Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal


Verificação da correspondência
Tiina Takala filtra correio chegado de várias partes do mundo.
De olho em Gaia
Pai Natal segura um enorme livro sobre a Terra.
Lapónia Invernal
Paisagem gelada em redor de Rovaniemi e sobre o Círculo Polar Árctico.
Elfa suomi
Riitta Mattila, uma das elfas funcionárias da estação de correios da Santa Claus Village.
Entrada do Santa
Placas na porta que dá aceso aos aposentos do Pai Natal.
A postos
Pai Natal aguarda a abertura das portas da Santa Claus Village e a entrada de visitantes.
Coníferas nevadas
Crepúsculo instala-se sobre uma floresta carregada de neve, numa encosta de Ounasvaara.
Apresentações
Elfa Tiina Takala conversa com um grupo de sul-coreanos que ganharam um concurso e estavam a começar a trabalhar na estação de correios.
Estatística natalícia
Visitante asiática analisa um quadro que expõe o número de cartas recebidas por país.
Elfo sob o olhar de Elvis
Konstatin Trautwein, um alemão de origem cazaque trabalha a inserir moradas numa base de dados entre prendas enviadas ao Pai Natal.
Natal Lusófono
Caixote onde são guardadas as cartas recebidas por Portugal e Brasil.
Conferência Elfa
Três das elfas empregadas na estação de correios da Santa Claus Village.
Arquivo de cartas
Pequeno Pai Natal empoleirado num armário repleto de cartas recebidas pela estação de correios.
Elfos asiáticos
Grupo de sul-coreanos recém-recrutados para colaborar na estação de correios da aldeia.
Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.

A ilusão dura o que dura. No nosso caso, durou pouco. Pai Natal, Santa Claus, Papai Noel… chamemos-lhe o que quisermos, a partir de certa idade o melhor que dele esperamos é o familiar vitimizado, possivelmente já meio ébrio, a distribuir as prendas em sobreaquecimento, quase soterrado de papéis de embrulho.

Nunca nos passou pela cabeça, darmos uma nova oportunidade à polémica figura mitológica mas, de tanto errarmos pela Terra, assim veio a suceder.

Os Confins no Tempo do Pai Natal e a Residência Árctica na Lapónia

Em termos históricos, o Pai Natal envelheceu sobre tradições seculares em redor de diversas figuras e personagens: São Nicolas de Myra (hoje, Demre, Anatólia), um bispo grego do século IV e seus derivados como o Sinterklaas holandês; o Father Christmas criado no período vitoriano britânico; o Christkind germânico e várias outras que se ramificaram e particularizaram de região para região.

De todas e de mais alguma, emergiu e sobrepôs-se no imaginário mundial o idoso anafado, com longa barba branca, trajes vermelhos. Essa espécie de deus pagão é supostamente oriundo do cimo gelado da Terra, diz-se que dos confins da Lapónia.

Paisagem gelada em redor de Rovaniemi e sobre o Círculo Polar Árctico.

Ali, com o auxílio de uma equipa de elfos e de uma pequena manada de renas, dedica-se a recompensar as crianças bem-comportadas com os presentes por que anseiam.

Excepção feita aos miúdos mais novos, acredita quem quer acreditar. As autoridades de Rovaniemi, no coração finlandês dessa mesma Lapónia não hesitaram. Oficializaram a residência real do Pai Natal, a poucos quilómetros do centro da cidade.

A Visita Controversa mas Recompensadora à Casa do Pai Natal

Já vinha de Lisboa mas a contenda prolongou-se naquelas terras geladas. Discordávamos quanto à relevância da sua celebração. Debatemos e voltamos a debater a necessidade e a oportunidade de o conhecermos e à sua pretensa aldeia.

Como em quase todas as contendas conjugais, trocam-se ideias até à exaustão e o equivocadamente chamado sexo fraco acaba por levar a sua vontade por diante.

Assim sendo, às oito da manhã do dia seguinte, percorremos 8 km para nordeste para chegamos à latitude do Napapiri (Círculo Polar Árctico).

