Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks


Um rasto na madrugada
Jipe cruza a vastidão avermelhada em redor do Damaraland Wilderness Camp, sobre a alvorada.
Abrigo à força
Dois habitantes descendentes dos deslocados pelo plano sul-africano de Odendaal.
Resiliência Vegetal
Uma pequena acácia desafia a aridez do deserto montanhoso de Damaraland.
Cuidados pueris
Elefantes fêmea protege cria do calor intenso.
Resiliência vegetal II
Árvore solitária desponta do solo árido de lixa de Damaraland.
Rochas sobre rochas
Um dos montes de grandes calhaus de granito rosado que salpicam a vastidão de Damaraland.
Conforto sobre rochas
Estrutura do Sorris Sorris Lodge, instalada numa encosta de uma de muitas colinas de rochedos rosados no sopé da maior elevação namibiana, a montanha Brandenberg
Sombras da alvorada
Guia e condutor do Damaraland Wilderness Camp, prestes a entrar num dos jipes do lodge
Escultura Erosiva
Formação rochosa legada pela erosão, em Damaraland.
Desterrado
Morador encarregue do Parque Estacionamento do Damaraland Wilderness Camp, em tempos desterrado do norte da África do Sul.
Pilha com arte
Rochas empilhadas com equilíbrio e critério pela natureza, a caminho de Twyfelfontein.
Resiliência vegetal III
Velha árvore subsiste no leito de um rio que só flui na curta época das chuvas da região
Pelo deserto abaixo
Guia do Damaraland Camp conduz um jipe por um trilho estreito da região.
Cuidados pueris
Elefantes fêmea protege cria do calor intenso.
De vigia
Guia John perscruta o horizonte inóspito em busca de elefantes
Resiliência vegetal III
Velha árvore subsiste no leito de um rio que só flui na curta época das chuvas da região
Desterrado
Morador encarregue do Parque Estacionamento do Damaraland Wilderness Camp, em tempos desterrado do norte da África do Sul.
Pilha com arte
Rochas empilhadas com equilíbrio e critério pela natureza, a caminho de Twyfelfontein.
Rochas sobre rochas
Um dos montes de grandes calhaus de granito rosado que salpicam a vastidão de Damaraland.
Pelo deserto abaixo
Guia do Damaraland Camp conduz um jipe por um trilho estreito da região.
Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.

Começamos por confessar que não tínhamos feito o trabalho de casa para a Namíbia.

Alugámos um carro demasiado barato e desaquado. Não estávamos preparados para a transição dramática que se seguiria.

Uns dias antes, completámos o percurso da capital Windhoek para o PN Etosha, confortáveis e a voar baixinho.

O mesmo aconteceu no trecho inicial entre Etosha e o Damaraland Camp onde era suposto darmos entrada antes do anoitecer.

Atingimos Otavi num ápice. Em Otavi, vemo-nos forçados a abandonar a coluna vertebral rodoviária da Namíbia e a rumar a oeste.

Inauguramo-nos nas estradas C do país, de gravilha, em vez das bem asfaltadas B.

De Otavi até Outjo, prosseguimos sem queixas mas, de Outjo em diante, depressa nos vimos num inferno motorizado.

Damaraland, Namíbia, Khorixas

Veículo sobe uma estrada abrasiva da região de Khorixas.

Damaraland Acima: uma Viagem Abrasiva

O nosso carro e os restantes levantam uma poeira seca que se infiltra no habitáculo e nos irritava, tanto como irritava as vias respiratórias e os olhos.

O sol e a temperatura subiram a pique e o ar condicionado sucumbiu à invasão do pó.

Nas horas que se seguiram, sentimo-nos numa sauna suja.

Como se não bastasse, o perfil de montanha-russa do itinerário – que passava sobre rios e riachos exclusivos da época das chuvas – exigia-nos uma atenção redobrada.

Damaraland, Namíbia, carroça

Carroça avança por uma das estradas pedregosas e poeirentas em redor de Khorixas.

Súbitas rampas e desvios forçavam-nos a travagens e “aterragens” que ora nos colavam aos bancos ora nos sacudiam.

