Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais


Planície sagrada
Planície de Bagan repleta de templos e pagodes erguidos por crentes budistas ao longo dos séculos.
Terraço privilegiado
Visitantes de Bagan admiram a planície repleta de templos de Bagan, de cima de um deles.
Protecção Solar Natural
Jovem vendedora de Bagan mantém a face protegida com um protector solar natural feito da casca de uma árvore.
Templos sem conta
Silhuetas de templos e pagodas salpicam a planície de Bagan, ao pôr-do-sol.
Sem calçado
Sinal bilingue à porta de um templo pede a remoção do calçado dos fiéis.
Santuário Supremo
Templo de Thatbyinny Pahto, acima de outras estruturas religiosas secundárias.
Oração
Monge budista ora num templo de Bagan.
Pedra Testemunhal
Escritura em birmanês na base de um templo.
Nichos alinhados
Pequenos budas dourados do templo de Mahabohdi.
Monjes juvenis
Pequenos monges acabam de atravessar uma pequena pagoda de Bagan.
Sob um Céu Quebrado
Velhas pagodas partilham a planície com palmeiras-de-leque.
Pose budista
Detalhe de uma estátua de Buda no interior do templo de Ananda.
Carga de fiéis
Crentes budistas chegam às imediações de um templo de Bagan.
Cúpulas
Cúpulas de pagodes contra o pôr-do-sol sobre Bagan.
A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.

Exploramos a planície fluvial vasta porque se espraia Bagan, sobre pasteleiras velhas e rangedoras.

Pedalada após pedalada, deixamo-nos deslumbrar pelos templos grandiosos por lá erguidos, a começar pelo Ananda que foi construído pelo rei Kyazinttha em forma de crucifixo, baptizado com o nome de um dos primos veneráveis de Buda.

A beleza exótica de Ananda funde a arquitectura Mon com o estilo de construção hindu adaptado pelos birmaneses que contempla quatro Budas no seu âmago, virados para os diferentes pontos cardeais, com posições e expressões distintas granjeou-lhe o título colonial de Westminster Abbey de “Burma”.

Em frente do templo de Thatbyinnyu, o espanto renova-se. O mesmo volta a acontecer no sopé do impressionante Dhammayangyi que, de tão ambicioso, nunca chegou a ser terminado pelo rei Narathsu.

Narathsu procurava perdão divino por ter assassinado o pai e o irmão mais velho para ascender ao trono. A obra e o indulto ficaram a meio.

O templo continua a destacar-se como o maior de Bagan, com 61 metros de altura.

santuario, Templo de Thatbyinny Pahto, planicie, Bagan, Myanmar

Templo de Thatbyinny Pahto, acima de outras estruturas religiosas secundárias.

Quando a luz se começa a desvanecer, incontáveis ciclistas percorrem as estradas de terra batida que conduzem aos templos. Atrapalha-os o pó levantado pelos autocarros turísticos, pelos táxis e pela frota de carroças que circulam nas redondezas.

Ao chegarmos à base do pagode, damos com um exército de vendedores de recordações a acossar os estrangeiros armado de recordações e do mais genuíno charme birmanês.

Sem Rumo pela Planície dos Pagodes e Templos de Bagan

O sol cai sobre o horizonte. Os terraços mais elevados do templo ficam à pinha, preenchidos por dezenas de monges budistas e por uma multidão internacional que, a esforço, se coordena na partilha do monumento.

terracos, sagrados, visitantes, crentes, planicie, Bagan, Myanmar

Visitantes de Bagan admiram a planície repleta de templos de Bagan, de cima de um deles.

A iminência do ocaso, aumenta a urgência de subir a escadaria íngreme, de encontrar um espaço e apreciar a paisagem surreal. Coloca as compras em segundo plano até porque, no dia seguinte, os mesmos vendedores e produtos surgirão neste e noutros templos, tão disponíveis como sempre.

Do topo, as cores da planície de Bagan somem-se no crepúsculo e numa névoa difusa formado pela mescla da condensação tardia e do fumo libertado por fogueiras longínquas.

A visão revela-se quase extraterrestre. Em redor, para todas as direcções, centenas e centenas de templos vermelho-tijolo com pontas aguçadas, projectam-se do solo.

planicie sagrada, templos, santuarios, planicie, Bagan, Myanmar

Planície de Bagan repleta de templos e pagodes erguidos por crentes budistas ao longo dos séculos.

Geram uma atmosfera solene que cada uma das almas sobre os terraços e escadarias de Shwesandaw sorve no mais profundo espanto.

A Incompatibilidade de Bagan com os Preceitos da UNESCO

Até há algum tempo, esta reacção contrastava com a de qualquer interessado em história e arquitectura quando apurava que Bagan e esta sua esplendorosa herança não estavam sequer classificados pela UNESCO.

