São Francisco, E.U.A.

Com a Cabeça na Lua


ex-Presidente Hu Jintao
Vendedor de Pinturas tem, em destaque, o retrato do então Presidente chinês Hu Jintao.
Mini-audiência
Pequenos sino-americanos acompanham a actuação de um artista durante o Moon Festival de São Francisco.
Dueto
Cantores de origem chinesa animam o Festival da Lua com temas chineses populares e épicos.
Dança do Dragão
Jovens sino-norte-americanos exibem uma dança do dragão nas ruas da Chinatown de São Francisco.
Cabeça de Dragão
Jovens sino-norte-americanos exibem uma dança do dragão nas ruas da Chinatown de São Francisco.
Stickers
Casal coloca autocolantes com a bandeira dos E.U.A em embalagens de gengibre.
Apoio maternal
Mãe incentiva as filhas, prestes a actuar numa exibição de música tradicional chinesa.
Melodias de corda
Jovens músicas tocam instrumentos tradicionais para uma assistência comovida.
China em São Francisco
Arquitectura típica da Chinatown de São Francisco, também decorada com bandeiras chinesas e dos E.U.A.
O Visionário
Ancião exibe a sua longa teoria que explica aos transeuntes a eleição de Barack Obama.
Moon Cakes
Vendedores de uma pastelaria chinesa, num coração adocicado da Chinatown de Frisco.
Sino-Multidão
Multidão percorre as ruas da Chinatown durante o Moon Festival de São Francisco.
Mural Político e Controverso decora uma rua da Chinatown.
ex-Presidente Hu Jintao
Vendedor de Pinturas tem, em destaque, o retrato do então Presidente chinês Hu Jintao.
Mini-audiência
Pequenos sino-americanos acompanham a actuação de um artista durante o Moon Festival de São Francisco.
Dueto
Cantores de origem chinesa animam o Festival da Lua com temas chineses populares e épicos.
Dança do Dragão
Jovens sino-norte-americanos exibem uma dança do dragão nas ruas da Chinatown de São Francisco.
Chega a Setembro e os chineses de todo o mundo celebram as colheitas, a abundância e a união. A enorme sino-comunidade de São Francisco entrega-se de corpo e alma ao maior Festival da Lua californiano.

A tarde vai a meio e as ruas do grande bairro vermelho revelam-se movimentadas como nunca. Homens de baixa estatura mas grande vigor descarregam caixotes sem fim para as mãos de senhoras de porcelana que os recebem sem aparente dano e arrumam nas profundezas das suas lojas e armazéns.

Repete-se, ali, a vida chinesa de todos os dias, impelida pela vocação já profundamente genética de perseguir o lucro quase sem descanso.

Chegamos a Setembro e aproxima-se o 15º dia do oitavo mês do calendário lunisolar, um prenúncio do equinócio outonal. A vasta população na diáspora responde ao apelo milenar da comemoração da prosperidade que, em tempos, contemplava quase só os proveitos rurais mas, hoje, por evolução da economia, tem também em conta os seus inúmeros negócios – por alguma razão assim ficaram conhecidos – da China.

Chineses, Americanos ou Sino-Americanos?

Investigamos a acção numa das ruas centrais do bairro quando damos com um casal entretido a colocar autocolantes com a bandeira dos Estados Unidos em embalagens de plástico, sobre grandes barris abertos, repletos de gengibre.

Donos de loja, Chinatown-Sao Francisco, Estados Unidos da AmericaCasal coloca autocolantes com a bandeira dos E.U.A em embalagens de gengibre.

Aproximamo-nos e acompanhamos o procedimento que os óculos escuros do chefe de família nos fazem parecer ainda mais intrigante.

Por esta altura, a nação ianque continua em crise e os apelos para consumir americano e rejeitar os produtos chineses chegam um pouco de todo o lado mas principalmente em onda-curta e através do satélite e do cabo por activistas ultra-conservadores, Tea Party e Fox Channel como os incorrigíveis Michael Savage, Rush Limbaugh, Mike Levine, entre outros.

De início, Li Chin mostra-se atrapalhado mas logo percebe que não lhe queremos causar danos e assume a trapaça. “Eles querem comprar nacional, nós damos-lhes o nosso nacional. Acredite que a maior parte não é suficientemente esperta para perceber a diferença.

Algum deste gengibre até de cá, outro é da China, os autocolantes, esses, são todos patriotas. Se pomos à venda embalagens com letras chinesas, boicotam-nos. Aqui está o produto americano que tanto defendem.”

Não nos custa a perceber que apesar dos quase 200 anos de presença em São Francisco, a integração da sua Chinatown continua por completar. A cultura chinesa – principalmente da etnia predominante Han – sempre foi suprema e não se entrega de vez em lugar nenhum, nem na velha Califórnia que, mesmo endividada até ao pescoço, contempla o resto dos Estados Unidos e o mundo do cimo de um pedestal.

