Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão


Orgulho
Vendedora exibe um pão num mercado de Samarcanda.
Remessa
Vendedoras trazem mais pães para um mercado de beira de estrada da região de Fergana.
Maruf’ Jon
Padeiro Maruf'Jon e um ajudante cozem pães na sua padaria em Margilan.
Montra
Uma montra numa padaria de beira de estrada de Fergana.
Jovem vendedora
A mais nova das vendedoras do mercado mostra um pão com decoração exuberante.
Massa, farinha e telemóvel
Padeiro amassa mais pão numa padaria familiar.
Exemplar
Uma vendedora exibe mais um pão prodigioso.
Almoço com pão
Trabalhadoras de uma fábrica de tecidos acompanham a sua refeição com pão.
Abundância
Pães da região de Fergana em grande quantidade e diversidade.
Maruf’ Jon
O padeiro Maruf'Jon segura a pá que usa para arrancar os pães do tecto do seu forno.
Nova Carga
Vendedoras transportam uma nova remessa para a banca em que trabalham.
De bata e avental
Jovens vendedoras posam para a fotografia num curto momento de descontração.
Fila
Parte de uma longa sequência de vendedoras a trabalhar num mercado de beira de estrada dedicado apenas ao pão.
Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.

Ravshan e Nilufar nunca começavam a sua shur’va (sopa de vegetais e carne) sem a adensar com pedaços de non.

Seguiam-se lagman (massa com outros vegetais e carne) ou dimlamla (guizado). Tendo em conta os seus físico contidos, surpreeendia-nos que os comensais continuassem a dar conta do pão amarelo colocado sobre a mesa.

Fazia-lhes uma certa confusão o facto de não sermos pãozeiros. “De certeza que não querem?” Perguntavam-nos à laia de insistência. “Cá, comemos sempre imenso non à refeição” reitera Nilufar. “Na verdade, a toda hora… possivelmente até um pouco demais.” e ri-se com a espontaneidade da sua adolescência prolongada.

Almoço atrás de almoço, jantar após jantar, acabamos por perceber quanta verdade havia naquelas palavras. E que não poderia ser de outra maneira.

Uzbequistão: o Celeiro da Ásia Central

A Ucrânia sempre teve a fama de mega-produtora de cereais, reforçadora prodigiosa da capacidade da URSS. Se tivermos em conta os tamanhos dos territórios, mesmo se a principal cultura do país é o algodão, o Uzbequistão tornou-se num celeiro prolífico.

Durante a sua era despótica, o Presidente todo-poderoso Islam Karimov congratulou os agricultores da nação pela colheita farta de 2011 que, com 7 milhões de toneladas de grãos, suplantou a anterior em quase 300.000.

Ainda assim, o preço do pão social – o mais simples – subiu 10%, 50 sums (2 cêntimos). A população sentiu o novo aumento como uma facada nas costas. “Parece pouco…” diz Farida Akhmedshina à imprensa nacional “. Na realidade, o aumento foi de 100 sums. Os empregados das lojas sempre nos deram rebuçados como trocos pequenos e é o que vai acontecer quando pagarmos os 550 com 600 ou até com 1000 sums”.

pao em abundancia, nacao, pao, uzbequistao

Pães da região de Fergana em grande quantidade e diversidade.

Mais que a saciedade do povo uzbeque que fica afectada com estes aumentos anuais, é a sua vida, a começar pelo relacionamento social.

A Preponderância Social do Pão do Uzbequistão

Nas zonas mais tradicionais, a primeira coisa que as pessoas levam a casa de outras como prenda é um non. À despedida, os anfitriões fazem questão de oferecer um de volta aos visitantes.

Nas casas que possuem os seus próprios fornos, as mulheres preparam os pães que a família consome e que irá oferecer. Batem, acariciam, voltam a sovar a massa até conseguirem a consistência desejada.

Depois, fazem afundar o centro e desenham o padrão decorativo próprio da zona, da aldeia ou até o familiar. Cada região tem as suas variedades, o obi non mais comum os shirma de Samarcanda e os de Bukhara, polvilhados com sésamo ou nigela e que têm um aroma inconfundível.

Os katlama de Andijon e Qashqadaryo – preparados com natas, manteiga e flocos estaladiços – são igualmente aromáticos. De acordo com a tradição, eram e ainda são servidos durante encontros casamenteiros.

Já os lochira da capital Tashkent têm a forma de um prato. São confeccionados com leite, manteiga e açúcar. Outros incorporam carne, cebola, frutos secos esmagados, tomate, passas e distintos complementos.

Cada região, ou aldeia ou até padeiro, pode ter o seu próprio fermento especial que conserva e protege da concorrência sempre que pode.

trabalhadoras de fabrica, nacao, pao, uzbequistao

Trabalhadoras de uma fábrica de tecidos acompanham a sua refeição com pão.

