Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

A Rampa de Lançamento do Programa Espacial Americano


Fonte Kennedy
Fonte à entrada do Kennedy Space Center homenageia o Presidente que mais impulsionou o Programa Espacial Americano.
Saturn V
Base do foguetão Saturn V em que viajaram todos os astronautas que pisaram a superfície da Lua.
Destroço de vaivém espacial
Criança ajuda a definir a dimensão de uma peça de um vaivém espacial destruído.
Miniatura
Miniatura de foguetões no Kennedy Space Center.
Space X Test
Fotógrafos capturam a ascensão do foguetão Falcon 9 durante o Space X In-Flight Abort Test.
Sala Controle.
Réplica da sala de controle do programa Apollo.
Falcon 9
Foguetão Falcon 9 da Space S ascende durante o Space X In-Flight Abort Test.
Em Espera
Fotógrafos aguardam o lançamento do Falcon 9, parte do Space X In-Flight Abort Test.
Base KSC
Base estrutural de uma das rampas de lançamento do Kennedy Space Center.
Filme 3D “Journey to Space”
Momento de um filme 3D que aborda a conquista do espaço pelos Estados Unidos.
Cápsula Lunar
Cápsula Lunar Apollo 11 exposta no complexo Saturn V.
Astronaut Hall of Fame
Salão espelhado do Astronaut Hall of Fame, que louva os astronautas americanos.
Jardim dos Foguetões
Sol atrás do Rocket Garden do Kennedy Space Center.
Aviso de Entrada
Entrada do Kennedy Space Center com aviso de suspensão do Space X In-Flight Abort Test.
Rocket Garden
Visitante percorre um passadiço elevado do Rocket Garden do Kennedy Space Center.
De viagem pela Flórida, desviamos da órbita programada. Apontamos ao litoral atlântico de Merrit Island e do Cabo Canaveral. Lá exploramos o Kennedy Space Center e acompanhamos um dos lançamentos com que a empresa Space X e os Estados Unidos agora almejam o Espaço.

Foi o primeiro despertar madrugador.

Pesado, sonolento, soturno, na noite que teimava em resistir. Partimos do relvado da Willow Lane de Cocoa. Daquela ruela ajardinada, seguimos as coordenadas sem percalços.

Tinham-nos dito que, em dia de lançamento, devíamos chegar bem cedo. Cumprimos o conselho num grau que roçava o insano. Mesmo assim, percorrida a vastidão de floresta sub-tropical e de prados ensopados, quando nos detemos no semáforo da grande alameda do Kennedy Space Center, somos tudo menos pioneiros.

Desligamos o motor. Reclinamos os bancos. Com o despertador activado, dormitamos.

A ideia era entrarmos a tempo de assistirmos ao lançamento do Space X Crew Dragon In-Flight Abort Test, como o nome indica, programado para interromper a sua ascensão e assegurar que, sem danos, a nave pousasse no Atlântico.

Space X Crew Dragon In-Flight Abort Test que Acabou Abortado

O teste tinha como fim comprovar a segurança da tripulação caso o lançamento oficial tivesse que ser abortado por qualquer razão. Quando despertarmos, apercebemo-nos de que o próprio teste estava enguiçado.

Os painéis electrónicos acima dos pórticos indicavam que o lançamento tinha sido adiado para o dia seguinte.

Segundo apurámos, agitado por um ou dois dias de vento forte, o mar ao largo do Cabo Canaveral, não garantia a integridade da nave, nem a sua recuperação.

Entrada do Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Entrada do Kennedy Space Center com aviso de suspensão do Space X In-Flight Abort Test.

A Space X e a NASA contavam que, na manhã seguinte, o vento e o mar amainassem.

Decidimos ficar à descoberta do Kennedy Space Center. Por norma, o centro só abria às nove da manhã. Mas as suas autoridades faziam questão de recompensar o esforço do público dos lançamentos.

De acordo, permitiram-lhe o acesso às instalações duas horas antes.

