Ilha Saona, República Dominicana

Uma Savona nas Antilhas


Pura Saona
Lares dos Trópicos
La Família
Carroça Tropical
Fila Insta
Artesanato Vegetal
Avenida das Vendas
Estátua Ensurdecida
Sombras ao Sol
Turno Policial em Manu Juan
Banca das Pinas Coladas
Desembarque
Lagostas de Manu Juan
Passeio à Beira-Mar
Comidas Nacionales
Ancoragem do Coqueiral
Agente De Oleo
Duo da Beira-Mar
Avenida das Vendas II
Trio da Galeria

Durante a sua segunda viagem às Américas, Colombo desembarcou numa ilha exótica encantadora. Baptizou-a de Savona, em honra de Michele da Cuneo, marinheiro savonês que a percebeu destacada da grande Hispaniola. Hoje tratada por Saona, essa ilha é um dos édenes tropicais idolatrados da República Dominicana.

A saída madrugadora de Uvero Alto começa por se provar dolorosa.

Assim que vencemos o desconforto das poucas horas dormidas e aderimos à energia contagiante de Melvin Durán, as recompensas sucedem-se.

Já tínhamos sobrevivido, antes, à baía de Bayahibe. Já tínhamos testemunhado a multidão que as dezenas de guias se esforçavam por manter em grupo e em fila.

Tratavam-nas por “famílias”, distinguidas pelos seus apelidos, ou outros baptismos improvisados.

Ilha Saona, República Dominicana, trabalhador haitiano

Com o sol a subir no horizonte, vários dos visitantes abrigavam-se na sombra concedida pela vegetação do limiar noroeste do Parque Nacional Cotubanamá.

Lá os emboscavam os mosquitos sem fim do manguezal contíguo, agradecidos pelas peles lisas e o sangue acessível dos forasteiros.

Como o faziam os vendedores de charutos, óculos de sol, chapéus e afins, nos dias que correm, com o Haiti num caos absoluto, quase todos emigrantes provindos do lado ocidental de Hispaniola.

Os capitães responsáveis pela frota de lanchas e catamarãs ancorados, processam uma complexa divisão dos passageiros pelos barcos.

Aos poucos, zarpam lanchas e catamarãs, boa parte deles com nomes Disney ou tão só infantis: “Pinóquio”, “Pluto”, “Mini” e assim. Mesmo à pinha, salvavam os gringos da espera pelo paraíso prometido.

Uma Incursão Privilegiada à Concorrida Ilha Saona

Ao partirmos de Uvero Alto sobre a alvorada, parte de um grupo restrito, poupámo-nos a esta e a outras provações. A lancha que nos esperava deixa a enseada, sem sinal de grupos, filas ou confusões.

Mesmo a meio da época das chuvas e dos furações das Caraíbas, amanhecia um dia solarengo, luminoso a condizer.

Refastelados nos assentos da frente, deixamos o vento massajar-nos as faces.

Vemos o farol listado de Bayahibe ficar para trás e o litoral quase raso e florestado do oeste do PN Cotubanamá desenrolar-se.

Ilha Saona, República Dominicana, farol Bayahibe

A Lagoa Natural e Tropical ao Largo da Playa Palmilla

Nuns minutos, chegamos a La Palmilla, uma zona de águas rasas, contidas por um recife de coral ao largo.

Ali, o Mar das Caraíbas tinge-se de um azul-turquesa translúcido ainda mais resplandecente.

Piscina natural de Palmilla abaixo, passamos por trechos de beira-mar ocupados pelo reality showSurvivor”. Melvin, alerta-nos para as suas estruturas.

Ilha Saona, República Dominicana, Playa Palmilla

Sem que o esperássemos, percebemos que decorrem provas e as respectivas filmagens.

Passamos por elas numa rápida panorâmica náutica.

Logo, contornamos o salpicado coralífero ao largo da punta Palmillas, um extremo sudoeste do PN Cotubanamá comparável à bota da península Itálica.

