La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical


Brigada incrédula
Visitantes de La Digue dentro de água a capturarem o incrível cenário dos rochedos de Anse Source d'Argent.
Sombra de azul
Mulher fotografa as águas turquesa da costa norte da ilha.
Grande Anse
Onda rola na areia coralífera da costa leste de La Digue, a mais batida pelo oceano Índico.
Bye !!
Thomas e Yencel regressam a La Passe depois de capturarem polvos e chocos nas águas baixas de Anse Gaulettes.
Verde cyano
Enseada tropical em frente ao vilarejo de Patatran.
Repouso tropical
Amigas descontraem à beira-mar de Anse Source d'Argent.
Pesca fácil
Thomas e Yencel exibem as suas capturas do dia.
Coração de pedra
Rochedos isolados na selva encharcada do nordeste de La Digue.
Num equilíbrio geológico
Calhaus de granito destacam-se da praia idílica de Petite Anse.
Doce vislumbre
Cores deslumbrantes de outra das enseadas da costa oriental de La Digue.
Welcome to Grande Anse
Proprietário de um bar à entrada da Grande Anse de La Digue, prepara-se para grelhar peixe.
Attention
Grande cartaz esclarece os visitantes de La Union sobre os cuidados a terem com as tartarugas locais.
Sumos da Tropicalidade
Vendedora de sumos a postos na banca por norma gerida pelo seu irmão.
De Partida
Traineira prestes a zarpar do porto de La Digue.
Vida Subaquática
Peixes cercam os banhistas que removem a areia junto aos seus territórios.
Lares. De férias
Casas na encosta florestada em redor na doca em que atracam os ferries.
Bozoo
Guia num carrinho de golfe, a saudar conhecidos.
Flor & Pedra
Trepadeira ajusta-se ao granito predominante em La Digue e nas Seychelles em geral.
Coração de Granito
Grande bloco de granito no interior de La Digue.
Marina
Veleiros preenchem a marina de La Digue, junto à doca dos ferries.
Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.

Até há algum tempo, não era autorizada a propriedade de carros na pequena ilha.

Hoje, ainda são raros.

Daniel, aguardava-nos num mas de golfe, o tipo de veículo mais popular de La Digue, lado a lado com a bicicleta. Dá-nos as boas vindas à saída da doca em que atraca o ferry vindo de Praslin e convida-nos a subir a bordo.

Connosco instalados, inaugura a curta viagem de travessia da costa oeste à oriental. Avançamos por um caminho de blocos de cimento que a vegetação envolve e torna sombria.

Daniel conhece todos os não forasteiros com que se cruza, também eles ao volante de golf carts, de bicicletas ou a pé e cumprimenta-os de forma alternada. Saúda alguns com um simples “Allo”, a outros dá um “bozoo”, o crioulo local para “bonjour”.

La Digue, Seychelles, Estradinha

Guia num carrinho de golfe, a saudar conhecidos.

Outros ainda, vê-os com tanta regularidade que lhe dedica apenas um esboço de aceno. Cinco minutos volvidos, chegamos à entrada viçosa da Grande Anse.

Vencida uma persistente hesitação, combinamos a hora em que nos apanharia de volta e metemo-nos no trilho curto que, entre coqueiros, conduzia ao areal.

As Praias Selvagens do Leste de La Digue

Uma placa assinala o seu término e o início do verdadeiro litoral. O aviso que difunde alarma o mais que pode, a branco e vermelho e em cinco dialectos distintos, a começar pelo seichelense: “Atansyon: Kouran tré danzere”.

Ainda assim, o que mais nos capta a atenção é a beleza da enorme praia que se estende tanto para norte como para sul, o areal alvo, o mar cristalino banhado em gradientes de azul que se encaixa na perfeição da baía.

La Digue, Seychelles, Praia junto a Patatran

Banhista deixa o mar turquesa ao largo de Patatran.

E as pequenas penínsulas cobertas penhascos que lhe encerram a longitude, desde o mar já sem pé até à orla verdejante da selva equatorial, a que os nativos chamam de “pointes”.

Fazia uma semana que estávamos nas Seychelles.