Passamos junto a uma parede em que está pintada uma enorme Stars and Stripes com a inscrição esperada de God Bless America. Mas o autor omitiu o B da frase e, malgrado a correcção posterior, a mensagem permanece adulterada, para contemplação e reflexão dos residentes e forasteiros.

Mural bandeira, Chinatown-Sao Francisco, Estados Unidos da AmericaMural Político e Controverso decora uma rua da Chinatown.

Festival da Lua: um Festival de Bolos Lunares

Na loja de doçaria ao lado, não há tempo a perder com análises filosóficas. A época é de festa e nem os donos nem os empregados têm descanso com tanto pedido de bolos lua, sponge cupcakes e outras iguarias.

Feitos de gemas de ovos, feijão, sésamo e jujuba, os pequenos pastéis oficiais do festival são densos e pesados, tão maciços como deliciosos.

Mooncakes, Chinatown-Sao Francisco, Estados Unidos da AmericaVendedores de uma pastelaria chinesa, num coração adocicado da Chinatown de Frisco.

Devoramos dois cada um sem esforço e desvendamos ainda o destino irrisório ditado pelos papelitos escondidos nos fortune cookies, satisfeitos, acima de tudo, pela sorte palpável de os donos nos terem oferecido uma pequena caixa sortida de pastelaria cantonesa.

O Passado Já Secular da Chinatown de São Francisco

A tarde avança e os cable cars que sobem e descem as colinas de São Francisco em redor despejam mais gente no bairro. Esta Chinatown formou-se como a própria cidade, quando a Febre do Ouro de 1849 atraiu gente de todo o território norte-americano e de outros países.

Sobreviveu a uma eclosão de peste bubónica e ao tremor de terra e mega-incêndio de 1906. A sua população sempre crescente resistiu também ao preconceito e à agressão dos clãs criminosos que, entre 1870 e 1900 geriram bordéis, salões de ópio, casas de jogos e antros de escravatura a partir das mesmas ruas inclinadas porque aspiravam milhões de compatriotas por chegar.

Pouco depois do grande sismo, as autoridades planearam expulsar os residentes e urbanizar a área com propriedades valiosas. Para o evitar, um núcleo de homens de negócio chineses liderados por Look Tin Ely recolheu fundos suficientes entre os compatriotas para reinventar o bairro como a atracção turística que é hoje.

Multidão, Chinatown, Sao Francisco-Estados Unidos da America
Multidão percorre as ruas da Chinatown durante o Festival da Lua de São Francisco.

Contrataram arquitectos para criar as linhas Chinatown Deco que preserva, com telhados em estilo pagode e lanternas dragão alinhadas nas ruas comerciais.

O fim foi atingido mas não acabou com a descriminação e com legislações que proibiam a emigração, como a Exclusion Act. Os chineses da cidade reforçaram então sua unidade política e económica e contornaram os novos obstáculos.

A Sino-Realidade Delicada da Chinatown de São Francisco

Hoje, muitos sobrevivem com menos de 10 mil dólares por ano, numa das cidades mais dispendiosas dos E.U.A. mas, na sua cabeça, uma vez estabelecidos no coração empresarial do Golden State, melhores oportunidades hão de surgir. Têm, acima de tudo, razões para celebrar.

Danca dragao, Moon Festival, Chinatown-Sao Francisco-Estados Unidos da AmericaJovens sino-norte-americanos exibem uma dança do dragão durante o Festival da Lua de São Francisco.

Chegamos a um ponto em que a multidão torna complicado circular.  Grupos de anciãos defrontam-se ao mahjong e outros desafios sobre mesas de jogo decoradas com faixas com o programa da festa. Curiosos espreitam os movimentos das peças sobre os ombros dos protagonistas e, de quando em quando, atrevem-se a sugerir melhores soluções.

Jovens musicas com a mãe, Chinatown-Sao Francisco, Estados Unidos da AmericaMãe incentiva as filhas, prestes a actuar numa exibição de música tradicional chinesa.

Ao mesmo tempo, uma procissão de longos dragões e leões felpudos e garridos animados por jovens serpenteiam no espaço reconquistado pelos agentes de segurança que servem o festival. Abre-se, assim, caminho para a Grand Avenue onde está prestes a começar um recital de música.

Vários grupos tocam temas e hinos tradicionais com sons de guzheng e outros instrumentos típicos de corda e percussão suplantados por um casal de cantores em dueto e trajes típicos que arrepiam a assistência com a potência das suas vozes contrastantes.

Cantores, Moon Festival-Chinatown-Sao Francisco, Estados Unidos da AmericaCantores de origem chinesa animam o Festival da Lua com temas chineses populares e épicos.

