Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar


Expressões de Fachada
Fachada decorada com rostos, à entrada da Marina de Angra do Heroismo.
Minifúndio sem fim
O minifúndio impressionante da Terceira visto de um miradouro da Serra do Cume
Casario de Angra do Heroísmo
Casario de Angra do Heroismo, visto de uma encosta do Monte Brasil.
Tourada Inusitada
Pseudo-toureiros provocam um touro durante a tourada à corda de Biscoitos, na costa norte da Terceira.
Assistência da Tourada à Corda
Pequena multidão assiste à tourada à corda, em Biscoitos.
Curral ao Ar Livre
Uma vaca nos seu curral de pedra, no sopé verdejante da Serra do Cume.
Ti Manel da Quinta
A sala de refeições pitoresca da "Venda do Ti Manel da Quinta"
A Banda II
Banda anima uma das cerimónias religiosas do Divino do Espírito Santo, em frente ao Império da Caridade de Praia da Vitória.
Fonte Moderna
Fundo de uma fonte arquitectónica entre a Igreja da Misericórdia e a marina de Angra de Heroísmo.
Para cá e para lá.
Transeuntes percorrem dois dos passeios que contornam a marina de Angra do Heroísmo.
Minifúndio com gado
Um dos retalhos encurralados que se podem avistar do topo da Serra do Cume até ao horizonte.
Abençoada Angra do Heróismo
Casario de Angra do Heroísmo com duas das suas maiores igrejas em destaque.
Loja Quinta do Martelo
Emanuel Almeida, funcionário da Quinta do Martelo ao balcão da loja antiga no piso térreo do restaurante "A Venda do Ti Manel da Quinta"
Tourada dos Biscoitos
Touro confronta uma multidão de participantes na tourada à corda de Biscoitos.
A Banda
Músicos da banda animam a cerimónia do Divino do Espírito Santo.
Casario ao último sol
Casario da costa norte da ilha Terceira.
Vista Serra do Cume
O impressionante minifúndio da Terceira, como visto do cimo da Serra do Cume.
A Marina
A marina de Angra de Heroísmo, com a Catedral azul da Misericórdia ao fundo.
Debaixo do pinheiro
Esplanada de Angra do Heroísmo embelezada pela calçada artística da cidade.
Linhas de Angra
Rua íngreme de Angra do Heroísmo.
Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.

A pitoresca Quinta dos Figos dista apenas quinze minutos das mundialmente famosa Lajes, lugar do aeroporto da ilha Terceira em que tínhamos acabado de aterrar e da famosa base norte-americana.

Mesmo assim, instalamo-nos no quarto em modo de toca-e-foge. Saímos à pressa para espreitar as ruas de Praia da Vitória e damos de caras com um de tantos Impérios coloridos que abençoam e enfeitam a ilha Terceira.

O cubo exuberante destaca-se do casario branco com telhas cor-de-tijolo predominante.

Como uma espécie de diva arquitectónica, exibe as suas fachadas repletas de arabescos cristãos, arcos, ogivas, colunas, degraus, um frontão arredondado que o identifica. Invade o conjunto um verdadeiro festival de cores: azul, amarelo, verde, vermelho e branco.

Uma Expressão Açoriana do Divino

Por si só, a estrutura deixaria qualquer admirador estupefacto mas, como se não bastasse, aquele Império da Caridade concentrava sérias festividades.

A banda, Ilha Terceira, Açores Ímpares

Banda anima uma das cerimónias religiosas do Divino do Espírito Santo, em frente ao Império da Caridade de Praia da Vitória.

Logo ao lado, uma banda filarmónica local toca temas pomposos de fanfarra. Um fogueteiro despacha os seus projécteis um atrás dos outros para mais próximo de Deus.

Com as sucessivas explosões arrítmicas, ensurdece-nos e aos crentes da terra, todos enfiados nos melhores trajes domingueiros.

Alguns entram e saem do Império com tabuleiros de comida abençoada, outros, seguram lanças e estandartes do Divino.

Fazemo-nos de turistas inocentes e auscultamos o coração da cerimónia. No interior, sobre um altar branco erguido em socalcos e decorado com grinaldas a condizer, repousam diversas coroas rendilhadas e reluzentes.

Por pouco tempo. Com a banda já fora do palanque de cimento e a percorrer a estrada por diante, diversos participantes do ritual fazem-se à escadaria munidos dessas mesmas coroas antes sobre as bandejas. Outros, carregam lanças. Nós, perseguimo-los determinados em registar o momento. A banda segue-nos a todos.

