Caribe profundo
Vista do promontório em que se instalou a guest-house Casa Iguana.
Alvorada nas Caraíbas
Nativos remam em direcção a uma doca de Bluefields.
Vista suprema
Cenário de floresta e mar das Caraíbas visto a partir do ponto mais alto da Little Corn.
Mergulhos de ferrugem
Nativos da Big Corn Island mergulham do cimo de um barco encalhado ao largo da Brig Bay.
Visual caribenho
Coqueiro destacado acima do mar das Caraíbas.
Partida
Morador de Bluefields - na costa nicaraguense - observa um barco afastar-se em direcção às Corn Islands.
Hit
Nativo da Big Corn treina baseball sobre a relva do principal estádio da ilha. O baseball é o principal desporto da Nicarágua.
Arte balnear
Pequena instalação com búzios abandonada num areal imaculado da Little Corn island.
Snorkeling
Visitantes da Little Corn island exploram o fundo do mar coralífero ao largo da ilha.
Erva Little Corn
Prado tropical do interior da Little Corn Island.
Lado da Bonança
A baía que acolhe a única povoação da Little Corn Island.
Arte balnear
Casal passa por uma construção de troncos no litoral idílico da Little Corn.
Recoleção Tropical
Morador apanha cocos numa praia tranquila da Little Corn Island.
Vólei crioulo
Nativos jogam vólei, numa partida que teve como prémio gelados em sacos de plástico.
Cenários tropicais perfeitos e a vida genuína dos habitantes são os únicos luxos disponíveis nas também chamadas Corn Islands ou Ilhas do Milho, um arquipélago perdido nos confins centro-americanos do Mar das Caraíbas.

Apanhar um autocarro num terminal de Manágua não é experiência em que se embarque de ânimo leve.

A cidade respira uma atmosfera de hostilidade latente.

As grades que contêm lojas, as habitações e os seguranças armados de caçadeiras de canos cerrados intimidam.

A nossa passagem pela capital confirmou-se, assim, apressada como a tínhamos previsto. Seguiu-se uma travessia tão desconfortável quanto enigmática do interior do país, por estradas de terra enlameada, rios escondidos pela selva e pela neblina.

Chegamos a Bluefields, já na costa Atlântica, ao fim do dia.

Com tempo para sentirmos, nas ruas e num ou outro bar, o seu pulsar caribenho garifuna e reggae, pesado e arrítmico devido ao tráfego de cocaína “white lobster” que há muito agarrou a povoação.

Bluefield, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Morador de Bluefields – na costa nicaraguense – observa um barco afastar-se em direcção às Corn Islands.

A Chegada Domingueira e Matinal à Big Corn Island

Na manhã seguinte, bem cedo, sobrevoamos 60 km do Mar das Caraíbas e as duas Corn Islands, antes de aterrarmos na maior, a Big Corn.

Instalamo-nos na Casa Blanca, uma pequena guest house familiar a funcionar numa vivenda verde e amarela de madeira, envelhecida, gasta como quase todas em redor.

Sem tempo a perder, refrescamo-nos no mar cristalino da praia em frente. Logo, saímos à descoberta, em duas velhas pasteleiras alugadas.

snorkeling, corn islands, puro caribe, nicaragua

Visitantes da Little Corn island exploram o fundo do mar coralífero ao largo da ilha.

Os trilhos passam junto a grupos espaçados de habitações espartanas que as tempestades tropicais e os ciclones sacodem com frequência.

Como o fez, em 1988, o Joan que derrubou a maior parte dos coqueiros e a produção vital de copra da ilha, deixando-a dependente da pesca e de um turismo irrisório.

É Domingo. Cruzamo-nos com famílias pitorescas trajadas a rigor, a caminho das suas igrejas preferidas. Como noutras partes da Nicarágua e do Caribe, a religião sustenta a comunidade. ao mesmo tempo, divide-a entre as várias ramificações que se foram instalando.