Entramos. Cumprimentamos com um “salamat” efusivo a funcionária das Filipinas com quem tínhamos falado na tarde anterior, quando levantámos os bilhetes.

À Descoberta do Espaço, no Vasto Kennedy Space Center

Bastam uns passos do pórtico interior em diante para nos confrontarmos com o Rocket Garden, uma espécie de instalação feita de foguetões a apontarem para o céu que parecem saudar os recém-chegados.

Rocket Garden, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Sol atrás do Rocket Garden do Kennedy Space Center.

Deambulamos entre aqueles prodígios agora de museu, intrigados pelas suas histórias espaciais e abismais.

Lá constava o Mercury Redstone 3 que lançou o sonho americano e em que Alan Shepard levou a bom porto o primeiro voo espacial tripulado dos Estados Unidos, entre vários outros dos sucessivos programas da NASA: o Mercury, o Gemini e o Apollo.

Investigamos as cápsulas tripuladas ali expostas para que os visitantes possam sentir o conforto – ou, na maior parte dos casos, a falta dele – em que os astronautas viajaram para o Espaço.

O sol empinava-se já sobre Atlântico a leste e o Hall of Fame dos Astronautas dos Estados Unidos não tardou a abrir.

Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Visitante percorre um passadiço elevado do Rocket Garden do Kennedy Space Center.

No Hall of Fame, encontramos um sortido de momentos e de personalidades determinantes para a ciência espacial, e, claro está, os astronautas que, ao longo das décadas, lhe tinham concedido as suas vidas.

Mas não só.

A Memória Controversa de Martin Luther King no Hall of Fame do KSC

O memorial revelou-se político que bastasse para destacar também Martin Luther King.

Este malogrado activista visitou a Florida por várias vezes, incluindo a região de Cocoa da actual Space Coast e das imediações do Kennedy Space Center. Ali conviveu e partilhou ideais com o pastor influente W.O. Wells.

Numa dessas ocasiões, Wells chegou a escrever a Kennedy e expressou preocupação com o dever que a NASA tinha de contratar também empregados da minoria negra e de outras, algo que até à data estava longe de acontecer.

Fonte, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Fonte à entrada do Kennedy Space Center homenageia o Presidente que mais impulsionou o Programa Espacial Americano.

No seu livro “Where do We Go From Here” de 1967, meio ano após a explosão que matou três astronautas da missão Apollo I num lançamento de teste, Luther King, desafiou os Estados Unidos a darem prioridade à resolução dos seus problemas internos, em vez da conquista da Lua:

“…se a nossa nação pode gastar 35 mil milhões de dólares por ano para travar uma guerra maléfica, injusta no Vietname e 20 mil milhões para levar um homem à Lua, então também pode gastar alguns mil milhões para pôr os filhos de Deus sobre os seus próprios pés, aqui na Terra.”

Por contraditório que possa soar, Wells testemunhou que Luther King expressou o desejo de assistir a um dos lançamentos de foguetões.

Em simultâneo, cerca de um ano após o seu assassínio em Atlanta, as palavras de King nos seus discursos e obras, instigaram manifestações junto ao Kennedy Space Center, numa altura em que a NASA se preparava para lançar o seu Apollo II, a primeira missão tripulada a visar a Lua.

Hall of Fame, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Salão espelhado do Astronaut Hall of Fame, que louva os astronautas americanos.

Continuamos a atravessar o Hall of Fame, cada vez mais incomodados com o protagonismo exagerado e até ridículo dado ao heroísmo que os americanos tanto valorizam e que já não parecem conseguir dissociar das suas vidas.

O pavilhão do Hall of Fame termina em tons de azul-cosmos e dourado, num salão com dezenas de perfis dos protagonistas da conquista do Espaço, reflectidos num solo lustroso.

