Angra do Heroísmo, Terceira, Açores

Heroína do Mar, de Nobre Povo, Cidade Valente e Imortal


Ladeira Património Mundial
Rua elegante e inclinada da capital da ilha Terceira, Angra do Heroísmo.
Vitrais vs Beirais
A cidade em parte vista com tonalidades elegantes de vitrais.
Padrão
Padrão no cimo do Monte Brasil, com vista sobre Angra do Heroísmo.
Arte urbana e Vida
Transeuntes passam em frente a um fachada decorada com arte de rua, da cidade.
Prainha e Centro Histórico
Linhas e cores do litoral do centro histórico de Angra do Heroísmo.
Os Passos de Camões
Estátua de monumento a Luís de Camões, sobre uma passadeira dos seus próprios versos.
Fachada da Misericórdia e o Obelisco
O amarelo do Alto da Memória em contraste com o azul da Igreja da Misericórdia.
Brasão 5 Quinas
Ilhéu das Cabras
Vista a partir do Monte Brasil, com o Ilhéu das Cabras à distância.
Jardim Duque da Terceira e Casario
Casario secular de Angra do Heroísmo, como visto do cimo do Alto da Memória.
Arquitectura Terceirense
Torres gémeas de uma igreja acima de todos os telhados de Angra do Heroísmo.
Fonte Nova
Transeuntes contornam um a fonte modernista instalada junto à Igreja da Misericórdia.
Telhados Portugueses
O casario harmonioso que contribuiu para que a UNESCO decretasse Angra do Heroísmo Património da Humanidade.
Esplanada Estrelada
Calçada artística e o arvoredo tornam mais sedutora um quiosque-esplanada da cidade.
Marina Lotada
A marina tranquila mas à pinha de Angra do Heroísmo.
Caminhadas
Transeuntes percorrem uma ladeira murada nas imediações da Igreja da Misericórdia.
O Obelisco da Memória
Trabalhos de pintura no obelisco da Memória.
Ladeira Património Mundial
Rua elegante e inclinada da capital da ilha Terceira, Angra do Heroísmo.
Vitrais vs Beirais
A cidade em parte vista com tonalidades elegantes de vitrais.
Padrão
Padrão no cimo do Monte Brasil, com vista sobre Angra do Heroísmo.
Arte urbana e Vida
Transeuntes passam em frente a um fachada decorada com arte de rua, da cidade.
Angra do Heroísmo é bem mais que a capital histórica dos Açores, da ilha Terceira e, em duas ocasiões, de Portugal. A 1500km do continente, conquistou um protagonismo na nacionalidade e independência portuguesa de que poucas outras cidades se podem vangloriar.

O tempo passou.

Com ele, foi-se a vida do amarelo-torrado do obelisco do Alto da Memória. Cientes da importância do lugar e do monumento, para Angra do Heroísmo e para Portugal, as autoridades lembram-se de lhe devolver o brilho.

Quando chegamos ao seu cimo relvado, cinco pintores munidos de escadas, repetem pinceladas cuidadosas.

Abundam as linhas e arestas em relevo pelo que o trabalho requer tanto jeito quanta paciência.

Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, obelisco do Alto da Memória

Para norte e o interior da ilha, o céu providenciava um fundo branco denso.

Na direcção oposta, sobre a enseada abrigada ao sul a cidade rejeitava a nebulosidade. Amornava sob os sucessivos laivos do sol ainda vigoroso de Setembro.

O limiar murado do outeiro prenda-nos com a vista do casario de Angra, daquele ângulo, sobretudo telhados de barro, o mais portugueses possível. Não só.

Antecedia-o, logo abaixo, um horto salpicado de palmeiras, com um quê de tropical que se o Jardim Duque da Terceira contíguo adensava.

Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, Casario Centro Histórico

A leste e ao poente, a envolverem esse Éden luxuriante, surgiam duas casas de Deus magnificentes, a fachada e as torres gémeas da igreja de Nª Srª de Carmo num duelo de reverência arquitectónica secular com as da Nª Srª da Guia.

