Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte


Seydisfjordur
Vista de Seydisfjordur abrigado num de muitos fiordes da costa nordeste da Islândia
Igreja II
Igreja de Seydisfjordur, onde se realizam ensaios do canto coral da povoação.
Esplanada fria
David Kristinsson e Philippe Clause na esplanada do Hotel Aldan.
Casario
Casario da povoação no sopé das montanhas que delimitam o fiorde.
Interior Café Aldan
Interior do café Aldan, em tempos uma mercearia e um videoclube.
Vista de fiorde
Panorama enquadrado do 1º andar do hotel Aldan.
Tinna
Tinna Gudmundsdottir no centro de artes Skaftafell.
El Grillo
Letreiro de um café-bar com o nome de um petroleiro britânico afundado por um ataque aéreo nazi, em Seydisfjordur.
Igreja
Igreja de Seydisfjordur, onde se realizam ensaios do canto coral da povoação.
A postos
David Kristinsson ao balcão do seu Hotel Aldan.
Aposta imobiliária
Interior de um antigo banco da povoação, agora convertido em casa de habitação em estilo "norwegian wood".
Entre o mar e a montanha
Margem ocupada pelo casario antigo de Seydisfjordur.
Philippe Clause
Philippe Clause, um dos expatriados de Seydisfjordur no estúdio em que produz cachecóis e echarpes elegantes.
Umas décadas atrás
Montra histórica do Hotel Aldan.
Doca
A doca de pesca de Seydisfjordur, em tempos repleta de barcos de pesca, hoje, quase vazia.
Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.

A localização aplanada de Egilsstadir, à margem de um de tantos talvegues invadido por aves migratórias da Islândia, pouco deixa antever do trecho que se segue.

Após o entroncamento, a estrada trepa a montanha, primeiro coberta de vegetação ressequida que lhe empresta tons ocre e acastanhados mas que, com a altitude, logo cede ao branco.

A neve aumenta a olhos vistos. No cume da encosta, a via enfia-se entre paredes altas de gelo. Caem amostras de avalanches de ambos os lados que soterram mais e mais o asfalto já sufocado.

É a tracção às 4 rodas que nos salva de um atascanço de outra forma garantido.

A Descida Crepuscular para Seydisfjordur

Vencido o cume pela frente, tem início a descida para as profundezas do fiorde.

São quase dez, como se convencionou dizer, da noite.

O sol teima em resistir nesta Islândia, apesar do cenário frígido, já oficialmente primaveril. A luz do ocaso subárctico tinge de magenta os picos das montanhas por diante mas falha a ladeira sinuosa por que descemos em direcção ao sopé e ao mar.

costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia

Vista de Seydisfjordur abrigado num de muitos fiordes da costa nordeste da Islândia

Passamos uma queda d’água regelada. Alguns meandros de asfalto depois, vislumbramos finalmente o casario difuso. Seydisfjordur, a cidade islandesa mais distante de Reiquejavique, não tarda.

David Kristinsson encontra-nos no parque de estacionamento contíguo ao seu Hotel Aldan. Acertamos agulhas quanto à visita e percebemos que esperava que conhecêssemos de antemão o encanto e a fama do lugar.

Não era ainda o caso.

A noite cai de vez. Por indicação do anfitrião, alojamo-nos no edifício do velho banco também por ele recuperado. Ali instalados, recarregamos as baterias do equipamento de trabalho e, assim que possível, as nossas, quase a zero depois da longa viagem desde Husavik.

Novo Dia Por Entre o Casario Norwegian Wood de Seydisfjordur

A manhã e o pequeno-almoço resgatam-nos a lucidez. David aproveita. Mostra-nos os recantos pitorescos de norwegian wood do Hotel Aldan, provavelmente trazido em forma de kit da Noruega, em tempos uma mercearia, depois um vídeoclube.

dono, hotel Aldan, fiorde, Seydisfjordur, Islandia

David Kristinsson ao balcão do seu Hotel Aldan.

Philippe Clause, um amigo gaulês dos arredores de Paris que habita num estúdio do outro lado da rua, faz-nos companhia.

Os pescadores noruegueses retomaram uma colonização prévia que se presume anterior ao século VIII.

Atraídos pela abundância de arenque, ergueram os primeiros edifícios de madeira e estabeleceram, ali, um entreposto piscatório, o mesmo que viria a fazer o baleeiro norte-americano Thomas Welcome Roys, ainda no século XIX.

casario, fiorde, Seydisfjordur, Islandia

Casario da povoação no sopé das montanhas que delimitam o fiorde.

A 2ª Guerra Mundial e a Aniquilação da Frota Pesqueira Local

Quando a 2ª Guerra Mundial eclodiu, a povoação tinha-se já desenvolvido-se significativamente. Acolhia um cabo teleférico submarino precursor que ligava a Islândia à Europa continental e a estação de alta voltagem inaugural do país.

Os estrategas britânicos e americanos detectaram as vantagens da sua localização e decretaram que lá fosse instalado uma base militar e uma pista de aterragem. Hoje, essa pista está desactivada.

igreja, povoacao, fiorde, Seydisfjordur, Islandia

Igreja de Seydisfjordur, onde se realizam ensaios do canto coral da povoação.

