Puerto Natales-Puerto Montt, Chile

Cruzeiro num Cargueiro


Mau tempo austral
Cenário cinzento do anoitecer sobre os canais da Patagónia chilena.
Chamada
Comandante Marcelo Sanchez Alcazar ao telefone
Estreito à Vista
Comandante Marcelo Sanchez Alcazar prepara-se para mais um dos estreitos dos fiordes chilenos
Conversa com nativo
Passageiro e nativo Qawshkar conversam no exterior do cargueiro Puerto Eden
Gado a bordo
Caixas de camiões repletas de vacas e cavalos
O Glaciar Amália
Passageiros aglomeram-se junto a proa para admirar o glaciar Amália
King and Queen of the World
Passageiros imitam cena mais famosa do filme "Titanic", na proa do cargueiro da NAVIMAG.
Contra o vento
Passageiros divertem-se a resistir ao vento frigido que agita o Golfo de Peñas
Mar de gelo
Passageiros observam o intensificar da aglomeração de gelo na proximidade do glaciar Amália
Desembarque em Puerto Eden
Tripulantes e passageiros tratam das suas cargas e bagagens à chegada a Puerto Eden.
Estudo de Rota
Tripulante trabalha sobre um mapa na ponte de comando do cargueiro.
Deck carregado
Tripulante entra no deck colorido do Navimag.
Desembarque
Mochileiros ascendem ao convés, sobre uma plataforma hidráulica
Após longa pedinchice de mochileiros, a companhia chilena NAVIMAG decidiu admiti-los a bordo. Desde então, muitos viajantes exploraram os canais da Patagónia, lado a lado com contentores e gado.

O Chile e sobretudo o PN Torres del Paine, atraíam mais e mais forasteiros.

A determinada altura, os responsáveis da companhia de navegação NAVIMAG que assegurava as ligações Puerto Natales-Puerto Montt viram-se confrontados com a pedinchice permanente de mochileiros ávidos por descobrir a área remota e inóspita entre estas cidades.

Consciente do potencial financeiro do negócio, esta empresa estatal chilena apressou-se a dotar os seus navios Puerto Eden e Magallanes de acomodações à altura. Sem nunca abandonar o transporte de carga, passou admitir os interessados.

Percorremos a rota Sul-Norte no Puerto Eden, três dias e meio na companhia de viajantes de diversas partes do mundo – e também de gado. Entre cenários inacreditáveis e acima e abaixo das vagas assustadoras do Golfo de Penas.

21h15 – Puerto Natales/Región de Magallanes y Antártica

Embarque

A pouco e pouco os passageiros sobem e, desconfiados, olham em redor. Muitos não sabem sequer, ao certo, no que se estão a meter. Partilham perguntas, respostas e comentários que, em vários idiomas e sotaques fazem, da plataforma que nos conduz à coberta, uma espécie de elevador de Babel.

Já passa das 21h. Está previsto o Puerto Eden zarpar de Puerto Natales na madrugada seguinte. Por questões de segurança e organização, estabeleceu-se que os passageiros deviam embarcar na noite anterior e pernoitar no barco.

E assim foi. Depois de conduzidos pela tripulação aos respectivos camarotes, pouco mais nos resta nessa noite, senão dividir o espaço exíguo que vamos partilhar, quatro a quatro, nos próximos tempos.

1º Dia de Navegação

06h45 – Canal White

Começa cedo e em alvoroço a viagem. A algumas milhas espera-nos o Paso White – a passagem mais estreita de todo o percurso, com apenas 80 m de largura.

Os passageiros são convidados para se juntarem ao comandante e assistir às manobras. Apesar do cansaço do dia anterior e das escassas horas de sono, levantamo-nos de imediato. Corremos para a ponte, entretanto invadida. A tripulação parece não se importar. Habituada à intrusão, concilia as operações com esclarecimentos aos mais curiosos.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile

Comandante Marcelo Sanchez Alcazar prepara-se para mais um dos estreitos dos fiordes chilenos

Quando o estreito se revela realmente próximo da proa do navio, a visão das suas quatro enormes torres de rocha reforça a ilusão de que vamos ficar presos na rocha.

