Baton Rouge, Luisiana, Estados Unidos

Da Fronteira Indígena à Capital do Luisiana


O Cerne de Baton Rouge
Nuvens carregadas além do centro de Baton Rouge
Um Baton Rouge
Mastro indígena que inspirou o baptismo de Baton Rouge.
O Fim de Huey Long
Huey Long, ilustração assassínio no State Capitol de Baton Rouge
A North Street
O arranha-céus do Capitólio no fundo da North Road.
Edifício anexo ao Capitólio
Edifício anexo ao State Capital de Baton Rouge
A Catedral de St. Joseph
A Catedral de St. Joseph na North Street
Pintura pós-Chuvada
O Capitólio de Baton Rouge reflectido num espelho d'água da State Library
Rio Mississipi
Porto e ponte de Baton Rouge, às margens do rio Mississipi
Huey Long
Imagem do ex-senador Huey Long, assassinado no novo capitólio de Baton Rouge
Edifícios do Chief of Staff
Os edifícios do Chief of Staff
Na Base do Capitólio
Conversa sobre a escadaria na base do Capitólio
O Senado
Sala do Senado, na base do arranha-céus do Capitólio de Baton Rouge
Riverside Plaza
Escadaria da Riverside Plaza
Pós-Batega
Parque de estacionamento alagado no centro da capital
O Veterans Park
Jardim dos Veteranos, um de vários em volta do arranha-céus do Capitólio
Rotary Club cromado
O monumento do Rotary Club de Baton Rouge
O Velho Capitólio
O antigo capitólio do Luisiana
Cores do Velho Capitólio
Vitrais do velho Capitólio de Baton Rouge
“Pioneers”
A estátua "Pioneers" em homenagem aos pioneiros do Luisiana
Anoitecer em Baton Rouge
Cores do ocaso decoram a área ajardinada do Capitólio.
Aquando da sua incursão Mississipi acima, os franceses detectaram um bastão vermelho que separava os territórios de duas nações nativas. Dessa expedição de 1723 para cá, sucederam-se as nações europeias dominadoras destas paragens. Com o fluir da História, Baton Rouge tornou-se o cerne político do 18º estado dos E.U.A.

Chegarmos a Baton Rouge, provindos de New Orleans, gera-nos um choque de assepsia com que não contávamos.

De um momento para o outro, some-se a arquitectura francesa e secular de madeira e ferro fundido.

Somem-se as cores fortes, a multidão irrequieta, o cheiro a erva (leia-se maconha) e o pivete pós-noites de festim das Bourbon e Frenchmen Streets. Devemos ressalvar, em defesa de Baton Rouge, que entrámos directos no seu centro e nele nos mantivemos.

Sem perdermos de vista o Lousiana State Capitol, o assento do governo federal do estado, edifício símbolo da cidade, que a identifica e localiza até de dezenas de quilómetros de distância. Com a forma de um T invertido, o edifício tem 140 metros de altura e trinta e quatro andares.

É o mais alto de Baton Rouge, mas já apenas o sétimo do Luisiana.

O novo Lousiana State Capitol em forma de torre substitui o anterior capitólio, uma obra de arte em tudo distinta, erguido em 1846, com o propósito de evitar uma concentração excessiva de influência política em Nova Orleães, a maior cidade do Luisiana.

À época, a quarta maior dos E.U.A.

Quando o visitamos, depressa percebemos o porquê do edifício com arquitectura de palacete, repleto de vitrais prodigiosos, se preservar um dos edifícios históricos incontornáveis da cidade.

Vitrais do velho Capitólio de Baton Rouge

A par com o novo Capitólio do Luisiana, claro está.

O Arranha-Céus Emblemático do Louisiana State Capitol

Ao contrário do que acontece na maior parte das urbes dos Estados Unidos, o arranha-céus do sucessor desponta para o céu numa absoluta solidão.

Em sua volta, ao nível do solo e em contraste com o calcário das fachadas, espraiam-se um lago e dois jardins, incluindo o do Veteran’s Memorial Park, todos contíguos e desafogados.

Jardim dos Veteranos, um de vários em volta do arranha-céus do Capitólio

Ir a Baton Rouge e não subir ao topo do seu State Capitol é bem mais difícil e grave que ir a Roma sem ver o Papa.

Disso conscientes, intrigados pela grandiosidade e excentricidade do edifício e pelo que nos revelaria o seu panorama a 360º, damos-lhe prioridade.

No caminho pedestre a partir do hotel em que estávamos instalados, uns poucos edifícios menores bloqueiam-nos, por momentos, a vista do colosso.

Assim que entramos na N 4th Street, virados a Norte, voltamos a tê-lo pela frente, a aumentar a cada passo.

A Catedral de St. Joseph na North Street

Passamos a catedral de St. Joseph e por entre uns poucos grandes prédios de faces escurecidas.