Já tínhamos acompanhado uma outra Festa do Divino Espírito Santo. A primeira e, até então, única vez, em Pirenópolis, no interior brasileiro de Goiás. Ali, Manuel Amâncio da Luz, um padre português hípermotivado, transformou a crença numa incrível expressão cultural que a fé e o entusiasmo do povo, ainda hoje preservam.

Em Praia da Vitória, constatámos como tudo se passava no principal reduto português do Divino Espírito Santo. Até que o Imperador e os seus “súbditos” se sumiram ao som da charanga e nos deixaram entregues ao nosso destino. Um fotógrafo da imprensa local vê-nos indecisos e aborda-nos.

Decorridos alguns minutos de conversa técnica, o colega realça a nossa sorte. “É que vocês não estão a ver bem. Não só apanharam o Divino aqui hoje como, daqui a pouco, vão poder assistir à tourada à corda. Mais ilha Terceira que isto é difícil.”

Mesmo se representavam uma viagem do sagrado para o profano, eram coordenadas que não estávamos dispostos a ignorar. De Praia da Vitória, prosseguimos pela costa norte da ilha, com paragens aqui e ali para espreitar piscinas marinhas e outras particularidades do litoral acidentado.

Biscoitos: Largada de Touros à moda da Ilha Terceira

A meio da tarde, em redor dos Biscoitos, damos com a turba instalada. Centenas de carros estão estacionados num domínio de lava coberta de vegetação que separa a estrada e a beira-mar. Encontramos um recanto ainda longínquo para o nosso carro de onde descemos rumo à povoação.

Público em Biscoitos, Açores Ímpares

Pequena multidão assiste à tourada à corda, em Biscoitos.

A meio caminho encontramos os primeiros foliões entregues a comes e bebes ora piqueniqueiros, ora ao balcão de roulottes e carrinhas afins, alimentadas por geradores e que serviam aos clientes entusiasmados de tudo um pouco, de especialidades açorianas aos mais óbvios pregos, bifanas, farturas e churros.

Quanto mais para baixo na estrada, mais as suas bermas se revelavam repletas de gente e os lugares com melhor vista eram disputados. Conseguimos enfiar-nos num espaço recém-abandonado e, por fim, apreciamos o fulcro de toda a atenção.

Em redor de uma pequena enseada envolta de rochedos de lava, num ervado acima e na rua que o separava do casario, um touro hesitava entre contemplar a loucura em redor ou investir sobre os pseudo-toureiros que o acirravam entre a multidão.

Biscoitos, Ilha Terceira, Açores Ímpares

Touro confronta uma multidão de participantes na tourada à corda de Biscoitos.

Aos poucos, conseguimos estimar as áreas a salvo de eventuais marradas, que acontecem em abundância, como os feridos e, de quando em quando, até mortos, apesar de na tourada a corda, o touro ter os seus movimentos limitados pela acção dos “pastores” que lhe dão mais ou menos folga consoante a iminência de determinados danos.

Um foguete anuncia a remoção do touro e nova pausa nas hostilidades. Mudamo-nos de uma zona ainda alta da encosta para o cimo de um terraço com vista panorâmica e privilegiada sobre a rua em que a maior parte da tourada decorre.

O terraço é partilhado por famílias, com predomínio de mulheres e crianças.

Biscoitos, Ilha Terceira, Açores Ímpares

Pseudo-toureiros provocam um touro durante a tourada à corda de Biscoitos, na costa norte da Terceira.

Algumas famílias são emigrantes nos E.U.A. e no Canadá. Mesmo de olho nas nossas câmaras, divertimo-nos a escutar como insinuam os prodígios das suas vidas do outro lado do Atlântico a outras que ficaram na origem. “Ah!! Mas a nossa casa de lá não têm nada a ver com as de cá.

É muitíssimo maior. Havia de lá ir! Ganha-se mais e, por isso, podemos construir sem preocupações.” Essa mesma açoriana canadiana que não se continha de tanto orgulho na volta que a sua vida levou, não tardou a interpelar-nos: “vocês são retratistas?

Queria muito tirar umas fotos cá, com a minha família. Se vocês quiserem passar uns dias em Cambridge, Ontário, também podem fazer uns bons retratos. Lá é tudo muito bonito.” Os foguetes e os touros sucederam-se nessa estranha tarde tauromáquica. Até que a tarde e a folia confluíram para um suave fim.

O incrível minifúndio murado da Ilha Terceira

Pouco depois da alvorada, subimos ao miradouro do Facho e apreciamos o casario de Praia da Vitória, terra natal de Vitorino Nemésio.

De lá, tomamos a velha estrada calçada que conduz ao cimo dos 545 metros da Serra do Cume, uma crista verdejante que se ergue a oriente da ilha, ventosa quanto ventosa podia ser e que revelava um cenário sem igual.