Passamos por debaixo do portal que assinala o paralelo e procuramos por alguém. Encontramos duas jovens funcionárias no exterior do complexo natalício: “Ah, são imprensa? Bom, o Pai Natal está agora com uma equipa de TV de Taiwan e já falta pouco para o público chegar. Não vão ter muito tempo mas a ver se ainda vos conseguimos dez minutos!”

Placas na porta que dá aceso aos aposentos do Pai Natal

Abrem-nos as enormes portas e deixamos os casacos num bengaleiro. Entramos no escritório do chefe quando os taiwaneses o deixam ainda em êxtase pelo encontro.

No interior de madeira de faia, confrontamo-nos com a aparição esperada do inexplicado progenitor bonacheirão, sob um gorro vermelho, de meias grossas às riscas e pantufas de bico dobrado, feitas de pele de rena.

A figura – mais de bisavô que paterna – surge-nos num cadeirão colocado sobre um tapete felpudo.

Pai Natal aguarda a abertura das portas da Santa Claus Village e a entrada de visitantes.

Faz questão de se informar de onde somos e prolonga algum diálogo de boas-vindas. Mas, do exterior, comunicam-lhe que outras pessoas já esperam. Estimamos a provável ansiedade destes visitantes e concordamos em atalhar a visita.

Ainda fotografamos o anfitrião nas suas poses preferidas.

O Inesperado Peso Comercial da Casa do Pai Natal

Por fim, já que ali estávamos, rogamos a uma das suas auxiliares que nos fotografe com ele. O favor é recusado. Dizem-nos que só o podem fazer com as máquinas fotográficas da casa, algo que nos desagrada mas que acedemos.

À saída, perguntamos pelas imagens. São-nos pedidos 25 euros, já com desconto especial para jornalistas. Num ápice, perdemos grande parte da fé que nos esforçávamos para reter na sanidade do espírito natalício de Rovaniemi.

O táxi de regresso estava reservado para daí a uma hora. Com tempo de sobra, decidimos espreitar o Posto dos Correios da aldeia, até porque precisávamos de selos.

A Azáfama Internacional das Estação dos Correios do Pai Natal

Lá dentro, uma lareira gera uma atmosfera acolhedora. Eu sento-me junto ao fogo, letárgico e, acima de tudo, duvidoso da experiência. Limito-me a observar a actividade frenética da estação e, em particular, dos seus funcionários que dialogam com um grupo de forasteiros asiáticos.

A Sara decide ignorar-me e explorar por sua conta.

Ora, como é sabido, os trabalhadores da Aldeia do Pai Natal são elfos. Um deles aborda-a e pergunta se precisamos de ajuda. Conversa puxa conversa, a Sara descobre muito mais sobre a misteriosa criatura e os seus congéneres, tudo contado na primeira pessoa e em português.

Verificação da correspondência

Tiina Takala filtra correio chegado de várias partes do mundo.

Incentivada pelo magnetismo da abordagem, aproveita uma curta pausa no diálogo para me resgatar do amuo. Fá-lo com sucesso. Momentos depois, estávamos os dois numa tagarelice despegada com o elfo e… quem diria … em português.

Um Elfo Lapão, que Nos Fala em Português

Tiina Takala, a entidade humana do duende, é finlandesa, de Rovaniemi. Mas sempre teve paixão pela nossa língua e inscreveu-se num intercâmbio com uma instituição de ensino brasileira.

“É isso mesmo. Vejam bem que fui parar a Mato Grosso. Passei lá um ano, de 2003 a 2004. É por isso que tenho o sotaque brasileiro. Fiz muitos amigos e volto de vez em quando. A Portugal ainda não fui. Gostava muito. Vou qualquer dia”.

Tiina faz questão de nos mostrar a estação de correios especial em que trabalhava e explicar o seu funcionamento. Começa por nos levar à torre de distribuição, onde são processadas e guardadas as cartas e os presentes enviados pelas pessoas, no sentido inverso, ao Pai Natal.

