PN Tortuguero, Costa Rica

A Costa Rica e Alagada de Tortuguero


Nª Srª de Tortuguero
Uma Nª Srª abrigada por uma grande escultura de tartaruga, à saída de La Pavona.
Canal de Palma abaixo
Barco publico transporta passageiros pelo Canal de Palma.
Tortuguero. El Pueblito de
Morador de Tortuguero passa atrás das duas estátuas aviárias da povoação.
Tarde Dourada
Casal sob o alpendre de sua casa, na aldeia de Tortuguero.
Grande Pescaria
Don Emílio e seus filhos regressam de mais uma pescaria na boa do rio Tortuguero, com grandes robalos.
Maternidade Preguiçosa
Mãe preguiça segura uma cria e procura o sol após um longo período de chuva.
Convívio à beira d’água
Amigos convivem numa casa à beira do canal de Tortuguero.
Anhinga Anhinga
PN Tortuguero, Costa Rica
Intersecção no Canal
Capitão Mainor manobra um dos muitos barco que percorrem os canais de Tortuguero.
Iguana zonza
Iguana volta a subir uma árvore após uma queda aparatosa durante o seu sono.
Tortuguero
O sol assenta no horizonte e doura a costa caribenha de Tortuguero, no litoral nordeste da Costa Rica.
O Mar das Caraíbas e as bacias de diversos rios banham o nordeste da nação tica, uma das zonas mais chuvosas e rica em fauna e flora da América Central. Assim baptizado por as tartarugas verdes nidificarem nos seus areais negros, Tortuguero estende-se, daí para o interior, por 312 km2 de deslumbrante selva aquática.

Percorridos 50km de província Limon rural e solarenga, o limiar rodoviário de La Pavona depressa põe os pontos nos is quanto à ilusão de uma qualquer benesse barométrica.

Ainda nos dirigíamos para a protecção do bar-restaurante quando nuvens plúmbeas e inclementes lançam um dilúvio sobre o embarcadero.

Num momento em que as bátegas se aligeiraram, subimos a bordo do barco em que seguiríamos com destino a Tortuguero. À espera de outros passageiros, voltamos a sair em prospecção fotográfica.

Damos connosco encurralados por nova chuvada debaixo de um abrigo tosco de barrotes e tábuas.

Abençoava-o e os recém-chegados à beira-rio um santuário como nunca tínhamos visto, composto de uma tartaruga pernuda esculpida em madeira escura.

E, debaixo da carapaça elevada, uma estatueta verde brilhante, do que nos parecia uma Nossa Senhora a segurar um menino Jesus.

Por fim, com todos a bordo, Carlos Arceyut, o anfitrião do Laguna Lodge dá-nos as boas-vindas, apresenta-nos ao capitão do barco Minor.

Minor zarpa para o Suerte, um afluente do rio Tortuguero, outro de vários rios que fluem da Cordilheira Central na direcção da costa caribenha da Costa Rica e que alagam vastas áreas no seu caminho, como é o caso da de Caño Negro, mais a ocidente.

Passados 20 minutos, como por milagre da inusitada divindade, as nuvens abrem.

Durante quase uma hora, sob uma cúpula já só quase azul celeste, ziguezagueamos pelos os meandros do Suerte, até entrarmos num canal amplo apontado à povoação de San Francisco e à Laguna Penitência.

Dobrado o gancho de uma tal de Isla Quatro Esquinas, deixamos um passageiro na povoação de Tortuguero.

Voltamos a subir o canal paralelo ao da Laguna da Providência até que, sobre a hora prevista, ancoramos no Laguna Lodge.

Laguna Lodge, entre os Canais do Parque Nacional Tortuguero e o Mar das Caraíbas

Lá nos instalamos, entre o derradeiro canal da viagem e o Mar das Caraíbas e, mal saímos para o alpendre do quarto, já nos víamos em convívio com a fauna em redor.

Um grande baque deixa-nos de sobressalto. Ocorre-nos que o deveria ter causado um coco descartado pelo seu coqueiro.

Um olhar mais atento, revela-nos uma grande iguana recém caída do cimo de uma árvore e estatelada no solo humedecido.

Acompanhamo-la, incólume, mas algo atordoada, no regresso ao seu sono interrompido nas alturas.

Num cenário e ecossistema único como aquele, não queríamos desperdiçar um minuto que fosse.

De acordo, voltamos para o canal, uma vez mais capitaneados por Mainor e guiados por Carlos Arceyut.