Outras igrejas, outras torres, inúmeros solares, palacetes, edifícios apalaçados e filas de prédios repetem-se até às estradas Gaspar Corte-Real e Pêro de Barcelos, à Prainha e à Marina d’Angra, já sobre o Atlântico.

Formam uma urbe harmoniosa, resultado de meio milénio de planeamento ortogonal, mais que isso, resplandecente de uma prosperidade e fausto que a omnipresença clerical contribuiu para uniformizar.

Hoje, aqui e ali, enriquecidos com obras de arte de rua que não deixam ninguém indiferente.

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A Fundação e Urbanização Exemplar de Angra do Heroísmo

Desde, pelo menos 1474, que os colonos da metrópole se empenham em aprimorar o seu refúgio no Atlântico do Norte.

Álvaro Martins Homem e João Vaz Corte-Real, os primeiros Capitães Donatários de Angra, esmeraram-se e deram o exemplo. Decorridos quatro anos, Angra passou a vila. Sessenta anos depois, tornou-se a primeira povoação dos Açores a ascender a cidade.

O vigor do Cristianismo local acompanhou o do urbanismo. Nesse mesmo ano de 1534, o Papa Paulo III emitiu a bula Aequum reputamus e decretou a Diocese de Angra, com jurisdição religiosa sobre as restantes ilhas açorianas. Compreende-se, assim, melhor, a profusão de igrejas, catedrais, Impérios do Divino, capelas e afins.

A devoção que as gentes da cidade e da ilha Terceira preservam por Deus e que, fruto da diáspora açoriana, contribuíram para globalizar.

Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, Igreja da Misericórdia e o ObeliscoO Merecido Estatuto de Cidade Património Mundial

Cumpridos vinte minutos de contemplação e deslumbre, descemos à beira-mar da terra angrense, às ruas elegantes do centro histórico que, a condizer, a UNESCO declarou, em 1983, Património Mundial.

Caminhamos em redor do Palácio dos Capitães Generais, que os Jesuítas ergueram como Colégio com Pátio de Estudos mas que, em 1776, pouco depois da expulsão da ordem da Ibéria, o primeiro Capitão-General dos Açores, D. Antão de Almada apalaçou e ajustou a propósitos administrativos e militares.

Haveria de servir como Paço Real, em duas ocasiões distintas.

De Paço em Paço, descemos para os do Concelho, sobranceiros à Praça Velha e à calçada branca e negra, padronizada, que ali faz de xadrez humano.

Num movimento característico de rainha, avançamos Rua Direita abaixo, em busca de outra igreja emblemática de Angra, a da Misericórdia, da Marina sobrelotada da cidade e da sua baía balnear preferida, a Prainha.

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Loja Basílio Simões: Legado Pitoresco da História Comercial de Angra do Heroísmo

Pelo caminho, reparamos na fachada da loja Basílio Simões, listada online como supermercado mas em que identificamos um misto de grémio com mercearia.

O interior, orgânico, de madeira, prateleiras envidraçadas, caixas de cartão a servir de expositores adicionais.

Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, Loja Basílio SimõesUm mostrador de sementes de plantar, ferramentas, linóleos, rações, adubos e produtos do campo afins, forma um sortido lucrativo.

Logo ao lado, o negócio justifica uma espécie de escritório-antiquário, dotado de um velho cofre, estantes, escrivaninhas e cadeiras cada peça mais vetusta e bem preservada que a outra, como boa parte dos donos e funcionários do negócio familiar.

A forte tradição comercial de Angra do Heroísmo vem de há muito. Está na base da sua bonança.

Angra do Heroísmo: derradeira Escala da Carreira da Índia e da Rota Hispânica das Américas

Intercâmbios mais próximos e simples à parte, Angra era a derradeira escala da Carreira da Índia. Acolhia, reparava e fornecia os navios que se afastavam da costa ocidental de África para se fazerem à Volta do Mar e, em simultâneo, evitarem os ataques dos piratas mouros, mais tarde, das nações europeias rivais.