Nem por acaso.

A Visita Pioneira de Cristóvão Colombo e do Amigo Michele da Cuneo

Um dos primeiros europeus a avistar esta zona e a identificar o estreito a sul, em 1494, terá sido Michele Da Cuneo, durante a segunda expedição de Cristovão Colombo às Américas.

Foi Da Cuneo, um marinheiro italiano amigo de Colombo que lhe afiançou e à tripulação que se tratava de uma ilha.

Em jeito de recompensa, Colombo concedeu-lha.

Avancemos até ao dealbar do século XVI.

A partir da recém-fundada povoação de Santo Domingo, um capitão de nome Juan de Esquível e os seus homens tinham já dominado boa parte do sul e centro de Hispaniola.

Resistiam-lhes apenas, em Adamanay (nome original de Saona) uma bolsa de nativos liderados por Cotubanamá, um cacique altivo e carismático que há muito impressionava e apoquentava os conquistadores.

Por fim, em 1504, os espanhóis capturaram Cotubanamá e dominaram os Tainos da ilha.

O governador de Hispaniola, Nicolas de Ovando, arquirrival que odiava Colombo, ditou o enforcamento do cacique.

Ao eliminá-lo, abriu caminho à colonização da Saona em que estávamos prestes a ancorar.

O Desembarque Matinal na Povoação Solitária de Manu Juan

Cruzamos o estreito de Catuano.

Quase a meio da costa sul, avistamos um casario dotado de um molhe.

Desembarcamos para um areal coralífero banhado por uma ondulação gentil.

Subimos, primeiro para a sombra dos coqueiros, onde devoramos um pequeno-almoço providencial.

Em seguida, mudamo-nos para junto de uma placa identificativa do PN Cotubanamá. E de Manu Juán, a única verdadeira povoação, humilde “capital” da ilha Saona.

Melvin Durán elucida-nos quanto ao lugarejo e às suas gentes de génese piscatória.

Seguimo-lo casario adentro.

Até à sede da SAONI, uma operação de protecção e estudo das tartarugas de Saona, liderada por El Negro, um morador determinado assegurar a sobrevivência e proliferação das espécies que desovam nos areais em volta.

Dali, passamos pela esquadra de polícia espartana da ilha.

No interior, fotografamos um fotogénico e surpreso agente De Oleo, uma mão no seu telemóvel, outra no coldre, sob um tríptico que exulta os fundadores da pátria dominicana.

A “Avenida” Comercial de Manu Juan, numa Beira-Mar Imaculada

De regresso à beira-mar, damos com a avenida comercial emblemática de Manu Juan, formada por duas filas de cabanas, com telhados de folhas de coqueiro.

Encontramo-las repletas do artesanato, roupa e bugigangas que os lojistas residentes, quase sempre de bem com a vida e sorridentes, tentam impingir aos forasteiros.

Uma vez mais sobre o areal, um pescador recém-desembarcado exibe-nos duas lagostas vivas.

Nas imediações, a banca bela e amarela da AVAISA, Asociación de Vendedores da Isla Saona expõe as piñas (ananases) essenciais às suas reputadas Pinãs Coladas.

Sentimo-nos aliciados. Malgrado tudo o que tínhamos vivido desde o despertar, pouco passava das dez da manhã.

Resistimos à doce tentação.

Despedimo-nos de Manu Juan. Como é suposto neste tipo de excursões, dedicam-se vários tempos ao lazer balnear.

Melvin faz-nos inverter o rumo.

A Playa del Toro e a Laguna Flamingos, de Volta ao Ponto de Partida

Contornamos uma protuberância da costa.

Desembarcamos numa tal de Playa del Toro em que retomamos o modo de exploração.

Atravessamos uma sebe de coqueiros e de arbustos.

Do lado de lá, damos com uma lagoa imensa, de águas terrosas de tom de mostarda, batida por uma ventania que a sebe parecia barrar da praia.

Era uma das várias lagoas do interior de Saona, a dos Flamingos.