A Vida Quase Anfíbia e Arriscada do Parque Nacional Tortuguero

Vasculhamos a vegetação das margens em busca de animais quando um trio a bordo de uma canoa “Rosmery”, esforçado a remar contra a corrente, nos chama a atenção. “São o Sr. Emílio e os filhos.” diz-nos Carlos.  “Foram pescar à boca do rio. Vamos ver o que apanharam”

Carlos interpela-los. Instantes depois, os pescadores exibem-nos um enorme robalo e um pargo só algo mais pequeno. “Para eles, pescaria desta é rotina. Conhecem estes canais como ninguém e já passaram por tudo.

Só para terem ideia, uma vez, um dos filhos do Sr. Emílio foi atacado por um crocodilo, até próximo de onde apanharam estes peixes. Sabem como ele se safou? Bateu-lhe com um pau. Não foi por isso que deixaram de lá voltar.”

Emílio e os descendentes não eram os únicos a recusarem intimidar-se pela omnipresença dos vorazes répteis.

Umas centenas de metros para montante, cruzamo-nos com um outro trio, desta feita, a bordo da canoa “Miss Sibella”. Dª Rosana, Axel e Genesis pescavam camarões de rio, que desemaranhavam de ilhas flutuantes de vegetação. Estabelecemos nova abordagem.

Malgrado uma certa timidez inicial, também eles nos lembrar que habitam sobre a água e que se os crocodilos os mantivessem longe dos canais, não poderiam viver. “De qualquer maneira, é para evitar chatices  que eu tenho a canoa entre mim e a margem.

Fazemos o que podemos.”

Tortuguero, a Povoação Caricata

O sol já quase assentava sobre a selva para ocidente. Prolongamos a navegação na direcção da povoação Tortuguero. Desembarcamos ao som de cumbia vinda de um bar de rua, àquela hora, com poucos clientes.

Mais que a banda sonora caribenha, é a imposição de um núcleo inusitado de estátuas que nos tira do sério.

Logo em frente ao molhe, para lá da colónia de pneus que amortece a atracagem dos barcos e acima de um parque infantil multicolor, uma arara verde convivia com um tucano.

Alguns metros para a esquerda, dois ursos polares sentados sobre um telheiro apreciavam a converseta das aves e o seu reflexo tremelicante na água escura do canal.

A razão de ser das aves era-nos clara.

A dos ursos polares, carecia de uma explicação. “Ah! Ficou aí de uma publicidade ou patrocínio de uma marca de gelados.

Acho que até era a Esquimo.” elucida-nos Carlos.

Estátuas à margem, a aldeola de Tortuguero foi gerada por ticos ancestrais, mestizos de afro-caribenhos, indígenas miskitos e de imigrantes de outras paragens bem mais longínquas.

Das Origens de Tortuguero ao Regresso Recompensador ao Laguna Lodge

Desenvolveu-se sobretudo pela necessidade de mão-de-obra das plantações de cacau que, pela sua iminência acabou por suscitar a exportação adicional de carne de tartaruga, também para os E.U.A. e a Europa.

Admiramos como o ocaso dourava o casario de Tortuguero. Extenuados de todo um dia de viagem rodoviária e fluvial, cedemos a trocar a penumbra intrigante do lugarejo pelo abrigo acolhedor, recarregador de energias do Laguna Lodge.

Enquanto jantamos, resistimos a uma tentativa de assalto de uma família de coatis esfomeados.

Deitamo-nos cedo, convencidos de que enfrentaríamos um novo dia solarengo, repleto de novidade e actividade, como o que se encerrava.

Enganávamo-nos e não era pouco.

Um Inesperado Dramatismo Meteorológico

A meio da noite, um ribombar que mais parecia o Mar das Caraíbas a passar-nos por cima do quarto faz-nos despertar em sobressalto. Quando espreitarmos pela janela, percebemos que se tratava de uma chuva diluviana, empurrada de norte por rajadas de vento quase ciclónicas.

A época dos furações do Caribe tinha findado havia uns dez dias. Ainda assim, em Dezembro, é comum frentes frias descerem pela América Central e descarregarem a sua humidade e fúria do lado caribenho.

As bátegas sucederam-se toda noite. Prosseguiram pelo dia fora. Agitaram e inflaram o Mar das Caraíbas acinzentado e, ali, mesmo em tempos de bonança, pouco aconselhável a banhos, devido às fortes correntes e à abundância de tubarões-touro.

Passou-se todo outro dia. Não passou a tempestade.

Neste descalabro meteorológico tão natural no pluvioso Tortuguero, o Mar das Caraíbas limitou-se a projectar as suas ondas quase até à floresta de coqueiros.

Já no canal, a água subia a olhos vistos. Invadiu o embarcadouro. Galgou a orla do jardim.

Nesse tempo, por três vezes, Luís Torres, um outro guia ao serviço do lodge, apareceu ao nosso serviço e, para frustração partilhada, viu os seus préstimos por nós adiados.

