Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio


Bairrinho
A obra usa fragmentos de porcelana de Arabia que a autora Anne Siirtola recolheu dos campos de Vanhankaupunginlahti em que eram colocados as sobras da fábrica.
A Fábrica de Arabia
Antiga fábrica de Arabia, no coração de um bairro de Design, por excelência.
Edificio e chamine Arabia-Helsinquia
Luzes Perpétuas
Estátuas art deco na fachada da estação de caminho de ferro de Helsínquia.
Goth
Morador de Helsínquia com visual gótico.
Kiasma
Linhas simples mas arrojadas do Museu de Arte Contemporãnea Kiasma, criado pelo norte-americano Steven Holl.
O Ninho de Metal
Nest of Metal - Da autoria de Markku Hakuri, esta obra também serve de varanda para os utilizadores da sauna comunal do edifício em que está instalada.
Helsinquia Helenica
Obra de inspiração helénica destacada desde 1943 da parede emblemática da fábrica de Arabia.
Design World
Painel que anuncia uma exposição de Design durante o Helsínquia Capital do Mundo do Design.
Sirocco II
Sirocco, de Tuuli e Kivi Sotamaa, na altura sobre a neve, parte do percurso artístico The Treasures of Arabia.
Rikhla
Rikhla, uma obra de arte temporária em destaque sobre uma plataforma de onde se avista o mar em redor do bairro de Arabia.
Sinalização-Helsinquia
Sirocco
Sirocco, de Tuuli e Kivi Sotamaa, na altura sobre a neve, parte do percurso artístico The Treasures of Arabia.
The Arjen Palasia
The Arjen Palasia de Anne Siirtola, um painel feito com mosaicos antigos da fábrica Arabia.
Negócios de Valtteri
Compradores e vendedores procuram bons negócios na feira da Ladra de Valtteri, onde são transaccionados produtos com design clássico.
Walls Speaking Walls
De nome completo “Walls Speaking Walls, Summer Winters” trata-se de uma parede com inscrições de ciclistas de diferentes idades.
Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.

Quem chega à capital finlandesa por estes dias Invernais, gélidos e nevosos depressa desenvolve a impressão de que não há mais nada para fazer, de que é a única coisa que a cidade tem para mostrar.

Em 2009, o Conselho Internacional das Sociedades de Design Industrial (ICSID) escolheu-a como a 3ª Capital Mundial do Design, após Turim (2008) e Seul (2010) e entre 46 cidades de 27 países.

Helsínquia bateu Eindhoven na fase final e, apesar do título garantido, ao longo do ano do certame, manteve intacta a sua competitividade com a cooperação empenhada das 4 cidades parceiras: Espoo, Vantaa, Kauniainen e Lahti.

Já no balcão do turismo do aeroporto Helsinki-Vantaa tínhamos reparado na predominância incontornável de folhetos e brochuras sobre exposições, itinerários e eventos relacionados com o design.

Na delegação do centro da capital, o paradigma repete-se reforçado com as indicações que as funcionárias de serviço fazem questão de prestar e desenvolver.

Painel Exposicao de Design, Helsinquia

Painel que anuncia uma exposição de Design durante o Helsínquia Capital do Mundo do Design.

Emma – Espoo: o Primeiro Inusitado Contacto com o Design e a Arte de Helsínquia

Se não os podes vencer, junta-te a eles. Na manhã seguinte acordamos com as galinhas para espreitar o Emma – Espoo Museum of Modern Art.

Uma funcionária da municipalidade espera-nos à saída do autocarro e começa por se mostrar surpreendida “Ah são vocês. Tenho que confessar que não esperava que fossem.

Estão vestidos como nós. Por norma, os jornalistas do sul da Europa aparecem-nos muito mal preparados para estas temperaturas, de calças de ganga e a tremer. “Rimo-nos com a honestidade da observação e trocamos mais alguns reparos humorísticos.

Entretanto, Hanna Saari lembra-se da exigência da sua missão e atalha para um briefing exaustivo sobre o design finlandês e os seus últimos projectos. Desbobina frases intermináveis repletas de termos como sustentabilidade, integração, natureza, inovação, desenvolvimento e interacção e fá-lo de cor e salteado, fruto de um aturado estudo prévio e da repetição.

Não lhe dizemos mas, entre nós, temos que ser tão honestos como ela. Toda aquela conversa soa-nos a nada. A confirmar as suspeitas, logo à terceira questão absolutamente leiga que lhe colocamos já se sente desconfortável. É suposto o design assegurar o oposto: “Sabem, assumi o cargo há pouco tempo.

Ainda me estou a familiarizar com estas lógicas e terminologias. Vou ligar a um colega mais informado e já vos respondo a isso” diz-nos sem perder a compostura para logo dar ao dedo no ecrã táctil do terceiro iPhone com que traiu a pátria.

Por nós, nem valia a pena. Só por si, as teorias do Design nunca nos levariam a lado nenhum.

Em Busca do Calor do Design Finlandês

Queríamos ver soluções reais e peças revolucionárias. Para lá de tanto folheto e lengalenga, Helsínquia e as suas satélites estão cheias delas.

