Nelson a Wharariki, PN Abel Tasman, Nova Zelândia

O Litoral Maori em que os Europeus Deram à Costa


Rota de mar
Lancha percorre o litoral verde-azulado PN Abel Tasman, no norte da Ilha do Sul da Nova Zelândia.
Lagoas Pacíficas
Retalhos de beira-mar, na mare? vazia. PN Abel Tasman
Vale fértil
Um vale verdejante da região de Nelson, a sul do PN Abel Tasman.
De alerta
Ovelha inspecciona os forasteiros que invadem os seus domínios ervados.
Céu vegetal
Grande feto arbo?reo num trilho do PN Abel Tasman
A última curva
Meandro do ribeiro Wharakiri, na eminência da praia homónima e do limiar setentrional da Ilha do Sul da Nova Zelândia.
A caminho do mar
Caiaquers num riacho pouco profundo do PN Abel Tasman.
Mais monte que vale
Ovelhas, palma-dracena e um floco de nuvem coroam um outeiro íngreme na eminência da praia de Wharakiri.
Lagoa dos deuses
Te Waikoropupu: nascentes e lagoa que os maori consideram há muito sagrados.
Vida a 2
A vida animal asada e privilegiada das nascentes e lagoa de Te Waikoropupu, nas imediações de Takaka.
Um verde ovino
Prados rolantes, salpicados de ovelhas e de palmas-dracenas, aquém da praia de Wharakiri, e do limiar norte da Ilha do Sul.
Areal d’ouro
Praia da Golden Bay, nas imediações do PN Abel Tasman e da enseada em que o navegador holandês homónimo ancorou pela primeira vez na Nova Zelândia.
Um prado inclinado
Rebanho disperso em socalcos de pasto "roubados" a? floresta endémica.
Uma ponte com vista
Caminhantes cruzam uma ponte suspensa do PN Abel Tasman.
Do cimo ao mar
Vertentes cobertas de prado, antecedem uma floresta rasteira e a Baía de Tasman, no nordeste da Ilha do Sul.
Reino vegetal, Reino animal
Rebanho de ovelhas partilha uma encosta ervada de Wharakiri com uma palma-dracena (cabbage tree).
Pasto
Reduto ervado tomado à floresta de árvores manuka indígena destas partes da Ilha do Sul.
Abel Janszoon Tasman explorava mais da recém-mapeada e mítica "Terra Australis" quando um equívoco azedou o contacto com nativos de uma ilha desconhecida. O episódio inaugurou a história colonial da Nova Zelândia. Hoje, tanto a costa divinal em que o episódio se sucedeu como os mares em redor evocam o navegador holandês.

Abrigada dos ventos e frentes frias pelas montanhas que se projectam do cimo da Ilha do Sul, a região de Nelson goza de mais horas de sol que qualquer outra parte da Nova Zelândia.

E é quase só sol que temos quando exploramos as ruelas de Nelson e enquanto viajamos pela estrada 60, apontados a Takaka e, logo, ao limite setentrional pontiagudo de Te Wai Pounamu (Águas Esmeralda), assim preferem os Maoris tratar a metade de baixo da nação kiwi.

Uns meros quilómetros fora da área suburbana, os cenários já se revelam tão bucólicos como seria de esperar. Sucedem-se vales amplos, forrados de um pasto verde quase fluorescente e delimitados por vertentes florestadas repletas de sulcos.

Cenário da Baía de Tasman, Nova Zelândia

Vertentes cobertas de prado, antecedem uma floresta rasteira e a Baía de Tasman, no nordeste da Ilha do Sul.

Quando a via se acerca à Tasman Bay, revela outros desses sulcos, invertidos, que se desenrolam até ao oceano tranquilo. Duas horas depois, chegamos a Puponga.

Ao Encontro do Limiar Norte da Ilha do Sul

Para oriente, estende-se o Farewell Spit, uma língua de areia que encerra a Golden Bay e, por sinal, a Ilha neozelandesa do Sul. Deixamos a 60 para a Wharariki Road.

Passamos a serpentear na direcção contrária e rumo a norte, entre outeiros ora cobertos por uma floresta baixa de árvores manuka ora, em que esse mato denso foi sacrificado à erva que também ali alimenta o exército ovino da Nova Zelândia.

