Álamos, Sonora, México

Três Séculos entre Álamos e Portais Andaluzes


Álamos de Todas as Cores
Miúdos lançam bolhas de sabão no cimo panorâmico com vista sobre Álamos.
Vermelho-Quinceñera
Quinceñera durante uma sessão fotográfica, a descer do coreto da Praça Central de Álamos
Álamos de Ouro
Álamos tingida de dourado pela luz artificial da cidade, Sonora
Outro Bar Pós-colonial
O "Revoltijo" um dos bares e restaurantes instalados nos edifícios elegantes de Álamos.
Sombra de Vaquero
Vaquero à sombra, percorre uma rua colorida de Álamos.
Ligo em Movimento
A carrinha de Ligo, guia de Álamos, percorre uma estrada de encosta de La Aduana
Espécie de Troféus
Cabeças de gado alteradas expostas na parede de uma casa de Álamos, Sonora.
Em Rota
Autocarro turístico percorre a zona central de Álamos, Sonora.
Alto
Uma das dezenas de arcadas de Álamos, Sonora
VW Carocha Álamos Tour
VW Carocha percorre uma rua comercial de Álamos, Sonora
Catedral Iluminada
A catedral de Álamos resplandece devido à luz artificial que aumenta de intensidade com o lusco-fusco.
Um Abarrote a Abarrotar
Palmeira a Palmeira
Vaquero entra numa rua dotada de palmeiras juvenis.
Frontão Católico
Frontão da igreja católica secular de La Aduana
La Purísima Concepción
A Catedral da Purísima Concepción de Álamos, iluminada pela derradeira luz do dia, Sonora, México
R.I.P. Amos Joseph
Lápide de Amos Joseph, entre La Aduana e Álamos, Sonora, México
Beco d’Ouro
Moradores entram numa ruela dourada pela luz artificial.
Verde-Deserto
Palmeiras destacam-se de uma velha ruína de Álamos, Sonora
Tons de Buganvília
Uma das várias buganvílias de Álamos, Sonora, México.
Fé Espinhosa
Cactos crescem de uma parede da velha igreja de La Aduana.
Fundada, em 1685, após a descoberta de filões de prata, Álamos desenvolveu-se com base numa estrutura urbana e arquitectura da Andaluzia. Com o fim da prata, valeu-lhe a sua outra riqueza. Uma genuinidade e tranquilidade pós-colonial que a destaca do estado de Sonora e do vasto ocidente do México.

Accionado o modo de reconhecimento, deixamos o domínio do hotel Hacienda de Los Santos, em busca do trilho que levava ao principal miradouro sobre a cidade, situado no cimo de uma colina com vista a 360º.

Entregues a tal missão, cruzamos um riacho que devia passar tanto tempo seco que foi baptizado de arroyo Àgua Escondida. A margem oposta confronta-nos com o sopé da colina e com a escadaria longa que a servia.

Vencemos os derradeiros degraus, ofegantes.

Devíamo-lo ter previsto ou, no mínimo, suspeitado.

O topo revela-nos outro dos grandes letreiros multicolores que tomaram conta do México, como de boa parte das Américas.

Miúdos lançam bolhas de sabão no cimo panorâmico com vista sobre Álamos.

Surge quase encostado a um muro baixo.

Identifica Álamos, virado para a mancha de casario disseminada pelo sudoeste de Sonora, o deserto que empresta o nome ao estado mexicano que explorávamos, por ali, com vista para umas poucas montanhas da cordilheira Sierra Madre Ocidental.

Recuperamos o fôlego. Duas crianças empregam os deles a criarem vagas de bolas de sabão que o vento caprichoso faz circularem antes de se sumirem na vastidão.

O miradouro é uma paragem predilecta de namorados e famílias da região. Javier e a esposa, os pais das crianças, tinham lá chegado a tempo do ocaso exuberante que se desenrolava a oeste, que tingia o céu de quase tantos tons como o letreiro de Álamos.

Curioso quanto ao que por ali fazíamos, em terras de cartéis, tráfico e histórias de amedrontar, Javier indaga-nos. A resposta deixa-o surpreendido:

“De Portugal? E vieram até aqui, Álamos? Por essa não esperava.” Bom, por estes lados, tão patrulhados pelo exército, estão em relativa segurança, mas, já sabem como anda o nosso México…. vejam onde se metem!”

A Riqueza que se Esconde nas Paredes de Álamos

Anuímos. Retribuímos-lhes o interesse. “Nós somos de Navajoa. Não é longe de aqui. Um amigo nosso de Álamos meteu na cabeça que podia haver tesouros escondido nas paredes da casa.