David pega na história mais à frente: “até há uns tempos, havia uma boa frota pesqueira a zarpar daqui e uma grande fábrica de processamento de peixe. À sua maneira, a municipalidade evoluiu e tornou-se na mais próspera do leste da Islândia.

Até que os armadores poderosos de Reiquejavique compraram quase todos os barcos. Seydisfjordur deixou de ter empregos para oferecer e ficou ao abandono.”

doca, barcos, pesca, fiorde, Seydisfjordur, Islandia

A doca de pesca de Seydisfjordur, em tempos repleta de barcos de pesca, hoje, quase vazia.

Seydisfjordur e Dieter Roth: uma Passagem Criativa da Pesca para a Arte

Salvou-a o advento do turismo, por meios pouco convencionais, diga-se de passagem. Os primeiros curiosos apreciaram a sua beleza retirada e instalaram-se. Seguiu-se uma comunidade de boémios e criadores atraídos pelo acolhimento dos pioneiros e pela sensação de liberdade.

Alguns chegaram de outras partes da Europa.

O mais famoso, o artista suíço-alemão Dieter Roth, viu em Seydisfjordur um lugar mágico. Na última década da sua vida, estabeleceu na povoação uma de várias residências sazonais.

montra hotel Aldan, fiorde, Seydisfjordur, Islandia

Montra histórica do Hotel Aldan.

Roth faleceu em 1998. Nesse mesmo ano, um grupo de admiradores do seu trabalho, da arte em geral e da povoação, fundaram na vivenda em que habitava Skaftfell, um Centro para Arte Visual.

A Devoção e Dedicação de David Kristinsson por Seydisfjordur

É para lá que andamos com David, entre o braço de mar que invade o fiorde e o casario colorido no sopé da encosta. Pelo caminho, o cicerone conta-nos um pouco da sua vida: como tinha nascido em Akureyri, a capital do norte.

O período em que se mudou para Copenhaga com a namorada, onde, ao fim de três anos, aprendeu bom dinamarquês, apesar de uma professora de infância lhe repetir que nunca o conseguiria.

Fala-nos ainda do regresso a Reiquejavique onde também vivera mas a que nunca se habituara.

E da sua mudança, em 2011, para Seydisfjordur, de armas e bagagens, com ideias e algum dinheiro para investir na comunidade, como nos confessa, sem qualquer obsessão pelo lucro.

interior, imobiliario, fiorde, Seydisfjordur, Islandia

Interior de um antigo banco da povoação, agora convertido em casa de habitação em estilo “norwegian wood”.

Chegamos a Skaftafell.

Skaftafell e Dieter Roth: Lugar à Arte e Criatividade

David apresenta-nos a Tinna Gudmundsdottir que, por sua vez, nos apresenta o centro com indisfarçável orgulho. No terceiro andar, mostra-nos os aposentos da residência atribuídos aos estudantes de arte e outros frequentadores de passagem.

centro artes, Skaftafell, fiorde, Seydisfjordur, Islandia

Tinna Gudmundsdottir no centro de artes Skaftafell.

No segundo, apreciamos uma série de esboços expostos nas paredes e examinamos com estupefacção química a montra de fast-food apodrecida com que Dieter Roth, recorrendo a incontáveis bactérias, voltou a expressar a sua inquietude social e criatividade crítica.

Este tipo de obras biodegradáveis eram comuns no artista que, por esse motivo, ficou igualmente conhecido como Dieter Roth.

Um experimentalista nato com energia e dedicação inesgotáveis, Roth produziu inúmeros cadernos de artistas, obras impressas e esculturas. “Ele recorria a esta mesa quando tinha mais alguma ideia de rompante. Criava esboços e acumulava-os por aqui até, mais tarde, os associar em livros ou outros formatos.

Nós agora convidamos quem por cá passa a deixar também as suas marcas.” diz-nos Tinna, para logo nos levar a uma estante repleta de outros livros do antigo proprietário e nos guiar página atrás de página.

O Desalinhamento Político de Seydisfjordur

A determinada altura, a conversa muda de tom, como o brilho nos olhos azuis da filha de Gudmund que protesta contra a situação a que chegou a Islândia, afiança-nos devido aos seus governos de direita, sempre demasiado preocupados com retornos financeiros.

“Lucro, lucro e mais lucro. É tudo em que pensam. Até o supermercado novo que se instalou ali em cima, faz questão de nos explorar com preços híperinflacionados. Aqui em Seydisfjordur, quase todos o evitamos.

paisagem, fiorde, Seydisfjordur, Islandia

Margem ocupada pelo casario antigo de Seydisfjordur.

Preferimos fazer os 60 km por cima da montanha e fazermos compras em Egilsstadir do que sermos roubados.” O debate político-económico prolonga-se. Tinna fica intrigada e, por momentos, desarmada quando lhe contamos que em Portugal há uma forte noção de que o último governo de esquerda levou o país à bancarrota.