Depois das ilhas irmãs Mahé e de Praslin, aquele tipo de formações rochosas não eram propriamente novidade. Tinham, no entanto, uma harmonia de formas e linhas inédita que, condomínio com alguns coqueiros intrépidos e com vegetação arbustiva, tornavam singulares.

La Digue, Seychelles, seta indicação Petite Anse

Indicação do trilho para a Petite Anse.

A Grande Anse foi só a primeira das praias desertas, selvagens e sedutoras que exploramos naquela manhã de sol radioso. A norte desta, escondia-se a Petite Anse.

Para lá desta menor, ficava a Anse Coco.

Pointe após Pointe, as Anses Perfeitas de La Digue

Findos os areais de cada uma, o acesso à próxima seguia trilhos que se metiam por pequenos pantanais e trepavam ao cimo de novas “pointes” tanto pela floresta tropical como por entre os rochedos afiados que dela se destacam.

Fosse em que trecho fosse, a humidade mantinha-se opressiva e, por mais água que bebêssemos, destilava-nos aos poucos.

Tão desenfreada crescia a selva que nem sempre a conquista do cimo destas “pointes” nos garantia vistas desafogadas das baías abaixo. Por mais que uma vez, para as conseguirmos tivemos que concretizar acrobacias sobre os rochedos afiados, por vezes, em equilibrios realmente precários.

Quando, por fim, atingíamos pontos livres de rochas ou de copas de coqueiros, os panoramas das “anses” arredondadas, com as suas colónias de calhaus graníticos, o mar azulão e a selva verde- garrido deixavam-nos boquiabertos.

La Digue, Seychelles, Costa leste

Cores deslumbrantes de outra das enseadas da costa oriental de La Digue.

Descemos ao areal da Anse Cocos encharcados em suor.

Uma placa similar à da Grande Anse sinalizava mais correntes marinhas traiçoeiras mas, cozinhados como estávamos pela clorofila quente daquelas latitudes, não tínhamos como resistir.

Escolhemos um recanto sem aparentes abnormalidades no vaivém do mar e banhámo-nos como aquela pequena ilha das Seychelles merecia: em absoluto êxtase.

Apressado pelo atraso vergonhoso que já tínhamos face ao combinado com Daniel, completamos o regresso à Grande Anse num quinto do tempo.

Regresso Atrasado ao Povoado de La Digue

Quando lá chegamos, já tinha voltado à povoação de La Digue.

Recuperamos energias num bar crioulo de praia em convívio com os donos e com uma estrangeira cinquentona amalucada que nos parecia ali regressar após alguns anos e que, para espanto do trio, os tratava como se fossem íntimos.

La Digue, Seychelles, Bar em Grande Anse

Proprietário de um bar à entrada da Grande Anse de La Digue, prepara-se para grelhar peixe.

Daniel aparece com um ar tranquilo mas conformado. Mais uma vez à sua boleia retornamos ao centrinho quase urbano da ilha. Já em La Passe, mudamos do carrinho de golfe para duas bicicletas sem mudanças, tão perras quanto seria possível, eventualmente as piores da ilha.

Mesmo em modo de queixume, pedalamos costa norte acima.

Ciclistas, La Digue, Seychelles

Moradores partilham bicicletas na povoação da pequena La Digue.

Logo na primeira rampa, constatamos porque vários outros ciclistas-turistas conduziam as suas bicicletas apeados.

É a pé que chegamos à beira do cemitério local, um conglomerado de campas e cruzes brancas coloridas por flores que se sucediam sobre a relva até ao domínio mais elevado da floresta.

Anse Severe e a Costa Urbanizada de La Digue

Os primeiros colonos franceses de La Digue desembarcaram na ilha acompanhados de escravos africanos, a partir de 1769.

Muitos regressaram a França mas os nomes de vários outros podem ser encontrados nas lápides mais antigas que tínhamos por diante, como nos apelidos dos actuais habitantes, descendentes dos colonos que ficaram, dos escravos entretanto libertados e de emigrantes asiáticos que a estes se juntaram.

