Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical


Um Mosaico Vegetal
Padrões e cores do atributo mais fotogénico do Jardim Botânico do Funchal.
Mercado dos Lavradores
A Fachada excêntrica do Mercado dos Lavradores do Funchal.
Fruta e Mais Fruta
Uma banca de frutas bem composta, no Mercado de Lavradores do Funchal.
Puro Carvalho Francês
Barricas de carvalho francês na adega da Blandys.
Um Forte Belo e Amarelo
A Fortaleza de São Tiago, na beira-mar da Zona Velha do Funchal.
Monte Palace
Telhados pontiagudos do Monte Palace Hotel.
Sé & Catedral
A arquitectura mista da Sé Catedral do Funchal, vista do seu lado sul.
Missa Igreja do Monte
Fiéis acompanham uma missa na igreja de Nª Srª do Monte do Funchal.
Fruta também Tropical
Frutas expostas no Mercado dos Lavradores, algumas delas tropicais, caso da banana-ananás madeirense.
Dª Isabel
Vendedora de flores em trajes tradicionais madeirenses.
Verão de São Tiago
Banhistas apanham sol e divertem-se na praia de São Tiago.
Praça do Município Abençoada
Praça de Taxis na base da Igreja de São João Evangelista.
Teleférico sobre Zona Velha
Teleférico passa acima de um das ruas da Zona Velha do Funchal.
Teleférico sobre Zona Velha II
Teleférico prestes a chegar à sua estação terminal.
Jardim Monte Palace
As linhas desafiantes do jardim Monte Palace.
Sé Catedral
Vultos humanizam a fachada da Sé Catedral do Funchal.
Funchal em Fogo
Casario do Funchal iluminado por luzes artificiais e pela do pôr-do-sol a ocidente.
A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.

Torna-se ainda mais visível quando a meteorologia obriga a que as sempre delicadas aterragens na pista do Aeroporto Cristiano Ronaldo se façam de oeste para leste, na direcção da Ponta de São Lourenço.

Nessas ocasiões, do lado certo do avião, a aproximação revela a vertente ampla em que, com os séculos, o Funchal se alongou.

Mesmo denso, o casario da cidade salpica o verde envolvente, com as devidas excepções, mais vivo e intenso quanto mais para cima na ilha.

Um dos lugares emblemáticos e imperdíveis do Funchal, o Monte, ilustra na perfeição o declive e o tropicalismo predominante.

A Encosta Luxuriante mas Ajardinada do Monte Palace

Lá nos aventuramos pela quase-selva ajardinada do Monte Palace Madeira onde, numa área de 70.000 m2 em que se diz estarem concentradas e proliferarem mais de 100.000 espécies vegetais dos quatro cantos do Mundo, de cicas e proteas da África do Sul a urzes escocesas.

No sortido, contam-se ainda as plantas endémicas que compõem a complexa floresta Laurissilva madeirense: fetos, cedros, loureiros, tiles, folhados, figueiras-do-inferno e tantas outras.

De todas, das indígenas, enchem-nos as medidas os exuberantes massarocos.

Entre as estrangeiras, os elegantes fetos arbóreos (cyathea medullaris), naturais da Austrália, que há muito se disseminaram pela Terra e fazem parte da flora dos Açores, das Canárias e, claro está, da Ilha Jardim.

Jardim Monte Palace, Funchal, Madeira

Visitante admira um recanto do Jardim Monte Palace.

De Charles Murray ao Comendador Berardo

O dono original deste reduto, o cônsul britânico Charles Murray (1777-1801), decidiu baptizar a propriedade     que comprou no final do século XVIII, de “The Pleasure Estate” (Quinta do Prazer), bem destoante da austeridade católica imposta pela igreja vizinha da Nª Srª do Monte.

A altivez do santuário não chegou a intimidar o cônsul e Murray decidiu aperfeiçoá-lo enquanto pudesse. Murray faleceu em 1808, em Lisboa.

Em 1897, o câmaralobense Alfredo Guilherme Rodrigues, comerciante bem-sucedido, resolveu recompensar-se com a aquisição da velha quinta de Murray.

Na sequência de uma sua viagem à Exposição Internacional de Paris, em 1900, Alfredo Guilherme regressou impressionado com o requinte dos castelos às margens do Reno. De acordo, ergueu o seu próprio palácio, mais tarde transformado no Monte Palace Hotel, projecto que a sua família veio a descartar.

