São Tomé, São Tomé e Príncipe

Pelo Cocuruto Tropical de São Tomé


Barcos na Gravilha
Embarcações tradicionais de madeira a salvo das vagas, no norte da ilha de São Tomé.
Enseada do Norte
Enseada à vista da Roça Monte Forte.
Igreja do Carmo
A igreja sobranceira da roça Agostinho Neto.
Lagoa Azul
Visitantes deliciam-se com as águas mornas e turquesa da Lagoa Azul.
Barco Zarpa da Lagoa Azul
Embarcação de pesca distancia-se da costa norte da ilha de São Tomé.
Peixe Porco-Espinho
Pescador exibe um porco-espinho recém-pescado na roça Agostinhp Neto.
Gerações
Almoço
Hora do Recreio
Alunos jogam futebol na escola da Roça Agostinho Neto.
Cesto de Cacau
Trabalhadora carrega cacau num armazém da roça Agostinho Neto.
Dia-a-Dia
Cena caricata de vida num muro da roça Agostinho Neto.
Alameda para o Hospital
Alameda que conduz ao velho hospital da Roça Agostinho Neto.
Roça Monte Forte
Recanto do edifício principal da roça Monte Forte.
Banhos de Água Funda
Crianças divertem-se nas águas escuras da Ribeira Funda.
Roça Água Funda
Casa ribeirinha da roça da Ribeira Funda.
Túnel Santa Catarina
O túnel providencial de Santa Catarina.
Manada
Manada da roça Diogo Vaz ocupa a estrada que circunda o norte de São Tomé.
Vaqueiro da Roça Diogo Vaz
Jovem vaqueiro posa com uma das muitas vacas de que toma conta.
Padrão dos Descobrimentos
O monumento que marca o lugar em que desembarcaram os descobridores portugueses da ilha de São Tomé.
Recanto da Roça Monte Forte
Outro recanto, mais colorido, da roça Monte Forte.
Com a capital homónima para trás, rumamos à descoberta da realidade da roça Agostinho Neto. Daí, tomamos a estrada marginal da ilha. Quando o asfalto se rende, por fim, à selva, São Tomé tinha-se confirmado no top das mais deslumbrantes ilhas africanas.

Nuns meros quilómetros, o trajecto rumo ao interior norte da ilha confirma-se uma nova viagem no tempo.

A urgência que nos movia era a do conhecimento. Sem que o esperássemos, a estrada da província de Lobata deixa-nos na base de uma longa rampa empedrada que a erva se esforçava por invadir.

Conduzia ao edifício do velho hospital da Roça Rio do Ouro, apesar do quase meio século de degradação, ainda destacado da selva envolvente pelo tom de salmão da fachada de cem metros.

O hospital foi erguido durante os anos 20 do século XX, para dar resposta à população crescente dos colonos e trabalhadores da Sociedade Agrícola Valle Flôr, uma das maiores e mais influentes do arquipélago.

Quem, como nós, se depara com a quantidade de transeuntes que sobem, descem e vivem a alameda murada, sente-se tentado a pensar que nada mudou da era colonial para cá.

A Vida Pós-Colonial da Roça Rio do Ouro, agora, Roça Agostinho Neto

E, no entanto, no período pós-independência de São Tomé e Príncipe, a roça foi rebaptizada em homenagem ao pai da independência de Angola, Agostinho Neto.

Tanto o hospital como a roça em geral perderam a sua função e capacidade operacional. O hospital nunca mais recuperou do abandono logístico que o vitimou.

A roça, essa, só há alguns anos deu sinais produtivos de vida, detectáveis, sobretudo, pelo retomar da produção do cacau.

Alcançamos a escadaria do edifício central. No cimo, um tapete estendido sobre o corrimão frontal precede a entrada. Uma porta de madeira remendada, escancarada, serve de convite.

Entramos. Em vez de uma recepção, de enfermeiros, médicos e pacientes, damos com duas mulheres mal-sentadas a descascarem e cortarem a mandioca do almoço.

Preparam-no junto a um recanto do átrio adaptado a lar, como tantos outros que viríamos a encontrar, se bem que a maior parte das casas se mantém nas velhas sanzalas destinadas aos trabalhadores e famílias.

Deixamo-nos perder, por algum tempo mais, naquele abandono hospitalar, sob o olhar das raparigas surpreendidas pela intrusão.