Assim foi até que, duas alvoradas tenebrosas e tormentosas depois, à terceira, a intempérie deu de si.

Despertamos sem chuva nem vento. Em vez do céu irado a desenrolar-se sobre as nossas cabeças, uma névoa suave massajava o cocuruto verdejante da selva.

Por Fim, de Volta aos Canais do Parque Nacional Tortuguero

Quando terminamos o pequeno-almoço, Luís Torres está uma vez mais a postos no embarcadouro, acompanhado pelo capitão da lancha, Chito, alcunha que substituiu o seu nome real Braulio.

“Desta vez, é mesmo, Luís, não se preocupe. É, e vai ser já” garantimos-lhe, imbuídos da mesma ansiedade evasiva do guia. Minutos depois, estávamos a navegar o canal.

O território previsto era bem mais amplo que o do dia inaugural. E, no entanto, bastou-nos atravessar para a margem oposta para logo nos maravilharmos.

Após o longo castigo ensopado, como nós, boa parte dos animais ansiavam pelo afago solar. Chito e Luís detectam uma família de macacos-uivadores numa árvore.

Enquanto os admiramos e fotografamos, encontram uma mãe preguiça ainda encharcada a dormitar ao sol, com uma cria de olhos piscos sobre o dorso.

Entusiasmados pelo absoluto revés na sorte que o Parque Nacional Tortuguero nos guardava, esforçamo-nos por deixar as criaturas entregues ao seu perene sono.

Apontamos uma vez mais à aldeia das aves-estátuas e, logo, ao gancho do canal. Na extensão da povoação, atingimos a entrada da área protegida.

Depois de três dias de acesso e de abrigo forçado, por fim, íamos aceder ao âmago selvagem e inundado do Parque Nacional Tortuguero.

Artigo realizado com o apoio de:

LAGUNA LODGE TORTUGUERO

www.lagunatortuguero.com

PN Tortuguero, Costa Rica

Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
Caño Negro, Costa Rica

Uma Vida à Pesca entre a Vida Selvagem

Uma das zonas húmidas mais importantes da Costa Rica e do Mundo, Caño Negro deslumbra pelo seu ecossistema exuberante. Não só. Remota, isolada por rios, pântanos e estradas sofríveis, os seus habitantes encontraram na pesca um meio embarcado de fortalecerem os laços da sua comunidade.
Miravalles, Costa Rica

O Vulcão que Miravalles

Com 2023 metros, o Miravalles destaca-se no norte da Costa Rica, bem acima de uma cordilheira de pares que inclui o La Giganta, o Tenório, Espiritu Santo, o Santa Maria, o Rincón de La Vieja e o Orosi. Inactivo no que diz respeito a erupções, alimenta um campo geotermal prolífico que amorna as vidas dos costarriquenhos à sua sombra.
PN Tortuguero, Costa Rica

Uma Noite no Berçário de Tortuguero

O nome da região de Tortuguero tem uma óbvia e antiga razão. Há muito que as tartarugas do Atlântico e do Mar das Caraíbas se reunem nas praias de areia negro do seu estreito litoral para desovarem. Numa das noites que passamos em Tortuguero assistimos aos seus frenéticos nascimentos.
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De Volta aos Braços Tropicais de Montezuma

Passaram 18 anos desde que nos deslumbrámos com este que é um dos litorais abençoados da Costa Rica. Há apenas dois meses, reencontrámo-lo. Tão aconchegante como o  tínhamos conhecido.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

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Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
PN Manuel António, Costa Rica

O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
Cahuita, Costa Rica

Um Regresso Adulto a Cahuita

Durante um périplo mochileiro pela Costa Rica, de 2003, deliciamo-nos com o aconchego caribenho de Cahuita. Em 2021, decorridos 18 anos, voltamos. Além de uma esperada, mas comedida modernização e hispanização do pueblo, pouco mais tinha mudado.
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

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Monteverde, Costa Rica

O Refúgio Ecológico que os Quakers Legaram ao Mundo

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Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
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O Refúgio Caribenho de Gandoca-Manzanillo

No fundo do seu litoral sudeste, na iminência do Panamá, a nação “tica” protege um retalho de selva, de pântano e de Mar das Caraíbas. Além de um refúgio de vida selvagem providencial, Gandoca-Manzanillo revela-se um deslumbrante éden tropical.
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Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
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Portfólio Got2Globe

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José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
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Lanzarote, Canárias, Espanha

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Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
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No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
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Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda – Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Porto Rico, San Juan, Cidade muralhada, panoramica
Património Mundial UNESCO
San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde, Desembarque
Praias
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Religião
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(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Sociedade
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Vida Selvagem
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.