Espiritu Santo, Vanuatu

Divina Melanésia


Plantação
Agricultores num terreno à beira da estrada que liga o sul à Champagne Beach.
Gerações ni-Vanuatu
Avó e neto alourado no Unity Park de Luganville.
Selva e Pacífico do Sul
Frente de litoral luxuriante, a pouca distância da Champagne Beach.
Uma Praia de Champagne
Litoral sedutor da Champagne Beach, pertença de um ancião que se recusa a vender a investidores turísticos e cobra pequenas entradas.
Matiné
Aglomeração de curiosos acompanha um filme a passar num clube de vídeo de rua.
Em equipa
Amigos posam num pódio de homenagem à Independência de Futebol, antes de iniciarem uma partida de futebol.
Litoral Divinal
Litoral sedutor da Champagne Beach, pertença de um ancião que se recusa a vender a investidores turísticos e cobra pequenas entradas.
Um Longo Caminho
Pai e filho percorrem a estrada de terra batida que conduz à Champagne Beach.
LSC
Moradores de Luganville, a capital de Espiritu Santo em frente à loja LSC.
Venda
Grupo de mulheres ni- vanuatu participam numa venda da Unity Association of Santo.
Digicel
Jovens vendedores ao serviço da Digicel vendem crédito de chamadas de telemóvel.
Pedro Fernandes de Queirós pensava ter descoberto a Terra Australis. A colónia que propôs nunca se chegou a concretizar. Hoje, Espiritu Santo, a maior ilha de Vanuatu, é uma espécie de Éden.

Nunca chegámos a perceber bem se por milagre ou mera misericórdia com os forasteiros.

O que é certo é que, apesar do overbooking madrugador que se tinha formado, nos meteram no avião lotado com os passageiros nativos e seus caixotes, galinhas e sabe-se lá que mais.

A hospedeira ainda desbobinava as instruções de segurança no divertido dialecto bislama e já subíamos para os céus do Pacífico do Sul. Um manto de nuvens escuras e profundas obstruiu-nos a visão sobre Efate e o arquipélago circundante, devolvida, a espaços, por intervalos solarengos.

Lá em baixo, desvendam-se recifes bem desenhados e um mar de verde que cobria as montanhas e os litorais mesmo até aos areais ora brancos ora negros.

Sobrevoamos Nguna, Emae e Epi. Com Paama para trás, avistamos Ambrym e o cenário luxuriante cede à desolação de lava gerada por dois vulcões activos, o Benbow e o Marum. Então, o avião muda de rumo e desce para Luganville, a segunda e última povoação de Vanuatu a que alguém se atreveria a chamar cidade.

Em equipa, Unity Park-Luganville, Espiritu Santo, Vanuatu

Amigos posam num pódio de homenagem à Independência de Futebol, antes de iniciarem uma partida de futebol.

A Descoberta Equivocada de Pedro Fernandes de Queirós

Pedro Fernandes de Queirós, o navegador de Évora que descobriu aquelas paragens para o Ocidente, teve bastante mais trabalho a viajar para o mesmo destino. Desembarcou ali com ambições de o desenvolver em nome de Deus e para usufruto do terceiro rei Filipino (segundo Filipe de Portugal).

Pensou tratar-se do grande continente esquivo do sul e chamou ao arquipélago Austrialis del Espiritu Santo. Inspirado por um forte fervor religioso propôs ainda a fundação de uma colónia naquela terra que estava certo “ser mais deliciosa, saudável e fértil que qualquer outra que fosse encontrada”. Decidiu baptizá-la de Nova Jerusalém.

Quando o Saudosismo derrotou o Romantismo

Mas os indígenas reprovavam as suas intenções e atacavam os colonos com frequência. Também parte da tripulação discordava do seu julgamento romântico. Num momento mais frágil da saúde do capitão, os opositores forçaram um regresso ao México.

Queirós viajou das Américas de volta a Espanha onde viveu por algum tempo na pobreza. Durante 7 anos, enviou memoriais a fio ao rei (crê-se que, pelo menos, 65) a implorar que lhe autorizasse uma terceira expedição.