Descemos do cemitério de novo para a beira-mar da Anse Severe.

Detemo-nos a examinar aquela praia semi-escondida à sombra de um exército poderoso de árvores takamaka com ramos que invadiam o areal.

Por baixo de uma destas árvores, encontramos uma vendedora de sumos instalada atrás de uma banca coberta de frutas tropicais coloridas que havia decorado com flores de hibisco cor-de-rosa.

Um Convívio Refrescante com Dona Alda dos Sumos

Perguntamos quanto custava cada sumo. Alda, a senhora, responde-nos dez euros como se não fosse nada. Explicamos-lhe que não podemos gastar vinte euros assim do nada em dois sumos.

A senhora reconhece que o preço é exagerado e recorre a uma panóplia de explicações: “sabem é que a banca não é minha, é do meu filho e foi o preço que ele e a mulher decidiram.

La Digue, Seychelles, Vendedora de Sumos

Vendedora de sumos a postos na banca por norma gerida pelo seu irmão.

Ao contrário do que a maior parte das pessoas pensam, a fruta aqui em La Digue, é cara, vem de Mahé já a preços bem altos.” Entretanto apresentámo-nos mutuamente. Alda comenta o que mais nos intrigava: “não é assim tão fácil nós plantarmos fruta por cá.

Os terrenos são muito caros por todas as Seychelles. Cada um de nós tem espaços mínimos em redor das casas. O que conseguimos plantar é para a família consumir.” Ficamos meia-hora à fala com a senhora que nos desabafa metade dos problemas da sua vida.

Sensibilizada pela companhia, oferece-nos os sumos que bebemos, entregues a mais conversa. Findas as bebidas, retomamos as bicicletas e a estradinha sinuosa de cimento.

Pedalamos esforçados mas re-hidratados quando atingimos o meandro apertado do extremo norte da ilha e passamos da Anse Severe para a Anse Patates.

A La Digue Sedutora de Patatran para Sudeste

Por altura do vilarejo de Patatran, o litoral de La Digue, ali bem mais suave do que o virado ao grande Índico da costa leste, volta a aprimorar-se.

Veste-se de uma fabulosa paleta de azuis e cianos marinhos prolongada céu acima. Novelos brancos verticais atravessam o firmamento e acima e ocultam o horizonte longínquo.

No plano abaixo do varandim de que apreciávamos este fabuloso panorama tropical único, se bem que comparável ao “The Baths” da ilha caribenha de Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas.

Um branco reflector emanava da areia que as vagas de enfeite não conseguiam molhar.

Coqueiros sedentos de frescura inclinam-se sobre o mar e deixam as suas silhuetas no areal, mais uma vez delimitado por “pointes” elegantes de granito.

Enquanto contornamos a costa do norte para oeste, o litoral de La Digue pouco deriva deste cenário imaculado.

La Digue, Seychelles, Silhueta em Ciano

Mulher fotografa as águas turquesa da costa norte da ilha.

A Pescaria Tresloucada de Thomas e Yencel

Já a pedalar na Anse Gaulettes, detemo-nos a espreitar a actividade de dois nativos que vasculhavam o mar, com a água pelos joelhos. Gesticulamos-lhes a nossa curiosidade. Respondem-nos para esperarmos um pouco. Passam apenas um minuto deitados na água.

Quando se levantam, exibem-nos o resultado da sua demanda: um polvo e um choco acabados de capturar.

Satisfeitos com o prémio quase instantâneo, caminham para fora de água. Mesmo antes de saírem, um deles ainda nos consegue surpreender: “Esperem lá! Pensavam que já tinha acabado.

La Digue, Seychelles, Pesca

Thomas e Yencel exibem as suas capturas do dia.

Ainda há mais.” Mergulha as mãos na água e retira-as já a segurar uma pequena tartaruga. “Se querem fotografar, sejam rápidos!

Elas entram em stresse se as segurarmos fora de água muito tempo.

OK, vou larga-la!” avisa-nos Thomas com a anuência de Yencel a partilharem risadas fáceis e solarengas enquanto se debatiam com as tentativas de mordedura da tartaruga e com as vagas que, mesmo comedidas, os desequilibravam.