Lago do Jardim Monte Palace, Funchal, Madeira

As linhas desafiantes do jardim Monte Palace.

Quarenta e quatro anos depois, a propriedade acabou na posse do então milionário, agora endividado, madeirense José Berardo.

Berardo transformou a quinta numa espécie de museu tropical. Enriqueceu-a com a colecção de painéis de azulejos que examinamos, por um trilho sinuoso e pelos grandes momentos da história de Portugal abaixo.

Dotou-a ainda de esculturas, algumas de Budas, e de lanternas budistas. De brasões, de nichos e de lagos habitados por patos, cisnes e carpas nishikigoi.

Apesar desta panóplia de apetrechos, continua a protagonizar a quinta o palácio no seu fundo, bem integrado na excentricidade vegetal e cultural circundante.

Telhados do Monte Palace, Jardim Monte Palace, Funchal, Madeira

Telhados pontiagudos do Monte Palace Hotel.

À Descoberta das Terras Altas do Funchal: o Monte

Em vez de por aí deixarmos o jardim, exploramo-lo a dobrar, na volta inclinada ao ponto de partida. Deixamo-lo pelo cimo que dá para a rua Largo da Fonte. Umas dezenas de metros para a esquerda, damos connosco aos pés da Igreja do Monte.

A essa hora, o movimento na base da escadaria está limitado ao de uns poucos filhos de Deus que discutem à porta do restaurante Belo Monte, num madeirense de tal forma cerrado, que quase nos faz sentir estrangeiros.

Subimos ao templo. Quando espreitamos o interior da nave, decorre uma missa. Seguem-na dez fiéis, atentos à palavra do Senhor, veiculada pelo padre no altar.

Igreja do Monte, Funchal, Madeira

Fiéis acompanham uma missa na igreja de Nª Srª do Monte do Funchal.

Dois ou três mais entram, uma freira sai. Por respeito ao nosso destino e ao tempo de luz que se escoava, seguimos-lhes os passos, degraus abaixo.

Em plena Pandemia, o sobe-e-desce habitual dos carros de cesto e dos seus carreiros pela ladeira do Caminho-de-Ferro estava suspenso.

No sopé da igreja, encontramos os cestos imobilizados, na vertical, no estacionamento coberto que lhes foi dedicado.

Um Jardim Botânico Também Muito Tropical

Impossibilitados de neles viajarmos, passamos pelo rival natural do Jardim Monte Palace, o Jardim Botânico da Madeira Engº Rui Vieira. Longe das proclamadas 100.000 espécies do Monte Palace, este jardim reclama 2000 plantas exóticas.

Sem espaço no programa fotográfico para as contarmos, admiramos sobretudo o esplendor do seu mosaico vegetal, no momento, cuidado por dois jardineiros compenetrados.

Jardim Botânico, Funchal, Madeira

Padrões e cores do atributo mais fotogénico do Jardim Botânico do Funchal.

A Madeira é toda ela um jardim que, assim afiança o imaginário popular, flutua no Atlântico. Ao descermos para o Funchal, quase ao nível do oceano, continuaríamos a beneficiar da clorofila reforçada da cidade.

Retomamos a sua exploração na Praça do Município, Rua dos Ferreiros abaixo, em volta da Sé Catedral e da estátua do fidalgo João Gonçalves Zarco (1390-1471), eleito pelo Infante D. Henrique para liderar o povoamento da Madeira e do Porto Santo.

O Jardim Municipal e as Ruas Florestadas Contíguas

Ali por perto, o Jardim Municipal do Funchal, de outra forma chamado de Jardim Dona Amélia, volta a congregar e exibir, árvores, plantas e flores dos quatro cantos do Mundo. Mesmo sendo o terceiro que atravessamos, no Funchal, a contagem de jardins vai sempre no início.

Quase a meio do Verão subtropical, as bancas de fruta desta zona ainda vendem cerejas, sugerem anonas, maracujás e as inusitadas bananas-ananás. Se comparadas com a abundância no sempre frenético e garrido Mercado dos Lavradores, o que exibem são meras amostras.

