, Marinduque, Filipinas

Morione destaca-se a dançar o êxito “i tak ta mo” durante um concurso de dança de Mogpog.

Numa pista improvisada sobre o pátio da escola, centenas de moriones tresloucados “twistam” lado a lado a coreografia de “i tak ta mo“, a banda sonora de um programa televisivo então idolatrado nas Filipinas.

Um painel de júris observa-os compenetrado, conferencia e elabora misteriosas apreciações.

As exibições duram uma eternidade e deixam os participantes de rastos mas chega-se, por fim, ao veredicto e os vencedores recebem os seus prémios.

Quando os espectadores menos esperam, Longinus surge do nada. É perseguido por uma multidão de centuriões que se esforçam para atrasar a sempre iminente captura.

Segue-se uma decapitação dramática que chegue que, emociona e salpica o público.

Criador mascaras, Festival moriones, Marinduque, Filipinas

Artesão segura uma das muitas máscaras que cria em madeira.

E deixa a cabeça do romano sobre uma poça de tinta cor-de-rosa.

Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Basílica Santo Sepúlcro, Jerusalém, Israel

O Templo Supremo das Velhas Igrejas Cristãs

Foi mandada construir pelo imperador Constantino, no lugar da Crucificação e Ressurreição de Jesus e de um antigo templo de Vénus. Na génese, uma obra Bizantina, a Basílica do Santo Sepúlcro é, hoje, partilhada e disputada por várias denominações cristãs como o grande edifício unificador do Cristianismo.
Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Jerusalém, Israel

Mais Perto de Deus

Três mil anos de uma história tão mística quanto atribulada ganham vida em Jerusalém. Venerada por cristãos, judeus e muçulmanos, esta cidade irradia controvérsias mas atrai crentes de todo o Mundo.
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Mtskheta, Geórgia

A Cidade Santa da Geórgia

Se Tbilissi é a capital contemporânea, Mtskheta foi a cidade que oficializou o Cristianismo no reino da Ibéria predecessor da Geórgia, e uma das que difundiu a religião pelo Cáucaso. Quem a visita, constata como, decorridos quase dois milénios, é o Cristianismo que lá rege a vida.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Mactan, Cebu, Filipinas

O Atoleiro de Magalhães

Tinham decorrido quase 19 meses de navegação pioneira e atribulada em redor do mundo quando o explorador português cometeu o erro da sua vida. Nas Filipinas, o carrasco Datu Lapu Lapu preserva honras de herói. Em Mactan, uma sua estátua bronzeada com visual de super-herói tribal sobrepõe-se ao mangal da tragédia.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cerimónias e Festividades
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
La Paz, Baja California, esquina da capital, com El Quinto Sol
Cidades
La Paz, Baja Califórnia Sur, México

Na Paz do Golfo da Califórnia

Los Cabos e o fundo da longa península acolhem a maior parte dos resorts e dos gringos. La Paz, recebe os seus, mas mantem-se a grande urbe genuína da Baja Califórnia, com um entorno desértico e marinho dos mais exuberantes do México.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Big Freedia e bouncer, Fried Chicken Festival, New Orleans
Cultura
New Orleans, Luisiana, Estados Unidos

Big Freedia: em Modo Bounce

New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, lá emergem novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, aventuramo-nos à descoberta do Bounce hip hop.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Tsitsikamma Parque Nacional
Em Viagem
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
Indígena Coroado
Étnico
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Tobago, Pigeon Point, Scarborough, pontão
História
Scarborough a Pigeon Point, Tobago

À Descoberta da Tobago Capital

Das alturas amuralhadas do Forte King George, ao limiar de Pigeon Point, o sudoeste de Tobago em redor da capital Scarborough, revela-nos uns trópicos controversos sem igual.
Cabana de Bay Watch, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,
Ilhas
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Inverno Branco
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Avestruz, Cabo Boa Esperança, África do Sul
Natureza
Cabo da Boa Esperança - Cape of Good Hope NP, África do Sul

À Beira do Velho Fim do Mundo

Chegamos onde a grande África cedia aos domínios do “Mostrengo” Adamastor e os navegadores portugueses tremiam como varas. Ali, onde a Terra estava, afinal, longe de acabar, a esperança dos marinheiros em dobrar o tenebroso Cabo era desafiada pelas mesmas tormentas que lá continuam a grassar.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Ponte de Ross, Tasmânia, Austrália
Parques Naturais
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Património Mundial UNESCO
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Fila Vietnamita
Praias

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

Rocha Dourada de Kyaikhtiyo, Budismo, Myanmar, Birmania
Religião
Monte Kyaiktiyo, Myanmar

A Rocha Dourada e em Equilíbrio de Buda

Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Mini-snorkeling
Sociedade
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Vida Selvagem
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.