A Azáfama Santomense nas Velhas Sanzalas da Roça Agostinho Neto

Demovidos pela falta de outros moradores ou interlocutores, mudamo-nos para uma das alamedas de sanzalas.

Aí, sim, concentrava-se o dia-a-dia da roça: em estendais com cores que resplandeciam ao sol. Em pais e filhos que partilhavam aposentos e átrios diminutos e as vidas de uns e dos outros.

Uma jovem santomense irrompe de um beco murado.

Prenda-nos com um sorriso incondicional que nem as duas próximas gerações que carregava, uma nos braços, outra na barriga bem grávida, pareciam incomodar.

Um transeunte seu vizinho, regressado do mar, exibe-nos um peixe porco-espinho recém-capturado.

Chegamos a um pátio desafogado, estendido numa área plana entre sanzalas. Dali, observamos, em formato panorâmico, os seus vários níveis.

As mais próximas, adicionadas a posteriori, cobertas por grandes chapas. As antigas, maiores, ainda cobertas de telha portuguesa envelhecida pelo sol tropical.

E, sobranceira, como era suposto numa ex-colónia benzida pelo catolicismo, a igreja da Nª Srª do Carmo, quase tão alva como a roupa branca nos estendais esvoaçantes.

O Regresso Oportuno do sempre Valioso Cacau

Abaixo dessa espécie de recreio, por fim, em estufas plásticas e armazéns lúgubres, testemunhamos como, nos últimos tempos, a roça se havia inspirado na história, como procurava reavivar os tempos em que São Tomé e Príncipe foi o maior produtor mundial de cacau.

Uma trabalhadora espalhava os grãos que secavam sob o calor abafado. Quatro ou cinco outros, transportavam grandes cestos cheios, entre estufas e depósitos.

Num armazém próximo, uma equipa de mulheres sentadas ou acocoradas, algumas com a companhia de crianças, escolhiam o cacau de grandes montes, com paciência inesgotável.

Nas décadas mais recentes, associada à popularização do chocolate e derivados, a procura do cacau aumentou sobremaneira.

Justificou a sua produção em São Tomé e Príncipe, mesmo se semi-artesanal e em quantidades ínfimas, se comparado, por exemplo, com o grande rival africano, o Gana. São Tomé e Príncipe, o Gana e África em geral laboram, agora, por sua conta.

Ainda celebram as suas independências.

Um painel com um busto negro impera, destacado sobre a placa pós-colonial identificativa da propriedade: “Empresa Estatal Agro-Pecuária Dr. António A. (Agostinho) Neto.”

Não longe, damos com o edifício verde-gasto que acolhe a escola local.

Lá decorre uma partida de futebol aguerrida, disputada pela miudagem num descampado de terra.

Do lado de lá do muro que o delimita, desenrola-se uma corrida de pneus, guiados, descida abaixo, por quatro ou cinco rapazes munidos de varas.

Lagoa Azul, um Pedaço Deslumbrante de Atlântico ainda Norte

Volta após volta, já circulávamos na roça havia mais de uma hora. Vem-nos à mente o itinerário do norte da ilha que era suposto cumprirmos até ao fim do dia. Regressamos ao jipe.

Apontamos ao litoral norte de São Tomé.

Passamos por Guadalupe. Logo, atalhamos para a Lagoa Azul, uma enseada encaixada num apêndice de terra peculiar, encerrado por um promontório ervado de que desponta um farol miniatura homónimo.

Revela-se, ao mesmo tempo, deslumbrante e aconchegante a praia que ali desvendamos, com a sua amostra de areal revelado pela maré-vaza, abaixo de um entorno de calhaus e rochedos de origem vulcânica.

Banham a praia águas atlânticas translúcidas, de um tom turquesa intenso, mais resplandecente que os verdes da erva e dos tamarindos e de outras árvores em redor. Confronta ainda o areal um embondeiro portentoso e, até que a época da queda chegasse, frondoso.

Deleitavam-se na lagoa tépida alguns expatriados, de folga das missões que os levaram a São Tomé. Entretanto, junta-se-lhes uma família santomense, chegada da banca que por ali serve peixe e banana grelhados.

Prendamo-nos com uma curta pausa de deleite balnear. Sob o sol quase equatorial – a Linha do Equador passa sobre o Ilhéu das Rolas, secamo-nos em três tempos. Voltamos à estrada.

Apontamos a Neves, a capital do distrito de Lembá. Lá nos detemos por breves instantes para comprar petiscos. Prosseguimos para sudoeste.