Fomos até lá com o nosso detector de metais. No caso dele, não havia nada.” Javier preocupa-se, de imediato, em defender a sanidade mental do amigo.

“Eu conheço um homem que ficou muito rico. Encontrou três caixas cheias de moedas d’ouro numa casa de banho! Álamos sempre teve riqueza em abundância, sobretudo prata.

De uma maneira ou outra, muitas pessoas continuam esperançadas em encontrar algo que lhes mude a vida.”

Álamos tingida de dourado pela luz artificial da cidade, Sonora

Finda-se o crepúsculo. Abaixo, aos poucos, a iluminação artificial deixa a cidade a dourar. Voltamos a descer a escadaria, mais aos tropeções do que estávamos a contar.

Passamos o refúgio da Hacienda de Todos os Santos e o cerne colonial da povoação, disposto em redor da Plaza de Álamos.

La Alameda, a Praça Gastronómica da Cidade

Logo à chegada, tínhamos apurado que o filão local da gastronomia popular se encontrava em volta de uma praça secundária, alongada e dotada de grandes árvores, de tal maneira que as gentes a conheciam por “La Alameda”.

Ora, preenchiam o interior dessa plaza, bancas e roulotes. Ofereciam as usuais especialidades nacionais mexicanas, com umas poucas variantes que nos dificultam a escolha. Por fim, assentamos no estabelecimento de Doña Conchita.

Pedimos tacos, quesadillas e gorditas, umas em farinha de trigo, outras de milho.

Enriquecemo-los na mesa de guarnições e molhos. Repetimos, com a desculpa do muito que tínhamos calcorreado e, sobretudo, da conquista esforçada do miradouro.

Moradores entram numa ruela dourada pela luz artificial.

Dessa vez, como noutras, exageramos e esperamos que a caminhada seguinte nos socorra.

Passa das oito da noite.

Álamos rende-se à paz do fim do dia.

É por essa tranquilidade, ao longo das ruas, não tarda, desertas que regressamos ao quarto pitoresco da Hacienda de Los Santos.

Arcada de um dos cafés elegantes de Álamos, Sonora

Para lá chegar, de novo, cruzamos os diversos pátios, pórticos e salões das três mansões e um moinho de cana-de-açúcar que compõem a imensa propriedade, tal como Álamos, datada do século XVII.

Da Passagem dos Conquistadores Espanhóis, à Descoberta de Prata

Se, à imagem de várias outras, a fazenda é, hoje, pertença de gringos endinheirados, a origem colonial da povoação confirma-se hispânica, nem poderia ser de outra forma.

O “Revoltijo” um dos bares e restaurantes instalados nos edifícios elegantes de Álamos.

O primeiro não indígena a fazer referência a estas paragens remotas do México terá sido o conquistador salamanquense Francisco Vásquez de Coronado, responsável por desbravar e, mais tarde governar, uma vasta secção da América do Norte, o sudoeste do México e o dos Estados Unidos.

Crê-se que foi, por exemplo, o primeiro europeu a avistar o rio Colorado e o Grand Canyon.

Durante a sua expedição pioneira, Coronado terá acampado com os seus homens entre os dois cursos de água principais da zona, o Aduana e o Escondido.

Referiu esses riachos e duas formações rochosas próximas que, devido a uma presumida parecença, baptizou como Los Frailes.

A catedral de Álamos resplandece devido à luz artificial que aumenta de intensidade com o lusco-fusco.

O nome inicial de Álamos foi, assim, Real de Los Frailes.

Fundou o lugarejo, em 1565, Domingos Terán de Los Rios, um soldado espanhol, obcecado pela descoberta de prata abundante em redor.

Decorrido apenas um ano, De Los Rios, tornou-se governador dos actuais estados de Sinaloa e Sonora.

Assegurou o término dos ataques indígenas.

Em simultâneo, a sua Real de Los Frailes forneceu muitos dos homens da expedição financiada pelos recém-enriquecidos proprietários de minas da região, à descoberta da Alta Califórnia.

Cabeças de gado alteradas expostas na parede de uma casa de Álamos, Sonora.

A mais setentrional das profícuas Cidades de Prata mexicanas, Real de Los Frailes tornou-se a capital do estado mexicano de Occidental.

Uma Cidade da Prata Faustosa e em Recuperação

A riqueza extraída dos seus filões financiou também os edifícios faustosos da actual Álamos.