Encontramos a primeira no WeeGee Exhibition Center – o edifício recuperado de uma velha e gigantesca gráfica –  organizada sob o conceito de DesignEspoo!, em redor da maquete urbanística daquela cidade e com um espaço dedicado à participação activa dos moradores que são convidados a deixar sugestões inovadoras num painel já repleto de post-its coloridos.

Há imagens da casa-OVNI Futuro, uma habitação desenhada por Matti Suuronen com objectivo de produção em massa, com fé inabalável num porvir tecnológico, aprazível e nómada, também na conquista do Espaço. Até que, a meio da década de 70, a Crise do Petróleo fez os preços dos combustíveis disparar e, com eles o do plástico.

A Futuro foi retirada do mercado mas, hoje, cerca de 50 exemplares subsistem um pouco por todo o mundo. A 001 pertence a Espoo.

O céu azul instala-se e o frio intensifica-se com a brisa húmida e veloz que o Golfo da Finlândia lança sobre a cidade. Fazemo-nos fortes. Exploramos o epicentro do estilo da capital, Punavuori.

O Design District de Punavuori

Trata-se de um bairro actualmente etiquetado como o seu Design District nem que seja porque concentra mais de 150 bares, cafés, restaurantes e ateliês com decorações, ambientes e objectos originais num grelha de ruas que se estende da avenida central de Mannerheimintie até aos antiquários do porto, confrontados pela fortaleza de Suomenlinna e à Feira da Ladra de Hietalahti.

Feira da Ladra de Valtteri Helsinquia

Compradores e vendedores procuram bons negócios na feira da Ladra de Valtteri, onde são transaccionados produtos com design clássico.

Nos anos 70, os criadores finlandeses pegaram no design dinamarquês e no sueco como exemplos e desenvolveram as suas próprias marcas e uma identidade nacional com expoente na figura histórica de Alvar Aalto, autor premiado de dezenas de edifícios revolucionários da Finlândia e do Mundo e de várias peças premiadas.

Os produtos que encontramos um pouco por todo o lado, de cadeiras de pé alto excêntricas até chaleiras minimais têm preços a condizer com esta distinção que aparecem sempre marcados em Euros.

Se não se é escandinavo, russo multimilionário ou finlandês, dificilmente se encontra uma pechincha.

Felizmente tornámo-nos numa espécie de nómadas modernos. Damos mais valor à descoberta que ao conforto e às soluções domiciliárias e encaramos esta atmosfera helsinquiana como uma de tantas realidades do Mundo, não como uma oportunidade comercial.

Arte de Rua, Arabia, Helsinquia

A obra usa fragmentos de porcelana de Arabia que a autora Anne Siirtola recolheu dos campos de Vanhankaupunginlahti em que eram colocados as sobras da fábrica.

O Design Obsessivo mas Nem de Longe Imaculado de Helsínquia

Conhecemos, no entanto, os limites da razoabilidade. O pequeno-almoço buffet do hotel Sokos Vaakuna é diversificado, nutritivo, robusto e, claro está, servido em decoração, mobiliário, loiça e utensílios com design finlandês. Mas não disfarça as dores que se formaram durante a noite e nos apoquentam.

Estamos habituados a este tipo de problemas nos países menos desenvolvidos e quando o quarto custa uma bagatela. Não é o caso e temos mais 4 noites pela frente.

Antes de sairmos para a rua escolhemos o alvo entre os empregados alinhados atrás do balcão e refilamos com a melhor disposição possível: “Desculpe, mas há aqui qualquer coisa que não estamos a perceber.

Passamos o dia todo a ver design nesta cidade e o vosso hotel obriga-nos a dormir sobre um colchão que afunda e nos arruina as costas? Faça-nos lá o favor de trocarem a cama ou coisa assim.” O recepcionista alourado sorri e mantém a dignidade. Dá-nos a ideia que já ouviu a queixa centenas de vezes.

A resposta deixa-nos desarmados: “Infelizmente todos os nossos colchões são assim. É um modelo novo, americano. Custaram um balúrdio mas reconheço que muitos dos clientes não os apreciam. Acho que não vos posso ajudar.”

Helsínquia tinha borrado ligeiramente a pintura. Ainda assim, deixamos a persistência para mais tarde.

Estátuas art deco, estacao caminho ferro, Helsinquia

Estátuas art deco na fachada da estação de caminho de ferro de Helsínquia.

Logo ao lado do hotel, gigantes de granito iluminam e protegem a estação central de comboios desenhada por Eliel Saarinen.

Diz-se que inspiraram visuais de Gotham City no primeiro filme da saga Batman. Ali próximo, damos com as formas pouco ortodoxas do museu Kiasma que abriga nova galeria de arte moderna.

Museu Kiasma, Helsinquia

Linhas simples mas arrojadas do Museu de Arte Contemporãnea Kiasma, criado pelo norte-americano Steven Holl.

Segue-se o eloquente Concert Hall e, no extremo oposto do lago central gelado, vislumbramos outra das criações de Aalto, o Estádio Olímpico da capital.