A última curva

Meandro do ribeiro Wharakiri, na eminência da praia homónima e do limiar setentrional da Ilha do Sul da Nova Zelândia.

Seguimos o caudal acastanhado do ribeiro Wharariki por meandros e ferraduras caprichosas. De um lado e do outro, os rebanhos pastam equilibrados em encostas retalhadas por vedações de que, a espaços, despontam mini-bosques de palmas-dracenas e algumas destas cabbage trees solitárias.

Nesse tempo, a Wharariki Road tinha-se alinhado com a costa setentrional. Um café e um parque de estacionamento anunciam o desvio para a praia homónima.

Palma dracena e ovelhas em Wharakiri, Nova Zelândia

Rebanho de ovelhas partilha uma encosta ervada de Wharakiri com uma palma-dracena (cabbage tree)

O Caminho para o Vasto Mar de Tasman

Continuamos a pé guiados pelo riacho até que o trilho abre para um reduto de dunas alvas e nos revela uma praia a perder de vista.

Subimos as dunas. Num ápice, a brisa que antes fluía ligeira entre os outeiros transforma-se num vendaval furibundo. Vemos a areia seca voar a grande velocidade e cobrir o areal compactado pela maré vazia de uma névoa granulada.

O retiro do mar concedia acesso temporário a um tal de trio de ilhas Archway. Avançamos na sua direcção mas mal conseguimos controlar os passos. Sentimos a cara açoitada pela areia tresmalhada e por borrifos das vagas que se espraiavam, violentas, e torcidas para leste pelos tresloucados westerlies.

Rendemo-nos à agressividade da atmosfera. Espreitamos apenas um ou dois recantos intrigantes entre os grandes rochedos Archway, após o que batemos em retirada para o abrigo bucólico em que ficara o carro.

Perdida nuns antípodas solitários, a Nova Zelândia está desde sempre sujeita à rudez do oceano (ali pouco) Pacífico e dos agentes em geral. Quando a vislumbraram e começaram a explorar, os navegadores europeus passaram por sucessivas aflições.

Vale fértil

Um vale verdejante da região de Nelson, a sul do PN Abel Tasman.

Como acontecera já no limiar austral de África, contornaram as penínsulas, os cabos, todas as adversidades até levarem os seus anseios descobridores e colonizadores a bom porto.

Abel Tasman, o holandês que se adiantou face à concorrência, fê-lo exactamente nestas paragens por que andávamos. Tasman deixou Batavia (actual Jacarta) em 1642. Passou pela ilha Maurícia e descobriu a Tasmânia. Prosseguiu para Leste.

Um Encontro Atribulado

Avistou o litoral da Ilha do Sul que terá acompanhado até se confrontar com os imponentes Alpes do Sul e voltado a “ascender” à latitude do Cabo de Farewell, para norte. Contornou-o e ao topo da Ilha do Sul.

Já do lado oriental, achou o mar tranquilo da Golden Bay. Lá detectou uma série de fogueiras e fumos indicadores da presença de indígenas da tribo maori Ngati Tumatakokiri.

Litoral do PN Abel Tasman, Nova Zelândia

Lancha percorre o litoral verde-azulado PN Abel Tasman, no norte da Ilha do Sul da Nova Zelândia.

Quando o sol voltou a raiar, Tasman enviou barcos de apoio em busca de uma ancoragem mais favorável e de um lugar para se abastecer de água. Reancorou numa enseada hoje chamada de Wainui Inlet, no extremo sul da Golden Bay.

Nesse processo, os Maori acompanharam os movimentos dos recém-chegados e procuraram apurar até que ponto representavam uma ameaça.

Por fim, enviaram uma das suas canoas ao encontro dos forasteiros. No seu diário de bordo, Tasman narra o que então se passou: “um guerreiro soprou várias vezes um instrumento e nós mandámos os nossos marinheiros tocar-lhes música de volta”. Os Maoris não estariam, todavia, dispostos ao duelo musical.