Com o advento da Dinastia Filipina, aos navios portugueses, juntaram-se os galeões espanhóis, provindos de Cartagena das Índias e de Porto Rico, repletos de ouro, de prata e de tantos outros tesouros subtraídos às Américas.

Todo este trânsito marítimo e a riqueza que com ele navegava justificou, inclusive, a criação de uma instituição dedicada, a Provedoria das Armadas, complementada de estaleiros navais e das várias fortalezas e fortificações que continuam a defender a cidade.

Um desses estaleiros ocupava a área da actual Prainha, hoje, uma espécie de piscina marinha arredondada em que moradores e forasteiros se banham e deleitam, que usam e ao paredões acima como ginásio ao ar livre – desde que a meteorologia caprichosa o conceda – entregues a exercícios de tronco nu.

Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, Centro HistóricoMonte Brasil: um Vulcão Extinto e HiperFortificado

Da Prainha, rumamos à que terá sido a fortificação mais importante de Angra, destacada para dentro do Atlântico no promontório do Monte Brasil, numa posição favorável para atingir com artilharia, os navios atacantes.

No cimo deste vulcão extinto, damos com uma perspectiva sobre a cidade oposta à do Alto da Memória. Encontramos ainda a Fortaleza de São João Baptista (Castelo de São Filipe), o Forte de São Sebastião e outras muralhas e bastiões.

Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, ilheu das CabrasForam erguidos e reforçados, pelos espanhóis, fartos dos piratas e corsários, conscientes de que, por si só, as bênçãos da Ermida de Santo António e da Igreja da Misericórdia, não exorcizariam tais demónios.

Um brasão de armas de Portugal vermelho, azul, dourado destacado da fachada da Igreja da Misericórdia, reluz de patriotismo.

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É só um de incontáveis elementos da nacionalidade lusa disseminados por Angra, símbolos de uma fidelidade para com a Coroa e, mais tarde, a República que a história se encarregou de registar.

Os espanhóis ergueram as suas fortalezas.

Usaram Angra do Heroísmo e a Terceira mas só até onde e quando puderam. Chegado o contexto ideal, os Angrense deram sequência ao apoio ao Prior do Crato que, de 1580 a 1582, lá se havia instalado e ao seu governo provisório.

O Contributo de Angra para a Restauração da Independência e o Triunfo Liberal de 1834

A partir de 16 de Março de 1642, rebelaram-se, triunfaram sobre os castelhanos e expulsaram-nos da ilha. A abnegação e o sacrifício dos Angrenses fez com que D. João IV concedesse a Angra o título de “Muito Nobre e Leal Cidade”.

Restaurada a independência, a história lusa depressa voltou a pôr a cidade à prova.

Entre 1828 e 1834, as Guerras Liberais tomaram conta da metrópole. Angra assumiu-se o fulcro logístico das Forças Liberais e acolheu a Junta Provisória, em nome da rainha Maria II. De capital dos Açores, viu-se promovida a capital do Reino.

Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, rua das fachadasNo entretanto, D. Pedro IV tomou os Açores. Fez da ilha Terceira o seu quartel-general e lá preparou uma força naval e militar à altura do conflito.

A partir de Angra navegou para o norte de Portugal.

Em 8 de Julho de 1832, levou a cabo o Desembarque do Mindelo de onde se reorganizou para tomar o Porto e, ultrapassado o Cerco dos Miguelistas, o resto do país, após navegar para os Algarves e, dos Algarves rumo a Lisboa, num plano de tal forma inusitado e acautelado por uma esquadra inglesa que os Miguelistas nunca o puderam travar.

Nesse lugar da Praia dos Ladrões, em que os Liberais desembarcaram, resiste, hoje, o memorial às vítimas da Guerra Civil, com a forma de um obelisco. De nome indigno para a sua importância, a praia nortenha foi rebaptizada de Praia da Memória.

De então para cá, a identidade e a nacionalidade portuguesa continuaram a contorcer-se. Portugal passou de monarquia a república, de ditadura a democracia.

Sejam quais forem os próximos meandros, os Angrenses celebrarão sempre e para sempre o seu protagonismo.