“Isto vai ser sempre assim?” reclama a Sara, suada, derreada, com ar moribundo, do lugar do morto.

Mesmo que os soubesse iguais ou piores, responderia sempre da mesma maneira: ”é só mais um bocado assim.

Mais uma horinha estamos lá. Amanhã já nem nos lembramos disto.”

Os Panoramas e os Habitantes Desterrados de Damaraland

Passou bem mais que uma hora sem sombra de sítio para pararmos, bebermos qualquer coisa e nos refrescarmos.

Só interrompemos aquele rally africano para fotografar os primeiros cenários surreais de Damaraland.

Formação rochosa, Damaraland, Namíbia

Formação rochosa legada pela erosão, em Damaraland.

Às cinco e meia da tarde, entre montes rochosos e desgarrados, encontramos o parque de estacionamento do Damaraland Camp.

Apenas os jipes mais robustos podiam completar o percurso até ao lodge.

Imobilizamos o carro. Aguardamos o transfer à conversa com Neil Adams, vizinho de Sabina Waterboer, a habitual guardiã dos veículos.

Tanto Neil como Sabina pertenciam à tribo Riemvasmaak e à etnia Damaraland.

Morador de Damaraland, Namíbia

Morador encarregue do Parque Estacionamento do Damaraland Wilderness Camp, em tempos desterrado do norte da África do Sul.

Dona Sabina tinha ido a um funeral. Nunca chegamos a conhecê-la.

Fosse como fosse, depressa percebemos que, mais que um parque de estacionamento, o que ali estava eram vidas. Vidas de desterro numa terra de ninguém.

Duas casas humildes haviam sido erguidas sobre um solo de lixa. Vedações aramadas protegiam os lares, umas poucas árvores baixas e alguns animais domésticos no interior.

Quanto mais o jipe demorava mais nos intrigava o porquê de alguém se instalar naqueles nenhures áridos.

Sabíamos que estávamos numa zona cruzada por animais selvagens. Puxamos a conversa por aí. “Estas cabras devem atrair aqui de tudo um pouco, não?” “Se atraem”… responde-nos o vizinho de Sabina.

De quando em quando, os leões sentem-lhes o cheiro e damos com eles aqui às voltas. Outras vezes, são as hienas-castanhas.”

Deixamos o palavreado fluir até nos sentirmos à vontade.

A determinada altura, não resistimos: “Não nos leve a mal a pergunta, mas… como é que vocês vieram parar a um lugar destes”

Damaraland, Namíbia, cenário

Cenário semi-verdejante da vastidão de Damaraland, nas imediações de Twyfelfountein.

“Não tivemos grande escolha”, explica-nos o tranquilo interlocutor que aproveita para nos elucidar sobre a desgraça que assolara a pequena comunidade.

Um Legado Desumano do Apartheid

Nos anos 60, sob os auspícios da Liga das Nações, o governo Apartheid da África do Sul ainda governava o Sudoeste Africano, confiscado à Alemanha durante a 1ª Guerra Mundial.

Seguindo o exemplo dos anos atrozes da ocupação germânica e o preâmbulo histórico aberto pelos pioneiros boers, esforçava-se por lá implementar uma política de Homelands, coloquialmente conhecida por Plano Odendaal.

De acordo com a recomendação de uma tal de Comissão de Inquérito dos Assuntos do Sudoeste Africano, “o bom aproveitamento dos recursos disponíveis tanto para brancos como para nativos recomendava a criação de terras que acolhessem os diferentes grupos étnicos do vasto território”.

Mediante este plano maquiavélico, na prática, as autoridades propuseram-se a exilar comunidades inteiras dos lugares em que viviam, manipulando a sua dignidade como se de um jogo se tratassem.

Claro está que, no meio desta pretensa ideologia, inúmeros interesses comerciais falaram mais alto. “Nós tínhamos uma vida perfeita lá em Mgcawu, próximo do rio Orange” diz-nos Neil.

“Mas, eles queriam aquela zona toda para mineração de diamantes e outros. Mandaram-nos para aqui.”