Arabia: a Nova Meca do Design e da Arte de Rua Finlandesa

Em 1965, o território soviético era inacessível aos realizadores norte-americanos. Enquanto admiramos o pragmatismo de regra e esquadro da Praça do Senado, percebemos porque serviu para fazer de São Petersburgo no clássico de David Lean, “Doutor Jivago”.

Há muita mais arquitectura divinal para explorar em redor mas, nessa tarde, mudamo-nos para a periferia em busca de uma Arabia local.

Mal saímos do autocarro, detectamos ao fundo a chaminé emblemática do edifício da velha fábrica homónima de porcelana, faiança e barro, inaugurada em 1873 e que, à laia de Vista Alegre, conquistou um lugar especial no coração suomi.

Nos dias que correm, o prédio rejuvenescido e alguns edifícios complementares acolheram uma panóplia de pequenas lojas de design, uma biblioteca e a Escola Universitária de Arte e Design de Aalto.

O bairro de Arabia e a vizinhança abrigam ainda restaurantes, cafés e alguns dos domicílios mais bem equipados de toda a Finlândia.

The Arjen Palasia, Arabia, Helsinquia

The Arjen Palasia de Anne Siirtola, um painel feito com mosaicos antigos da fábrica Arabia.

Ao mesmo tempo, revela-se um museu ao ar livre que nos propõe uma espécie de prova de orientação artística.

Munidos de um mapa e ao longo de duas horas, tentamos detectar na paisagem urbana e examinar 24 obras criadas e instaladas por personagens famosas dos vários ramos da arte.

Rikhla, Arabia, Helsinquia

Rikhla, uma obra de arte temporária em destaque sobre uma plataforma de onde se avista o mar em redor do bairro de Arabia.

Em jeito de confirmação e de recordação, fotografamos cada um dos achados, das “Pedras Mágicas à Beira Mar” aos pequenos Pássaros “Viikki” camuflados contra uma parede do mesmo tom, passando pelo parque Tapio Wirkkala desenhado pelo americano Robert Wilson.

Sirocco, Arabia, Helsinquia

Sirocco, de Tuuli e Kivi Sotamaa, na altura sobre a neve, parte do percurso artístico The Treasures of Arabia.

A noite põe-se, o frio volta a apertar e a neve cai em abundância. Regressamos de Arabia enregelados e recuperamos a temperatura e as energias num café lounge do centro com estilo irrepreensível.

É nestas alturas que o prodigioso design finlandês faz mais sentido.

Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Lanzarote, Ilhas Canárias

A César Manrique o que é de César Manrique

Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum "Barco do Amor". Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Ilha Hailuoto, Finlândia

À Pesca do Verdadeiro Peixe Fresco

Abrigados de pressões sociais indesejadas, os ilhéus de Hailuoto sabem sustentar-se. Sob o mar gelado de Bótnia capturam ingredientes preciosos para os restaurantes de Oulu, na Finlândia continental.
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Porvoo, Finlândia

Uma Finlândia Medieval e Invernal

Uma das povoações anciãs da nação suómi, no início do século XIV, Porvoo era um entreposto ribeirinho atarefado e a sua terceira cidade. Com o tempo, Porvoo perdeu a importância comercial. Em troca, tornou-se um dos redutos históricos venerados da Finlândia.  
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Helsínquia, Finlândia

A Filha Suomi do Báltico

Várias cidades cresceram, emanciparam-se e prosperaram à beira deste mar interior do Norte. Helsínquia lá se destacou como a capital monumental da jovem nação finlandesa.
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
hacienda mucuyche, Iucatão, México, canal
Arquitectura & Design
Iucatão, México

Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Saida Ksar Ouled Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia
Cerimónias e Festividades
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Totem, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia
Cidades
Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Cultura
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Bark Europa, Canal Beagle, Evolucao, Darwin, Ushuaia na Terra do fogo
Em Viagem
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
Étnico
Nelson a Wharariki, PN Abel Tasman, Nova Zelândia

O Litoral Maori em que os Europeus Deram à Costa

Abel Janszoon Tasman explorava mais da recém-mapeada e mítica "Terra Australis" quando um equívoco azedou o contacto com nativos de uma ilha desconhecida. O episódio inaugurou a história colonial da Nova Zelândia. Hoje, tanto a costa divinal em que o episódio se sucedeu como os mares em redor evocam o navegador holandês.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

História
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Bangkas na ilha de Coron, Filipinas
Ilhas
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Ilha do Principe, São Tomé e Principe
Natureza
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Foz incandescente, Grande Ilha Havai, Parque Nacional Vulcoes, rios de Lava
Parques Naturais
Big Island, Havai

Grande Ilha do Havai: À Procura de Rios de Lava

São cinco os vulcões que fazem da ilha grande Havai aumentar de dia para dia. O Kilauea, o mais activo à face da Terra, liberta lava em permanência. Apesar disso, vivemos uma espécie de epopeia para a vislumbrar.
Mergulhão contra pôr-do-sol, Rio Miranda, Pantanal, Brasil
Património Mundial UNESCO
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Praias
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Religião
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Sociedade
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Vida Selvagem
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.