Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?


Trailer park
Acampamento de atrelados e afins sobre a vastidão avermelhada do Monument Valley.
Pura aridez
Arbusto do deserto prolifera no ambiente inóspito do Monument Valley, situado em pleno Planalto do Colorado
Nação Navajo II
Bandeira alusiva à Navajo Nation esvoaça acima de uma das Mittens.
Nação Navajo II
Bandeira alusiva à Navajo Nation esvoaçaa acima de uma das Mittens
Domínio equino
Adrian faz empinar Pistol, o seu cavalo negro.
John Ford Point II
Um dos pontos de vista mais emblemáticos - e explorados por John Ford- do Monument Valley.
John Ford Point
Placa sinaliza um dos lugares favoritos do realizador John Ford, que incluiu como plano dos vários Westerns que filmou no Monument Valley.
Merrick Butte
A agulha destacada da Merrick Butte, uma das formações caprichosas do Monument Valley.
Erosão
Formação circular do Monument Valley esculpida pelo vento e pela ocasional chuva.
Monument Air Valley
Formações geológicas do Monument Valley, vistas do ar.
Navajo acoboiado
Kenan Chico a postos no estabulo que os navajo mantêm na proximidade do John Ford Point
Jovens navajo
Kenan Chico e dois navajos mais novos junto ao estabulo do John Ford Point.
Margaret B.
Margaret B. Gray, uma indígena navajo vendedora de artesanato
Navajo ou cowboy ?
Adrian, um dos indigenas Navajo que desempenham o papel de cowboys no John Ford Point, para satisfação dos admiradores de Westerns.
The Mittens
Uma das formações mais emblemáticas do Monument Valley.
Merrick Butte
A agulha destacada da Merrick Butte, uma das formações caprichosas do Monument Valley.
Monument Valley Monumental
Vastidão desértica do Monument Valley, parte da vasta Nação Navajo.
Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.

A tarde já vai no fim quando nos fazemos à estrada de terra que dá a volta ao parque nacional Monument Valley.

Admiramos as formações geológicas Mittens e Merrick Butte, depois Elephant Butte e as Three Sisters. Ao longe, entre as duas últimas, vislumbramos também o que parece ser um cowboy a fazer empinar um cavalo no limite de um precipício.

Vista do John Ford Point, Monument Valley, Nacao Navajo, Estados Unidos

Um dos pontos de vista mais emblemáticos – e explorados por John Ford- do Monument Valley.

Deparamo-nos, então, com o John Ford Point, um dos pontos de vista preferidos do realizador que filmou “Cavalgada Heróica” e seis outros dos seus clássicos do Oeste no Monument Valley.

Logo ao lado, jovens guias de etnia navajo tomam conta de um estábulo e dos cavalos que usam nas montadas que organizam.

Os Índios Navajo que Ganham a Vida como Cowboys

Kenan Chico aborda-nos. Veste uma camisa axadrezada, lenço ao pescoço, chapéu de abas negro e mantém uma postura firme que condiz com a do Duke.

Ganhamos coragem para lhe fazer a pergunta que se impõe e a resposta, pausada e ponderada, justifica o visual cowboy do índio: “esses tempos passaram há muito e as culturas misturaram-se.

Uma boa parte dos navajos usa roupa de vaqueiro: os jeans e as botas de montar etc. etc.

Nativos navajo, Monument Valley, Nação Navajo, Estados Unidos

Kenan Chico e dois navajos mais novos junto ao estabulo do John Ford Point.

Não quer dizer que não preservemos a nossa identidade. Além disso, nós aqui não temos outra hipótese. Quem chega ao John Ford Point quer ver cowboys e calhou-nos a nós desempenhar o papel. O maior de todos ainda é ali o Adrian. Se tivesse vivido na época certa, o John Ford tinha-o filmado era a ele.” remata com um humor tímido.

O Enquadramento Monumental do John Ford Point

Chega ao promontório um grupo de turistas coreanos. Adrian dá início a novo take. Avança até ao limite da meseta e volta a fazer empinar Pistol, o seu cavalo negro. A acrobacia deixa os visitantes a suspirar pelos Westerns grandiosos.

Adrien cowboy Navajo, Monument Valley, Nacao Navajo, Estados unidos

Adrian faz empinar Pistol, o seu cavalo negro.

Fechada a cena, o jovem navajo regressa ao convívio com os amigos e exclama: “estes são os que vibram mais. Estes e os japoneses entram mesmo em êxtase!”.

Ainda íamos a meio do itinerário de 27 km e a tarde aproximava-se do fim. Retomamos, assim, o circuito e a identificação das restantes formações.

Encontramos as Three Sisters, a Camel Butte, e o exuberante Totem no seu equilíbrio quase religioso.

Procuramos rastos de víboras nas ondas das Sand Springs e examinamos o Artists’ Point, de onde se observa uma nova composição criativa de pequenas mesetas e pináculos.

Merrick butte, John Ford Point, Monument Valley-nacao navajo, Estados unidos

A agulha destacada da Merrick Butte, uma das formações caprichosas do Monument Valley.