La Digue, Seychelles, Tartaruga

Tartaruga apressada em regressar ao oceano Índico que banha La Digue e as Seychelles.

Deixamo-los a arrumarem os moluscos e seguimos a pedalar à frente. Pouco nos adiantamos quando deixamos cair uma garrafa de água e temos que encostar à berma.

Enquanto nos recompomos, o duo passa por nós com grande espalhafato. Thomas segue sobre uma bicicleta cor-de-rosa de criança que parece ter saído de uma qualquer promoção da Barbie.

Os dois acenam-nos “adeuses”, com enormes sorrisos e “byes” estridentes abaixo de uma nuvem com visual de mascote e extraviada a baixa altura. Thomas gritou-a a exibir os seus grandes dentes, perfeitos, ainda mais brancos pelo contraste com a pele negra.

La Digue, Seychelles, Ciclistas

Thomas e Yencel regressam a La Passe depois de capturarem polvos e chocos nas águas baixas de Anse Gaulettes.

De tão cómica e surreal, a cena lembra-nos parte de um daqueles históricos anúncios de TV do rum Malibu rodados nas Caraíbas.

La Digue e as suas Tartarugas Hiperbólicas e Quase Jurássicas

Continuamos costa leste abaixo até atingirmos à “pointe” da Anse Caiman que nos separava da Anse Cocos em que havíamos terminado a caminhada matinal.

Aí, voltamos uma vez mais ao ponto de partida de La Passe, comprarmos víveres numa mercearia quase a fechar e apontamos à fazenda e fábrica de copra agora histórica de Union.

La Digue, Seychelles, cuidados com as tartarugas

Grande cartaz esclarece os visitantes de La Union sobre os cuidados a terem com as tartarugas locais.

Em tempos, esta propriedade concentrava a principal produção de La Digue, os cocos.

Hoje, é um parque temático informal.

Abriga o maior e um dos mais antigos rochedos de granito da ilha, com 700 milhões de anos, quarenta metros de altura e diz-se que uma área de 4000 m2 e, na sua base, uma colónia malcheirosa, e barulhenta de tartarugas gigantes de Aldabra.

La Digue, Seychelles, Granito e Coqueiros

Grande bloco de granito no interior de La Digue.

Também libidinosas, devemos dizê-lo.

La Digue, Seychelles, Tartarugas em cópula

Velhas tartarugas de La Digue apanhada em plena actividade sexual.

Anse Source d’Argent: a La Digue Monumental

Espreitamo-las e também ao velho cemitério local.

Prosseguimos fazenda fora e chegamos à mais notória das praias de La Digue: Anse Source d’Argent. Damos entrada no seu ainda mais excêntrico reduto de granito pelo meio de alguns dos rochedos que tanto a caracterizam.

Já do lado de lá, encontramos a maré vazia como seria perfeito que estivesse. Entramos mar adentro com cuidado, entre corais e bancos de algas submersos.

E quando nos afastamos o suficiente da beira-mar, percebemos a sumptuosidade do cenário à frente.

Vemo-lo composto por sucessivos rochedos estriados e listados, alguns empoleirados em cima de outros, os mais baixos coroados por copas de coqueiros e cercados da floresta viçosa e pujante.

La Digue, Seychelles, Anse d'Argent

Visitantes de La Digue dentro de água a capturarem o incrível cenário dos rochedos de Anse Source d’Argent.

Durante todo o tempo que admiramos e fotografamos a paisagem, uma família de peixes-morcegos-redondos nada-nos em redor das pernas, a verificarem o que poderiam aproveitar da turbulência que provocávamos no leito do mar.

La Digue, Seychelles, Anse d'Argent peixes

Peixes cercam os banhistas que removem a areia junto aos seus territórios.

O ocaso anunciava-se e o ferry para Praslin zarpava daí a uma hora.

Sem estadia marcada em La Digue, corremos para o areal, apanhámos as bicicletas ainda presas a coqueiros e pedalámos à velocidade que aquelas pasteleiras permitiam em direcção à doca de La Passe.