Habitantes de Damaraland, Região de Torra Conservancy, Namibia

Dois habitantes descendentes dos deslocados pelo plano sul-africano de Odendaal.

Segundo o plano, era suposto o novo bantustão de Damaraland acolher apenas o povo Damara, considerado um dos mais antigos da região da Namíbia, a seguir aos San e aos Nama.

O Plano Odendaal continuou a mover os nativos ao bel-prazer dos governantes.

Neil e muitos dos vizinhos viram-se obrigados a reerguer-se do nada naquelas paragens inóspitas.

O acordo da Srª Waterboer com o Damaraland Camp de tomar conta dos carros, suplementara o seu vácuo existencial particular como uma bênção.

Do Damaraland Camp à Demanda dos Elefantes do Deserto

O jipe aparece. Interrompe a conversa.

Conduz-nos ao lodge onde nos instalamos em três tempos.

O ocaso tosta ainda mais os montes e vales circundantes.

Jipe num trilho de Damaraland, Namíbia

Guia do Damaraland Camp conduz um jipe por um trilho estreito da região.

Torna-os de tal maneira escarlates que nos questionamos se não tínhamos chegado a Marte.

Só o jantar à mesa com os outros hóspedes e os respectivos prazeres terrenos dissipam tal dúvida.

Despertamos às 5h30.

Damaraland, Namíbia, aurora

Sol nascente incide no cume de um monte nas imediações do Damaraland Wilderness Camp.

Um jipe do Damaraland Camp conduz-nos a uma elevação central e sobranceira.

É lá que tomamos o pequeno-almoço com a lua-cheia a resistir ao sol que re-emergia.

Jipe cruza Damaraland, Namíbia

Jipe cruza a vastidão avermelhada em redor do Damaraland Wilderness Camp, sobre a alvorada.

Feito de montanhas e vales salpicados por pequenas árvores, por arbustos verdes robustos e espinhosos.

Damaraland, Namibia, árvore

Árvore verdejante desponta de um leito arenoso de Damaraland.

Três jipes descem a colina para o vale.

Começam por seguir em caravana mas logo se dispersam por forma a optimizarem a busca dos paquidermes.

Atravessamos vales desolados e cercados por velhas montanhas e vulcões.

Damaraland, namibia, Acácia desafia o deserto de Damaraland, Namíbia

Uma pequena acácia desafia a aridez do deserto montanhoso de Damaraland.

Na vastidão, uma acácia solitária confirmava a resiliência biológica daqueles confins.

Os jipes mantêm-se em contacto via rádio.

Damaraland, Namíbia, jipe em Game drive

Jipe do Damaraland Wilderness Camp procura animais na paisagem de Damaraland.

Trocam informação sobre pegadas e outras pistas.

Não tarda, atravessamos a estrada em que tínhamos chegado ao Damaraland Camp na tarde anterior.

“Estes elefantes do deserto de cá são especiais, sabem?

São muito mais leves e ágeis.” explica-nos o guia.  “Habituaram-se a subir e a descer as colinas. Por isso, às vezes, custa-nos encontrá-los.”

Guia procura elefantes, nas imediações do Sorris Sorris Lodge, Namíbia

Guia John perscruta o horizonte inóspito em busca de elefantes

Enfim, os Esquivos Paquidermes

Vasculhamos o lado de lá até à exaustão.

Entretanto, metidos em vales mais apertados, intersectamos os caminhos seguidos pelos outros jipes.

Detemo-nos para trocarmos novos indícios.

Elefantes em Damaraland, Namíbia

Elefantes protegem-se do calor cada vez mais intenso à sombra da vegetação espinhosa da região.

Por fim, já bem para lá das onze da manhã, lá damos com a manada.

Admiramo-los por algum tempo. Os bichos, admiram-nos a nós.

Damaraland, Namíbia, elefante

Cabeça e tromba de um dos elefantes que percorrem a região em redor do leito do rio Huab.

Em seguida, voltamos ao lodge. Refazemos as malas.

Damaraland Camp, Namíbia

Uma das várias cabanas do Damaraland Camp

Despedimo-nos. Rumamos a sul.