A North Window sugere um enquadramento semelhante mas mais contido e, como o nome indica, The Thumb, um polegar que aponta para o firmamento escurecido em que aparecem os primeiros astros.

Instalamo-nos em frente das Mittens e admiramos os diferentes tons com que o crepúsculo tingia aquele Arizona navajo, cowboy e monumental.

The Mittens, Monument Valley-nacao navajo, Estados Unidos

Uma das formações mais emblemáticas do Monument Valley.

Por Terras da Nação Navajo

No dia seguinte, dedicamos algum tempo a Kayenta, a estranha porta de entrada para o Monument Valley.

Segundo o dialecto diné (os navajos chamam a si próprios Diné, ou povo Diné), Kayenta significa buraco pantanoso.

Mesmo se o lugar é, hoje, sobretudo seco, subsiste isolado à entrada de uma das áreas geológicas, étnicas e cinéfilas nobres dos Estados Unidos e retém os visitantes como se de um pântano se tratasse.

Com 5300 habitantes, Kayenta não forma uma cidade, nem sequer o equivalente ao que poderíamos considerar uma vila. Consiste num aglomerado de negócios tipicamente americanos – incluindo os mais populares – instalados entre um ou outro hotel, estações de serviço, e trailers distribuídos ao longo da junção das highways 160 e 163.

Acampamento, Monument Valley, Nacao Navajo, Estados unidos

Acampamento de atrelados e afins sobre a vastidão avermelhada do Monument Valley.

Apesar deste estranho perfil, e do logótipo McDonalds destacado nas alturas, Kayenta é a única povoação governada em jeito municipal da Nação Navajo, o maior território indígena semi-autónomo dos E.U.A. (71.000 km²) de Arizona, Utah e Novo México) que abriga mais de 300.000 habitantes.

A Nação Navajo: uma Sobrevivência Bipolar

Tanto Kayenta como a Nação Navajo, em geral, suscitam sensações dispares.

A figura sobranceira de John Wayne a cavalgar num desfiladeiro exuberante ao pôr-do-sol e o Marlboro Man que contempla um horizonte de penhascos imponentes são imagens produzidas in loco que encheram muitos milhões de ecrãs e enriqueceram o imaginário cowboy partilhado pelo mundo.

Mas a Nação Navajo também preserva a condenação de um povo que foi vencido pelos colonos brancos e viu a sua civilização ceder sem apelo.

Navajo Adrian, Monument Valley, Nação Navajo, Estados Unidos

Adrian, um dos indigenas Navajo que desempenham o papel de cowboys no John Ford Point, para satisfação dos admiradores de Westerns.

A par do significado icónico e do valor histórico dos cenários, detectamos em Kayenta evidências da pobreza, da depressão, da má alimentação (culpa da fast food que até ali chegou) e do alcoolismo que hoje assolam todas as comunidades nativas dos Estados Unidos.

No tempo que lá passamos, a busca de uma alimentação menos danosa acaba por nos proporcionar experiências curiosas. Quando procurávamos escapar ao cerco dos piores restaurantes franchisados, demos por nós no supermercado escondido e mal fornecido da terra, os únicos forasteiros a fazer compras entre uma multidão de navajos que abasteciam os seus lares.

Mais tarde, almoçamos num pequeno restaurante chinês e devoramos chop sueys entre índios obesos com visuais orgulhosos de vaqueiros.

Margaret B. – Uma Anciã Navajo Carismática

Ainda na proximidade do Monument Valley Park, paramos numa loja de beira de estrada para apreciarmos a arte navajo e acabamos a tentar dialogar com Margaret B.Gray, uma matriarca índia de porte altivo que, apesar do nome, só articula umas poucas palavras inglesas.

Anciã Navajo, Monument Valley, Nação Navajo, Estados Unidos

Margaret B. Gray, uma indígena navajo vendedora de artesanato

Com o aumento gradual dos visitantes, a venda de artesanato nativo provou-se um negócio atractivo e mais de 60% das famílias da nação têm pelo menos um elemento que o produz. Algumas conseguem vender os seus bens em lojas privilegiadas como a do Centro de Visitantes.

Outros, em tendas montadas junto às principais formações geológicas do parque.

Outros ainda apostaram em negócios distintos. Ignoraram a antiga inimizade com os usurpadores das terras indígenas e, como Kenan Chicko e Adrian, ganham a vida nas suas peles. 

Da Tundra Alasquense à Integração da Nação Navajo nos E.U.A.

Crê-se que as tribos Athabaskan que deram origem aos navajos migraram para o sudoeste dos E.U.A. em 1400 d.C. vindas do leste do Alasca e do noroeste do Canada. Ao entrarem em contacto com a civilização Puebla, adoptaram as suas técnicas de cultivo e as produções agrícolas.

Dos colonizadores espanhóis – que lhes chamaram pela primeira vez navajos – assimilaram o hábito de criar animais em manadas e rebanhos para alimentação e para trocar por outros géneros. Seguiu-se a aprendizagem da tecelagem e da produção de roupas e mantas.