De Autocarro, em Órbita das Instalações da NASA

Deixamo-lo à pressa, disparados para uma doca de embarque, apesar de tudo, bem menos pomposa do Centro. “The Journey Starts Here” dita uma escotilha com visual de “Espaço 1999”.

Do lado de lá, juntamo-nos a uma fila já longa e embarcamos num dos autocarros que percorrem as instalações da NASA, as suas diversas plataformas de ensaios, de lançamentos e afins.

Base, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Base estrutural de uma das rampas de lançamento do Kennedy Space Center.

É o próprio motorista que narra a viagem, que nos introduz ao grande edifício quase cúbico da NASA, ao complexo de lançamentos 39B, e ao enorme hangar de montagem dos foguetões e veículos espaciais.

O Programa Apollo e o foguetão Saturn V, uma Dupla de Sucesso

Numa das suas paragens, o autocarro deixa-nos à porta do complexo Apollo/Saturn V. Lá nos impressiona, pela sua dimensão avassaladora, o foguetão Saturn V, mais importante que os demais já que todos os humanos que pisaram a Lua com partida do Kennedy Space Center a atingiram a bordo de um Saturn V.

Ali, de uma ponta à outra, tentamos destrinçar as diversas partes da sua estrutura:

a cápsula Apollo, o módulo lunar, os tanques de oxigénio líquido (LOX), os de combustível e as secções ocupadas pelos três conjuntos de RocketDynes, a começar pelos cinco motores F-1 da base a que uma inesperada proximidade confere um dramatismo especial.

Saturn V, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Base do foguetão Saturn V em que viajaram todos os astronautas que pisaram a superfície da Lua.

Admiramos também os vários protótipos de fatos espaciais propostos à NASA e os moldes das mãos dos astronautas usados para criar as suas luvas.

Observamos o Lunar Roving Vehicle com o fascínio saudosista de quem gastou muitas horas de infância a jogar “Moon Alert”, um dos primeiros lançamentos (leia-se criação e comercialização de jogos) para ZX Spectrum da empresa Ocean Software.

Já mais a sério, se bem que ainda em modo de simulação, assistimos às operações que viabilizaram o lançamento do Saturn V do programa Apollo 8.

A Alunagem Periclitante de Neil Armstrong e Buzz Aldrin

E, numa outra sala, acompanhamos a viagem lunar que terminou com a alunagem pioneira.

Lá compreendemos melhor o quão periclitante e marginal se provou a sua concretização.

Como Neil Armstrong se apercebeu de que o lugar de contacto programado no computador do veículo correspondia a uma área repleta de rochas.

Sala Controle Apollo, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Réplica da sala de controle do Programa Apollo.

Como se viu obrigado a assumir o modo semi-automático do “Eagle” e, com o combustível prestes a terminar, o conseguiu pousar numa área relativamente plana de Mare Tranquilitatis.

Experimentamos tudo isto. E muito mais.

Na curta e, por comparação, insignificante viagem de volta no autocarro pela área entre os rios Indian e Banana, o motorista aponta aos passageiros alguns dos aligators com que os funcionários da NASA se habituaram a conviver. Frustrados por aquele súbito regresso às banalidades terrenas, corremos para o complexo do Space Shuttle Atlantis.

No interior, à imagem do que acontecera com o foguetão Saturn V, espantamo-nos com a elegância – bem mais que com a dimensão – deste vaivém espacial que deixava a terra a bruar e a fumegar mas regressava num pouso suave mais planante que o de muitos aviões comerciais.

E que conseguiram furtar-se às piores tragédias do Programa Espacial Americano, os vaivéns Challenger e Columbia.

Fragmento de vaivém espacial, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Criança ajuda a definir a dimensão de uma peça de um vaivém espacial destruído.

Uma Simulação Trepidante do Lançamento de um Foguetão Espacial

Conhecíamos bem a última das modalidades. Experimentámos, assim, o que sentiam os astronautas durante os lançamentos dos foguetões.