Tal como aconteceu em relação a tantos outros aspectos, o governo dictatorial do Myanmar isolou-se também quanto à recuperação do seu património. Em pouco tempo de sistemático desrespeito pelas regras vigentes no resto do Mundo, inviabilizou-a.

Em 1996, o governo do Myanmar chegou a apresentar uma candidatura de Bagan à UNESCO mas diversos danos já infligidos e a recusa em pactuar com as indicações dadas pela organização inviabilizaram o esforço.

Por essa altura, a junta militar tinha já restaurado o património de Bagan – stupas, pagodes, templos e outros edifícios seculares – sem qualquer critério e causando a profanação do estilo base dos monumentos com materiais modernos que destoavam dos originais.

sem calcado, proibido, planicie, Bagan, Myanmar

Sinal bilingue à porta de um templo pede a remoção do calçado dos fiéis.

Como se não bastasse, os governantes de Naypyidaw ergueram ainda na planície de Bagan um campo de golfe, uma via asfaltada e uma torre de vigia com 61 metros.

Malgrado este paradigma de sacrilégio, Bagan foi finalmente inscrita pela UNESCO como Património Mundial, em Julho de 2019. Vinte e quatro anos após a Junta Militar ter pedido a sua nominação.

E, no entanto, estas e outras atrocidades são insignificantes se comparadas com os crimes económicos e sociais cometidos para permitir a construção da nova capital do Myanmar, Naypyidaw.

Desde cedo, os birmaneses foram instruídos a confiar o seu destino a reis e divindades que reverenciavam com fervor. Algumas dessas personagens terrenas e celestiais destacaram das demais e fizeram história.

budas, nichos, templo mahabohdi, planicie, Bagan, Myanmar

Pequenos budas dourados do templo de Mahabohdi.

As Fundações Históricas da Planície dos Pagodes de Bagan

Em 1047, Anawratha, um rei precursor da nação birmanesa anexou Thaton, um domínio que lhe fazia sombra. A narrativa desta conquista explica, em parte, a espiritualidade e grandiosidade de Bagan.

Manuha, o todo-poderoso rei do povo rival de Mon tinha-lhe enviado um monge para o formar religiosamente. A determinada altura, Anawratha exigiu-lhe uma série de textos sagrados e de relíquias importantes, negadas por Manuha, que duvidava da seriedade da sua crença.

Anawratha enfureceu-se. Apoderou-se de Thaton e levou para Bagan tudo o que valia a pena pilhar, incluindo 32 exemplares das escrituras clássicas budistas, os monges e escolásticos de Thaton que as guardavam e estudavam e o próprio líder derrotado, Manuha.

Anawratha adoptou ainda o Budismo como religião única do reino.

monges, pagoda, planicie, Bagan, Myanmar

Pequenos monges acabam de atravessar uma pequena pagoda de Bagan.

Nos 230 anos seguintes, Anawratha e os reis bagari provaram-se devotos à religião que se havia alastrado ao Sudoeste Asiático a partir do território actual do Bangladesh.

Em nome daquela forma híbrida de Budismo Theravada – em parte Tântrica, em parte Mayahana – construíram uma média de 20 templos por ano, disseminados por uma área com 40 km².

A vitória militar estrondosa que lhes deu origem surpreendeu e inspirou a vida dos súbditos que se habituaram a mencionar Bagan como Arimaddanapura, A Cidade do Rei que Esmagou o Inimigo.

Anawratha, em particular, ergueu alguns dos mais grandiosos edifícios da planície, ainda hoje, destacados entre os milhares que sobreviveram às invasões tártaras de Kublai Khan – a quem os birmaneses recusaram pagar tributo – e ao longo abandono que se seguiu.

escritura, birmanesa, planicie, Bagan, Myanmar

Escritura em birmanês na base de um templo.

São os casos do Shwezigon, do Pitaka Taik (a biblioteca das escrituras) e da elegante Shwesandaw paya, construída após a conquista de Thaton.

Quase um milénio depois, a religiosidade dos birmaneses equipara-se a do resto do Mundo:  vai da mais pura fé à crendice superficial e interesseira.

Planície dos Templos. A Procura de Redenção dos Birmaneses

Um bom exemplo da última das modalidades foi narrado por George Orwell em “Dias na Birmânia”.

Surge na personagem de U Po Kyin, um magistrado nativo corrupto e ambicioso que conjura todas as intrigas possíveis para desgraçar a vida do Dr. Veraswami, este, um médico indiano que U Po Kyin abomina e a quem quer conquistar a única vaga não “british” no European Club de Kyauktada, o districto fictício da Birmânia Imperial em que a acção se desenrola.