A maior parte dos lepyoshkas (o nome russo para o pão) são ultimados em tandyres, poderosas fornaças de argila reforçada que garantem o ponto ideal de cozedura entre apenas 4 a 8 minutos.

Os tipos não tandyr de pão, mais raros, foram aperfeiçoados pelas tribos nómadas que, perante a impossibilidade de transportarem grandes fornos, os coziam em kazans (caldeirões) sobre uma base de leite.

Já tínhamos percorrido parte significativa do país. Mudamo-nos por alguns dias para o vale de Fergana e as imediações de Andijan.

Foi em Fergana que, a meio dos anos 2000, se cozinhou uma forte contestação ao Presidente Karimov e que acabou por ser palco de uma resposta brutal ao movimento alegadamente extremista islâmico responsável. A chacina consequente ficou conhecida no Mundo como o massacre de Andijan.

Passaram-se oito anos. Somos testemunhas de que toda esta comoção político-militar não afectou a famosa hospitalidade da província.

A Grande Padaria Uzbeque de Margilan

Nilufar já nos tinha ouvido gabar a beleza do pão da sua pátria vezes sem conta. Quando passamos por Margilan, pede ao novo motorista Muhit Din para estacionar numa rua conhecida pela abundância de padarias e fornos tandyr.

padeiro amassa pao, nacao, pao, uzbequistao

Padeiro amassa mais pão numa padaria familiar.

De um momento para o outro, damos por nós num périplo enfarinhado. Jovens moldam e alinham a massa, à conversa e sempre de olho nos seus telemóveis envelhecidos.

Logo ao lado, uma dupla com visual exótico encarrega-se do trabalho mais árduo. O forno irradia para o exterior uma temperatura de sauna descontrolada. Ma’ruf Jon, o padeiro mais experiente resiste. Coloca mais e mais pães no interior, como se fosse imune ao desconforto.

padeiro e ajudante, nacao, pao, uzbequistao

Padeiro Maruf’Jon e um ajudante cozem pães na sua padaria em Margilan.

O seu rosto está cozinhado pelo calor, com as veias e outros vasos sanguíneos dilatados e feridos sob uma pele fina, cada vez mais escarlate. O padeiro alterna com um colega, provavelmente aprendiz. Ainda assim, assume a maior parte do sacrifício que o destino lhes impôs.

Por razões que os uzbeques consideram óbvias, os padeiros do país são todos os homens. Homens especiais, com uma força de vontade superior. Sentimos que Ma’ruf Jon é um veterano daquele ofício.

padeiro, nacao, pao, uzbequistao

O padeiro Maruf’Jon segura a pá que usa para arrancar os pães do tecto do seu forno.

A determinada altura, sugere que o experimentemos provavelmente para darmos ao seu ofício o valor merecido. Nilufar traduz o repto: “Vá, pega na pá! Chega de fotografias. Agora é a vossa vez.”

À primeira vista, a tarefa parece simples. Só temos que arrancar dois ou três pães já cozidos, colados ao tecto e às paredes do forno em pré-brasa e atirá-los para um cesto. Mas não nos conseguimos aproximar daquele inferno mais que uns segundos.

Como consequência, apressamos a operação. Deixamos ficar pedaços agarrados à superfície do forno e danificamos a forma preciosa do alimento.

Quando devolvemos a pá ao mestre, estamos algo envergonhados e não nos restam grandes dúvidas: a profissão só poderia ser desempenhada por corpos resistentes ao flagelo e por espíritos inabaláveis. Não tardaríamos a descobrir um lado menos dantesco do negócio.

vendedora exibe pao, nacao, pao, uzbequistao

Uma vendedora exibe mais um pão prodigioso.

Um Grande Mercado de Beira-Estrada, só de Pão

Deixamos Margilan de regresso a Tashkent. Ainda antes de atravessarmos a fronteira para a província de Namangan, Muhit Din tem que parar num posto de controle policial. Pouco depois, encontramos um mercado de estrada, com vendedores organizados para fornecer os melhores produtos de Fergana a quem viaja para a capital.

Ali, vemos dezenas de mulheres em trajes tradicionais atrás de uma longa banca improvisada sobre blocos de cimento e caixotes, preenchida por exemplares dos pães da região, dourados como o Sol.

fila de vendedoras, nacao, pao, uzbequistao

Parte de uma longa sequência de vendedoras a trabalhar num mercado de beira de estrada dedicado apenas ao pão.

Detêm-se fornecedores e clientes à beira da estrada. Os primeiros equilibram tabuleiros com mais espécimes. Os últimos percorrem a banca a todo o comprimento a avaliar a mercadoria oferecida.