Pela multidão que se dirige ao seu templo, a adventista parece ter conquistado a maior parte dos fiéis. Mesmo menos frequentadas, as anglicanas e as baptistas, capricham nas suas cerimónias, aqui e ali, realizadas à laia de musical gospel.

Os nativos que não aderiram a nenhuma das fés, ficam-se pelos domicílios e pequenos jardins contíguos.

Deixam-se embalar pelos ritmos caribenhos que chegam em onda curta do outro lado do mar.

Barco Ferrugento, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Nativos da Big Corn Island mergulham do cimo de um barco encalhado ao largo da Brig Bay.

Enquanto isso, verificam a longa cozedura de mais um almoço de arroz e feijão, quem sabe enriquecido por algum peixe frito.

A História e Aventura Étnica das Corn Islands/Islas del Maiz

A população de quase sete mil habitantes das Corn Islands / Islas del Maiz era predominantemente crioula. Formada por uma mescla sanguínea dos indígenas com escravos africanos trazidos de outras paragens das Caraíbas, como a Jamaica.

Os ingleses colonizaram as Corn Island até 1894.

Nos últimos tempos, o panorama étnico das Corn Islands complexificou-se.

As ilhas atraíram nicaraguenses hispânicos vindos do continente e miskitos (da Costa dos Mosquitos), ambos responsáveis por o castelhano estar prestes a ultrapassar o inglês crioulo como língua mais falada.

Os miskitos provaram-se eles próprios, uma improvável combinação genética.

Atestam vários historiadores que gerada pela displicência marítima de um português.

Baseball, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Nativo da Big Corn treina baseball sobre a relva do principal estádio da ilha. O baseball é o principal desporto da Nicarágua.

A Revolta no Navio de Lourenço Gramalxo que Africanizou a Costa dos Mosquitos

Lourenço Gramalxo era um capitão de um barco negreiro que transportava escravos da Ilha de Samba, ao largo do Senegal, com o Brasil como provável destino.

Durante a viagem transatlântica, os escravos apoderaram-se do seu navio.

Sem qualquer conhecimentos de navegação, não evitaram que naufragasse na zona dos Cayos Miskitos. Numa primeira fase, foram aprisionados.

Mais tarde, adoptados pelo povo Tawira que aceitou uniões dos africanos com mulheres da sua tribo e os seus filhos como membros livres.

Apreciamos a intrusão dos hispânicos e dos nativos miskitos nas Corn Islands nos bares da avenida principal e da praia Pic-nic Center.

Ali, o reggae e o calypso e as cervejas nacionais, a Toña e a Vitória animam o ambiente e puxam pelas conversas fáceis dos latino-americanos.

Troncos, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Casal passa por uma construção de troncos no litoral idílico da Little Corn.

Prendados pela bonança meteorológica, os dias sucedem-se, gloriosos, sob um céu sempre azulão, afagados por uma brisa que suaviza o calor tropical.

Umas poucas nuvens aventuram-se junto ao pôr-do-sol.

A chuva que irriga a vegetação tropical da ilha cai apenas de noite, em bátegas fulminantes que limpam a atmosfera matinal iminente.

Baia coqueiro, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Coqueiro destacado acima do mar das Caraíbas.

Tempo de Navegar da Big Corn para Little Corn Island

Após três dias de Big Corn Island, mudamo-nos de lancha para a irmã miniatura, a Little Corn island. A Pequeña Isla del Maíz, como preferem tratá-la os nicaraguenses continentais.

Depressa compreendemos que é bem mais que a dimensão aquilo que distingue a Big da Little Corn. A primeira abriga a alma cultural e a sede laboral do arquipélago.

Já a Little permanece à margem dos acontecimentos, num retiro tropical que só os seus seiscentos habitantes e umas dezenas de visitantes por dia, em época alta, têm o privilégio de usufruir.

