Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio


Transporte matinal
Carruagem de metro faz-se à primeira estação do seu percurso onde depressa ficará lotada.
Assento do sono
Vários executivos dormem lado a lado numa carruagem de metro de Tóquio.
Segurança
Metro ilumina um anúncio de uma empresa de segurança protagonizado por um actor nipónico famoso.
Encosto conveniente
Apoio de um assento fornece uma protecção providencial a um passageiro que não se consegue levantar.
Ombro amigo
Executivos dormem de ambos os lados da fotógrafa Sara Wong, durante uma viagem de metro em Tóquio.
Ponte para outro dia
Comboio atravessa a noite, acima da vida fatigante de Tóquio.
Passageiro extenuado
Passageiro dorme apoiado na sua pasta de trabalho.
Religiosidade Urbana
Monge budista em trajes tradicionais percorre uma rua movimentada da capital japonesa, nas imediações de uma entrada do metro.
Metro-sono
Passageiro dorme num metro que está há algum tempo estacionado na estação terminal.
Manhã colorida
Transeuntes atravessam uma ponte sobre a linha de comboio de Harajuku, em Tóquio.
Sono fácil
Salaryman adormece num curto trajecto de metro.
Metro no Inverno
Passageiros de metro aguardam pela chegada de uma nova composição a uma estação de Tóquio. Por norma a chegada é anunciada com a mensagem "mamona ku" (brevemente).
De rastos
Passageiro dorme profundamente numa composição de metro já há muito parada.
Disposições
Passageiro do metro passa por um corredor decorado com um painel publicitário com um actor nipónico famoso
Sono duplo
Executivos dormem em tandem numa carruagem de metro.
Tóquio Nocturno
As formas e tons de uma das maiores megalópoles à face da Terra, com mais de 13 milhões de pessoas.
O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.

São sete da manhã e Tóquio já despertou há algum tempo.

Tal como Kazuya Takeda que nos hospeda por alguns dias e tinha saído de casa há mais de meia-hora, determinado em não chegar atrasado à principal filial nipónica da multinacional DHL.

Descemos à estação de metro de Nishifunabashi. Juntamo-nos ao fluxo humano que se move coordenado e a grande velocidade em direcção ao centro da cidade.

Como tantas outras linhas ferroviárias, a Tozai parte dos arredores longínquos da cidade e transporta muitos milhares de outros trabalhadores fiéis e pontuais como Kazuya.

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Transeuntes atravessam uma ponte sobre a linha de comboio de Harajuku, em Tóquio.

O Santuário do Sono dos Metros e Comboios Nipónicos

As composições sucedem-se com intervalos que não chegam ao meio minuto. Metemo-nos numa das carruagens lotadas.

A bordo, predomina o negro dos fatos de um pequeno exército de salarymen e de mulheres com trajes executivos equivalentes. Sem sabermos bem como, pouco depois, detectamos dois lugares vagos em assentos opostos. Apesar de constarmos o seu aperto, lembramo-nos que vamos ter novo longo dia de exploração, em grande parte pedestre, e decidimos aproveitar a benesse.

Instalamo-nos quase frente a frente. Ficamos a analisar a atmosfera soturna na cabine e a acção em cada uma das estações em que paramos.

Faltam 40 minutos para chegarmos a Ginza, o nosso destino final mas não o do metro. Alguns passageiros fazem viagens ainda mais longas. Aproximamo-nos do meio da semana.

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Metro ilumina um anúncio de uma empresa de segurança protagonizado por um actor nipónico famoso.

A maioria deles já sente o cansaço provocado pelos sucessivos despertares madrugadores, pelas deslocações intermináveis de e para casa e, em tantos casos, pelas horas tardias de saída dos empregos a que não querem ou simplesmente não podem resistir.

A Tortura Laboral e Existencial dos Salarymen Japoneses

Nos anos de reconstrução da nação nipónica a seguir à 2ª Guerra Mundial, um executivo japonês mantinha uma vida estável, estatuto social e regalias invejáveis. Mas, com o passar das décadas e o reforço da competitividade capitalista, estas vantagens deixaram de existir.