Vista Serra do Cume, Ilha Terceira, Açores Ímpares

O minifúndio impressionante da Terceira visto de um miradouro da Serra do Cume

Lá em baixo, a vastidão a sul e a oeste revela-se num incrível padrão geométrico verde-amarelo de fertilidade e trabalho. Inúmeros minifúndios demarcados por muros de basalto estendem-se até perder de vista, salpicados por pequenos armazéns agrícolas, currais e por vacas à solta.

Excepção feita para o vendaval das alturas, o dia permanecia à altura da vista, com céu quase limpo e solarengo a condizer. Conscientes da imprevisibilidade da meteorologia açoriana e da abundância e exuberância histórica e arquitectónica de Angra do Heroísmo, decidimos apontar o quanto antes às suas paragens.

Vista Serra do Cume, Ilha Terceira, Açores Ímpares

Um dos retalhos encurralados que se podem avistar do topo da Serra do Cume até ao horizonte.

Angra do Heroísmo: a Primeira Cidade dos Açores

Angra foi a primeira das povoações açorianas a ser promovida a cidade, em 1534. Pouco depois, o Papa Paulo III escolheu-a para assento da diocese de Angra, com autoridade sobre todo o arquipélago.

Por essa altura, já o seu porto tinha um papel decisivo no comércio com o Oriente, razão porque o trânsito e ancoragem de caravelas e galões se intensificou, contribuiu para a prosperidade da cidade, com destaque para a edificação ostentosa das igrejas, conventos e fortificações militares que a tornaram única.

Admiramo-los e ao impressionante panorama do casario angrense da base do obelisco amarelo que se projecta do Alto da Memória, dedicado a Pedro IV, o rei triunfante das Guerras Liberais portuguesas.

Casario de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores Ímpares

Casario de Angra do Heroismo, visto de uma encosta do Monte Brasil.

Tal como receávamos, nuvens escuras aproximavam-se de norte pelo que aceleramos a entrada na cidade, Ladeira de São Francisco abaixo até darmos com a respeitosa Praça Velha, o âmago secular e alma da cidade.

Ao longo dos tempos, Angra teve o condão de acolher os aflitos, refugiados ou exilados de convulsões e afins a ter lugar no continente.

Após ter sido derrotado pelo exército espanhol Habsburgo na batalha de Alcântara, António Prior do Crato resolveu prolongar o seu auto-proclamado reinado opositor do de Filipe I de Espanha, a partir da Terceira.

Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores Ímpares

Rua íngreme de Angra do Heroísmo.

A História e a Estórias de Angra do Heroísmo

Não só o fez de 1580 a 1583 como reuniu em seu redor uma forte resistência popular e de outros aventureiros europeus avessos à cada vez mais sufocante expansão hispânica. Os espanhóis viram-se obrigados a combatê-lo e assim se alastrou a Guerra da Sucessão aos Açores.

Em 1667, junto ao término da Guerra da Restauração, Afonso VI foi exilado em Angra do Heroísmo por Pedro II, seu irmão mais novo, que o declarou inapto para governar. Em 1809, Almeida Garrett e a sua família refugiaram-se em Angra da segunda invasão francesa.

Garrett só regressou ao continente em 1818. Durante as Guerras Liberais, Pedro, Imperador do Brasil e a filha a favor de quem abdicou do trono português estabeleceram o quartel-general das forças Liberais na Terceira e reprimiram um ataque do filho mais novo de Pedro, Miguel e das suas forças Miguelistas na batalha de Praia da Vitória.

Foi, aliás, a resistência dos Liberais e este triunfo que inspirou o apelido “do Heroísmo” de Angra.

Após o ter capturado Mouzinho de Albuquerque, Gungunhanha, o “Leão de Gaza”, morreu em Angra onze anos depois de lá ter sido exilado.

Estes são apenas alguns exemplos, muitos mais ficam por enumerar.

Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores Ímpares

A marina de Angra de Heroísmo, capital da ilha da Terceira com a Catedral azul da Misericórdia ao fundo.

A relevância política, religiosa e militar entra-nos pelos olhos adentro quando admiramos a Igreja de Nossa Senhora do Carmo.

Mais ainda, a azulona da Misericórdia e, do lado oposto da baía, as muralhas imponentes do Forte de Monte Brasil, erguida durante o reinado de Filipe I de Espanha, de aí em diante palco de sucessivos eventos cruciais da história portuguesa. Hoje, quartel-general do Regimento de Guarnição nº 1.