Pouco depois de nos instalarmos, tomamos o trilho que contorna a ilha. Descobrimos as variantes do seu litoral, levemente urbanizado na costa oeste, a protegida do vento e da rebentação.

Baia Oeste, Corn islands, puro caribe, nicaragua

A baía que acolhe a única povoação da Little Corn Island.

Selvagem de um modo quase divinal na oposta, onde o mar é quebrado por uma extensão da segunda maior barreira de coral do mundo. Ali, assume um estranho padrão listado de azuis e verdes que se estende ao areal branco e quase toca a linha de coqueiros que lhe faz sombra.

Ao longo desse trilho e de outros que dele ramificam, cruzamo-nos com nativos. Saudamo-los com um convencional “Hi” ou “Hello”. Mas, digamos o que dissermos, o cumprimento que deles obtemos é sempre “OK”.

Ao fim de algum tempo sem percebermos a lógica, confirmamos com um dos transeuntes a explicação para o fenómeno a que tínhamos entretanto chegado.

A ilha é tão pequena e tem tão poucos trilhos que os seus 600 habitantes acabam por neles se cruzar várias vezes ao dia.

De maneira a evitarem o desconforto e a chatice das constantes repetições de saudações, simplificaram as abordagens até ao extremo de omitirem a pergunta e trocarem apenas a mais básica das respostas, “OK”.

O Panorama Perfeito a Partir da Casa Iguana

Um declive acentuado leva-nos à propriedade da Casa Iguana, uma guest house de impacto ecológico quase nulo que se instalou junto a uma saliência elevada na costa e tem a melhor vista da ilha.

Vista da Casa Iguana, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Vista do promontório em que se instalou a guest-house Casa Iguana.

“É algo realmente especial, não é?” pergunta-nos Jeff, uma espécie de sócio-capataz do lugar que se mudou do Canada vasto e frígido para usufruir, por uns tempos, da beleza e do calor aconchegantes daquele cenário.

“Até tenho arrepios quando aqui volto.”, confessa-nos. E continua a contemplar a floresta verdejante do interior, a linha curva de costa delineada pelo areal e o Caribe azulado que o encontra.

O sol precipita-se sobre o horizonte. Sem qualquer fonte de iluminação, preocupamo-nos em regressar à costa oeste antes que o escuro nos escondesse os caminhos.

Prado, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Prado tropical do interior da Little Corn Island.

Seguimos por um atalho assinalado no croqui “oficial” da ilha. Numa zona quase cimeira da ilha, deparamo-nos com um enigmático prado amarelado.

Voleibol de Praia e Água de Coco Fresca

Já na povoação, paramos para assistirmos ao final de um torneio caseiro de voleibol sobre a areia. Disputam-no adolescentes e homens aguerridos.

Volei, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Nativos jogam vólei, numa partida que teve como prémio gelados em sacos de plástico.

Entre manchetes e remates esforçados gritam, discutem e praguejam tanto em castelhano como no inglês apiratado, quase incompreensível da ilha.

Quinhentos metros ao lado, num bar minimal à beira-mar plantado, um grupo de visitantes escandinavos delicia-se a beber águas de cocos.

Coqueiro, Corn islands, puro caribe, nicaragua

Morador apanha cocos numa praia tranquila da Little Corn Island.

Esteban, o dono hispânico, barman residente colhe-os de um coqueiro do seu quintal com a ajuda meticulosa de um machete e da esposa. Juntamo-nos ao convívio.

Nós, admiramos a simplicidade do seu negócio. Comparamo-lo com o frenesim do dia-a-dia europeu e elogiamos a vida pachorrenta daquelas quase desconhecidas Caraíbas.

Ambergris Caye, Belize

O Recreio do Belize

Madonna cantou-a como La Isla Bonita e reforçou o mote. Hoje, nem os furacões nem as disputas políticas desencorajam os veraneantes VIPs e endinheirados de se divertirem neste refúgio tropical.