Formam um conjunto arquitectónico andaluz-colonial que é partilhado pelas várias Cidades de Prata mexicanas: Real de Catorze, Taxco, San Miguel de Allende, Guanajuato, isto, para referir apenas umas poucas

E em função do clima quente e seco, repleta dos portales que nos habituámos a apreciar.

Uma das dezenas de arcadas de Álamos, Sonora

São varandas e arcadas amplas e arredondadas, aperfeiçoadas para permitir aos moradores caminharem à sombra, em vez de sobre os calçadões expostos ao Sol e abrasivos.

Os donos da prata endinheirados ergueram as suas mansões em volta da Plaza de Armas.

E do coreto sempre disputado por quinceñeras entregues a sessões fotográficas, e da igreja Parróquia da Purisima Concepción que continua a abençoar a cidade.

Quinceñera durante uma sessão fotográfica, a descer do coreto da Praça Central de Álamos

A prata durou o que durou. À passagem para o século XX, os filões estavam esgotados.

Aos poucos, os milionários partiram e geraram uma migração mais abrangente.

Os edifícios grandiosos depressa entraram em ruína.

Até que William Alcorn, um fazendeiro americano, adquiriu um deles, transformou-o num hotel e fez de Álamos uma povoação na moda, ansiada pelos gringos apreciadores do exotismo mexicano e ansiosos por evasão.

O empreendedorismo de Alcorn deu o exemplo a vários outros investidores.

Não tarda, quase todas as mansões tinham sido recuperadas e pertenciam a norte-americanos, fossem dos E.U.A. ou canadianos e, uma parte substancial dos 185 edifícios da cidade, entretanto, declarados monumento históricos e Património Mundial da UNESCO.

A catedral de Álamos ainda iluminada com o sol a cair no horizonte, México

O relativo isolamento nos confins ocidentais mexicanos, evitou que Álamos fosse vítima das torrentes turísticas que assoberbaram, por exemplo San Miguel de Allende e Taxco.

Alámos, subsiste, tranquila, elegante e sofisticada.

Num retiro peculiar de tons pastel, adornada por uma profusão de buganvílias.

Uma das várias buganvílias de Álamos, Sonora, México.

La Aduana, uma das Várias Minas que Enriqueceram a Cidade

Damos uma “quinquagésima” volta à sua plaza central, quando reparamos num anúncio que promove uma visita a La Aduana, uma das quatro maiores minas de prata na génese de Alámos.

Ligamos para o guia a perguntar se ainda era possível. “Bom…eu estava a dormir uma siesta mas se querem mesmo ir, estou aí em dez minutos.”

Dito e feito. Ligo – assim se chamava – aparece na sua carrinha de passeios. Pelo caminho, exibe-nos um conjunto de buzinas com distintas funções.

A carrinha de Ligo, guia de Álamos, percorre uma estrada de encosta de La Aduana

La Aduana fica entre encostas.

Quando chegamos, o sol quase deixa de a iluminar.

Uns derradeiros raios douram a igreja local, a chaminé e uns depósitos de escória legados pela mineração, junto a figueiras-da-Índia com grandes raízes.

Cactos crescem de uma parede da velha igreja de La Aduana.

Apreciamos tudo um pouco com a curiosidade que o lugar nos merecia.

Ligo, adiciona um ponto de interesse inesperado: “Antes de voltarmos, vamos só comprar qualquer coisa ali ao abarrote local!” Entramos. Damos de caras com Ismael Valenzuela e com a fonte inesgotável do termo português “a abarrotar”.

Ligo e Ismael ainda nos chamam a atenção para o mostrador da loja, um balcão amplo que Ismael afiança ter mais de 400 anos.

Nós, só tínhamos olhos para a imensidão de produtos sobre ele expostos e dependurados na parede atrás, a formarem um conjunto tão denso que nos parecia que o merceeiro neles se poderia afundar.

Ligo e Ismael Valenzuela na loja de Ismael em La Aduana, Sonora, México

O sol fê-lo, para trás das vertentes que escondiam as minas.

Regressamos a Álamos com a cidade iluminada pelos seus candeeiros de estilo parisiense geminados.

A cidade só aparentemente silenciosa.

Calhambeque circunda a praça central de Álamos, sobre o anoitecer, Sonora.

Comprometida com o seu passado de opulência que a História e uns poucos norte-americanos têm feito por louvar.

Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
Chichen Itza, Iucatão, México

À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia

Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.
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Real de Catorce, San Luís Potosi, México

A Depreciação da Prata que Levou à do Pueblo (Parte II)

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