Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa


Biblioteca Roykstovan
Biblioteca da casa mais antiga das Faroé, a Roykstovan.
Lote de Kirkjubour
Lote de casas mais modernas, à entrada de Kirkjubour.
Crinas ao Vento
Cavalos sobre um pasto que o curto Verão tornou frondoso.
Crinas ao Vento II
Cavalos sobre um pasto que o curto Verão tornou frondoso.
Descanso ao Sol
Visitante descansa ao sol, chegado de uma longa caminhada.
Escultura de Chefe
Escultura legado das origens da povoação pioneira de Kirkjubour.
Hestfjordur
O fiorde que acolheu a primeira povoação das Ilhas Faroé, Kirkjobour.
Igreja de St. Olav
A igreja que sucedeu à catedral de Saint Magnus, a velha catedral que permanece incompleta.
Casa com Pórtico
Um pórtico de madeira antecede a entrada no complexo histórico de Roykstovan.
Edifício de Roykstovan
Edifícios históricos com telhados de turfa de Roykstovan a propriedade mais antiga das ilhas Faroé.
Kirkjubour & Hestfjordur
Perspectiva geral de Kirkjubour com o fiorde de Hestfjordur em fundo.
Foto em Roykstovan
Visitantes fotografam-se no interior do salão de fumo de Roykstovan.
Frente de St. Olav
A igreja de Saint Olav baptizada em honra ao rei viquingue que aceitou e promoveu a conversão dos seus súbditos ao Cristianismo.
A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.

Nenhum ponto das longilíneas e dezoito ilhas Faroé dista mais de cinco quilómetros do mar.

Pois, aquando da sua fundação, os viquingues conformaram-se com a localização de Kirkjubour, quase no fundo de Streymoy, a maior das ilhas.

Kirkjubour dista apenas 11km de Torshavn. Cumpri-los passa por ascender a grande encosta do leste que abriga a capital faroesa. Avançar por um vasto planalto ervado e, logo, pela meia-encosta de um dos vários fiordes profundos que sulcam o mapa e a paisagem da nação.

Aventurosa, a estrada acompanha a linha de água sinuosa do rio Sanda. A determinada altura, flecte para sul, torna-se esguia e tangente ao limiar de outro grande fiorde, o Hestfjordur. Aos poucos, desce para o sopé de Streymoy, o oposto ao da capital em que tínhamos iniciado o percurso.

Era a terceira vez que abordávamos Kirkjubour. As duas primeiras vimo-las inviabilizadas por meteorologias demasiado desfavoráveis, de ventos poderosos e nebulosidade baixa e escura que descarregava chuva sem fim.

Nessa derradeira ocasião, damos entrada na povoação numa manhã de céu quase limpo e sol radioso, uma benesse boreal, mesmo que estivéssemos no início de Julho, em pleno Verão destas latitudes nórdicas.

A via Gamlivegur deixa-nos frente a um mar escuro e alisado e junto ao âmago histórico da povoação, paredes meias com a igreja de Olav, com a quinta quase milenar de Kirkjuboargardur (a Quinta do Rei), há muito considerada a maior e mais antiga das Faroé. Deixa-nos ainda nas imediações das ruínas da catedral de Saint Magnus.

Hoje, Kirkjubour está reduzida a um testemunho histórico, um legado habitado e vivo da sua era de esplendor medieval.

Estima-se que as ilhas Faroé tenham tido como habitantes pioneiros eremitas celtas, chegados, com animais de criação, de ilhas ao largo da actual Escócia, as Shetland, as Orcadas ou as Hébridas, desconhece-se ao certo qual a exacta procedência.

Sabe-se que, nesse lapso de tempo, as Faroé ficaram conhecidas como Na Scigirí ou Skeggjar, que se traduziriam como as ilhas dos Barbudos, de acordo com as longas pilosidades dos cenobitas que as partilhavam.

Outros visitantes frequentavam as ilhas do arquipélago faroes de quando em quando. Terá sido o caso de Saint Brendan, um monge originário da actual Irlanda.

Uma conclusão hoje mais ou menos consensual é a de que, a certo ponto, o arquipélago foi ocupado por colónias de viquingues em busca de refúgio.

A saga Faerayinga (das ilhas Faroé) narra que os primeiros a desembarcarem chegaram de terras norueguesas no final do século IX, início do X, em debandada das suas aldeias que o governo tirânico e centralizador do rei Harold I – também conhecido por Harold dos Cabelos Belos – havia tornado demasiado arriscadas.