Percorremos o paredão que mantém a marina a salvo da fúria do Atlântico e voltamos à bênção da igreja.

Logo, espreitamos a Prainha onde alguns camones se deliciam com a água tranquila enquanto um cinquentão angrense ginastica determinado em manter a sua impressionante forma.

Missões Eleitorais e a Pitoresca Quinta do Martelo

Mas não passa muito tempo até nos depararmos com novos combates. Vivíamos uma época de eleições.

Provávamos uns bolinhos típicos da ilha quando João Pinho de Almeida e outros dignitários embonecados do CDS invadem a pastelaria Athanásio e nos impingem e a outros clientes folhetos e canetas do partido quase sem carga.

Entretanto, deixamos Angra para espreitarmos a Quinta do Martelo, uma antiga propriedade repleta de edifícios rurais e utensílios de trabalho que ilustram sem mácula os seus velhos tempos e os distintos ciclos de produção porque passou: a laranja, o vinho e a nêspera.

Batemos à porta do restaurante “A Venda do Ti Manel da Quinta”, durante algum tempo em vão. Por fim, aparece Emanuel. O empregado esguio e afável da quinta revela-nos a mercearia antiga do piso térreo. Instala-nos na sala do superior que agora serve de restaurante.

Quinta do Martelo, Ilha Terceira, Açores Ímpares

A sala de refeições pitoresca da “Venda do Ti Manel da Quinta”

À mesa mas de olho no pormenor, constatamos como o mentor Gilberto Vieira preservou e recuperou tudo, dos puxadores das portas à loiça, de acordo com os tempos em que a quinta operava.

O ambiente do lugar, do mais pitoresco que temos visto em muitas viagens e a refeição tradicional servida pelo não menos genuíno Emanuel deixam-nos maravilhados com a Quinta do Martelo.

Quinta do Martelo, Ilha Terceira, Açores Ímpares

Emanuel Almeida, funcionário da Quinta do Martelo ao balcão da loja antiga no piso térreo do restaurante “A Venda do Ti Manel da Quinta”

Um pouco mais ainda com a peculiar ilha Terceira.

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Na Pista do Mistério dos Capelinhos

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Louvada Seja a Ilha do Porto Santo

Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Corvo, Açores

O Abrigo Atlântico Inverosímil da Ilha do Corvo

17 km2 de vulcão afundado numa caldeira verdejante. Uma povoação solitária assente numa fajã. Quatrocentas e trinta almas aconchegadas pela pequenez da sua terra e pelo vislumbre da vizinha Flores. Bem-vindo à mais destemida das ilhas açorianas.
São Jorge, Açores

De Fajã em Fajã

Abundam, nos Açores, faixas de terra habitável no sopé de grandes falésias. Nenhuma outra ilha tem tantas fajãs como as mais de 70 da esguia e elevada São Jorge. Foi nelas que os jorgenses se instalaram. Nelas assentam as suas atarefadas vidas atlânticas.
Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical

A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal

A Ponta Leste, algo Extraterrestre da Madeira

Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
Vale das Furnas, São Miguel

O Calor Açoriano do Vale das Furnas

Surpreendemo-nos, na maior ilha dos Açores, com uma caldeira retalhada por minifúndios agrícolas, massiva e profunda ao ponto de abrigar dois vulcões, uma enorme lagoa e quase dois mil micaelenses. Poucos lugares do arquipélago são, ao mesmo tempo, tão grandiosos e acolhedores como o verdejante e fumegante Vale das Furnas.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

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Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

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Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Playa Nogales, La Palma, Canárias
Património Mundial UNESCO
La Palma, Canárias

A Isla Bonita das Canárias

Em 1986, Madonna Louise Ciccone lançou um êxito que popularizou a atracção exercida por uma isla imaginária. Ambergris Caye, no Belize, colheu proveitos. Do lado de cá do Atlântico, há muito que os palmeros assim veem a sua real e deslumbrante Canária.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Avião em aterragem, Maho beach, Sint Maarten
Praias
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Casario de Gangtok, Sikkim, Índia
Religião
Gangtok, Índia

Uma Vida a Meia-Encosta

Gangtok é a capital de Sikkim, um antigo reino da secção dos Himalaias da Rota da Seda tornado província indiana em 1975. A cidade surge equilibrada numa vertente, de frente para a Kanchenjunga, a terceira maior elevação do mundo que muitos nativos crêem abrigar um Vale paradisíaco da Imortalidade. A sua íngreme e esforçada existência budista visa, ali, ou noutra parte, o alcançarem.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
religiosos militares, muro das lamentacoes, juramento bandeira IDF, Jerusalem, Israel
Sociedade
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Vida Selvagem
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.