Sul do Belize

A Estranha Vida ao Sol do Caribe Negro

A caminho da Guatemala, constatamos como a existência proscrita do povo garifuna, descendente de escravos africanos e de índios arawaks, contrasta com a de vários redutos balneares bem mais airosos.

Lago Cocibolca, Nicarágua

Mar, Doce Mar

Os indígenas nicaraos tratavam o maior lago da América Central por Cocibolca. Na ilha vulcânica de Ometepe, percebemos porque o termo que os espanhóis converteram para Mar Dulce fazia todo o sentido.

Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa

Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
Ilha Margarita ao PN Mochima, Venezuela

Ilha Margarita ao Parque Nacional Mochima: um Caribe bem Caribenho

A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Sirocco, Arabia, Helsinquia
Arquitectura & Design
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Cerimónias e Festividades
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Cidades
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Cultura
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Centro Cultural Jean Marie Tjibaou, Nova Caledonia, Grande Calhau, Pacifico do Sul
Étnico
Grande Terre, Nova Caledónia

O Grande Calhau do Pacífico do Sul

James Cook baptizou assim a longínqua Nova Caledónia porque o fez lembrar a Escócia do seu pai, já os colonos franceses foram menos românticos. Prendados com uma das maiores reservas de níquel do mundo, chamaram Le Caillou à ilha-mãe do arquipélago. Nem a sua mineração obsta a que seja um dos mais deslumbrantes retalhos de Terra da Oceânia.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Albreda, Gâmbia, Fila
História
Barra a Kunta Kinteh, Gâmbia

Viagem às Origens do Tráfico Transatlântico de Escravos

Uma das principais artérias comerciais da África Ocidental, a meio do século XV, o rio Gâmbia era já navegado pelos exploradores portugueses. Até ao XIX, fluiu pelas suas águas e margens, boa parte da escravatura perpetrada pelas potências coloniais do Velho Mundo.
PN Timanfaya, Montanhas de Fogo, Lanzarote, Caldera del Corazoncillo
Ilhas
PN Timanfaya, Lanzarote, Canárias

PN Timanfaya e as Montanhas de Fogo de Lanzarote

Entre 1730 e 1736, do nada, dezenas de vulcões de Lanzarote entraram em sucessivas erupções. A quantidade massiva de lava que libertaram soterrou várias povoações e forçou quase metade dos habitantes a emigrar. O legado deste cataclismo é o cenário marciano actual do exuberante PN Timanfaya.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Graciosa, Açores, Monte da Ajuda
Natureza
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Totem, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia
Parques Naturais
Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Viajante acima da lagoa gelada de Jökursarlón, Islândia
Património Mundial UNESCO
Lagoa Jökursarlón, Glaciar Vatnajökull, Islândia

Já Vacila o Glaciar Rei da Europa

Só na Gronelândia e na Antárctica se encontram geleiras comparáveis ao Vatnajökull, o glaciar supremo do velho continente. E no entanto, até este colosso que dá mais sentido ao termo Terra do Gelo se está a render ao cerco inexorável do aquecimento global.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
República Dominicana, Praia Bahia de Las Águilas, Pedernales. Parque Nacional Jaragua, Praia
Praias
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Templo Kongobuji
Religião
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Ilha Sentosa, Singapura, Família em praia artificial de Sentosa
Sociedade
Sentosa, Singapura

A Evasão e a Diversão de Singapura

Foi uma fortaleza em que os japoneses assassinaram prisioneiros aliados e acolheu tropas que perseguiram sabotadores indonésios. Hoje, a ilha de Sentosa combate a monotonia que se apoderava do país.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Crocodilos, Queensland Tropical Australia Selvagem
Vida Selvagem
Cairns a Cape Tribulation, Austrália

Queensland Tropical: uma Austrália Demasiado Selvagem

Os ciclones e as inundações são só a expressão meteorológica da rudeza tropical de Queensland. Quando não é o tempo, é a fauna mortal da região que mantém os seus habitantes sob alerta.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.