O comandante, esse, deixa-se fotografar. O momento é delicado, mas Marcelo Sanchez Alcazar divide-se, imperturbável, entre o fazer soar a buzina grave do navio, saborear o seu chá e observar inúmeros visores.

Com a mesma tranquilidade, a embarcação deixa para trás a tangente do Paso White. Continua a sulcar as águas lisas do canal. A plateia de observadores não arreda pé da ponte de comando, emocionada pela proeza e fascinada pela maquinaria.

Do pequeno-almoço ao almoço, apesar do frio e chuva próprios destas latitudes austrais, passamos grande parte do tempo nos decks superiores.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, canais patagonia

Cenário cinzento do anoitecer sobre os canais da Patagónia chilena.

Longas conversas acompanham horas de observação pachorrenta das margens e do gado que segue, apertado, sobre os camiões. À tarde, a exibição de uma aventura 007 na sala de estar sabota o espírito de convívio que se alastrava.

Para alguns, a paisagem patagónica dos canais e fiordes, com a sua vegetação minimal, torna-se repetitiva.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile

Tripulante entra no deck colorido do Navimag.

17h45 – Glaciar Amália

Por esta altura, os passageiros reagem ao apelo estridente dos altifalantes. Acorrem ao exterior do navio, preparam as máquinas fotográficas e de filmar para a chegada do glaciar Amália.

Vencidos os dois últimos meandros apertados do canal surge por fim, o rio de gelo, de um azul tão forte que nem a névoa circundante consegue ofuscar. Seguem-se cenas de regozijo.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt, Puerto Natales, Chile, Glaciar Amalia

Passageiros aglomeram-se junto a proa para admirar o glaciar Amália

Enquanto o comandante Alcazar faz o navio apitar para assinalar o momento com solenidade, dois passageiros mais irrequietos não resistem a imitar o famoso “I’m the King of the World”, cena do filme Titanic, empoleirados sobre a proa do Puerto Eden.

De imediato, o comandante brinda-os com alguns apitos adicionais, dessa vez, castradores.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile,

Passageiros imitam cena mais famosa do filme “Titanic”, na proa do cargueiro da NAVIMAG.

Entretanto, a noite começa a cair. O comandante faz o navio dar meia-volta, de regresso à rota principal. A temperatura baixa de tal forma que poucos se atrevem a continuar no exterior. Perdem um pôr-do-sol que deixa o céu nublado em fogo.

Depois do jantar, fazem-se ouvir, de novo, os apelos amplificados de Maria Inês – a anfitriã do ferry – que anuncia uma happy hour especial: “En este momento el Señor Pollo está ofreciendo Pisco Sour en el bar del salon comedor. Por solo mil pesos pruebe la bebida más popular de Chile”.

A noite terminou mais animada que nunca.

2º Dia de Navegação

05h45 – Puerto Eden / Región de Magallanes y Antártica

Acordámos já em Puerto Eden, um porto piscatório cuja única ligação fiável à civilização é o barco da NAVIMAG.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, Puerto Eden

Tripulantes e passageiros tratam das suas cargas e bagagens à chegada a Puerto Eden.

Situado na proximidade da Ilha de Wellington, Puerto Eden é o último bastião do grupo étnico Qawéshkar, formado pelos trinta derradeiros indígenas originários da Terra do Fogo.

Como outros, ao longo dos tempos, este grupo foi perseguido e desenraizado da sua cultura pelos colonos e governos chilenos. Mais recentemente, passou a ser protegido e subsidiado. Segundo os vários chilenos que pudemos ouvir, será difícil a situação inverter-se.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-Natales, Chile, conversa a bordo

Passageiro e nativo Qawshkar conversam no exterior do cargueiro Puerto Eden

Por volta das 14h, o navio entra em mar aberto. Começamos a sentir o intensificar de um balanço que prenuncia sarilhos marítimos. Informam-nos que esta é a zona ideal para avistar baleias e lobos-marinhos.