Como há muito acontecia, esses recém-chegados organizaram-se em clãs. E, como era também hábito, os clãs entraram em conflito. Os habitantes das Ilhas do Norte quase aniquilaram os do sul. Obrigaram-nos a medidas de sobrevivência extremas. Kirkjubour surgiu, de forma inesperada, dessas medidas.

Deixamos o carro. Cruzamos o convívio de um grupo de caminhantes regressados de uma expedição pelo litoral em redor que, tendo em conta os seus ares de cansaço, teria sido longa.

Descanso em Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Visitantes descansam ao sol, chegados de uma longa caminhada.

Logo ao lado, deslumbra-nos num ápice, a beleza e grandiosidade do Roykstovan, um dos edifícios de madeira ainda habitados mais antigos à face da Terra (século XII, provavelmente o mais antigo) de madeira escura, com molduras vermelhas e telhados de turfa frondosa.

Qualquer estrutura de madeira é prodigiosa nas Faroé, onde as árvores são raras, nos tempos ancestrais da colonização, inexistentes. A da quinta de Kirkjuboargardur terá sido trazida da Noruega a reboque de embarcações, possivelmente de drakkars.

Circundamos a grande casa, atentos a pormenores arquitectónicos que qualquer forasteiro do sul europeu, classificaria como excêntricos.

Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Brasão de clã colorido bem destacado na quinta de Roykstovan.

Colunas com cabeças de dragões de língua de fora, escudos com leões de machado em riste, outras criaturas asadas que temos dificuldade em definir.

Uma escultura de madeira do que nos parece um chefe tribal de elmo. E um estranho disco-símbolo moldado em volta de um outro felino.

Cada vez mais deslumbrados, passamos para o interior, toda uma casa-museu de madeira amarelada e encarniçada pelo tempo, com divisões acessíveis por portas ínfimas se tivermos em conta o imaginário viquingue e a estatura e altura das gentes nórdicas, aquecidas por peles sob grandes elmos cornudos.

A sala imediata, vimo-la dotada de longas mesas de repasto e de fumo, com bancos corridos a condizer, equipada com um fogão secular, repleta de cordas, instrumentos agrícolas e peças decorativas, sob a supervisão de um crânio de vaca sobranceiro.

Num piso superior, fechada, mas visível através de um orifício amplo, em jeito de provocação, damos ainda com um escritório biblioteca presidido por fotografias históricas da família, descendente dos primeiros moradores da quinta, que já abrigou dezoito das suas gerações.

Esta linearidade leva-nos de volta à contenda do clã das ilhas do norte vs clã das ilhas do sul.

Ainda de acordo com a saga Faerayinga, Sigmundur Brestisson, um dos líderes do sul, navegou em fuga até à Noruega. Na pátria-mãe, recebeu a ordem real de conquistar todo o arquipélago em nome de Olav I, o rei responsável pela cristianização do povo norueguês.

Sigmundur Brestisson, não só o conseguiu como estendeu essa cristianização aos habitantes ainda pagãos do arquipélago faroês sob domínio norueguês, até 1380, quando a Noruega se uniu a Dinamarca.

Nesse processo, Sigmundur Brestisson estabeleceu que a residência episcopal da diocese das ilhas Faroé, se situaria em Kirkjubour.

Enquanto polo religioso da colónia, a povoação depressa se expandiu até um limite de 50 lares. Aumentava de ano para ano quando, já em pleno século XVI, uma enxurrada gerada pela pior das tempestades sofridas pelo arquipélago, arrastou para o mar a maioria dessas casas.

Lá se manteve, até aos nossos dias, a base da catedral de Saint Magnus, projectada como o maior templo cristão das Faroé e que, mesmo incompleta, subsiste como o maior edifício medieval da nação.

Catedral de Saint Magnus, Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

A velha catedral de Saint Magnus, em ruínas e que se disse, durante muito tempo, nunca ter sido acabada.

Durante algum tempo, acreditou-se que a catedral mandada erguer por um tal de bispo Erlendur nunca tinha sido finalizada. Dados arqueológicos recentes contradisseram essa teoria. Após a Reforma de 1537, a Diocese das Ilhas Faroé foi abolida e a catedral de Saint Magnus deixada ao abandono. Em 1832, foi lá achada uma pedra runa deixada pelos colonos viquingues.