Assim ficou conhecida devido aos muitos bandos destas aves pernaltas que lá se costumam alimentar, à imagem da bem mais vasta Lagoa de Oviedo, situada entre Barahona e a praia imaculada de Bahia de Las Águilas.

Por aquela altura, nem sinal delas. Apenas um estranho fedor que invadia o areal e o mar.

Questionamos Melvin sobre o que o causava.

“É por essa razão que chamaram à praia Del Toro.” esclarece-nos. “O sol e o sal fazem decompor umas algas que se desenvolvem à superfície. Aos poucos, a fermentação gera este aroma. Hoje, nem é nada. Há dias que não podemos cá trazer ninguém.”

Refrescamo-nos no mar azulão e raso. Pouco depois, voltamos a mudar de pouso.

Escala num Recanto Balnear à Pinha de Instagrammers e Afins

Para uma praia mais a norte, dotada de infraestruturas e equipamentos, lugar abençoado de um almoço já há algum tempo ansiado.

Quando desembarcamos, somos uns poucos sobre o areal, nós, umas massagistas, fotógrafos e vendedores dominicanos e haitianos.

Melvin alerta-nos para uma curiosidade: “Notem aquele coqueiro quase deitado. Vão ver a fila que, daqui a pouco, ali se vai gerar.”

Um a um, chegam mais lanchas e catamarãs. Repletos de instagramers e influencers que conheciam a árvore de ginjeira. E que para ela corriam mal punham os pés sobre a areia.

Tal como Melvin tinha alertado, logo se formou e se alongou a tal fila.

Bem maior e mais disputada que a do buffet de que, não tarda, nos servimos.

Após o repasto, aventuramo-nos por uma extensão a sul da praia, com as suas próprias estruturas.

Danificadas por um dos vários furacões que devastam, todos os anos, as Antilhas e de que a natureza tropical se tinha apoderado.

Sedentos de sangue, os mosquitos expulsam-nos em três tempos.

Razão porque nos intriga a dobrar quando passa por nós, a caminho da arena de lutas de galos de Manu Juan, um nativo mulato de olhos verde-azeitona que agarrava um galo contra uma camisola de alças dos Chicago Bulls.

Cumprimentamo-lo. Metemos conversa.

Explica-nos que é o seu melhor galo de combate. Que há muito que, com ele, se habituou a ganhar apostas e dinheiro fácil, que quase nem precisava de o treinar.

Por essa altura, Melvin já nos procurava. Apressados pelo seu apelo distante, regressamos ao ponto de encontro e de reembarque.

Um Regresso Vespertino à Lagoa Marinha de La Palmilla

Zarpamos rumo a Palmilla e à atracção incontornável de qualquer incursão a Saona, a sua piscina natural.

No sentido contrário das restantes embarcações turísticas, temo-la quase só para nós, uma vastidão de ciano translúcido, amornada pelo sol tropical, salpicada de estrelas-do-mar que os guias proíbem os banhistas de tocar.

Entregues àquele deleite caribenho, vem-nos à mente o desígnio que os Estados Unidos chegaram a manter para Saona, durante a 2ª Guerra Mundial, de lá construírem uma base militar.

Tal plano foi combatido com todas as suas forças pelo presidente e ditador dominicano contemporâneo, Rafael Trujillo que tudo fez para habitar e civilizar a ilha, e assim evitar uma invasão que, a determinada altura, e ainda durante a década passada chegou a parecer iminente.

Nos nossos dias, a ilha abriga mais de trezentas famílias, quase todas concentradas em Manu Juan.

Tem pouco que ver com a Savona da Ligúria.

Mesmo concorrida como é, quem tem o privilégio de a descobrir, não a troca por nada deste mundo.

 

COMO IR:

Reserve o seu pacote para a República Dominicana e respectivas excursões – incluindo Ilha Saona – comercializados pelo operador Jolidey e disponíveis nas agências de viagens.