Por volta de 1860, os espanhóis perceberam que os navajos possuíam milhares de cabeças de gado, vastas áreas cultivadas e um passado de expansão territorial, de redefinição da sua identidade e da ligação com os vizinhos Pueblos, Apaches, Utes e Comanches que oscilava entre as incursões bélicas e o comércio.

Mas os apaches estavam também no caminho dos conquistadores. Cumprindo a tradição, estes, inauguraram um longo período de ataques e pilhagens aos índios.

Alguns anos mais tarde, os Estados Unidos expulsaram os espanhóis e os mexicanos da zona.

Assumiram a anexação do território navajo com recurso a uma rede estratégica de fortes. Irados devido à construção de caminhos de ferro, à exploração mineira e à invasão, em geral, os navajo retaliaram como nunca.

Bandeira, Monument Valley, Nacao Navajo, Estados unidos

Bandeira alusiva à Navajo Nation esvoaçaa acima de uma das Mittens

Em simultâneo com a carnificina da Guerra Civil Norte-Americana, os anos de 1860-61, revelaram-se de tal maneira castigadores para os colonos e militares que ficaram conhecidos como “The Fearing Time”.

A Tortura Infame da Long Walk

A reacção não se fez esperar. Com base no Novo México, as forças da União comandadas por Kit Carson queimaram sistematicamente os cultivos dos navajo e levaram-nos primeiro à rendição e logo à condenação da Long Walk.

A Long Walk redundou numa deportação infame em que cerca de 9.000 homens, mulheres e crianças tiveram que caminhar no deserto durante quase 500 km até Fort Summer, onde o governo dos Estados Unidos tinha instalado Bosque Redondo, a primeira grande reserva índia. Após 18 dias de marcha, contaram-se mais de 200 mortos.

Daí em diante, as autoridades militares conseguiram manter e controlar os navajos nessa e noutras reservas que aumentaram de dimensão até ao seu território original.

Muitos nativos foram integrados no exército como batedores mas as permanentes agressões dos colonos civis e o preconceito impediram um melhor relacionamento entre os dois povos.

Nos dias que correm, esse fosso étnico e cultural continua por resolver.

Bandeira EUA, Nação Navajo-Monument Valley-nacao navajo, Estados Unidos

Bandeira alusiva à Navajo Nation esvoaça acima de uma das Mittens.

A Relação Complexa dos Navajo com os Soberanos Estados Unidos da América

Como parte da Nação Navajo, o Monument Valley Navajo Tribal Park nunca foi integrado na rede norte-americana de National Parks.

De acordo, todos os dez dólares pagos pelos visitantes revertem para o sustento do povo navajo que, após uma longa disputa com os governos federais, conquistou igualmente uma legislação (assente no código tribal), um Conselho e Tribunal Supremo próprios – instalados na capital Window Rock – bem como o direito de dispor de forças de autoridade autónomas.

Malgrado a relação bipolar que os nativos norte-americanos sempre mantiveram com Washington, os navajo conquistaram, aliás, uma curiosa reputação militar.

São famosos os seus code talkers recrutados pelos Marines durante a 2ª Guerra Mundial  para o teatro do Pacífico, com o fim de transmitirem mensagens tácticas secretas via telefone ou rádio, com base nos dialectos indígenas.

Para muitos nativos, esta e outras colaborações nunca tiveram a recompensa devida. Alguns anos antes, os Estados Unidos tinham negado aos Navajo assistência social porque os indígenas viviam numa sociedade comunal.

Mais recentemente, o financiamento federal da sub-nação indígena tem-se provado insuficiente para suprir a interioridade e as lacunas que a vitimam.

Durante a segunda metade do século XX, a mineração de urânio e de carvão representaram uma fonte de rendimentos significativa.

A procura de urânio diminuiu e, mais grave que isso, a população navajo desinformada acerca dos malefícios da radioactividade sofreu graves danos ecológicos e biológicos que, em 2005, levaram ao cancelamento da extracção.

Monument Valley do ar, Nação Navajo, Estados Unidos

Formações geológicas do Monument Valley, vistas do ar.

Sabe-se, hoje, que as terras ocre da Nação Navajo abrigam os recursos minerais mais importantes de todos os domínios nativos dos Estados Unidos mas os navajos continuam a depender de outras actividades.

O artesanato e o turismo complementaram-se e se muitas famílias contam com artesãos, alguns dos seus elementos também se vestem de cowboys para representarem os protagonistas em falta.

Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Espectáculos

O Mundo em Cena

Um pouco por todo o Mundo, cada nação, região ou povoação e até bairro tem a sua cultura. Em viagem, nada é mais recompensador do que admirar, ao vivo e in loco, o que as torna únicas.
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Perth, Austrália

Cowboys da Oceania

O Texas até fica do outro lado do mundo mas não faltam vaqueiros no país dos coalas e dos cangurus. Rodeos do Outback recriam a versão original e 8 segundos não duram menos no Faroeste australiano.
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
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O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
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Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
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Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

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Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
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Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
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Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Vida Selvagem
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.