Mas, para seu desgosto, o Concelho Real respondia que as empreitadas no Pacífico enfraqueciam a Pátria-Mãe e que não as podiam pagar. Além disso, proibiu a publicação das descobertas do navegador para que nenhuma outra nação delas beneficiasse. Queirós morreu, frustrado ao largo do que é hoje o Panamá, a caminho do reino da Nova Espanha.

A ilha que descobriu e em que estávamos prestes a aterrar adoptou o nome de Espiritu Santo. Não demorámos a constatar nela alguns dos atributos que encantaram o navegador bem como outras relações duvidosas com os seus projectos coloniais.

Desembarque na Terra Divina de Espiritu Santo

O aeroporto Pekoa é diminuto mas um atraso do pessoal encarregue de descarregar a bagagem obriga-nos a uma espera na sala de desembarque. Aproveitamos para examinar algumas imagens nos portáteis e, quando damos por ela, temos um grupo de curiosos nas costas.

Avó e neto ni vanuatu, Unity Park-Luganville, Espiritu Santo, Vanuatu

Avó e neto alourado no Unity Park de Luganville.

Um deles é negro (melanésio) mas surpreendentemente alourado. Despoleta em nós uma certa admiração e uma conversa animada acerca da origem africana ou Lapita do povo ni-vanuatu e sobre a razão de tantos ni-vanuatus terem cabelos dourados.

Um dos nativos, bem falante de inglês, deixa-nos atónitos com a sua explicação: “Bom, vocês conhecem a história das tribos perdidas de Israel, não conhecem? Por cá, muita gente acredita que os ni-vanuatu são descendentes de uma delas. “

A teoria não parece responder ao enigma capilar nem foi sustentada por evidências históricas ou científicas mas esteve muito na moda durante o século XIX e dá pano para mangas. Só a chegada das quase já esquecidas malas interrompe o debate.

Instalamo-nos em Luganville, a capital despretensiosa da ilha e, como o dia ainda vai no início, saímos para explorar as suas poucas ruas.

Luganville, Espiritu Santo, Vanuatu

Moradores de Luganville, a capital de Espiritu Santo em frente à loja LSC Hardware.

A Inevitável Presença Chinesa e as Prolíficas Vendas ni-Vanuatu

Uma parte significativa dos edifícios térreos da Boulevard Higginson (a avenida principal) foi ocupada por emigrantes chineses donos e senhores de lojas que vendem de tudo um pouco a preços inflacionados pela insularidade e pela sino-genética do trabalho e do lucro.

Os estabelecimentos são escuros, atafulhados e até poeirentos. Empregam dois ou três auxiliares nativos que ajudam os proprietários a resolver problemas inesperados e a safar-se tanto com os dialectos tribais como com a língua nacional, um crioulo cerrado que mistura termos franceses e melanésios com um inglês básico.

O mercado local revela-se bem mais arejado. Abriga dezenas de mulheres com vestidos largos e coloridos que vendem os bens – vegetais, frutas e produtos animais – que as terras tribais produzem e, em que os chineses, não fazem concorrência.

Algumas deixam as suas bancas limítrofes e juntam-se a uma multidão espontânea de espectadores que assiste a um filme na TV de uma casa abarracada de aluguer de DVDs.

Cinema de rua espontâneo, Luganville, Espiritu Santo, Vanuatu

Aglomeração de curiosos acompanha um filme a passar num clube de vídeo de rua.

Logo ao lado, no Unity Park, a Unity Association of Santo, promove uma venda de rua que reverte para o núcleo religioso homónimo. Outras mulheres de vestidos, aventais e toucas, vendem fatias de bolo, tortas, pastéis, taro cozido e peixe frito à sombra de árvores seculares com longos troncos multi-ramificados.

Taste my pie, madam and sir”, oferece-nos uma com extrema delicadeza e dá o mote que as outras esperavam para impingir as suas especialidades. Acabamos a provar de tudo um pouco e deixamos alguns vatus em troca que as satisfazem em pleno.