Pequeno Pai Natal empoleirado num armário repleto de cartas recebidas pela estação de correios.

E os Restante Elfos do Pai Natal

No topo da escadaria conhecemos Konstatin Trautwein, um seu colega elfo meio cazaque meio alemão que ali trabalhava há oito meses. Konstatin fala cazaque, russo, alemão e inglês e está a aprender finlandês.

Tal como Tiina, é considerado um funcionário ideal por dominar várias línguas.

Naquele momento, inseria a informação das pessoas que tinham escrito ao Pai Natal numa base de dados, entre caixotes de cartas e as inúmeras prendas enviadas ao Pai Natal de que se destacava uma pintura garrida de Elvis Presley nos seus anos mais glamorosos.

Konstatin Trautwein, um alemão de origem cazaque trabalha a inserir moradas numa base de dados entre prendas enviadas ao Pai Natal.

Regressamos ao piso térreo. Tiina apresenta-nos Riitta Mattila. Além do finlandês, este outro elfo suomi fala alemão, francês e italiano.

Estava quase a completar um mestrado em literatura finlandesa com tese sobre como os adultos finlandeses viam o Pai Natal.

Ficamos ao seu cuidado. Riita adianta que os adolescentes asiáticos com quem antes estava reunida tinham ganho um concurso estilo “Trabalho de Sonho” da Coreia do Sul. Era suposto ajudarem na estação cinco dias e dedicarem outros cinco a explorar a Lapónia, com tudo pago.

Elfa Tiina Takala conversa com um grupo de sul-coreanos que ganharam um concurso e estavam a começar a trabalhar na estação de correios.

Os jovens coreanos apresentavam-se ao serviço naquela precisa manhã e ela explicava-lhes os procedimentos. Mesmo assim, encontrou tempo para nos contar uma série de curiosidades: “bom, para mim, o mais interessante e fascinante é que nós recebemos todos os anos cem a duzentas cartas de adultos para o Pai Natal.

Eu analiso-as e tiro conclusões. Encontro sempre mensagens comoventes. Algumas destas pessoas são solitárias ou pedem-lhe ajuda para encontrar o amor da sua vida. Outras, fazem promessas.

Natal Lusófono

Caixote onde são guardadas as cartas recebidas por Portugal e Brasil.

Os Desejos de Prendas Sortidos com que os Elfos se Deparam

Outras ainda são pragmáticas: pedem casas ou carros sem qualquer cerimónia. Recebemos correspondência de todos os países do mundo, excepto oito. Um deles é a Coreia do Norte. Creio que os restantes são africanos.”

O último dos elfos com que convivemos é catalão e tem a sua própria história, bem mais trágico-cómica que as das colegas. À medida que a conta, em castelhano, vemos nela uma personagem de um qualquer novo filme de Almodovar.“Pois, eu vim cá, apaixonei-me pela Lapónia e como Espanha estava uma completa miséria, decidi ficar.

Os primeiros tempos foram duros. Fui à ruína a pagar as estadias tão caras e os autocarros. Nessa altura, quase só comia batatas. Demorou mas lá consegui o primeiro emprego, como guia espanhola no Artikum Museum. Mas só me pagavam ao serviço e os visitantes espanhóis nunca queriam guia.

Mais tarde, lembrei-me de pedir trabalho ao Pai Natal. Entreguei o CV aqui na estação. Passados seis meses chamaram-me. Trabalho cá desde então.”

Entretanto o táxi aparece. Despedimo-nos de todos os elfos e voltamos a cruzar o Círculo Polar Árctico em direcção ao centro. Nessa noite, estava previsto céu limpo. Reassumimos o programa de avistamento de auroras boreais.

Coníferas nevadas, Ounasvaara, Rovaniemi, Finlandia

Crepúsculo instala-se sobre uma floresta carregada de neve, numa encosta de Ounasvaara

Hoje, Tiina Takala é nossa amiga e não só de Facebook. Com a evolução das comunicações digitais, a nossa caixa de correio serve cada vez de menos. Uma das excepções são os postais que ela nos envia sempre que viaja.

