Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.


Street Scooter scene
Mural numa rua nas imediações da antiga casa de Ernest Hemingway.
O limite sul
Visitante de Key West faz-se fotografar junto ao marco do Southermost Point of the Continental USA
Cidade verdejante
Panorâmica de Key West, como vista do cimo do farol de Key West.
Teatrinho
Dois figurantes do Key West Shipwreck Treasures Museum dialogam durante uma representação de acolhimento.
Velas à vista
Barcos de recreio repletos de passageiros forasteiros sulcam o mar ao largo de Key West.
Cuba quase à vista
Decoração de um bar junto à Mallory Square e à doca em que atracam os sucessivos cruzeiros.
O engolidor de espadas
Saltimbanco leva a cabo o seu número no limiar da Mallory Square e pouco antes do pôr-do-sol.
Vida Marinha motorizada
Ciclista passa junto de um carro de uma empresa de mergulho com sede na cidade.
Relíquia de madeira
Cimo de velha igreja tradicional, perdida na vegetação tropical da cidade.
The Donald Fashion
T-shirts com Donald Trump entre muitas outras bugigangas e recordações há venda nas incontáveis lojas de Key West.
Um pequeno show
Dois amigos junto a um músico que anima a rua com música caribenha, junto à Customs House.
Adoração solar
Multidão adora o pôr-do-sol a oeste da Mallory Square, junto a um dos cruzeiros que largam turistas em Key West.
Aviso à navegação
Torre do farol de Key West, uma reconstrução do original, destruído por um dos ciclones que ao longo do tempo, devastaram as Florida Keys.
Velas à Vista II
Dois grandes veleiros entre o limiar das Florida Keys e o Golfo do México.
Derradeiras Muralhas do sul
Paredão do Fort Zachary Taylor, a fortificação mais a sul dos Estados Unidos continentais
À moda de Cuba
Galos à solta numa rua das imediações da casa de Ernest Hemingway.
Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.

Um marco em jeito de bala multicolor destaca-se junto à South Beach. Assinala o “Southernmost Point Continental USA”. Em época alta, mal o sol se eleva do Mar das Antilhas, ali se forma uma fila de forasteiros de inúmeras paragens determinados a fotografar-se no local.

Quando lá chegamos, a multidão é tal e geram-se tantas altercações que decidimos fotografá-los em detrimento de uma dispensável selfie.

Marco do Southermost Point of the Continental USA, Key West, Flórida, Estados Unidos

Visitante de Key West faz-se fotografar junto ao marco do Southermost Point of the Continental USA

O Fundo Tropical e algo Chanfrado dos Estados Unidos

À imagem do Alasca, Key West ganhou fama de tresloucada. Como teorizam, orgulhosos, certos moradores “é como se tivessem abanado os E.U.A. e todos os maluquinhos tivessem caído para o fundo”. Alguns revelaram-se verdadeiros wackos, outros nem tanto.

Tennessee Williams viveu uma vida sóbria, em Key West, durante cerca de 30 anos. A actriz Kelly McGillis, a musa de Pete “Maverick” Mitchell (Tom Cruise) no êxito adolescente dos anos 80 “Top Gun” (“Ases Indomáveis”) chegou a lá gerir um bar, mas sem grandes escândalos.

O escritor laureado Ernest Hemingway, provou-se de longe o mais notório dos inquilinos da cidade. Foi dono de vários gatos com seis dedos, fiel à pescaria de alto-mar e a sucessivas noites de boémia fortemente alcoolizada, interrompidas apenas pelas suas incursões jornalísticas a cenários de guerra ou pré-guerra do Mundo de então.

Key West, Flórida, Estados Unidos

Panorâmica de Key West, como vista do cimo do farol de Key West.

O clima quente e húmido e a sensação de liberdade e de evasão transmitida pelo mar sem fim, inspiraram e atraíram, a Key West, formas alternativas e descontraídas de ser e de estar. Existências em tudo distintas das do Norte onde o pragmatismo financeiro e o individualismo há muito tinham levado a melhor.

Do Existencialismo ao Capitalismo Forçado

E, no entanto, vítima do influxo crescente de forasteiros, Key West viu-se atafulhada de lojas, bares, restaurantes, casas de espectáculo e museus, muitos abertos pelas companhias de cruzeiros com o fim de entreter os passageiros que lá faziam desembarcar.

A cidade e a ilha ganharam, assim, uma estranha aura de parque temático sem entrada, aberto a todas as excentricidades e propostas de diversão e facturação.

Farol de Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Torre do farol de Key West, uma reconstrução do original, destruído por um dos ciclones que ao longo do tempo, devastaram as Florida Keys.