Muitos salarymen não têm praticamente prestígio na hierarquia corporativa das empresas. Trabalham agora em jornadas intermináveis que os impedem de fazer algo mais na vida que não seja servir os departamentos que integram.

Há, inclusive, a famosa noção sobre o Japão de que os assalariados devem seguir os chefes até mesmo fora da esfera profissional, em particular, quando chega a noite de sexta-feira e os seus superiores precisam de companhia para sair, beber até cair e descomprimir.

Os Ombros Amigos dos Passageiros do Lado

Compreende-se, assim, que, exauridos pelas agruras da sua vida laboral, estes servos se deixem simplesmente descansar a caminho dos empregos ou de casa e, durante a viagem, dois deles acabam por aterrar as cabeças nos nossos ombros.

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Executivos dormem de ambos os lados da fotógrafa Sara Wong, durante uma viagem de metro em Tóquio.

Sem que o esperássemos, aconchegamos um pouco da fadiga da nação nipónica, tarefa que nos diverte e deixa algo embaraçado os outros passageiros nipónicos entretidos com os seus telefones de última geração.

E, no entanto, o inemuri não só acontece vezes sem conta entre os japoneses, como é visto como um sinal de diligência social e laboral. Em certas ocasiões sociais, até mesmo reverenciado pelos participantes acordados.

Apesar de toda a tecnologia empregue, as viagens de metro ou comboio das grandes cidades nipónicas podem revelar-se, além de longas, muito desconfortáveis.

Mais ainda quando se fazem a bordo de composições a transbordar de gente como as que passam pela estação de Shinjuku, conhecida por ter o maior tráfego humano do mundo e onde funcionários dedicados têm como missão empurrar para dentro as pessoas que ficam entaladas e impedem as portas das carruagens de fechar.

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Passageiro do metro passa por um corredor decorado com um painel publicitário com um actor nipónico famoso

O Descanso da Absoluta Segurança Nipónica

Mas os transportes japoneses, à imagem do Japão em geral, primam pela absoluta segurança.

Enquanto que, um pouco por todo o planeta urbanizado, os passageiros sonolentos teriam que se preocupar, no mínimo, com os carteiristas, por terras do imperador, qualquer posse esquecida é deixada no lugar em que ficou ou, melhor ainda, entregue às autoridades da estação.

Esta garantia revela-se, por si só, um descanso. Se aliada a uma mais que aparente propensão dos asiáticos para adormecerem quando embalados pelo movimento, ao cansaço e à rotina fica, assim, plenamente justificada, a quantidade surpreendente de cochilares simultâneos a que fomos assistindo.

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Vários executivos dormem lado a lado numa carruagem de metro de Tóquio.

Como era de esperar, o Japão tem consciência desta realidade e preocupa-se com os seus dormidores incorrigíveis.

Desde há algum tempo para cá, certos inventores disputam a melhor solução para lhes facilitar a vida. Criaram capacetes semelhantes aos das obras que podem ser presos aos vidros das janelas das carruagens com ventosas.

Além da fixação da cabeça, o autor deste dispositivo lembrou-se ainda de resolver a questão do despertar atempado e acrescentou ao capacete uma placa para inserir mensagens que alertem os passageiros acordados para acordarem o utilizador na estação em que deve sair.

Outro inventor concorrente desenvolveu uma espécie de tripé desdobrável que, quando aberto, faz subir um apoio almofadado para o queixo, excêntrico mas alegadamente de grande utilidade para todos os passageiros que queiram adormecer em pé.

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Apoio de um assento fornece uma protecção providencial a um passageiro que não se consegue levantar.

Falta, no entanto, a ambas as invenções a subtileza necessária para que os japoneses as utilizem sem embaraço. Por esse motivo, continuam a prevalecer as formas convencionais de adormecimento não suportado, nos comboios e no metro.

Não é o caso de Ginza mas, também encontrámos inúmeras pessoas a dormir em estações terminais, nas carruagens já vazias, mesmo enquanto os empregados da JR (Japan Railways) ou do metro procedem à sua limpeza.