O Projecto Hoteleiro da Roça Monte Forte

No lugarejo seguinte, visitamos a Roça Monte Forte, à data, um projecto de alojamento em que se empenhava um tal de Sr. Jerónimo Mota que nos recebe de braços abertos, trajado com uma camisola da selecção das quinas, comemorativa da derrota com a Grécia na final do Euro 2004.

Jerónimo mostra-nos o edifício principal, todo ele de madeira, com excepção para o telhado, uma vez mais de telha portuguesa clássica.

O anfitrião faz-nos sentar no átrio, em cadeiras de esplanada Super Bock. Serve-nos sumos naturais.

Findos os refrescos, conduz-nos pelo alpendre e pelas varandas, cada qual com vistas privilegiadas sobre a encosta verdejante e o limiar do Atlântico Norte.

Jerónimo passa-nos uma folha de agenda, com a morada e os contactos escrevinhados numa caligrafia contorcionista que, por muito que tentássemos, falharíamos sempre em imitar.

Cumpridas as despedidas, acompanha-nos de volta ao asfalto.

A Estrada de Monteforte a Anambó

Segue-se Esprainha. E Monteforte, a povoação, agora de nome todo junto.

Ao passarmos pela ponte sobre o rio Água Monte Forte, constatamos uma manada de vacas estendida sobre o caudal raso, dividida entre beber da água e devorar as folhas tenras de árvores recém-caídas.

O vaqueiro que as guarda, de sorriso fácil, acerca-se.

Informa-nos que a manada é da Roça Diogo Vaz e ri-se a bom rir quando o alertamos, na brincadeira que, a passarem tanto tempo no rio, os animais se transformariam em hipopótamos.

A estrada torna-se ainda mais sinuosa.

Envolve-a um manto denso de folhas secas de visual outonal, mesmo se o Outono ainda está por visitar São Tomé. Enfia-se numa floresta tropical densa que se insinua ao mar.

Do Padrão dos Descobrimentos de Anambó ao Fim da Estrada

Na beira-mar verdejante, húmida e vulcânica de Anambó encontramos o padrão dos descobrimentos que marca o lugar em que desembarcaram, em 1470, João de Santarém e Pêro Escobar, os descobridores portugueses de São Tomé.

Descemos toda a costa de Santa Clotilde e, entretanto, a de Santa Catarina.

Ali, a via avança na base de uma encosta abrupta, pouco mais de dois metros acima do nível do mar.

Atravessamos um túnel pitoresco que um avanço da falésia impôs ao itinerário.

Uns quilómetros adicionais para sul, cruzado o rio Bindá, a estrada confronta-se com a vastidão selvagem do Parque Natural Ôbo e desiste.

Força-nos a inverter caminho.

Com o sol já desaparecido para o lado oposto da ilha, só interrompemos o regresso em Ribeira Funda.

Fazemo-lo deslumbrados com a alegria com que alguns miúdos, de pelota, repetiam mergulhos acrobáticos para o rio profundo, percorrido por patos. Mais que isso, de cor suspeita.

Toda a acção e a diversão a decorrerem em frente à mansão colonial de uma antiga fazenda. Algures no norte, noroeste exuberante de São Tomé. Sem sinais do extremo oposto da ilha.

Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde

Chã das Caldeiras a Mosteiros: descida pelos Confins do Fogo

Com o cimo de Cabo Verde conquistado, dormimos e recuperamos em Chã das Caldeiras, em comunhão com algumas das vidas à mercê do vulcão. Na manhã seguinte, iniciamos o regresso à capital São Filipe, 11 km de caminho para Mosteiros abaixo.
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe

Ilhéu das Rolas: São Tomé e Principe a Latitude Zero

Ponto mais austral de São Tomé e Príncipe, o Ilhéu das Rolas é luxuriante e vulcânico. A grande novidade e ponto de interesse desta extensão insular da segunda menor nação africana está na coincidência de a cruzar a Linha do Equador.
São Tomé, São Tomé & Príncipe

Viagem até onde São Tomé Aponta o Equador

Fazemo-nos à estrada que liga a capital homónima ao fundo afiado da ilha. Quando chegamos à Roça Porto Alegre, com o ilhéu das Rolas e o Equador pela frente, tínhamo-nos perdido vezes sem conta no dramatismo histórico e tropical de São Tomé.
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
Ilha do Fogo, Cabo Verde