É então que, em sequência, cada vendedora os tenta capturar com pregões e chamamentos encantadores em uzbeque ou russo, dependendo dos alvos.

jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao

A mais nova das vendedoras do mercado mostra um pão com decoração exuberante.

Os clientes precisam daqueles pães para distintas ocasiões, mais ou menos solenes. É raro regressarem aos carros de mãos a abanar.

vendedoras, nova carga, nacao, pao, uzbequistao

Vendedoras transportam uma nova remessa para a banca em que trabalham.

No Uzbequistão, muitas famílias continuam fiéis aos antigos costumes. Colocam um pão debaixo da cabeça dos recém-nascidos para lhes desejar uma vida longa e sem problemas.

Mais tarde, quando o bebé dá os seus primeiros passos, o pão é mudado para entre as pernas como uma bênção para o resto do caminho.

Se o bebé é rapaz, anos depois, quando chega a altura de cumprir o serviço militar ou se for recrutado para uma guerra, a sua mãe fá-lo-á comer um pedaço de pão para que regresse o mais depressa possível.

A importância do non alcança as mais elevadas instâncias politicas e diplomáticas.

montra de padaria, nacao, pao, uzbequistao

Uma montra numa padaria de beira de estrada de Fergana.

Em 2011, os 20 anos de independência do novo país foram comemorados no parque Bobur de Tashkent com um grande “Non Sayli”, um festival nacional do pão.

Usbequistão

Viagem Pelo Pseudo-Alcatrão do Usbequistão

Os séculos passaram. As velhas e degradadas estradas soviéticas sulcam os desertos e oásis antes atravessados pelas caravanas da Rota da Seda. Sujeitos ao seu jugo durante uma semana, vivemos cada paragem e incursão nos lugares e cenários usbeques como recompensas rodoviárias históricas.
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Khiva, Uzbequistão

A Fortaleza da Rota da Seda que a União Soviética Aveludou

Nos anos 80, dirigentes soviéticos renovaram Khiva numa versão amaciada que, em 1990, a UNESCO declarou património Mundial. A URSS desintegrou-se no ano seguinte. Khiva preservou o seu novo lustro.
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Samarcanda, Uzbequistão

Um Legado Monumental da Rota da Seda

Em Samarcanda, o algodão é agora o bem mais transaccionado e os Ladas e Chevrolets substituíram os camelos. Hoje, em vez de caravanas, Marco Polo iria encontrar os piores condutores do Uzbequistão.
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Mar de Aral, Uzbequistão

O Lago que o Algodão Absorveu

Em 1960, o Mar de Aral era um dos quatro maiores lagos do mundo mas projectos de irrigação secaram grande parte da água e do modo de vida dos pescadores. Em troca, a URSS inundou o Uzbequistão com ouro branco vegetal.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Cerimónias e Festividades
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Nissan, Moda, Toquio, Japao
Cidades
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Buda Vairocana, templo Todai ji, Nara, Japão
Cultura
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Devils Marbles, Alice Springs a Darwin, Stuart hwy, Caminho do Top End
Em Viagem
Alice Springs a Darwin, Austrália

Estrada Stuart, a Caminho do Top End da Austrália

Do Red Centre ao Top End tropical, a estrada Stuart Highway percorre mais de 1.500km solitários através da Austrália. Nesse trajecto, o Território do Norte muda radicalmente de visual mas mantém-se fiel à sua alma rude.
António do Remanso, Comunidade Quilombola Marimbus, Lençóis, Chapada Diamantina
Étnico
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

ilha Martinica, Antilhas Francesas, Caraíbas Monumento Cap 110
História
Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço

Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Ilha do Mel, Paraná, Brasil, praia
Ilhas
Ilha do Mel, Paraná, Brasil

O Paraná Adocicado da Ilha do Mel

Situada à entrada da vasta Baía de Paranaguá, a ilha do Mel é louvada pela sua reserva natural e pelas melhores praias do estado brasileiro do Paraná. Numa delas, uma fortaleza mandada erguer por D. José I resiste ao tempo e às marés.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Piton de la Fournaise, Reunião, o caminho do vulcão
Natureza
Piton de la Fournaise, Reunião

O Vulcão Turbulento da Reunião

Com 2632m, o Piton de la Fournaise, o único vulcão eruptivo da Reunião, ocupa quase metade desta ilha que exploramos, montanhas acima, montanhas abaixo. É um dos vulcões mais activos e imprevisíveis do oceano Índico e à face da Terra.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Grand Canyon, Arizona, Viagem América do Norte, Abismal, Sombras Quentes
Parques Naturais
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
A Toy Train story
Património Mundial UNESCO
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
A República Dominicana Balnear de Barahona, Balneário Los Patos
Praias
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Religião
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Creel, Chihuahua, Carlos Venzor, coleccionador, museu
Sociedade
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Vida Selvagem
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.