A maior parte dos passageiros já só anseia por atenuar os sintomas do enjoo.

18h45 – Golfo de Penas / Region de Aisén

Apesar da tormenta, o jantar é servido à hora certa. Em vez dos habituais dois turnos repletos de gente, apenas umas poucas mesas estão ocupadas pelos felizardos imunes ao enjoo.

Nos corredores e camarotes reina uma agonia generalizada que sentimos agravar-se. À medida que as ondas aumentam, o navio, até então, apenas balouçante, passa a ser sacudido pelo embate violento das vagas no casco. Além do sofrimento físico, instala-se o medo.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, canais patagonia

Passageiros divertem-se a resistir ao vento frigido que agita o Golfo de Peñas

Devido ao balanço, a inclinação dos beliches (principalmente dos superiores) aumenta. Torna-se tal que quem está deitado já só evita cair a agarrar-se com determinação à cabeceira. Ao mesmo tempo, os beliches da camarata central, soltos, batem com estrondo nas paredes.

Com a bonança matinal, levantam-se, queixosos, os muitos enjoados a bordo e inteiram-se dos restantes estragos: um camião que resvalou contra a casa das máquinas; um potro que morreu esmagado pelo peso dos cavalos desgovernados; os beliches da camarata central destruídos; muita loiça partida e comida entornada.

Mais tarde, o comandante deixou escapar que aquela tinha sido a tempestade mais terrível que já tinha enfrentado no Golfo de Penas.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile,

Comandante Marcelo Sanchez Alcazar ao telefone

3º Dia de Navegação

13h45 – Golfo de Corcovado/ Región de Los Lagos

Deixada para trás a zona de canais da Bahia Ana Pink e Pulluche, entre o continente e a mítica ilha de Chiloé, o novo golfo brinda os passageiros com ondulação mais suave. Avistamos baleias ao longe, mas é o vislumbre do vulcão Corcovado, com o seu cume nevado, a 2300 metros de altitude, que centra as atenções.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, gelo nos canais patagonia

Passageiros observam o intensificar da aglomeração de gelo na proximidade do glaciar Amália

Aproxima-se Puerto Montt. À boa moda de mochileiro, muitos viajantes ainda não têm decidido para onde seguir após o desembarque.

Surgem planos improvisados para a continuação das viagens e as trocas de moradas e e-mails prosseguem mesmo após o jantar, partilhados por europeus, americanos, australianos e neozelandezes, por guatemaltecos, israelitas, sul-africanos, chineses e singapurenses, entre outros.

O convívio aberto de quem viveu uma verdadeira aventura dá lugar a festa. A sala – entretanto convertida em pista de dança – fica à mercê dos passageiros e pessoal de bordo mais bem disposto. A noitada, improvisada, mas genuína acaba por ser de arromba.

Por volta das 10 da manhã do dia seguinte o barco atraca em Puerto Montt e tem início o desembarque.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, desembarque

Mochileiros ascendem ao convés, sobre uma plataforma hidráulica

Primeiro, os passageiros, e depois, os camiões e o gado. Três dias de navegação depois, chegávamos, por fim, ao porto de destino.

Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
PN Torres del Paine, Chile

A Mais Dramática das Patagónias

Em nenhuma outra parte os confins austrais da América do Sul se revelam tão arrebatadores como na cordilheira de Paine. Ali, um castro natural de colossos de granito envolto de lagos e glaciares projecta-se da pampa e submete-se aos caprichos da meteorologia e da luz.
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Chiang Khong - Luang Prabang, Laos

Barco Lento, Rio Mekong Abaixo

A beleza do Laos e o custo mais baixo são boa razões para navegar entre Chiang Khong e Luang Prabang. Mas esta longa descida do rio Mekong pode ser tão desgastante quanto pitoresca.
Ilha Robinson Crusoe, Chile

Alexander Selkirk: na Pele do Verdadeiro Robinson Crusoe

A principal ilha do arquipélago Juan Fernández foi abrigo de piratas e tesouros. A sua história fez-se de aventuras como a de Alexander Selkirk, o marinheiro abandonado que inspirou o romance de Dafoe
Deserto de Atacama, Chile