Banca Fruta do Mercado dos Lavradores, Funchal, Madeira

Uma banca de frutas bem composta, no Mercado de Lavradores do Funchal.

Ainda na Av. Arriaga e na rua do Aljube, uma floresta de jacarandás e tipuanas floridas perfumam a atmosfera e concedem-nos uma sombra providencial.

Sé Catedral do Funchal. A Fé em Toda a Sua Grandiosidade Insular

A miscelânea arquitectónica da Catedral, que D. Manuel fez erguer entre 1510 e 1515, com traços predominantes góticos mas também barrocos, rococós, maneiristas, mudéjares, alguns também definidos como manuelinos, intriga-nos.

Sé Catedral, Funchal, Madeira

Vultos humanizam a fachada da Sé Catedral do Funchal.

No mínimo, tanto como nos maravilha o famoso retábulo da sua capela-mor, complexo, detalhado em talha banhada a ouro e repleto de esculturas trabalhadas por mãos minuciosas, pinturas a óleo sobre madeira, sob um tecto todo ele elaborado com madeiras da Madeira.

Encantados, em particular, com a perspectiva sul da igreja, tropicalizada por uma palmeira projectada de um átrio, teimamos em encontrar um ponto de vista elevado que nos revelasse o conjunto.

Sé Catedral, Funchal, Madeira

A arquitectura mista da Sé Catedral do Funchal, vista do seu lado sul.

A persistência prenda-nos com uma incursão ao edifício da Direcção de Serviços de Informação Geográfica e Cadastro. Lá nos guia Marlene Pereira “muito habituada às visitas dos fotógrafos e jornalistas em trabalho no Funchal”, assim nos assegura em jeito de preâmbulo duma tagarelice a que nos entregamos sem reservas.

Fotografamos a catedral e os telhados, de início, empoleirados sobre um muro do terraço. Logo, de janelas dos andares abaixo.

Orgulhosa da sua ilha, Marlene faz questão de nos aconselhar os recantos que mais admira e convoca-nos para uma curta sessão de fotos suas, tiradas sobretudo no norte nevoento do Fanal. Uns dias depois, lá nos perderíamos e deslumbraríamos in loco.

Até lá, continuamos a calcorrear a calçada tradicional madeirense, feita de seixos de basalto negro, combinados com pedras alvas e até rosadas, irmanadas com ligeiro relevo, em vez de numa superfície lisa, como se usa no continente.

De tal maneira que, num dos dias, contados 17.5 km de caminhada às voltas pelo Funchal, percebemos que também essa ténue rugosidade era responsável por inesperadas bolhas nos pés.

O Vinho da Madeira Exclusivo da Família Blandy

Em pleno processo da sua gestação, damos entrada na adega histórica Blandy’s, a única família da ilha que se gaba de, sete gerações e mais de dois séculos depois (1811), continuar dona dos destinos da empresa e da produção e exportação do seu mundialmente reputado vinho da Madeira.

Lá nos rendemos a uma prova generosa dos néctares Blandy’s, do seco ao mais doce, escala em que, rendidos ao pedaço de bolo mel incluído, acabamos por nos baralhar.

E lá apreciamos o ambiente pesaroso e o aroma de carvalho francês envelhecido e verdelho da sala de barricas e tonéis.

Adega Pipas Blandy, Funchal, Madeira

Barricas de carvalho francês na adega da Blandys.

Há muito que, à margem da fama extraplanetária do fenómeno CR7, o vinho da Madeira faz amadurecer a notoriedade da ilha. Não obstante, na sua esfera popular, o convívio licoroso depende de outra bebida.

A poncha resulta de uma mistura aprimorada de aguardente de cana, casca e sumo de limão e de açúcar.

Com os tempos, começou a ser consumida numa miríade de variantes cada vez mais distantes da receita com que os pescadores se aqueciam nas fainas e noites frias.

E a Poncha Omnipresente na Zona Velha e em todo o Funchal

Hoje, o sector do Funchal com maior concentração de bares, tascas e, claro está, jarros de poncha mantém-se a sua Zona Velha, disposta em redor do lugar que acolheu a povoação na génese da cidade.

Zona Velha, Funchal, Madeira

Teleférico passa acima de um das ruas da Zona Velha do Funchal.

É na Zona Velha que encontramos um casal amigo de férias.