A partir de 1997, as autoridades decidiram levar a cabo restaurações faseadas. Estes trabalhos evitaram o colapso da estrutura. Concederam-nos o privilégio de a vermos por dentro, de admiramos o firmamento enquadrado na pedra da grande nave e, no seu fundo, o “Golden Locker” que guarda a relíquia do Santo Patrono da Islândia, Thorlak, junto de relíquias de outras santidades nórdicas.

As mesmas autoridades, anseiam, com reticências, que a UNESCO venha a classificar a catedral como Património Mundial.

Igreja de St. Olav, Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

A igreja que sucedeu à catedral de Saint Magnus, a velha catedral que permanece incompleta.

Enquanto isso, logo ao lado, quase sobre o mar e cercada pelo cemitério murado de Kirkjubour, resiste, imaculada a predecessora igreja de Saint Olav, concluída antes de 1200 e, assim, a igreja mais antiga das Faroé, até à dita Reforma de 1537, o assento do Bispo Católico do arquipélago.

Os descendentes das gentes mais antigas de Kirkjubour estimam o seu passado como algo quase sagrado. Alguns dos setenta moradores de agora da povoação, muitos, donos do apelido Patursson levam essa herança a extremos incríveis.

Tróndur Patursson, pintor, vidreiro, escultor e aventureiro é um dos mais reputados artistas faroeses. Quando não ocupado com a sua produção e com exposições, a espaços, Tróndur, entrega-se, inclusive, a expedições de reconstituição da história primordial das ilhas Faroé.

Em 1976, em parceria com Tim Severin, levou a cabo uma travessia transatlântica numa réplica de uma embarcação de casco de couro baptizada de “Brendan” em homenagem ao monge irlandês que se crê ter realizado a mesma viagem séculos antes dos viquingues ou de Cristóvão Colombo.

De maneira a gerarmos um melhor imaginário desses tempos de navegações agrestes, percorremos o pontão de rocha que se prolonga da ala sudeste da igreja de Saint Olav, Hestfjordur adentro.

Dali, admiramos a povoação actual num formato panorâmico condigno, dispersa no sopé de uma falésia pedregosa que o curto Estio já tinha tido tempo de ervar e salpicar de flores amarelas. Percorrida por cavalos de crinas lustrosas ao vento.

Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Cavalos sobre um pasto que o curto Verão tornou frondoso.

No regresso ao arredor também ele ervado da igreja de Saint Olav, passeamo-nos entre as sepulturas e lápides da velha povoação, de olho nos registos das suas vidas idas.

Desde os nossos dias, aos que viram nascer a quase milenar Kirkjubour.

Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Tórshavn, Ilhas Faroé

O Porto Faroês de Thor

É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.
Vágar, Ilhas Faroé

O Lago que Paira sobre o Atlântico Norte

Por um capricho geológico, Sorvagsvatn é muito mais que o maior lago das ilhas Faroé. Falésias com entre trinta a cento e quarenta metros limitam o extremo sul do seu leito. De determinadas perspectivas, dá a ideia de estar suspenso sobre o oceano.
Oslo, Noruega

Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Magma Geopark, Noruega

Uma Noruega Algo Lunar

Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Stavanger, Noruega

A Cidade Motora da Noruega

A abundância de petróleo e gás natural ao largo e a sediação das empresas encarregues de os explorarem promoveram Stavanger de capital da conserva a capital energética norueguesa. Nem assim esta cidade se conformou. Com um legado histórico prolífico, às portas de um fiorde majestoso, há muito que a cosmopolita Stavanger impele a Terra do Sol da Meia-Noite.
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Balestrand, Noruega

Balestrand: uma Vida Entre Fiordes

São comuns as povoações nas encostas dos desfiladeiros da Noruega. Balestrand está à entrada de três. Os seus cenários destacam-se de tal forma dos demais que atraíram pintores famosos e continuam a seduzir viajantes intrigados.
PN Thingvellir, Islândia

Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes

Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Vágar, Ilhas Faroé

Sorvagur a Gásadalur: Rumo ao Ocaso das Ilhas Faroé

À descoberta dos confins oeste de Vagar, a mais ocidental das grandes ilhas faroesas, percorremos o fiorde SØrvag. Onde a estrada se rende, deslumbramo-nos com a queda d’água de Múlafossur e, acima, com a povoação intrépida, por pouco desabitada, de Gásadalur.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Uma Cidade Perdida e Achada
Arquitectura & Design
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Ilha de Miyajima, Xintoismo e Budismo, Japão, Portal para uma ilha sagrada
Cerimónias e Festividades
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Dotonbori, Osaka, Japão
Cidades
Osaka, Japão