Quanto mais a sul chegávamos, mais abundavam as fascinantes pilhas de rochas ocres, idênticas às que nos cercavam enquanto procurávamos os elefantes.

Rochas sobre rochas

Um dos montes de grandes calhaus de granito rosado que salpicam a vastidão de Damaraland.

Como sempre, na Namíbia, o lodge seguinte distava e o itinerário contava com estradas de categoria C, D e piores.

Metemo-nos o quanto antes a caminho.

Mesmo assim, chegamos ao Sorris Sorris Lodge era já noite cerrada.

Andrew, o manager, instala-nos. Prenda-nos com um jantar divinal.

Sorris Sorris Lodge e a Montanha Suprema da Namíbia

Como acontecera no Damaraland Camp e é característico da região, a alvorada desvenda-nos novo lugar inverosímil.

A luz morna da manhã incide, de lado, no terraço do lodge e, noutros, anexos, dispostos sobre a encosta de mais um grande outeiro de calhaus de granito rosado.

O sol não tarda a passar para trás do lodge.

Destaca, por fim, o cenário para diante daquele anfiteatro privilegiado, escolhido a dedo por Victor Azevedo, um empresário que há muito respira África – viveu em Angola, África do Sul, depois na Namíbia –  e que, após triunfar na restauração, apostou numa rede de lodges que revelassem espaços namibianos eleitos.

Estrutura do lodge Sorris Sorris, Namibia

Estrutura do Sorris Sorris Lodge, instalada numa encosta de uma de muitas colinas de rochedos rosados no sopé da maior elevação namibiana, a montanha Brandenberg

Pela frente, a boa distância, tínhamos o leito arenoso do rio Ugab. E a planície aluvial que as enchentes fulminantes da época das chuvas faziam alastrar.

Acima, impunha-se a Brandberg, um impressionante maciço rochoso com 2573 metros, a montanha rainha da Namíbia. Há 72 horas que a geologia excêntrica de Damaraland nos deslumbrava.

Decidimos prolongar a estadia no Sorris Sorris com um objectivo bem claro: podermos continuar a admirá-la.

Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay

Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Lubango, Angola

A Cidade no Cimo de Angola

Mesmo barradas da savana e do Atlântico por serras, as terras frescas e férteis de Calubango sempre prendaram os forasteiros. Os madeirenses que fundaram Lubango sobre os 1790m e os povos que se lhes juntaram, fizeram dela a cidade mais elevada e uma das mais cosmopolitas de Angola.
Deserto de Atacama, Chile

A Vida nos Limites do Deserto de Atacama

Quando menos se espera, o lugar mais seco do mundo revela novos cenários extraterrestres numa fronteira entre o inóspito e o acolhedor, o estéril e o fértil que os nativos se habituaram a atravessar.
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Table Mountain, África do Sul

À Mesa do Adamastor

Dos tempos primordiais das Descobertas à actualidade, a Montanha da Mesa sempre se destacou acima da imensidão sul-africana e dos oceanos em redor. Os séculos passaram e a Cidade do Cabo expandiu-se a seus pés. Tanto os capetonians como os forasteiros de visita se habituaram a contemplar, a ascender e a venerar esta meseta imponente e mítica.
Twyfelfontein - Ui Aes, Namíbia

À Descoberta da Namíbia Rupestre

Durante a Idade da Pedra, o vale hoje coberto de feno do rio Aba-Huab, concentrava uma fauna diversificada que ali atraía caçadores. Em tempos mais recentes, peripécias da era colonial coloriram esta zona da Namíbia. Não tanto como os mais de 5000 petróglifos que subsistem em Ui Aes / Twyfelfontein.
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Spitzkoppe, Damaraland, Namíbia

A Montanha Afiada da Namíbia

Com 1728 metros, o “Matterhorn Namibiano” ergue-se abaixo das dez maiores elevações da Namíbia. Nenhuma delas se compara com a escultura granítica, dramática e emblemática de Spitzkoppe.
PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
Palmwag, Namíbia

Em Busca de Rinocerontes

Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
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Religião
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Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

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Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Sociedade
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Vida Selvagem
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.