A Vida nos Limites do Deserto de Atacama

Quando menos se espera, o lugar mais seco do mundo revela novos cenários extraterrestres numa fronteira entre o inóspito e o acolhedor, o estéril e o fértil que os nativos se habituaram a atravessar.
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio - Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Rapa Nui - Ilha da Páscoa, Chile

Sob o Olhar dos Moais

Rapa Nui foi descoberta pelos europeus no dia de Páscoa de 1722. Mas, se o nome cristão ilha da Páscoa faz todo o sentido, a civilização que a colonizou de moais observadores permanece envolta em mistério.
San Pedro de Atacama, Chile

São Pedro de Atacama: a Vida em Adobe no Mais Árido dos Desertos

Os conquistadores espanhóis tinham partido e o comboio desviou as caravanas de gado e nitrato. San Pedro recuperava a paz mas uma horda de forasteiros à descoberta da América do Sul invadiu o pueblo.
Vulcão Villarrica, Chile

Ascensão à Cratera do Vulcão Villarrica, Sempre em Actividade

Pucón abusa da confiança da natureza e prospera no sopé da montanha Villarrica.Seguimos este mau exemplo por trilhos gelados e conquistamos a cratera de um dos vulcões mais activos da América do Sul.
Pucón, Chile

Entre as Araucárias de La Araucania

A determinada latitude do longilíneo Chile, entramos em La Araucanía. Este é um Chile rude, repleto de vulcões, lagos, rios, quedas d’água e das florestas de coníferas de que brotou o nome da região. E é o coração de pinhão da maior etnia indígena do país: a Mapuche.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Uma Cidade Perdida e Achada
Arquitectura & Design
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cerimónias e Festividades
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Goiás Velho, Legado da Febre do ouro, Brasil
Cidades
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Igreja Ortodoxa de Bolshoi Zayatski, ilhas Solovetsky, Rússia
Cultura
Bolshoi Zayatsky, Rússia

Misteriosas Babilónias Russas

Um conjunto de labirintos pré-históricos espirais feitos de pedras decoram a ilha Bolshoi Zayatsky, parte do arquipélago Solovetsky. Desprovidos de explicações sobre quando foram erguidos ou do seu significado, os habitantes destes confins setentrionais da Europa, tratam-nos por vavilons.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
DMZ, Coreia do Sul, Linha sem retorno
Em Viagem
DMZ, Dora - Coreia do Sul

A Linha Sem Retorno

Uma nação e milhares de famílias foram divididas pelo armistício na Guerra da Coreia. Hoje, enquanto turistas curiosos visitam a DMZ, várias das fugas dos oprimidos norte-coreanos terminam em tragédia
Noiva entra para carro, casamento tradicional, templo Meiji, Tóquio, Japão
Étnico
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Khiva, Uzbequistão, Fortaleza, Rota da Seda,
História
Khiva, Uzbequistão

A Fortaleza da Rota da Seda que a União Soviética Aveludou

Nos anos 80, dirigentes soviéticos renovaram Khiva numa versão amaciada que, em 1990, a UNESCO declarou património Mundial. A URSS desintegrou-se no ano seguinte. Khiva preservou o seu novo lustro.
A inevitável pesca
Ilhas

Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
António do Remanso, Comunidade Quilombola Marimbus, Lençóis, Chapada Diamantina
Natureza
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Caminhada Solitária, Deserto do Namibe, Sossusvlei, Namibia, acácia na base de duna
Património Mundial UNESCO
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Vilanculos, Moçambique, Dhows percorrem um canal
Praias
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Ponte u bein, Amarapura, Myanmar
Sociedade
Ponte u-BeinMyanmar

O Crepúsculo da Ponte da Vida

Com 1.2 km, a ponte de madeira mais antiga e mais longa do mundo permite aos birmaneses de Amarapura viver o lago Taungthaman. Mas 160 anos após a sua construção, U Bein está no seu crepúsculo.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor
Vida Selvagem
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio – Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.