A norte da North Street, damos entrada no domínio geometrizado que serve de preambulo, lugar de departamentos, da biblioteca e do museu estatal.

Nos jardins do complexo, distrai-nos uma população de esquilos ocupados com a sua recolecção.

Os edifícios do Chief of Staff

Uma faixa ampla de estacionamento gera um hiato no verde.

Do lado de lá, fazemo-nos à escadaria do Capitólio, feita de 49 degraus de granito, cada qual com o nome de um dos outros estados dos E.U.A., na ordem por que se tornaram estados.

Na base da escadaria, para conseguirmos avistar a cúpula distante do arranha-céus, já nos vemos forçados a uma inclinação dramática do pescoço.

Conversa sobre a escadaria na base do Capitólio

Subimo-la entre as duas esculturas que a flanqueiam.

Uma, a “Patriots”. A outra, “Pioneers”.

Nesta, alinham-se as figuras mais preponderantes na colonização do Luisiana, a partir da expedição francesa pioneira.

A estátua “Pioneers” em homenagem aos pioneiros do Luisiana

Vencida a escadaria, acedemos ao Memorial Hall.

Dão-nos carta branca para cirandarmos.

Espreitamos a Câmara do Senado.

Encontramo-la vazia.

Sala do Senado, na base do arranha-céus do Capitólio de Baton Rouge

Metemo-nos num dos elevadores e antecipamos a subida ao topo panorâmico.

À boa maneira americana, chegados ao andar de saída, damos com uma gift shop.

Trocamo-la pelo exterior.

Tinha decorrido um bom tempo desde que deixámos o hotel.

Os Panoramas Desafogados do Âmago do Luisiana

A meio de Outubro, ainda faz um calor húmido e opressivo. Reparamos numa frente de cumulus nimbus distantes, mas enormes, com bases escurecidas e relampejantes.

Tinham-se formado sobre o Golfo do México. Internava-se no Luisiana, na nossa direção.

Nuvens carregadas além do centro de Baton Rouge

Damos a volta à cúpula.

Admiramos como Baton Rouge se disseminava na margem leste do Mississipi, com o retalho diminuto de West Baton Rouge do outro lado do rio.

Também por ali, percorrem o Mississipi incontáveis navios, sobretudo barcaças.

O porto local é, aliás, no que diz respeito a tonelagem, o décimo dos E.U.A.

Porto e ponte de Baton Rouge, às margens do rio Mississipi

Para norte, estendem-se instalações petroquímicas imensas, detidas pela famosa petroleira Exxon Mobil, outra das provas de como Baton Rouge se tornou um dos principais polos industriais e tecnológicos do Grande Sul americano e a capital do Luisiana.

Em boa parte, devido às mentes determinadas e ambiciosas de alguns dos seus políticos.

Huey Long: de Ditador em Incubação a Vítima de Assassínio

Mesmo na Democracia vulnerável dos Estados Unidos, quando as ideologias e interesses chocam, ocorrem actos tirânicos e tragédias. Se Dallas vitimou John F. Kennedy, Huey Long viu-se vitima de Baton Rouge.

Naquele mesmo Capitólio que Huey Long tudo fez para ver erguido enquanto torre e onde manteve um apartamento no 24º andar, diz-se que por considerar que a altitude ajudaria a curar a febre dos fenos que o apoquentava.

Imagem do ex-senador Huey Long, assassinado no novo capitólio de Baton Rouge

Huey Long evoluiu de vendedor-ambulante até advogado conceituado.

Enquanto democrata, populista como poucos outros, tornou-se o 40º Senador, dono e senhor do Luisiana, não tarda, com ambições presidenciais.

Huey Long tornou-se de tal maneira manipulador e controlador que o historiador David Kennedy não teve pejo em escrever “que o seu regime, no Luisiana, fora o mais próximo de uma ditadura que a América tinha conhecido”.

Em Setembro de 1935, Long entrou no Capitólio determinado a aprovar uma série de leis que consolidariam uma opressão cada vez mais antidemocrática do seu estado, incluindo a remoção de um juiz seu opositor que representava um determinado distrito há 28 anos.

Pelas 9h20 da noite do dia 8, Huey conseguiu-o. Mais que indignado, irado, o genro do juiz, de seu nome Carl Weiss acercou-se de Huey Long e disparou um único tiro. Huey faleceu trinta e uma horas depois. Weiss, esse, soçobrou de imediato.

Huey Long, ilustração assassínio no State Capitol de Baton Rouge

A 60 balas disparadas pelos seguranças de Huey Long que tinham as alcunhas de Cossacos e de Esmaga-Crânios. Huey Long foi sepultado junto ao “seu” capitólio, uma estátua acima da sepultura honra-o.

Uma enorme oposição via-o como um tirano populista. E, no entanto, mais de 200.000 pessoas acompanharam o seu funeral.