Venda da Unity Association of Santo, Luganville, Espiritu Santo, Vanuatu

Grupo de mulheres ni- vanuatu participam numa venda da Unity Association of Santo.

A pouca distância, três ou quatro miúdos tentam a sua sorte num negócio distinto, protegidos do calor sob um chapéu-de-sol vermelho.

Top Up Here” e “Top Up With Me”, as mensagens do seu mini-stand e nas t-shirts deixam poucas dúvidas: são representantes da recém-chegada Digicel e recarregam o crédito dos poucos telemóveis já operacionais da ilha.

De tempos a tempos, também vendem um ou outro telefone mas num território que vive feliz numa pura auto-suficiência kastom (tradicional), só os mais abastados cedem ao capricho.

Vendedores Digicel-Luganville, Espiritu Santo, Vanuatu

Jovens vendedores ao serviço da Digicel vendem crédito de chamadas de telemóvel.

Espiritu Santo como Deus a fez

Basta uma longa caminhada para lá dos montes Tabwemsana ou Kotamtam – os mais elevados da ilha – e podemos deparar-nos com tribos que não vêm à civilização e podem nunca ter visto um branco, o caso de alguns Lysepsep mais fugidios que, favorecidos pela sua estatura pigmeia (os adultos medem apenas 1 metro) se limitam a observar os forasteiros de esconderijos seguros.

Mas não é preciso ir tão longe para admirarmos outras facetas insólitas de Espiritu Santo.

Harry, um condutor da vizinha ilha de Pentecostes que contratamos pede-nos desculpa pelo estado da estrada de terra vermelha que avança pela costa leste da ilha, entre grandes coqueirais, hortas frondosas e selva cerrada. Não há nada a desculpar.

Estrada para norte, Espiritu Santo, Vanuatu

Pai e filho percorrem a estrada de terra batida que conduz à Champagne Beach.

Três horas de solavancos depois com paragens para banhos em vários lagoas salobras paradisíacas, o caminho embrenha-se por estranhas florestas de glória-da-manhã e desce para um mar azul-celeste.

Mesmo antes de o atingirmos somos barrados por uma cancela controlada por um ancião.

Cenário tropical, Champagne Beach, Espiritu Santo, Vanuatu

Frente de litoral luxuriante, a pouca distância da Champagne Beach.

O Eden Trópico-Balnear da Champagne Beach

Harry pede-nos a portagem: “Muito bem amigos. Chegámos à famosa Champagne Beach.

Este é proprietário. Temos que lhe pagar 1000 vatus”. A praia está deserta e, duvidamos que o dono disso tenha noção mas é uma das mais belas que até então tínhamos visto.

Enseada Champagne Beach, Espiritu Santo, Vanuatu

Litoral sedutor da Champagne Beach, pertença de um ancião que se recusa a vender a investidores turísticos e cobra pequenas entradas.

Em Espiritu Santo, como em Vanuatu em geral (o nome da nação significa A Nossa Terra) o que mais conta é o que se deixa para os descendentes da tribo e estas reúnem-se amiúde para vetarem negócios imobiliários que certos investidores estrangeiros tentam fazer com o governo.

Harry conta-nos que empresas de cruzeiros australianas e neozelandesas oferecem com frequência milhares de dólares para conseguirem a praia, lá construírem infra-estruturas e desembarcarem turistas. Até hoje, sempre em vão.

A Champagne Beach e o apego dos nativos pelo solo em que nasceram são apenas exemplos de todas as razões porque damos por nós a venerar Espiritu Santo e a louvar a paixão do seu descobridor Pedro Fernandes de Queirós pela sua ilha.