Em frente da casa de Hemingway, uma senhora numa pequena banca motorizada vende cocos, sumo de cana-de-açúcar e limonada. Cada coco – que noutra partes do Caribe nem um dólar vale – custa ali, mesmo que ínfimo, nem mais nem menos que cinco dólares. Um galo com visual garrido e garboso de guerreiro de luta de galos circunda a sua venda, atento aos petiscos que consegue extraviar.

Calos numa rua de Hemingway em Key West, EUA

Galos à solta numa rua das imediações da casa de Ernest Hemingway.

Malgrado a sofisticação e devassa turística dominante,

Key West preserva destas coisas. Na sequência de casas caribenhas recém-restauradas, demasiado brilhantes e faustosas, encontramos outras, desgastadas e decadentes. Por perto, alguns nativos partilham alpendres e bancos de rua à sombra.

Mural de Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Mural numa rua nas imediações da antiga casa de Ernest Hemingway.

A seus pés, mais galos e galinhas vasculham o solo, para cá e para lá, como membros de direito do lugar e quase que das famílias de sangue misto que com eles coabitam.

Às Portas de Cuba

Em termos culturais e étnicos, as Florida Keys – como boa parte da Florida – são intensamente cubanas. Foi um dos seus traços que mais encantou Ernest Hemingway e o levou a residir em Key West, antes de, em 1942, se mudar para a Finca Vigia.

Assim se chamava a fazenda dos subúrbios havaneses de San Francisco de Paula que viria a habitar até 1960, com um papel cada vez mais activo no sucesso estrondoso da Revolução Cubana.

Músico e pequena audiência, Key West, Estados Unidos

Dois amigos junto a um músico que anima a rua com música caribenha, junto à Customs House

A Florida, as Florida Keys e Key West andaram, aliás, quase sempre de braço dado com Cuba. A origem desta intimidade caribenha tem o aroma intenso dos melhores habanos.

No final do século XIX, as empresas americanas de charutos começaram a mudar-se de Cuba para a Florida para assim evitarem os impostos levantados pelo governo. Por essa altura, os trabalhadores cubanos moviam-se livremente entre Havana, Tampa e Key West, entre 50 e 100 mil, todos os anos. Muitos, acabaram por se radicar a norte do Estreito.

Ora, em 1953, quando Fidel Castro liderou o seu exército revolucionário, tomou Cuba e a atirou ao fosso ideológico e social do Comunismo, milhões de cubanos desiludidos pela limitação da sua liberdade e degradação das condições de vida, inauguraram uma série de vagas de emigração ilegal balsera.

Demasiados sucumbiram às condições precárias em que empreendiam a travessia. Ao longo do século XX, centenas de milhares de cubanos insatisfeitos – muitos, sobreviventes dessa mesma travessia –  inundaram as Florida Keys, a Florida e outras partes dos E.U.A.

Decoração de bar junto à Mallory Square, Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Decoração de um bar junto à Mallory Square e à doca em que atracam os sucessivos cruzeiros.

A Quimera da Conch Republic

A própria Key West frenética e rendida aos dólares a que nos tentávamos adaptar teve os seus momentos ideológicos e revolucionários. Em 1982, a Marinha dos E.U.A. respondeu a um fluxo de emigração cubana para a Florida denominado Mariel Boatlift, com um bloqueio naval e rodoviário. A US Hwy 1 (Overseas Highway) foi barrada e todos os veículos revistados.

O bloqueio paralisou as Florida Keys e despoletou a fúria de Key West. Como resposta, a sua população solidária declarou a independência de uma tal de Conch Republic, baptismo inspirado no termo que designa os nativos e colonos pioneiros das Florida Keys e das Bahamas. Mesmo idealista e quimérica,  a sua micronação espontânea nunca seria esquecida.

Perdura em bandeiras, instrumentos musicais como o Conchalele e numa miríade de itens comemorativos do género, casos das t-shirts que admiramos lado a lado com outras que ridicularizam ou louvam Donald Trump e nos fazem sorrir a condizer.

We shall overcomb” versa uma delas, que exibe o cabelo de fios-de-ovos do agora presidente norte-americano de forma a desenhar uma águia alourada de bico aberto.

T-shirt com Donald Trump, Key West, Flórida, Estados Unidos

T-shirts com Donald Trump entre muitas outras bugigangas e recordações há venda nas incontáveis lojas de Key West.

Noutra ainda, Trump abre o seu fato protocolar e revela um traje icónico de Super-Homem.