O Japão Urbano-Jovial de Osaka

Terceira cidade mais populosa do Japão e uma das mais antigas, Osaka não perde demasiado tempo com formalidades e cerimónias. A capital da região do Kansai é famosa pelas suas gentes extrovertidas sempre prontas a celebrar a vida.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Espectáculo Impressions Lijiang, Yangshuo, China, Entusiasmo Vermelho
Cultura
Lijiang e Yangshuo, China

Uma China Impressionante

Um dos mais conceituados realizadores asiáticos, Zhang Yimou dedicou-se às grandes produções ao ar livre e foi o co-autor das cerimónias mediáticas dos J.O. de Pequim. Mas Yimou também é responsável por “Impressions”, uma série de encenações não menos polémicas com palco em lugares emblemáticos.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
voos baratos, comprar voos baratos, bilhetes de avião baratos,
Em Viagem
Viajar Não Custa

Compre Voos Antes de os Preços Descolarem

Conseguir voos baratos tornou-se quase uma ciência. Fique a par dos princípios porque se rege o mercado das tarifas aéreas e evite o desconforto financeiro de comprar em má hora.
Étnico
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Nelson Dockyards, Docas de Antigua,
História
English Harbour, Antigua

Docas de Nelson: a Antiga Base Naval e Morada do Almirante

No século XVII, já os ingleses disputavam o controle das Caraíbas e do comércio do açúcar com os seus rivais coloniais, apoderaram-se da ilha de Antígua. Lá se depararam com uma enseada recortada a que chamaram English Harbour. Tornaram-na um porto estratégico que também abrigou o idolatrado oficial da marinha.
Ilha Saona, República Dominicana, Piscina Playa Palmilla
Ilhas
Ilha Saona, República Dominicana

Uma Savona nas Antilhas

Durante a sua segunda viagem às Américas, Colombo desembarcou numa ilha exótica encantadora. Baptizou-a de Savona, em honra de Michele da Cuneo, marinheiro savonês que a percebeu destacada da grande Hispaniola. Hoje tratada por Saona, essa ilha é um dos édenes tropicais idolatrados da República Dominicana.

Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
barco colorido, ilhas gili, indonesia
Natureza
Ilhas Gili, Indonésia

Gili: as Ilhas da Indonésia que o Mundo Trata por “Ilhas”

São tão humildes que ficaram conhecidas pelo termo bahasa que significa apenas ilhas. Apesar de discretas, as Gili tornaram-se o refúgio predilecto dos viajantes que passam por Lombok ou Bali.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Visitantes numa das câmaras da gruta Quadiriki
Parques Naturais
PN Arikok, Aruba

A Aruba Monumental que Acolheu Arie Kok

Em tempos coloniais, um fazendeiro holandês explorou uma propriedade no nordeste de Aruba. Com o evento do turismo a alastrar-se, as autoridades definiram uma vasta área protegida em redor da velha fazenda e baptizaram-na em sua honra. O parque nacional de Arikok congrega, hoje, alguns dos lugares naturais e históricos incontornáveis da ilha.
Embaixada, Nikko, Spring Festival Shunki-Reitaisai, Cortejo Toshogu Tokugawa, Japão
Património Mundial UNESCO
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Cruzeiro Princess Yasawa, Maldivas
Praias
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
Santo Sepulcro, Jerusalém, igrejas cristãs, sacerdote com insensário
Religião
Basílica Santo Sepúlcro, Jerusalém, Israel

O Templo Supremo das Velhas Igrejas Cristãs

Foi mandada construir pelo imperador Constantino, no lugar da Crucificação e Ressurreição de Jesus e de um antigo templo de Vénus. Na génese, uma obra Bizantina, a Basílica do Santo Sepúlcro é, hoje, partilhada e disputada por várias denominações cristãs como o grande edifício unificador do Cristianismo.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Vista aérea das quedas de água de Malolotja.
Vida Selvagem
Reserva Natural de Malolotja, eSwatini

Malolotja: o Rio, as quedas d’água e a Reserva Natural Grandiosa

Meros 32km a nordeste da capital Mbabane, sobre a fronteira com a África do Sul, ascendemos a terras altas, rugosas e vistosas de eSwatini. Por lá flui o rio Malolotja e se despenham as cascatas homónimas, as mais altas do Reino. Manadas de zebras e de antílopes percorrem os pastos e florestas em redor, numa das reservas com maior biodiversidade do sul de África.  
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.