Quase deitados, amarrados por cintos de segurança em grandes cadeirões, vibrámos e estremecemos como se os gigantescos motores dos foguetões nos tivessem, de facto, a propulsionar.

Apesar de tudo, pensávamos que as descolagens fossem, para os astronautas, experiências mais extremas.

Cumpridas todas aquelas visitas e simulações, o dia no Space Center aproximava-se do fim. Passámo-lo em absoluto deslumbre. Mas não nos esquecíamos da frustração em que tínhamos amanhecido.

De acordo, na madrugada seguinte, repetimos o despertar nocturno.

De Volta ao Space X Crew Dragon In-Flight Abort Test 

A Space X ia tentar uma vez mais o Space X Crew Dragon In-Flight Abort Test. Nós, tudo faríamos para o testemunhar.

Em vez de nos dirigirmos ao Space Center, tentamos aproximar-nos mais da área do lançamento. Apontamos à praia de Playa Linda, um desses lugares privilegiados.

Chegados a Titusville, atravessamos a ponte A. Max Brewer. Como receávamos, do lado de lá, a polícia barrava o acesso à Merrit Island que acolhia o Space Center e dava acesso à Playa Linda.

Invertemos rumo. Estacionamos num ponto da margem do Indian River que nos parecia favorável. Fotografamos o raiar do dia. Desligamos o motor, reclinamos os bancos.

Com o despertador activado, dormitamos.

A Ascensão Estratosférica e a Descida Programada Sobre o Oceano Atlântico

Aos poucos, toda a margem se encheu de um público multinacional entusiasta, munido de câmaras e tripés  orientados para o Atlântico.

Espera do teste, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Fotógrafos aguardam o lançamento do Falcon 9, parte do Space X In-Flight Abort Test.

Verificamos os sucessivos anúncios enviados pela app do Kennedy Space Center.

Tudo indicava que o lançamento se iria mesmo realizar.

Por volta das dez da manhã, à hora anunciada, o foguetão Falcon 9 lá surgiu acima da vegetação da ilha de Merrit, com os motores a gerarem um longo feixe incandescente. Subiu até quase o perdermos de vista.

Falcon 9, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Foguetão Falcon 9 da Space S ascende durante o Space X In-Flight Abort Test.

Pouco depois, desfez-se num fogo de artifício estratosférico.

Tinha sido aquele o momento da interrupção do lançamento testado pela Space X de Elon Musk, a empresa privada que, saturados com os gigantescos custos e fracos proveitos da NASA, os Estados Unidos encarregaram de prosseguir com o programa espacial, com foco em Marte e num modo bastante mais económico.

Já imperceptível aos olhos, como às objectivas que possuíamos, a cápsula Dragon da tripulação precipitou-se sobre o oceano.

De acordo com o planeado, a Space X recuperou-a.

Voltou a furtar-se a danos multimilionários.

 

COMO IR

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Wycliffe Wells, Austrália

Os Ficheiros Pouco Secretos de Wycliffe Wells

Há décadas que os moradores, peritos de ovnilogia e visitantes testemunham avistamentos em redor de Wycliffe Wells. Aqui, Roswell nunca serviu de exemplo e cada novo fenómeno é comunicado ao mundo.
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

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Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

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Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
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Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
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Outono
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Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
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A Fortaleza da Rota da Seda que a União Soviética Aveludou

Nos anos 80, dirigentes soviéticos renovaram Khiva numa versão amaciada que, em 1990, a UNESCO declarou património Mundial. A URSS desintegrou-se no ano seguinte. Khiva preservou o seu novo lustro.
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Praia, derradeiro Litoral, até à Fronteira com o Senegal

Algo remota, de acesso desafiante, a aldeia pacata e piscatória de Varela compensa quem a alcança com a afabilidade da sua gente e com um dos litorais deslumbrantes, mas em risco, da Guiné Bissau.
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Religião
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
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Sociedade
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Bando de flamingos, Laguna Oviedo, República Dominicana
Vida Selvagem
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.