E é em tascas e bares da Zona Velha, em redor do âmago religioso da secular Capela do Corpo Santo e para a frente e para trás na Rua de Santa Maria, que celebramos tal reencontro, com golos e brindes de ponchas.

Sendo velha, toda esta zona rejuvenesceu com a panóplia de pinturas de rua que cada vez mais a decoram: Amália, o Principezinho, um tuaregue, pescadores madeirenses em mesas de tascas quem sabe se dali mesmo.

Calha que a meio da manhã seguinte, com as esplanadas ainda fechadas, por ali voltemos a passar.

A Fortaleza e a Praia de São Tiago

A determinada altura, a Rua de Santa Maria desvenda-nos a Rua Portão de São Tiago. E esta, o portal de acesso a uma fortaleza amarela defendida por quatro calhambeques à porta.

Conquistamos a vista a partir dos adarves acima.

Sobre uma extensão marinha ora de laje de cimento, ora dos seixos naturais da Praia São Tiago.

Lá víamos o povo do Funchal rendido a uma bênção balnear atlântica, um lazer estival pouco condizente com as agruras por ali vividas ao longo da história do Funchal.

Forte e Praia de São Tiago, Funchal, Madeira

A Fortaleza de São Tiago, na beira-mar da Zona Velha do Funchal.

Sérios Contratempos da História Funchalense

Mais que qualquer outro contratempo, atemorizou os madeirenses o ataque de mil e duzentos corsários franceses, perpetrado em 1566, na sequência do saque da ilha de Porto Santo.

Nessa ocasião, os gauleses confrontaram-se com uma resistência quase simbólica. Sem grande esforço, tomaram o Funchal durante quinze dias, dedicaram-se a pilhar a povoação.

Assim se entende a construção urgente do forte belo e amarelo que continuámos a examinar, inaugurada uns poucos anos depois, em plena dinastia filipina, terminado em 1614 e reforçado com a fortaleza sobranceira de São João Baptista do Pico, dominadora do Pico dos Frias.

E do primeiro forte da ilha, o de São Lourenço, hoje transformado num palácio-museu.

Umas dezenas de metros abaixo e a sul, também a beira-mar portuária em redor da marina foi dotada de novos espaços verdes e tropicais que os funchalenses aproveitam sempre que podem.

Lá por eles passamos, entregues a corridas e caminhadas aceleradas, algumas de tal forma prolongadas que usam o longo molhe da Pontinha como extensão e ponto de regresso a terra mais firme.

Num desses dias, é da Pontinha que embarcamos destinados ao Porto Santo.

Enquanto o “Lobo Marinho” navegava baía fora, admiramos a arte com que o ocaso e o lusco-fusco transformavam o Funchal numa cidade verdejante em fogo.

Anoitecer sobre o Funchal, Madeira

Casario do Funchal iluminado por luzes artificiais e pela do pôr-do-sol a ocidente.

Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal

A Ponta Leste, algo Extraterrestre da Madeira

Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Ilhéu de Cima, Porto Santo, Portugal

A Primeira Luz de Quem Navega de Cima

Integra o grupo dos seis ilhéus em redor da Ilha de Porto Santo mas está longe de ser apenas mais um. Mesmo sendo o ponto limiar oriental do arquipélago da Madeira, é o ilhéu mais próximo dos portosantenses. À noite, também faz do fanal que confirma às embarcações vindas da Europa o bom rumo.
Porto Santo, Portugal

Louvada Seja a Ilha do Porto Santo

Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza

Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.
Santa Maria, Açores

Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

Foi a primeira do arquipélago a emergir do fundo dos mares, a primeira a ser descoberta, a primeira e única a receber Cristovão Colombo e um Concorde. Estes são alguns dos atributos que fazem de Santa Maria especial. Quando a visitamos, encontramos muitos mais.
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
Ilha das Flores, Açores

Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
Horta, Açores

A Cidade que Dá o Norte ao Atlântico

A comunidade mundial de velejadores conhece bem o alívio e a felicidade de vislumbrar a montanha do Pico e, logo, o Faial e o acolhimento da baía da Horta e do Peter Café Sport. O regozijo não se fica por aí. Na cidade e em redor, há um casario alvo e uma efusão verdejante e vulcânica que deslumbra quem chegou tão longe.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do "Pequeno Tibete Português" às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Campos de Gerês -Terras de Bouro, Portugal

Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

Prosseguimos num périplo longo e ziguezagueante pelos domínios da Peneda-Gerês e de Bouro, dentro e fora do nosso único Parque Nacional. Nesta que é uma das zonas mais idolatradas do norte português.
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Corvo, Açores

O Abrigo Atlântico Inverosímil da Ilha do Corvo

17 km2 de vulcão afundado numa caldeira verdejante. Uma povoação solitária assente numa fajã. Quatrocentas e trinta almas aconchegadas pela pequenez da sua terra e pelo vislumbre da vizinha Flores. Bem-vindo à mais destemida das ilhas açorianas.
São Jorge, Açores

De Fajã em Fajã

Abundam, nos Açores, faixas de terra habitável no sopé de grandes falésias. Nenhuma outra ilha tem tantas fajãs como as mais de 70 da esguia e elevada São Jorge. Foi nelas que os jorgenses se instalaram. Nelas assentam as suas atarefadas vidas atlânticas.
Vale das Furnas, São Miguel

O Calor Açoriano do Vale das Furnas

Surpreendemo-nos, na maior ilha dos Açores, com uma caldeira retalhada por minifúndios agrícolas, massiva e profunda ao ponto de abrigar dois vulcões, uma enorme lagoa e quase dois mil micaelenses. Poucos lugares do arquipélago são, ao mesmo tempo, tão grandiosos e acolhedores como o verdejante e fumegante Vale das Furnas.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
hacienda mucuyche, Iucatão, México, canal
Arquitectura & Design
Iucatão, México

Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cerimónias e Festividades
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Chihuahua, cidade do México, pedigree, Deza y Ulloa
Cidades
Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Tempo de surf
Cultura
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
viagem austrália ocidental, Surfspotting
Em Viagem
Perth a Albany, Austrália

Pelos Confins do Faroeste Australiano

Poucos povos veneram a evasão como os aussies. Com o Verão meridional em pleno e o fim-de-semana à porta, os habitantes de Perth refugiam-se da rotina urbana no recanto sudoeste da nação. Pela nossa parte, sem compromissos, exploramos a infindável Austrália Ocidental até ao seu limite sul.
Tulum, Ruínas Maias da Riviera Maia, México
Étnico
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
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O Terreno e o Celestial

Teatro de Manaus
História
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Apanhador de cocos, em Unawatuna, Sri Lanka
Ilhas
Unawatuna a Tongalle, Sri Lanka

Pelo Fundo Tropical do Velho Ceilão

Deixamos a fortaleza de Galle para trás. De Unawatuna a Tangale, o sul do Sri Lanka faz-se de praias com areia dourada e de coqueirais atraídos pela frescura do Índico. Em tempos, palco de conflito entre potências locais e coloniais, este litoral é há muito partilhado por mochileiros dos quatro cantos do Mundo.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
barco enferrujado, Mar de Aral, Usbequistão
Natureza
Mar de Aral, Uzbequistão

O Lago que o Algodão Absorveu

Em 1960, o Mar de Aral era um dos quatro maiores lagos do mundo mas projectos de irrigação secaram grande parte da água e do modo de vida dos pescadores. Em troca, a URSS inundou o Uzbequistão com ouro branco vegetal.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Cavalgada em tons de Dourado
Parques Naturais
El Calafate, Argentina

Os Novos Gaúchos da Patagónia

Em redor de El Calafate, em vez dos habituais pastores a cavalo, cruzamo-nos com gaúchos criadores equestres e com outros que exibem para gáudio dos visitantes, a vida tradicional das pampas douradas.
Natal nas Caraíbas, presépio em Bridgetown
Património Mundial UNESCO
Bridgetown, Barbados e Granada

Um Natal nas Caraíbas

De viagem, de cima a baixo, pelas Pequenas Antilhas, o período natalício apanha-nos em Barbados e em Granada. Com as famílias do outro lado do oceano, ajustamo-nos ao calor e aos festejos balneares das Caraíbas.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Personagens
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Salvamento de banhista em Boucan Canot, ilha da Reunião
Praias
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, Um matrimónio espacial
Religião
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
religiosos militares, muro das lamentacoes, juramento bandeira IDF, Jerusalem, Israel
Sociedade
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Vida Selvagem
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.