Como descreveu Orwell, a determinada altura, “U Po Kin tinha feito tudo o que um homem mortal podia fazer. Era tempo de se preparar para o próximo mundo – em resumo, de começar a construir pagodas…”.

No seu caso particular, esse provou-se dos poucos planos que lhe correram mal. U Po Kyin sofreu um ataque cardíaco e morreu antes que mandasse assentar o primeiro tijolo.

palmeiras de leque, nuvens, pagoda, planicie, Bagan, Myanmar

Velhas pagodas partilham a planície com palmeiras-de-leque.

Não terá sido caso único mas, ao longo da história, milhares de birmaneses precaveram-se a tempo. As suas obras foram erguidas para a eternidade um pouco por toda a nação. Bagan – mais ou menos a meio do território actual do Myanmar, nas margens do grande rio Irrawaddy a norte das de Amarapura e da famosa ponte u-Bein – acolhe uma concentração única.

Verdade seja dita que ninguém sabe ao certo quantos edifícios religiosos abriga Bagan.

No final do século XIII, a contagem oficial indicava 4446. Por volta de 1901, estudos britânicos contabilizaram 2157 monumentos ainda de pé e identificáveis.

Mas, em 1978, apenas alguns anos depois do forte tremor de terra que abalou a região, um novo cálculo estimou que existiam mais que na contagem anterior: 2230.

A conclusão a que se chegou só espantou quem não conhecia o modo de vida birmanês: os templos de Bagan simplesmente não paravam de aumentar.

templo ananda, estatua, Buda, planicie, Bagan, Myanmar

Detalhe de uma estátua de Buda no interior do templo de Ananda.

Com tantos budistas ávidos por salvaguardar a sua próxima vida, os residentes mais ricos de Yangon, entre outros, (incluindo muitos oficiais do governo militar) continuam a acreditar que obra feita em Bagan, lhes garantirá a redenção.

Reconstroem e erguem novos pagodes ao seu critério e a um ritmo inesperado (cerca de trezentos só no princípio do século XX) demasiadas vezes indiferentes à arquitectura do património original.

Mesmo se indigna os técnicos da UNESCO, esta dinâmica faz parte da forma de vida birmanesa.

É vista, no país, como natural.

A Azáfama Também Espiritual de Nyang U, a Porta de Entrada em Bagan

Alvorada atrás de alvorada, novos dias abafados despertam em Nyang U.

O mercado da povoação entra em frenesim. Mulheres de rostos pintados de thanaka dourado – uma protecção natural contra o sol – gerem as suas bancas de fruta e vegetais coloridos.

crentes, budistas, planicie, Bagan, Myanmar

Crentes budistas chegam às imediações de um templo de Bagan.

Vendedores de bilhetes de autocarro, gritam os seus destinos entre a multidão e redobram esforços para completar lotações sem fim.

Quando menos se espera, autocarros bem mais modernos estacionam nas imediações e despejam hordas de turistas curiosos, quase todos de máquinas fotográficas em punho e carteiras recheadas de kyats voláteis.

Em absoluto contraste, na rua em frente, freiras budistas passam em fila pelas portas de domicílios e pequenos negócios.

Portam recipientes que os crentes lhes enchem de arroz e um ou outro complemento mais rico, alimentos que aliviam a sua árdua privação monástica.

monge budista, oracao, planicie, Bagan, Myanmar

Monge budista ora num templo de Bagan.

Para diante, o mercado transforma-se numa feira ainda mais barulhenta e poeirenta, animado por passatempos e jogos básicos promovidos com a ajuda de altifalantes.

Transaccionam-se vacas e cabras e muita malagueta que os potenciais compradores apanham à mão cheia e deixam cair como que para comprovar o potencial explosivo.

Logo ao lado, a azáfama é espiritual. Uma alameda coberta, ocupada por vendedores de artigos religiosos, conduz à entrada da Shwezigon paya, um dos templos budistas mais antigos e mais frequentados de Bagan, considerado o protótipo das milhares de estupas disseminadas pelo Myanmar.

Erguido até 1102, Shwezigon paya foi uma das primeiras obras do rei Anawaratha.

A importância que encerra vai muito para lá da antiguidade.

Os fiéis crêem que um dos seus túmulos conserva um osso e um dente do Buda Gautama e que um dos seus pilares de pedra contém inscrições ditadas em dialecto Mon pelo rei Kyazinttha, que se encarregou de acabar a obra, após a morte de Anawaratha.

Estamos num suposto “Inverno” do sudoeste asiático. Ainda assim, mal o Sol sobe no horizonte, brilha inclemente e incide nos crentes que circulam em redor do núcleo dourado do templo.

templos, pagodas, por do sol, planicie, Bagan, Myanmar

Silhuetas de templos e pagodas salpicam a planície de Bagan, ao pôr-do-sol.