O dia está para durar e surpreende-nos com mais e mais emoções orientais. Sobre um balde, numa esquina já à sombra, um velhote desdentado e de chapéu cónico saúda os transeuntes e faz questão de promover as suas.

O Ancião Profeta de Tudo um Pouco

Continua aparentemente comovido com a eleição de Baraka Obama para a Casa Branca e, num cartaz coberto de texto impresso enuncia uma longa teoria tresloucada que explica porque Deus o conduziu à presidência.

A sua conjectura começa por introduzir a Guerra do Ópio e a invasão britânica de um Tibete que o anunciante considera, sem qualquer dúvida chinês, como Taiwan.

Defende que ninguém deveria acusar o governo de Pequim porque cada país deve ter um regime adequado à sua população e passa para vários outros pressupostos que envolvem Hitler, Bush, Sarah Palin, 666 o número da besta e a disciplina espiritual Falun Gong que diz ser, na realidade, um grupo terrorista.

Menciona ainda um tigre do zoo de São Francisco, a acusação de que os ocidentais desejaram chuva e outros desastres naturais para prejudicar a China e os seus Jogos Olímpicos etc. etc. etc.

Termina a chantagear a nação que o acolheu: “Por favor desculpem-me por ter sido escolhido por Deus como seu descodificador. E, por favor, rezem também pela minha longevidade porque se eu morrer, os E.U.A. morrem. Se eu morrer cedo, os E.U.A. morrem cedo.”

Mensagem messianica, Chinatown-Sao Francisco, Estados Unidos da AmericaAncião exibe a sua longa teoria que explica aos transeuntes a eleição de Barack Obama.

A festa, essa, está para durar. Mudamo-nos para a praça em que será lançado o incontornável fogo de artifício de encerramento e ficamos à espera que o anoitecer nos traga a grande lua mentora do Festival da Lua e de quase tudo o que tínhamos visto acontecer.

Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Arquitectura & Design
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Sombra de sucesso
Cerimónias e Festividades
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
New Orleans luisiana, First Line
Cidades
New Orleans, Luisiana, E.U.A.

A Musa do Grande Sul Americano

New Orleans destoa dos fundos conservadores dos E.U.A. como a defensora de todos os direitos, talentos e irreverências. Em tempos francesa, para sempre afrancesada, a cidade do jazz inspira, a novos ritmos contagiantes, a fusão de etnias, culturas, estilos e sabores.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
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Cultura
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Os Novos Gaúchos da Patagónia

Em redor de El Calafate, em vez dos habituais pastores a cavalo, cruzamo-nos com gaúchos criadores equestres e com outros que exibem para gáudio dos visitantes, a vida tradicional das pampas douradas.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
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Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
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Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
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São Tomé e Príncipe

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No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

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O Berço do Cristianismo Oficial

Apenas 268 anos após a morte de Jesus, uma nação ter-se-á tornado a primeira a acolher a fé cristã por decreto real. Essa nação preserva, ainda hoje, a sua própria Igreja Apostólica e alguns dos templos cristãos mais antigos do Mundo. Em viagem pelo Cáucaso, visitamo-los nos passos de Gregório o Iluminador, o patriarca que inspira a vida espiritual da Arménia.
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Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
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Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
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Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
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A humanidade rejubilou, há pouco tempo, com a primeira fotografia de um buraco negro. Em jeito de resposta, decidimos celebrar o que de melhor temos cá na Terra. Este artigo é dedicado aos blue holes de uma das ilhas abençoadas de Vanuatu.
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Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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Maui: o Havai Divino que Sucumbiu ao Fogo

Maui é um antigo chefe e herói do imaginário religioso e tradicional havaiano. Na mitologia deste arquipélago, o semi-deus laça o sol, levanta o céu e leva a cabo uma série de outras proezas em favor dos humanos. A ilha sua homónima, que os nativos creem ter criado no Pacífico do Norte, é ela própria prodigiosa.
Mahé Ilhas das Seychelles, amigos da praia
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Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles

Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
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O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
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A Dita Praia Mais Famosa do Mundo

Se a sua notoriedade advém sobretudo das corridas NASCAR, em Daytona Beach, encontramos uma estância balnear peculiar e um areal vasto e compacto que, em tempos, serviu para testes de velocidade automóvel.
Um contra todos, Mosteiro de Sera, Sagrado debate, Tibete
Religião
Lhasa, Tibete

Sera, o Mosteiro do Sagrado Debate

Em poucos lugares do mundo se usa um dialecto com tanta veemência como no mosteiro de Sera. Ali, centenas de monges travam, em tibetano, debates intensos e estridentes sobre os ensinamentos de Buda.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Sociedade
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas
Vida Selvagem
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.