Complementamo-los a apreciar as fotos que publica nas redes sociais. Algumas são tão surpreendentes como hilariantes. Tiina leva muito a sério o seu papel. Leva-o consigo para todo o lado. Há uns dias deliciou-nos com um post realmente encantador.

Surge vestida de elfo a tirar notas com uma pena vermelha, meio escondida sob coqueiros e entre as famosas rochas graníticas das Seicheles.

Em inglês, o post ditava: “faltam apenas 30 dias para o Natal”.

Kemi, Finlândia

Não é Nenhum "Barco do Amor". Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Ilha Hailuoto, Finlândia

À Pesca do Verdadeiro Peixe Fresco

Abrigados de pressões sociais indesejadas, os ilhéus de Hailuoto sabem sustentar-se. Sob o mar gelado de Bótnia capturam ingredientes preciosos para os restaurantes de Oulu, na Finlândia continental.
Espectáculos

O Mundo em Cena

Um pouco por todo o Mundo, cada nação, região ou povoação e até bairro tem a sua cultura. Em viagem, nada é mais recompensador do que admirar, ao vivo e in loco, o que as torna únicas.
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Michaelmas Cay, Austrália

A Milhas do Natal (parte I)

Na Austrália, vivemos o mais incaracterístico dos 24os de Dezembro. Zarpamos para o Mar de Coral e desembarcamos num ilhéu idílico que partilhamos com gaivinas-de-bico-laranja e outras aves.
Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Porvoo, Finlândia

Uma Finlândia Medieval e Invernal

Uma das povoações anciãs da nação suómi, no início do século XIV, Porvoo era um entreposto ribeirinho atarefado e a sua terceira cidade. Com o tempo, Porvoo perdeu a importância comercial. Em troca, tornou-se um dos redutos históricos venerados da Finlândia.  
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Helsínquia, Finlândia

A Filha Suomi do Báltico

Várias cidades cresceram, emanciparam-se e prosperaram à beira deste mar interior do Norte. Helsínquia lá se destacou como a capital monumental da jovem nação finlandesa.
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Arquitectura & Design
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Cansaço em tons de verde
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Estátuas de elefantes à beira do rio Li, Elephant Trunk Hill, Guilin, China
Cidades
Guilin, China

O Portal Para o Reino Chinês de Pedra

A imensidão de colinas de calcário afiadas em redor é de tal forma majestosa que as autoridades de Pequim a imprimem no verso das notas de 20 yuans. Quem a explora, passa quase sempre por Guilin. E mesmo se esta cidade da província de Guangxi destoa da natureza exuberante em redor, também lhe achámos os seus encantos.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Djerbahood, Erriadh, Djerba, Espelho
Cultura
Erriadh, Djerba, Tunísia

Uma Aldeia Feita Galeria de Arte Fugaz

Em 2014, uma povoação djerbiana milenar acolheu 250 pinturas murais realizadas por 150 artistas de 34 países. As paredes de cal, o sol intenso e os ventos carregados de areia do Saara erodem as obras de arte. A metamorfose de Erriadh em Djerbahood renova-se e continua a deslumbrar.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Em Viagem
Morondava, Avenida dos Baobás, Madagáscar

O Caminho Malgaxe para o Deslumbre

Saída do nada, uma colónia de embondeiros com 30 metros de altura e 800 anos ladeia uma secção da estrada argilosa e ocre paralela ao Canal de Moçambique e ao litoral piscatório de Morondava. Os nativos consideram estas árvores colossais as mães da sua floresta. Os viajantes veneram-nas como uma espécie de corredor iniciático.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Étnico
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Ponte de Ross, Tasmânia, Austrália
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À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Submarino Vesikko
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Inverno Branco
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Neve sem Fim na Ilha do Fogo

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Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
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O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
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Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
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São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
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Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
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O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.