Os fiéis rezam compenetrados, indiferentes ao burburinho gerado pelas primeiras excursões estrangeiras do dia.

Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Yangon, Myanmar

A Grande Capital da Birmânia (Delírios da Junta Militar à Parte)

Em 2005, o governo ditatorial do Myanmar inaugurou uma nova capital bizarra e quase deserta. A vida exótica e cosmopolita mantém-se intacta, em Yangon, a maior e mais fascinante cidade birmanesa.
Lago Inlé, Myanmar

Uma Agradável Paragem Forçada

No segundo dos furos que temos durante um passeio em redor do lago Inlé, esperamos que nos tragam a bicicleta com o pneu remendado. Na loja de estrada que nos acolhe e ajuda, o dia-a-dia não pára.
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Lhasa, Tibete

Sera, o Mosteiro do Sagrado Debate

Em poucos lugares do mundo se usa um dialecto com tanta veemência como no mosteiro de Sera. Ali, centenas de monges travam, em tibetano, debates intensos e estridentes sobre os ensinamentos de Buda.
Ponte u-BeinMyanmar

O Crepúsculo da Ponte da Vida

Com 1.2 km, a ponte de madeira mais antiga e mais longa do mundo permite aos birmaneses de Amarapura viver o lago Taungthaman. Mas 160 anos após a sua construção, U Bein está no seu crepúsculo.
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
Monte Kyaiktiyo, Myanmar

A Rocha Dourada e em Equilíbrio de Buda

Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
Bago, Myanmar

Viagem a Bago. E ao Reino Português de Pegu

Determinados e oportunistas, dois aventureiros portugueses tornaram-se reis do reino de Pegu. A sua dinastia só durou de 1600 a 1613. Ficou para a história.
Lago Inle, Myanmar

A Deslumbrante Birmânia Lacustre

Com uma área de 116km2, o Lago Inle é o segundo maior lago do Myanmar. É muito mais que isso. A diversidade étnica da sua população, a profusão de templos budistas e o exotismo da vida local, tornam-no um reduto incontornável do Sudeste Asiático.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Cerimónias e Festividades
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
O Capitólio de Baton Rouge reflectido num espelho d'água da State Library
Cidades
Baton Rouge, Luisiana, Estados Unidos

Da Fronteira Indígena à Capital do Luisiana

Aquando da sua incursão Mississipi acima, os franceses detectaram um bastão vermelho que separava os territórios de duas nações nativas. Dessa expedição de 1723 para cá, sucederam-se as nações europeias dominadoras destas paragens. Com o fluir da História, Baton Rouge tornou-se o cerne político do 18º estado dos E.U.A.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Cultura
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Natal na Austrália, Platipus = ornitorrincos
Em Viagem
Atherton Tableland, Austrália

A Milhas do Natal (parte II)

A 25 Dezembro, exploramos o interior elevado, bucólico mas tropical do norte de Queensland. Ignoramos o paradeiro da maioria dos habitantes e estranhamos a absoluta ausência da quadra natalícia.
Assuão, Egipto, rio Nilo encontra a África negra, ilha Elefantina
Étnico
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
História
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Tobago, Pigeon Point, Scarborough, pontão
Ilhas
Scarborough a Pigeon Point, Tobago

À Descoberta da Tobago Capital

Das alturas amuralhadas do Forte King George, ao limiar de Pigeon Point, o sudoeste de Tobago em redor da capital Scarborough, revela-nos uns trópicos controversos sem igual.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Ilha do Principe, São Tomé e Principe
Natureza
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Cataratas Victória, Zâmbia, Zimbabué, Zambeze
Parques Naturais
Victoria Falls, Zimbabwe

O Presente Trovejante de Livingstone

O explorador procurava uma rota para o Índico quando nativos o conduziram a um salto do rio Zambeze. As cataratas que encontrou eram tão majestosas que decidiu baptizá-las em honra da sua rainha
Tequila, cidade de Jalisco, México, jima
Património Mundial UNESCO
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Sesimbra, Vila, Portugal, Vista do alto
Praias
Sesimbra, Portugal

Uma Vila Tocada por Midas

Não são só a Praia da Califórnia e a do Ouro que a encerram a sul. Abrigada das fúrias do ocidente atlântico, prendada com outras enseadas imaculadas e dotada de fortificações seculares, Sesimbra é, hoje, um porto de abrigo piscatório e balnear precioso.
Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo
Religião
Chiang Khong - Luang Prabang, Laos

Barco Lento, Rio Mekong Abaixo

A beleza do Laos e o custo mais baixo são boa razões para navegar entre Chiang Khong e Luang Prabang. Mas esta longa descida do rio Mekong pode ser tão desgastante quanto pitoresca.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Gatis de Tóquio, Japão, clientes e gato sphynx
Sociedade
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Vida Selvagem
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.