Wala, Vanuatu

Cruzeiro à Vista, a Feira Assenta Arraiais

Em grande parte de Vanuatu, os dias de “bons selvagens” da população ficaram para trás. Em tempos incompreendido e negligenciado, o dinheiro ganhou valor. E quando os grandes navios com turistas chegam ao largo de Malekuka, os nativos concentram-se em Wala e em facturar.
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a "Survivor"

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Lifou, Ilhas Lealdade

A Maior das Lealdades

Lifou é a ilha do meio das três que formam o arquipélago semi-francófono ao largo da Nova Caledónia. Dentro de algum tempo, os nativos kanak decidirão se querem o seu paraíso independente da longínqua metrópole.
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Honiara e Gizo, Ilhas Salomão

O Templo Profanado das Ilhas Salomão

Um navegador espanhol baptizou-as, ansioso por riquezas como as do rei bíblico. Assoladas pela 2ª Guerra Mundial, por conflitos e catástrofes naturais, as Ilhas Salomão estão longe da prosperidade.
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Grande Terre, Nova Caledónia

O Grande Calhau do Pacífico do Sul

James Cook baptizou assim a longínqua Nova Caledónia porque o fez lembrar a Escócia do seu pai, já os colonos franceses foram menos românticos. Prendados com uma das maiores reservas de níquel do mundo, chamaram Le Caillou à ilha-mãe do arquipélago. Nem a sua mineração obsta a que seja um dos mais deslumbrantes retalhos de Terra da Oceânia.
Tanna, Vanuatu

Daqui se Fez Vanuatu ao Ocidente

O programa de TV “Meet the Natives” levou representantes tribais de Tanna a conhecer a Grã-Bretanha e os E.U.A. De visita à sua ilha, percebemos porque nada os entusiasmou mais que o regresso a casa.
Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Espiritu Santo, Vanuatu

Os Blue Holes Misteriosos de Espiritu Santo

A humanidade rejubilou, há pouco tempo, com a primeira fotografia de um buraco negro. Em jeito de resposta, decidimos celebrar o que de melhor temos cá na Terra. Este artigo é dedicado aos blue holes de uma das ilhas abençoadas de Vanuatu.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Cerimónias e Festividades
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Atenas, Grécia, Render da Guarda na Praça Sintagma
Cidades
Atenas, Grécia

A Cidade que Perpetua a Metrópolis

Decorridos três milénios e meio, Atenas resiste e prospera. De cidade-estado belicista, tornou-se a capital da vasta nação helénica. Modernizada e sofisticada, preserva, num âmago rochoso, o legado da sua gloriosa Era Clássica.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Cultura
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Barrancas del Cobre, Chihuahua, mulher Rarámuri
Étnico
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Bark Europa, Canal Beagle, Evolucao, Darwin, Ushuaia na Terra do fogo
História
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Ilhas
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Natureza
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Maui, Havai, Polinésia,
Parques Naturais
Maui, Havai

Maui: o Havai Divino que Sucumbiu ao Fogo

Maui é um antigo chefe e herói do imaginário religioso e tradicional havaiano. Na mitologia deste arquipélago, o semi-deus laça o sol, levanta o céu e leva a cabo uma série de outras proezas em favor dos humanos. A ilha sua homónima, que os nativos creem ter criado no Pacífico do Norte, é ela própria prodigiosa.
Ponte u bein, Amarapura, Myanmar
Património Mundial UNESCO
Ponte u-BeinMyanmar

O Crepúsculo da Ponte da Vida

Com 1.2 km, a ponte de madeira mais antiga e mais longa do mundo permite aos birmaneses de Amarapura viver o lago Taungthaman. Mas 160 anos após a sua construção, U Bein está no seu crepúsculo.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
vista monte Teurafaatiu, Maupiti, Ilhas sociedade, Polinesia Francesa
Praias
Maupiti, Polinésia Francesa

Uma Sociedade à Margem

À sombra da fama quase planetária da vizinha Bora Bora, Maupiti é remota, pouco habitada e ainda menos desenvolvida. Os seus habitantes sentem-se abandonados mas quem a visita agradece o abandono.
Gravuras, Templo Karnak, Luxor, Egipto
Religião
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Graffiti deusa creepy, Haight Ashbury, Sao Francisco, EUA, Estados Unidos America
Sociedade
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Parque Nacional Etosha Namíbia, chuva
Vida Selvagem
PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.