Os sons que emitiam aos holandeses teriam o objectivo de os afugentar. Os indígenas acreditariam que aqueles seres brancos seriam patupaiarehe, fantasmas mitológicos que lhes levariam as mulheres e as crianças.

Prados íngremes junto à praia de Wharakiri, Nova Zelândia

Prados rolantes, salpicados de ovelhas e de palmas-dracenas, aquém da praia de Wharakiri, e do limiar norte da Ilha do Sul

A Versão Mitológica para o Confronto

Outras interpretações defendem que Tasman ancorou precisamente na enseada onde ficava a gruta de uma taniwha maori, um monstro réptil imaginário que a tribo temia que os brancos despertassem. Tendo em conta estas ansiedades, a resposta de Tasman e dos seus homens revelou-se inapropriada.

Mais Maoris se juntaram aos primeiros. Reforçados, desafiaram, por fim, os estrangeiros. Receoso de perder o controlo da situação, Tasman ordenou um disparo preventivo de canhão.

O ribombar assustou e afugentou os Maori para terra. No dia seguinte, os Maoris regressaram em peso e  confrontaram os holandeses, provavelmente com um intenso haka. Tasman terá interpretado que se tratava de uma cerimónia de acolhimento.

Após os Maori regressarem a terra, ordenou aos marinheiros que aproximassem os navios da costa. Mas, antes que o fizessem, uma canoa Maori forçou a colisão com um bote holandês. Um guerreiro nativo golpeou um dos tripulantes no pescoço com um longo chuço e mandou-o borda fora.

Feto no PN Abel Tasman, Nova Zelândia

Grande feto arbóreo num trilho do PN Abel Tasman

Quatro outros marinheiros foram mortos, o corpo de um deles arrastado para dentro de uma das canoa waka. Os marinheiros ripostaram com tiros de mosquetes e outras armas.

Por fim, convencido de que não era ali bem-vindo, Tasman ordenou a retirada. Desiludido, baptizou o lugar de Baía dos Assassinos e registou que “o encontro os devia ensinar a considerar os habitantes daquelas terras inimigos”.

Os Legados Concorrentes de Tasman e dos Maoris

Tasman prosseguiu  rumo a oriente. Ancorou no actual arquipélago de Tonga. Os maori só viriam a avistar outros ocidentais mais de cem anos depois, entre 1769 e 1770, no caso, o incontornável capitão Cook e os seus homens, a bordo do HM Bark Endeavour. Ao contrário dos holandeses, os britânicos voltariam para ficar.

Enquanto pioneiro, Tasman manteve a honra de diversos baptismos da zona: o Mar de Tasman. A Baía de Tasman, logo abaixo do Wainui Inlet em que teve lugar o confronto com os maori.

 

Praia do PN Abel Tasman, Nova Zelândia

Praia da Golden Bay, nas imediações do PN Abel Tasman e da enseada em que o navegador holandês homónimo ancorou pela primeira vez na Nova Zelândia.

Também o Parque Nacional Abel Tasman deslumbrante que, em breve, nos dedicámos a explorar. Regressamos à estrada 60 e a iminência da Golden Bay. Contornamos o amplo Ruataniwha Inlet, atravessamos o rio Aorere sempre por uma manta de retalhos aluviais e rurais de diversos tons de verde. Passamos por Parapara, por Onekaka e por Puramahoi.

A sucessão de povoações com nomes maori comprova-nos o predomínio histórico do povo indígena e o respeito que, nos tempos mais recentes, as autoridades pós-coloniais da Nova Zelândia granjearam aos seus condóminos.

Chegamos a Takaka a tempo de nos instalarmos e darmos uma volta tão curta como a povoação, talvez um pouco maior que Coriscada, a aldeia do distrito da Guarda sua antípoda.

Na manhã seguinte, pequeno-almoço despachado bem cedo, fazemo-nos ao PN Abel Tasman. Conduzimos até Kaiteriteri. Lá apanhamos um barco do parque que nos revela os caprichos da costa até à enseada recortada de Anchorage, sob o olhar desconfiado de inúmeros corvos-marinhos.