A cada 23 de Abril, a Conch Republic é comemorada por um festival cultural e gastronómico para que contribuem dezenas de estabelecimentos e organizações da cidade. E, no entanto, são notórias as razões porque o estado que os seus defensores almejaram nunca poderia ter passado do sonho.

Após deixarmos a antiga casa de Hemingway, visitamos uma delas, um lar ainda mais pomposo e influente de Key West, simbólico do poderio incomensurável dos E.U.A. e pouco paciente para com movimentos independentistas, por mais quiméricos que sejam: a Little White House de Harry Truman.

Little White House, Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

A entrada da Little White House, uma propriedade do governos dos EUA, frequentada por vários dos seus presidentes.

Uma Pequena Casa Branca no Fundo Tropical dos E.U.A.

Entre americanos híper-patriotas e estrangeiros surpreendidos pelo perfil elegante, mas quase museu-Playmobil da mansão, lá examinamos fotos, mobílias e objectos marcantes dos tempos despendidos por Truman e sucessores em Key West.

Quase sempre por motivos estratégicos, distintos presidentes, antes e depois de Truman, lá protagonizaram reuniões familiares e políticas, encontros diplomáticos e até mini-cimeiras. Na verdade, por detrás da preferência da Little White House esteve quase sempre o desejo de descanso, de evasão ou de quebra da rotina.

Dwight Eisenhower marcou na propriedade uma série de encontros com o seu staff. Mas também lá se refugiou para recuperar de um ataque cardíaco. John Kennedy frequentou-a uma segunda vez, em 1962, em plena Crise dos Mísseis Cubanos e Invasão da Baía dos Porcos que se desenrolaram ali à porta.

Em 2005, o Presidente Bill e a senadora Hillary Clinton partilharam toda uma semana naquela Casa Branca mais pequena, simplesmente a descansar.

E, chegado o ano de 2009, as autoridades da Casa Branca de Inverno (assim é também chamada) tentaram exercer influência para que os Obamas e Bo, o seu cão de água português, lá passassem as férias. Nunca chegou a acontecer, por tudo excepto falta de segurança.

A mansão goza da protecção adicional do vizinho Forte Zachary Taylor, a mais austral das instalações militares dos Estados Unidos continentais e ainda da Estação Aérea-Naval de Boca Chica, situada a meros 6km.

Paredão do Fort Zachary Taylor, a fortificação mais a sul dos Estados Unidos continentais

Com a tarde a consolidar-se, mudamo-nos para a marina da cidade em plena azáfama de acolhimento e embarque das tripulações e passageiros em dezenas de navios de recreio.

Damos com programas para todos os gostos, do mero passeio e convívio regado a champanhe em catamarãs sofisticados, a navegações participativas em escunas e veleiros, uns históricos, outros nem por isso.

Navegações Românticas de Pôr-do-sol & Batalhas de Piratas de faz-de-conta

Subimos a bordo de uma dessas relíquias flutuantes. Jeff, o dono trintão da embarcação e timoneiro da pequena expedição inaugura um discurso bacoco-sentimental que quase leva alguns dos embarcados mais sensíveis à lágrima: “tenho que vos agradecer do fundo do coração por nos terem escolhido.

A vida bafejou-me com este barco. Graças a ele – e a vocês, claro – tenho o melhor trabalho do Planeta. Faço isto todos os fins de tarde como se fosse a primeira vez.” Em simultâneo, à boa-maneira americana, os tripulantes por ele contratados destacam do briefing, o lugar em que os passageiros já sensibilizados devem depositar as gorjetas.

O vento intensifica-se. Num ápice, afastamo-nos. Partilhamos o oceano ao largo de Key West com uma frota de naves concorrentes. Duas delas içam bandeiras piratas e levam tão a  sério quanto possível a missão de recrear o passado da região.

Veleiros de recreio, Key West, Flórida, Estados Unidos

Barcos de recreio repletos de passageiros forasteiros sulcam o mar ao largo de Key West

Piratas de Faz de Conta e Conquistadores a Sério

Fazem-se cruzar uma, duas, três vezes. A cada uma das razias alvejam-se com tiros de canhão de pólvora seca que, mais que não seja, atingem os tímpanos dos passageiros surpresos.

Desde 1521 – quando o mesmo explorador e conquistador espanhol Juan Ponce de Leon que se diz ter almejado a Fonte da Juventude inspirou nestas paragens a colónia de Cayo Hueso – muitos combates reais e naufrágios por ali tiveram lugar.

De 1761, a região alternou entre a Coroa Hispânica e a Britânica até que, em 1821, toda a Florida, incluindo as Keys foi oferecida pelo governador espanhol de Cuba a um oficial da Marinha Real Espanhola.