Terminamos a volta pelo museu do Capitólio que descreve estes factos. Caminhamos rumo à biblioteca estadual, no extremo sul dos Capitol Gardens.

A Meteorologia Tropical e Ensopada de Baton Rouge

As nuvens que tínhamos avistado do alto da varanda panorâmica estavam iminentes. Sob os cumulus nimbus, o sol abrasador dá lugar a sombra.

Parque de estacionamento alagado no centro da capital

Num ápice, as nuvens libertam uma bátega assustadora.

Refugiamo-nos no Museu do Capitol Park.

Lá nos entretemos, com a história, a tradição e a cultura cajun do Luisiana.

O Capitólio de Baton Rouge reflectido num espelho d’água da State Library

Meia-hora depois, a bátega já tinha debandado para norte.

Regressamos ao exterior, com o sol a debater-se com as nuvens remanescentes.

Decidimos prosseguir até ao Mississipi. Seguirmos a sua margem a leste do Capitólio para sul, a ver o que nos revelaria.

A Marginal Elevada que protege a Cidade do rio Mississipi

A tarefa estava facilitada por uma marginal separada da cidade por uma tal de Riverside Road movimentada, uma marginal elevada, preventiva de inundações, uma imagem de marca estrutural no Luisiana sempre vulnerável aos furacões.

O monumento do Rotary Club de Baton Rouge

Cruzamo-nos com joggers, com namorados e com um bando de jovens BMXs que tudo fazem para que fotografemos algumas das suas manobras “Y’all should shoot this one, bro, this one is special!”.

Tínhamos chegado à Riverfront Plaza da cidade.

Uma ponte elevada com origem num complexo de pavilhões e espaços de exibição passava sobre a River Road e continuava para a City Dock.

Escadaria da Riverside Plaza

Já sobre o Mississipi e ao lado navio USS KIDD, o único Destroyer americano que sobreviveu à 2ª Guerra Mundial e que se mantém tal e qual, por ali fundeado em jeito de museu-memorial.

Dessa Riverfront Plaza, destaca-se ainda o mastro que celebra a génese colonial da cidade.

Foram os franceses os primeiros europeus a explorarem estas partes das Américas, uma comitiva liderada, em 1698, por Pierre Le Moyne d’Iberville.

Ora, narrativas dessa expedição revelaram que, ao chegarem àquela zona do Mississipi, os franceses encontraram um bastão, vermelho como o que tínhamos perante nós, espetado na margem.

Mastro indígena que inspirou o baptismo de Baton Rouge.

Apuraram que marcava uma divisória entre o domínio dos indígenas Houma e o dos Bayagoula.

Segundo os escritos de André-Joseph Pénicaut, um carpinteiro que viajava na expedição, os nativos já chamavam ao lugar Istrouma (mastro vermelho). Os colonos franceses eternizaram o nome actual de Baton Rouge.

E se New Orleans goza da sua fama planetária, Baton Rouge prolifera no seu outro lugar de destaque.

O arranha-céus do Capitólio no fundo da North Road.

Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Arquitectura & Design
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Cerimónias e Festividades
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde, Desembarque
Cidades
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Cultura
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka
Em Viagem
PN Yala-Ella-Candia, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
Espantoso
Étnico

Ambergris Caye, Belize

O Recreio do Belize

Madonna cantou-a como La Isla Bonita e reforçou o mote. Hoje, nem os furacões nem as disputas políticas desencorajam os veraneantes VIPs e endinheirados de se divertirem neste refúgio tropical.

arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Submarino Vesikko
História
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas Faroé
Ilhas
Vágar, Ilhas Faroé

O Lago que Paira sobre o Atlântico Norte

Por um capricho geológico, Sorvagsvatn é muito mais que o maior lago das ilhas Faroé. Falésias com entre trinta a cento e quarenta metros limitam o extremo sul do seu leito. De determinadas perspectivas, dá a ideia de estar suspenso sobre o oceano.
Cavalos sob nevão, Islândia Neve Sem Fim Ilha Fogo
Inverno Branco
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Casario de Balestrand, Noruega
Natureza
Balestrand, Noruega

Balestrand: uma Vida Entre Fiordes

São comuns as povoações nas encostas dos desfiladeiros da Noruega. Balestrand está à entrada de três. Os seus cenários destacam-se de tal forma dos demais que atraíram pintores famosos e continuam a seduzir viajantes intrigados.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Parques Naturais
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Porto Rico, San Juan, Cidade muralhada, panoramica
Património Mundial UNESCO
San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Pescador manobra barco junto à Praia de Bonete, Ilhabela, Brasil
Praias
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
auto flagelacao, paixao de cristo, filipinas
Religião
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Uma espécie de portal
Sociedade
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Vida Selvagem
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.