Enseada após Enseada, PN Abel Tasman adentro

Dali, em diante, tomamos o trilho que serpenteia por aquele domínio costeiro, atentos ao recolher e avançar do mar nos seus sucessivos contornos. O litoral do PN Abel Tasman tem as marés mais pronunciadas de toda a Nova Zelândia. Para que os caminhantes não acabem encurralados, é-lhes requerida uma atenção redobrada. Alguns dos areais são dourados como não pensávamos ser possível.

PN Abel Tasman, Nova Zelândia

Retalhos de beira-mar, na maré vazia. PN Abel Tasman.

Conferem todo o crédito ao baptismo da Golden Bay acima, a tal de que Tasman se viu forçado a bater em retirada. O mar que os afaga tem um tom verde-esmeralda que parece dourar ainda mais a areia. Para o interior, o sobe e desce do trilho revela incríveis colónias de fetos arbóreos, vários, com copas bem acima das nossas cabeças.

Pontes suspensas atravessam desfiladeiros profundos, alguns deles caudais de braços de mar que a maré-cheia preenche num ápice. Aqui e ali, voltamos a descer da floresta para o nível do mar. Passamos por lagoas e piscinas naturais que nos seduzem a voltar a mergulhar.

Ponte suspensa sobre o PN Abel Tasman

Caminhantes cruzam uma ponte suspensa do PN Abel Tasman.

É o caso da Frenchman Bay, um braço de mar em forma de vírgula cercado por vegetação frondosa que alterna entre o branco do leito arenoso drenado e um verde-esmeralda suave que, aos poucos, a entrada de mais água adensa. Seis horas e 20 km depois, entramos na Awaroa Bay. Regressamos ao barco que nos traz de volta a Kaiteriteri e ao carro. Recuperamos energias.

As Nascentes Mitológicas de Te Waikoropupu

Com algum tempo de sobra, intrigados quanto ao que havia tornado as nascentes Te Waikoropupu tão famosas, viajamos até ao seu enigmático reino de água doce. Tal como acontecera ao longo do PN Abel Tasman, voltamos a ver-nos cercados de floresta densa.

Chegados ao término de novo trilho, subimos a um varandim de madeira. A vista em redor volta a surpreender-nos. Oito fontes subterrâneas mantinham a transbordar uma enorme lagoa azulada delimitada pela própria base verde do arvoredo.

Nascente e lagoa de Te Waikoropupu, Nova Zelândia

Te Waikoropupu: nascentes e lagoa que os maori consideram há muito sagrados.

O seu caudal era de tal maneira translúcido que, à laia de aquário, nos permitia apreciar os mais ínfimos pormenores rochosos, arenosos ou vegetais do leito.

Medições de visibilidade levadas a cabo determinaram que chegava a 63 metros, atrás apenas de uma outra lagoa subglacial da Antárctida.

Alguns patos selvagens lá nadavam e chapinhavam, queríamos acreditar que com prazer redobrado.

Patos na lagoa de Te Waikoropupu, nas imediações de Takaka.

A vida animal asada e privilegiada das nascentes e lagoa de Te Waikoropupu, nas imediações de Takaka.

Tal como acontece na gruta do Wainui Inlet em que Abel Tasman em má hora aportou, segundo creem os maoris, também este lago cristalino é frequentado por uma taniwha.

Huriawa é, aliás, uma das três principais taniwhas de Aotearoa (o termo maori para a Nova Zelândia), uma mergulhadora das profundezas da Terra e do mar, que faz do seu modo de vida desbloquear canais das profundezas.

Os nativos acreditam que é nas águas sagradas de Te Waikoropupu que repousa da sua actividade frenética.

Com o dia prestes a encerrar-se, resolvemos inspirar-nos na mitologia. Sentamo-nos num dos varandins e ficamos a escutar o borbulhar abafado das nascentes, o piar da passarada e o silvar da brisa na vegetação. Abel Tasman desvendou estas paragens Maori aos ocidentais há quase quatro séculos. Decorrido todo este tempo, Aotearoa acolhe e recompensa os forasteiros como nunca Tasman sonhou possível.

Mais informação sobre esta região da Nova Zelândia no site 100% New Zealand

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A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Penhascos acima do Valley of Desolation, junto a Graaf Reinet, África do Sul
Vida Selvagem
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.