O tempo que tínhamos para a cidade esgota-se.

Às Voltas pela Beira-Mar de Seydisfjordur

Deixamos Skaftafell por volta da hora de almoço. David escolta-nos até meio do caminho para o Hotel Aldan. Quando chegamos a uma estação de serviço, comunica-nos a hora da separação: “bom, eu fico por aqui. Às sextas, encontramo-nos todos naquele restaurante. A comida é muito má, o convívio compensa.”

Por conta própria, decidimos explorar um pouco mais da povoação e do fiorde. Em quase duas horas, só encontramos oito ou nove almas das quase 700 que é suposto a habitarem.

igreja, fiorde, Seydisfjordur, Islandia

Igreja de Seydisfjordur, onde se realizam ensaios do canto coral da povoação.

O posto turístico funciona mas está vazio, como a doca recolhida em que vemos apenas alguns barcos alinhados, os poucos que sobraram da razia comercial perpetrada pelas empresas piscatórias da capital.

E os Tricots Artísticos de Philippe Clause

Antes de partirmos, ainda passamos pela casa de Philippe que, no conforto do estúdio, se mostra pouco preocupado com aquele aparente marasmo civilizacional.

estudio echarpes, fiorde, Seydisfjordur, Islandia

Philippe Clause, um dos expatriados de Seydisfjordur no estúdio em que produz cachecóis e echarpes elegantes.

A sua arte é o tricot e, numa mesa repleta de novelos de lã coloridos, o francês expatriado dedica-se a finalizar novos cachecóis, xailes e echarpes elegantes que promove numa montra improvisada nas paredes e, online, onde é ele próprio o modelo.

David dizia-nos que interessavam mais ao seu negócio hoteleiro e à cidade os visitantes que lá queriam passar vários dias a usufruir da tranquilidade e da dinâmica cultural, não tanto aqueles que davam a volta à Islândia a correr, em seis ou sete dias.

 

vista do hotel Aldan, fiorde, Seydisfjordur, Islandia

Panorama enquadrado do 1º andar do hotel Aldan.

Estávamos a explorar a ilha com alguns mais que apenas. Ainda assim, pertencíamos à última classe.

Metemo-nos no carro e despedimo-nos de Seydisfjordur. Até uma próxima oportunidade.

Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
PN Thingvellir, Islândia

Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Lagoa de Jok​ülsárlón, Islândia

O Canto e o Gelo

Criada pela água do oceano Árctico e pelo degelo do maior glaciar da Europa, Jokülsárlón forma um domínio frígido e imponente. Os islandeses reverenciam-na e prestam-lhe surpreendentes homenagens.
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Lagoa Jökursarlón, Glaciar Vatnajökull, Islândia

Já Vacila o Glaciar Rei da Europa

Só na Gronelândia e na Antárctica se encontram geleiras comparáveis ao Vatnajökull, o glaciar supremo do velho continente. E no entanto, até este colosso que dá mais sentido ao termo Terra do Gelo se está a render ao cerco inexorável do aquecimento global.
Sul da Islândia

Sul da Islândia vs Atlântico do Norte: uma Batalha Monumental

Vertentes de vulcões e fluxos de lava, glaciares e rios imensos, todos pendem e fluem do interior elevado da Terra do Fogo e Gelo para o oceano frígido e quase sempre irado. Por todas essas e tantas outras razões da Natureza, a Sudurland é a região mais disputada da Islândia.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Arquitectura & Design
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Indígena Coroado
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Glamour vs Fé
Cidades
Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
O projeccionista
Cultura
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
viagem de volta ao mundo, símbolo de sabedoria ilustrado numa janela do aeroporto de Inari, Lapónia Finlandesa
Em Viagem
Volta ao Mundo - Parte 1

Viajar Traz Sabedoria. Saiba como dar a Volta ao Mundo.

A Terra gira sobre si própria todos os dias. Nesta série de artigos, encontra esclarecimentos e conselhos indispensáveis a quem faz questão de a circundar pelo menos uma vez na vida.
Promessa?
Étnico
Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Cândia, Dente de Buda, Ceilão, lago
História
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
Mirador de La Peña, El Hierro, Canárias, Espanha
Ilhas
El Hierro, Canárias

A Orla Vulcânica das Canárias e do Velho Mundo

Até Colombo ter chegado às Américas, El Hierro era vista como o limiar do mundo conhecido e, durante algum tempo, o Meridiano que o delimitava. Meio milénio depois, a derradeira ilha ocidental das Canárias fervilha de um vulcanismo exuberante.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Sé Catedral, Funchal, Madeira
Natureza
Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical

A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Parques Naturais
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Caiaquer no lago Sinclair, Cradle Mountain - Lake Sinclair National Park, Tasmania, Austrália
Património Mundial UNESCO
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Parque Nacional Cahuita, Costa Rica, Caribe, Punta Cahuita vista aérea
Praias
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
Camboja, Angkor, Ta Phrom
Religião
Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor

Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval
Sociedade
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Bwabwata Parque Nacional, Namíbia, girafas
Vida Selvagem
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.