Já na Rep. Dominicana, também poderá reservar a sua excursão à Ilha Saona ou outros tours através da agência Visit Dominican Republic

Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.
San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton

Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os "Caribanhos" Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Montãna Redonda e Rancho Salto Yanigua, República Dominicana

Da Montaña Redonda ao Rancho Salto Yanigua

À descoberta do noroeste dominicano, ascendemos à Montaña Redonda de Miches, recém-transformada num insólito apogeu de evasão. Desse cimo, apontamos à Bahia de Samaná e a Los Haitises, com passagem pelo pitoresco rancho Salto Yanigua.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Competição do Alaskan Lumberjack Show, Ketchikan, Alasca, EUA
Arquitectura & Design
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Cerimónias e Festividades
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Manequins e pedestres reflectidos
Cidades
Saint John's, Antigua

A Cidade Caribenha de São João

Situada numa enseada oposta àquela em que o Almirante Nelson fundou as suas estratégicas Nelson Dockyards, Saint John tornou-se a maior povoação de Antígua e um porto de cruzeiros concorrido. Os visitantes que a exploram além do artificial Heritage Quay, descobrem uma das capitais mais genuínas das Caraíbas.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Cultura
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
kings canyon, Red centre, coracao, Australia
Em Viagem
Red Centre, Austrália

No Coração Partido da Austrália

O Red Centre abriga alguns dos monumentos naturais incontornáveis da Austrália. Impressiona-nos pela grandiosidade dos cenários mas também a incompatibilidade renovada das suas duas civilizações.
Casinhas miniatura, Chã das Caldeiras, Vulcão Fogo, Cabo Verde
Étnico
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã “Francês” à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Nelson Dockyards, Docas de Antigua,
História
English Harbour, Antigua

Docas de Nelson: a Antiga Base Naval e Morada do Almirante

No século XVII, já os ingleses disputavam o controle das Caraíbas e do comércio do açúcar com os seus rivais coloniais, apoderaram-se da ilha de Antígua. Lá se depararam com uma enseada recortada a que chamaram English Harbour. Tornaram-na um porto estratégico que também abrigou o idolatrado oficial da marinha.
Teleférico Achadas da Cruz à Quebrada Nova, Ilha da Madeira, Portugal
Ilhas
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Cavalos sob nevão, Islândia Neve Sem Fim Ilha Fogo
Inverno Branco
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Visitante arrisca a vida no cimo das colunas de basalto de Reynisfjara.
Natureza
Sul da Islândia

Sul da Islândia vs Atlântico do Norte: uma Batalha Monumental

Vertentes de vulcões e fluxos de lava, glaciares e rios imensos, todos pendem e fluem do interior elevado da Terra do Fogo e Gelo para o oceano frígido e quase sempre irado. Por todas essas e tantas outras razões da Natureza, a Sudurland é a região mais disputada da Islândia.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Parques Naturais
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Moscovo, Kremlin, Praça Vermelha, Rússia, rio Moscovo
Património Mundial UNESCO
Moscovo, Rússia

A Fortaleza Suprema da Rússia

Foram muitos os kremlins erguidos, ao longos dos tempos, na vastidão do país dos czares. Nenhum se destaca, tão monumental como o da capital Moscovo, um centro histórico de despotismo e prepotência que, de Ivan o Terrível a Vladimir Putin, para melhor ou pior, ditou o destino da Rússia.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Apanhador de cocos, em Unawatuna, Sri Lanka
Praias
Unawatuna a Tongalle, Sri Lanka

Pelo Fundo Tropical do Velho Ceilão

Deixamos a fortaleza de Galle para trás. De Unawatuna a Tangale, o sul do Sri Lanka faz-se de praias com areia dourada e de coqueirais atraídos pela frescura do Índico. Em tempos, palco de conflito entre potências locais e coloniais, este litoral é há muito partilhado por mochileiros dos quatro cantos do Mundo.
Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, Um matrimónio espacial
Religião
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Cabine lotada
Sociedade
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Vida Selvagem
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.