Apanhamos o ferry sem sobressaltos e ainda com luz suficiente para um último olhar sobre algumas das incríveis obras de arte graníticas de La Digue.

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os "Caribanhos" Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério

Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.
PN Tortuguero, Costa Rica

A Costa Rica e Alagada de Tortuguero

O Mar das Caraíbas e as bacias de diversos rios banham o nordeste da nação tica, uma das zonas mais chuvosas e rica em fauna e flora da América Central. Assim baptizado por as tartarugas verdes nidificarem nos seus areais negros, Tortuguero estende-se, daí para o interior, por 312 km2 de deslumbrante selva aquática.
PN Tortuguero, Costa Rica

Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles

Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.
Victoria, Mahé, Seychelles

De "Estabelecimento" Francófono à Capital Crioula das Seychelles

Os franceses povoaram o seu “L’Établissement” com colonos europeus, africanos e indianos. Dois séculos depois, os rivais britânicos tomaram-lhes o arquipélago e rebaptizaram a cidade em honra da sua rainha Victoria. Quando a visitamos, a capital das Seychelles mantém-se tão multiétnica como diminuta.
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Visitantes nos Jameos del Água
Arquitectura & Design
Lanzarote, Ilhas Canárias

A César Manrique o que é de César Manrique

Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Gelados, Festival moriones, Marinduque, Filipinas
Cerimónias e Festividades
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia
Cidades
Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Cultura
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Casario sofisticado de Tóquio, onde o Couchsurfing e os seus anfitriões abundam.
Em Viagem
Couchsurfing (Parte 1)

Mi Casa, Su Casa

Em 2003, uma nova comunidade online globalizou um antigo cenário de hospitalidade, convívio e de interesses. Hoje, o Couchsurfing acolhe milhões de viajantes, mas não deve ser praticado de ânimo leve.
Moradora de Dali, Yunnan, China
Étnico
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos
História
Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

A Rampa de Lançamento do Programa Espacial Americano

De viagem pela Flórida, desviamos da órbita programada. Apontamos ao litoral atlântico de Merrit Island e do Cabo Canaveral. Lá exploramos o Kennedy Space Center e acompanhamos um dos lançamentos com que a empresa Space X e os Estados Unidos agora almejam o Espaço.
Maui, Havai, Polinésia,
Ilhas
Maui, Havai

Maui: o Havai Divino que Sucumbiu ao Fogo

Maui é um antigo chefe e herói do imaginário religioso e tradicional havaiano. Na mitologia deste arquipélago, o semi-deus laça o sol, levanta o céu e leva a cabo uma série de outras proezas em favor dos humanos. A ilha sua homónima, que os nativos creem ter criado no Pacífico do Norte, é ela própria prodigiosa.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde
Natureza
Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde

Chã das Caldeiras a Mosteiros: descida pelos Confins do Fogo

Com o cimo de Cabo Verde conquistado, dormimos e recuperamos em Chã das Caldeiras, em comunhão com algumas das vidas à mercê do vulcão. Na manhã seguinte, iniciamos o regresso à capital São Filipe, 11 km de caminho para Mosteiros abaixo.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
A Gran Sabana
Parques Naturais

Gran Sabana, Venezuela

Um Verdadeiro Parque Jurássico

Apenas a solitária estrada EN-10 se aventura pelo extremo sul selvagem da Venezuela. A partir dela, desvendamos cenários de outro mundo, como o da savana repleta de dinossauros da saga de Spielberg.

Barco no rio Amarelo, Gansu, China
Património Mundial UNESCO
Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Tombolo e Punta Catedral, Parque Nacional Manuel António, Costa Rica
Praias
PN Manuel António, Costa Rica

O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
Gravuras, Templo Karnak, Luxor, Egipto
Religião
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Autocarro garrido em Apia, Samoa Ocidental
Sociedade
Samoa  

Em Busca do Tempo Perdido

Durante 121 anos, foi a última nação na Terra a mudar de dia. Mas, Samoa percebeu que as suas finanças ficavam para trás e, no fim de 2012, decidiu voltar para oeste da LID - Linha Internacional de Data.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas
Vida Selvagem
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.