Entre 1845 e 1856, ergueram o tal obelisco “espelho” do Alto da Memória. Quando lá voltamos sobre o fim do dia, continuavam a pincelar e a reavivar a história ilustre de Angra do Heroísmo.

Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza

Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.
Santa Maria, Açores

Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

Foi a primeira do arquipélago a emergir do fundo dos mares, a primeira a ser descoberta, a primeira e única a receber Cristovão Colombo e um Concorde. Estes são alguns dos atributos que fazem de Santa Maria especial. Quando a visitamos, encontramos muitos mais.
Ilha das Flores, Açores

Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
Horta, Açores

A Cidade que Dá o Norte ao Atlântico

A comunidade mundial de velejadores conhece bem o alívio e a felicidade de vislumbrar a montanha do Pico e, logo, o Faial e o acolhimento da baía da Horta e do Peter Café Sport. O regozijo não se fica por aí. Na cidade e em redor, há um casario alvo e uma efusão verdejante e vulcânica que deslumbra quem chegou tão longe.
Vulcão dos Capelinhos, Faial, Açores

Na Pista do Mistério dos Capelinhos

De uma costa da ilha à opostoa, pelas névoas, retalhos de pasto e florestas típicos dos Açores, desvendamos o Faial e o Mistério do seu mais imprevisível vulcão.
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Corvo, Açores

O Abrigo Atlântico Inverosímil da Ilha do Corvo

17 km2 de vulcão afundado numa caldeira verdejante. Uma povoação solitária assente numa fajã. Quatrocentas e trinta almas aconchegadas pela pequenez da sua terra e pelo vislumbre da vizinha Flores. Bem-vindo à mais destemida das ilhas açorianas.
São Jorge, Açores

De Fajã em Fajã

Abundam, nos Açores, faixas de terra habitável no sopé de grandes falésias. Nenhuma outra ilha tem tantas fajãs como as mais de 70 da esguia e elevada São Jorge. Foi nelas que os jorgenses se instalaram. Nelas assentam as suas atarefadas vidas atlânticas.
Vale das Furnas, São Miguel

O Calor Açoriano do Vale das Furnas

Surpreendemo-nos, na maior ilha dos Açores, com uma caldeira retalhada por minifúndios agrícolas, massiva e profunda ao ponto de abrigar dois vulcões, uma enorme lagoa e quase dois mil micaelenses. Poucos lugares do arquipélago são, ao mesmo tempo, tão grandiosos e acolhedores como o verdejante e fumegante Vale das Furnas.
Ilha do Pico, Açores

A Ilha a Leste da Montanha do Pico

Por norma, quem chega ao Pico desembarca no seu lado ocidental, com o vulcão (2351m) a barrar a visão sobre o lado oposto. Para trás do Pico montanha, há todo um longo e deslumbrante “oriente” da ilha que leva o seu tempo a desvendar.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do "Pequeno Tibete Português" às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Campos de Gerês -Terras de Bouro, Portugal

Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

Prosseguimos num périplo longo e ziguezagueante pelos domínios da Peneda-Gerês e de Bouro, dentro e fora do nosso único Parque Nacional. Nesta que é uma das zonas mais idolatradas do norte português.
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Porto Santo, Portugal

Louvada Seja a Ilha do Porto Santo

Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza

Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
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Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

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Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
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Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Natal nas Caraíbas, presépio em Bridgetown
Património Mundial UNESCO
Bridgetown, Barbados e Granada

Um Natal nas Caraíbas

De viagem, de cima a baixo, pelas Pequenas Antilhas, o período natalício apanha-nos em Barbados e em Granada. Com as famílias do outro lado do oceano, ajustamo-nos ao calor e aos festejos balneares das Caraíbas.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Viti Levu, Fiji Ilhas, Pacifico do Sul, recife coral
Praias
Viti Levu, Fiji

Ilhas à Beira de Ilhas Plantadas

Uma parte substancial de Fiji preserva as expansões agrícolas da era colonial britânica. No norte e ao largo da grande ilha de Viti Levu, também nos deparámos com plantações que há muito só o são de nome.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Religião
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Sociedade
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Vida Selvagem
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.