À Volta do Fogo

Ditaram o tempo e as leis da geomorfologia que a ilha-vulcão do Fogo se arredondasse como nenhuma outra em Cabo Verde. À descoberta deste arquipélago exuberante da Macaronésia, circundamo-la contra os ponteiros do relógio. Deslumbramo-nos no mesmo sentido.
São Nicolau, Cabo Verde

São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

Partidas forçadas como as que inspiraram a famosa morna “Sodade” deixaram bem vincada a dor de ter que deixar as ilhas de Cabo Verde. À descoberta de Saninclau, entre o encanto e o deslumbre, perseguimos a génese da canção e da melancolia.
Brava, Cabo Verde

A Ilha Brava de Cabo Verde

Aquando da colonização, os portugueses deparam-se com uma ilha húmida e viçosa, coisa rara, em Cabo Verde. Brava, a menor das ilhas habitadas e uma das menos visitadas do arquipélago preserva uma genuinidade própria da sua natureza atlântica e vulcânica algo esquiva.
Santo Antão, Cabo Verde

Pela Estrada da Corda Toda

Santo Antão é a mais ocidental das ilhas de Cabo Verde. Lá se situa um limiar Atlântico e rugoso de África, um domínio insular majestoso que começamos por desvendar de uma ponta à outra da sua deslumbrante Estrada da Corda.
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Ilha da Boa Vista, Cabo Verde

Ilha da Boa Vista: Vagas do Atlântico, Dunas do Sara

Boa Vista não é apenas a ilha cabo-verdiana mais próxima do litoral africano e do seu grande deserto. Após umas horas de descoberta, convence-nos de que é um retalho do Sara à deriva no Atlântico do Norte.
Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
São Tomé (cidade), São Tomé e Príncipe

A Capital dos Trópicos Santomenses

Fundada pelos portugueses, em 1485, São Tomé prosperou séculos a fio, como a cidade porque passavam as mercadorias de entrada e de saída na ilha homónima. A independência do arquipélago confirmou-a a capital atarefada que calcorreamos, sempre a suar.
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Centro de São Tomé, São Tomé e Príncipe

De Roça em Roça, Rumo ao Coração Tropical de São Tomé

No caminho entre Trindade e Santa Clara confrontamo-nos com o passado colonial terrífico de Batepá. À passagem pelas roças Bombaim e Monte Café, a história da ilha parece ter-se diluído no tempo e na atmosfera clorofilina da selva santomense.
Roça Sundy, Ilha do Príncipe, São Tomé e Príncipe

A Certeza da Teoria da Relatividade

Em 1919, Arthur Eddington, um astrofísico britânico, escolheu a roça Sundy para comprovar a famosa teoria de Albert Einstein. Decorrido mais de um século, o norte da ilha do Príncipe que o acolheu continua entre os lugares mais deslumbrantes do Universo.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
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Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
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Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
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Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
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Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
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Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
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Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
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À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
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Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.
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A determinada altura, um braço de mar divide a longa faixa arenosa e repleta de dunas hiperbólicas que delimita a Baía de Maputo. Machangulo, assim se denomina a secção inferior, abriga um dos litorais mais grandiosos de Moçambique.
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Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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Parques Naturais
Reserva Natural de Malolotja, eSwatini

Malolotja: o Rio, as quedas d’água e a Reserva Natural Grandiosa

Meros 32km a nordeste da capital Mbabane, sobre a fronteira com a África do Sul, ascendemos a terras altas, rugosas e vistosas de eSwatini. Por lá flui o rio Malolotja e se despenham as cascatas homónimas, as mais altas do Reino. Manadas de zebras e de antílopes percorrem os pastos e florestas em redor, numa das reservas com maior biodiversidade do sul de África.  
Albreda, Gâmbia, Fila
Património Mundial UNESCO
Barra a Kunta Kinteh, Gâmbia

Viagem às Origens do Tráfico Transatlântico de Escravos

Uma das principais artérias comerciais da África Ocidental, a meio do século XV, o rio Gâmbia era já navegado pelos exploradores portugueses. Até ao XIX, fluiu pelas suas águas e margens, boa parte da escravatura perpetrada pelas potências coloniais do Velho Mundo.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Teleférico que liga Puerto Plata ao cimo do PN Isabel de Torres
Praias
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Cortejo Ortodoxo
Religião
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Sociedade
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Parque Nacional Everglades, Florida, Estados Unidos, voo sobre os canais dos Everglades
Vida Selvagem
Parque Nacional Everglades, Flórida, E.U.A.

O Grande Rio Ervado da Flórida

Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.