Os próprios maquinistas estão habituados ao exercício adicional de examinarem as composições pelas câmaras de segurança e a terem que despertar os passageiros exaustos.

Passageiro de Comboio adormecido

Passageiro dorme profundamente numa composição de metro já há muito parada.

Quando nos aproximamos da estação em que tínhamos planeado ficar, o metro vai de novo à pinha e exige que preparemos a saída. Somos obrigados a sacudir os adormecidos que nos usavam como almofadas para seu óbvio desconforto físico e emocional.

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As formas e tons de uma das maiores megalópoles à face da Terra, com mais de 13 milhões de pessoas.

No fim de mais um dia de descoberta de Tóquio, regressamos ao domicílio de Kazuya e, conversa puxa conversa, lembramo-nos de comentar o sucedido cómico dessa manhã. Sempre pragmático e desenvolto, o anfitrião confessa sem qualquer pejo: “Sei muito bem do que estão a falar.

Como devem ter reparado os meus horários também são terríveis. E, sim… tenho que reconhecer que sou desses. Felizmente, é raro falhar a estação do emprego mas já me aconteceu mais do que uma vez ir parar à terminal, ao outro lado da cidade.

O pior, nesses casos, ainda é o atraso com que chego ao escritório.”

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Carruagem de metro faz-se à primeira estação do seu percurso onde depressa ficará lotada.

Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Banguecoque, Tailândia

Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
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Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
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De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
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Aventura
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Um Refúgio no Golfo de Bótnia

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Cansaço em tons de verde
Cerimónias e Festividades
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Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Cidades
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
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Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Cultura
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Pequena súbdita
Étnico

Hampi, India

À Descoberta do Antigo Reino de Bisnaga

Em 1565, o império hindu de Vijayanagar sucumbiu a ataques inimigos. 45 anos antes, já tinha sido vítima da aportuguesação do seu nome por dois aventureiros portugueses que o revelaram ao Ocidente.

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Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Buraco Azul, ilha de Gozo, Malta
História
Gozo, Malta

Dias Mediterrânicos de Puro Gozo

A ilha de Gozo tem um terço do tamanho de Malta mas apenas trinta dos trezentos mil habitantes da pequena nação. Em duo com o recreio balnear de Comino, abriga uma versão mais terra-a-terra e serena da sempre peculiar vida maltesa.
Porto Santo, vista para sul do Pico Branco
Ilhas
Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Na pista de Crime e Castigo, Sao Petersburgo, Russia, Vladimirskaya
Literatura
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Natureza
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
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Outono
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Grand Canyon, Arizona, Viagem América do Norte, Abismal, Sombras Quentes
Parques Naturais
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Ruínas, Port Arthur, Tasmania, Australia
Património Mundial UNESCO
À Descoberta de Tassie,  Parte 2 - Hobart a Port Arthur, Austrália

Uma Ilha Condenada ao Crime

O complexo prisional de Port Arthur sempre atemorizou os desterrados britânicos. 90 anos após o seu fecho, um crime hediondo ali cometido forçou a Tasmânia a regressar aos seus tempos mais lúgubres.
Verificação da correspondência
Personagens
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Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Surfistas caminham pela praia do Tofo, Moçambique
Praias
Tofo, Moçambique

Entre o Tofo e o Tofinho por um Litoral em Crescendo

Os 22km entre a cidade de Inhambane e a costa revelam-nos uma imensidão de manguezais e coqueirais, aqui e ali, salpicados de cubatas. A chegada ao Tofo, um cordão de dunas acima de um oceano Índico sedutor e uma povoação humilde em que o modo de vida local há muito se ajusta para acolher vagas de forasteiros deslumbrados.
Teleférico de Sanahin, Arménia
Religião
Alaverdi, Arménia

Um Teleférico Chamado Ensejo

O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
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Sobre Carris
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Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Kogi, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia
Sociedade
PN Tayrona, Colômbia

Quem Protege os Guardiães do Mundo?

Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Vida Selvagem
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.