Juan Pablo Salas entrou numa tal ansiedade para lucrar com ela que a vendeu por verdadeiras pechinchas a dois compradores norte-americanos. Desfeito o imbróglio, um deles assumiu-se como real dono. Daí em diante, Key West preservou-se como uma posse inquestionada dos E.U.A.

Adoração do pôr-do-sol na Mallory Square, Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Multidão adora o pôr-do-sol a oeste da Mallory Square, junto a um dos cruzeiros que largam turistas em Key West

O Ocaso Concorrido da Mallory Square

Regressamos à Marina. Mudamo-nos para a frente oceânica da tão ou mais atarefada Mallory Square. Cruzeiros recém-atracados inundam de forasteiros frescos a zona histórica da cidade.

Uma multidão curiosa lá se  distrai com os espectáculos saltimbancos: sobressaem, pelo seu espalhafato, o do equilibrista Reidiculous e um outro, de um engolidor de espadas anónimo, que anuncia cada uma das proezas com voz de bagaço.

Saltimbanco engolidor de espadas, Key West, Flórida, Estados Unidos

Saltimbanco leva a cabo o seu número no limiar da Mallory Square e pouco antes do pôr-do-sol

O iminente mergulho do grande astro dita o término das exibições. Centenas de espectadores deixam as estrelas de rua entregues à contagem das doações. Por fim, o sol desfaz-se sobre o Golfo do México.

Suscita uma adoração fotográfica contagiosa e inaugura nova noite de boémia alcoólico-tropical nos confins caribenhos dos E.U.A.

Veleiros ao largo de Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Dois grandes veleiros entre o limiar das Florida Keys e o Golfo do México.

A TAP tem voos diários de Lisboa para Miami, com partida às 10:35 e chegada a Miami às 14:30.

Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Sombra vs Luz
Arquitectura & Design
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Acra, Gana, Flagstaff House
Cidades
Acra, Gana

A Capital no Berço da Costa do Ouro

Do desembarque dos navegadores portugueses à independência em 1957, sucederam-se as potências que dominaram a região do Golfo da Guiné. Após o século XIX, Acra, a actual capital do Gana, instalou-se em redor de três fortes coloniais erguidos pela Grã-Bretanha, Holanda e Dinamarca. Nesse tempo, cresceu de mero subúrbio até uma das megalópoles mais pujantes de África.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Casa Menezes Bragança, Chandor, Goa, India
Cultura
Chandor, Goa, Índia

Uma Casa Goesa-Portuguesa, Com Certeza

Um palacete com influência arquitectónica lusa, a Casa Menezes Bragança, destaca-se do casario de Chandor, em Goa. Forma um legado de uma das famílias mais poderosas da antiga província. Tanto da sua ascensão em aliança estratégica com a administração portuguesa como do posterior nacionalismo goês.
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Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Casario sofisticado de Tóquio, onde o Couchsurfing e os seus anfitriões abundam.
Em Viagem
Couchsurfing (Parte 1)

Mi Casa, Su Casa

Em 2003, uma nova comunidade online globalizou um antigo cenário de hospitalidade, convívio e de interesses. Hoje, o Couchsurfing acolhe milhões de viajantes, mas não deve ser praticado de ânimo leve.
Skyway cruza o Vale de Jamison
Étnico
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As Três Irmãs das Montanhas Azuis

Situadas a oeste de Sydney, as Blue Mountains formam um dos domínios mais procurados pelos ozzies e estrangeiros em busca de evasão. Atrai-os a beleza natural vista de Katoomba, os penhascos afiados das Three Sisters e as cascatas que se despenham sobre o vale de Jamison. À sombra deste frenesim turístico, perdura a habitual marginalização das origens e da cultura aborígene local.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
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Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
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Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
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Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
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Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
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A Costa Rica e Alagada de Tortuguero

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A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
Selfie, Muralha da china, Badaling, China
Património Mundial UNESCO
Badaling, China

A Invasão Chinesa da Muralha da China

Com a chegada dos dias quentes, hordas de visitantes Han apoderam-se da Muralha da China, a maior estrutura criada pelo homem. Recuam à era das dinastias imperiais e celebram o protagonismo recém-conquistado pela nação.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
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Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Vilanculos, Moçambique, Dhows percorrem um canal
Praias
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
auto flagelacao, paixao de cristo, filipinas
Religião
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Graffiti deusa creepy, Haight Ashbury, Sao Francisco, EUA, Estados Unidos America
Sociedade
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Vida Selvagem
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.