Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico


Esqui
Habitante de Kuusamo exercita-se nas margens do lago Kuusamo.
Início de um longo Inverno
Pontão invade o lago semi-gelado Kuusamo, nas imediações da cidade com o mesmo nome.
Espelho Ala-Juumajarvi
Edifícios de uma quinta com a arquitectura típica da Lapónia, numa margem do lago Ala-Juumajarvi.
A solo
Rena destaca-se de uma manada que pasta sobre a neve.
Rukka
Esquiadores descem uma encosta da estância de neve de Rukka.
Combustível Grátis
Lenha ao dispor dos caminhantes numa floresta do Parque Nacional Oulanka.
Agro-fachada
Fachada do celeiro de uma quinta junto ao lago Ala-Juumajarvi.
Bar-Restaurante Kalakeidas
Um bar-restaurante em forma de tipi, nas imediações de Rukka, a principal estância de neve da região.
Exercício Boreal
Morador de Kuusamo pratica esqui de fundo em redor do lago homónimo.
Napapiiri
Sinal que identifica o Círculo Polar Árctico, Napapiiri, no dialecto suomi.
Rena branca
Tratadora dá de comer a uma rena branca.
Monte dos Vendavais
Casa de campo típica da Lapónia no topo de uma elevação ventosa dos arredores de Kuusamo.
Kino Kuusamo Talo
Uma das poucas distracções não caseiras de Kuusamo, um cinema nada hollywoodesco.
Floresta Invernal
Floresta semi-gelada do Parque Nacional de Oulanka.
Ciclismo sobre o gelo
Morador agasalhado percorre uma rua de Kuusamo.
Frio, cada vez mais frio
Cabine de observação congelada no cimo de uma colina no topo da colina de Ruuka.
Lapónia Crepuscular
Sol começa a pôr-se sobre o lago Ala-Juumajarvi.
Pasto gelado
Renas pastam num campo gelado da Lapónia.
Travessia suspensa
Caminhantes cruzam o rio Oulanka, ainda pouco ou nada gelado.
Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.

É meia-noite. Há horas que não passa ninguém nas ruas de Kuusamo.

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Uma das poucas distracções não caseiras de Kuusamo, um cinema nada hollywoodesco.

Malgrado a falta de hóspedes e de clientela da cidade, o bar estranho do hotel Sokos inaugura uma nova noite de karaoke. Uma barista de serviço anima-a, a cantar temas populares finlandeses no impenetrável dialecto suomi.

As letras das canções sucedem-se no ecrã, repletas de consoantes repetidas e de tremas. As melodias atraem duas ou três almas perdidas nas salas do edifício.

Levitam-se das mesas e movem-se em câmara lenta, uma técnica desenvolvida ao longo dos anos para dissimular os efeitos do álcool. Aos poucos, ganham à vontade. Juntam-se à interpretação do último êxito e escolhem o que vão cantar de seguida.

De modo a prepararem-se para o tema em fila, emborcam mais um vodka ou a bebida alternativa da moda, a Valkovenäläinen, uma mistura semi-doce de Kahlua 228 com vodka e leite.

Este espectáculo duvidoso repete-se. Enriquecem-no casais de meia-idade migrados do restaurante Torero contíguo, onde o imaginário hispânico é servido em doses industriais.

Até que o horário do bar força o seu adiamento.

Rumo à Vastidão Frígida do Parque Nacional Oulanka

Na manhã seguinte, mudamo-nos para o campo finlandês. Instalamo-nos à entrada do Parque Nacional Oulanka com planos de percorrer parte do trilho de floresta mais famoso da Finlândia, o Karhunkierros.

As nuvens passam cinzentas. Arrefece a olhos vistos e a neve que cai a espaços reforça o branco do cenário. O caminho serpenteia entre as coníferas da taiga finlandesa. Acompanha o rio homónimo que resiste ao congelamento devido à força das águas escuras.

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Caminhantes cruzam o rio Oulanka, ainda pouco ou nada gelado.

Atravessamo-lo, algo cambaleantes, sobre pontes suspensas. Voltamos a avançar entre as árvores e damos com áreas conquistadas por vastos pântanos enregelados.

O Encanto Solitário de Juuma

Juuma surge como uma ténue recompensa civilizacional na imensidão árctica circundante, com o seu núcleo de casas de madeira vermelha na margem do lago Ala-Juumajarvi, junto a uma rampa de embarque onde um barco de serviço repousa sobre gelo.

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Edifícios de uma quinta com a arquitectura típica da Lapónia, numa margem do lago Ala-Juumajarvi.

Quatro ou cinco carros surgem estacionados na proximidade mas o Kavhila Cafe da povoação parece nunca ter aberto e só detectamos sinais de vida numa das habitações.

Em tempos pré-históricos, o território da Finlândia foi atropelado e alisado por vagas de gigantescos glaciares.

Ao contrário do que se possa pensar, revela-se plano, esburacado por incontáveis lagos deixados para trás pelo degelo.

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Sol começa a pôr-se sobre o lago Ala-Juumajarvi.

Ruka: a Estância de Neve Possível da Alisada Finlândia

A algumas dezenas de quilómetros da nossa base, Ruka (Rukatunturi) chega apenas aos 500 metros de altitude mas tornou-se no principal centro de desportos de neve da região e um dos mais importantes do país.

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Esquiadores descem uma encosta da estância de neve de Rukka.

Como tinha voltado a acontecer no fim de semana anterior, a estância acolhe com frequência provas dos campeonatos mundiais de esqui de fundo, de saltos, de outras modalidades praticadas sobre a neve.

Recebe mais de 65000 forasteiros que lá afluem para participar nas provas ou apoiar os competidores.

Investigamos a vila, exploramos a sua curiosa zona comercial. Subimos ao ponto mais alto apostados em apreciarmos a vista pintada de branco em redor.

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Cabine de observação congelada no cimo de uma colina no topo da colina de Ruuka.

Os Retalhos que a Rússia Levou e as Renas Finlândia

Dali, contemplamos a Rússia e o Parque Nacional Paanajarvi – o prolongamento do Oulanka – à imagem de boa parte do território suomi,  tomado pela União Soviética à Finlândia por a Finlândia ter alinhado pelas forças do eixo durante a 2ª Guerra Mundial.

Essa perda é, ainda hoje, a grande frustração nacional. Dela falam, sem grandes complexos, finlandeses de todas as idades. É até comum encontrarmos estabelecimentos com mapas do território original ou fotos dos seus lugares emblemáticos.

No regresso ao acampamento de Oulanka, passamos por mais aldeias e por campos frígidos de beira de estrada em que pastam manadas de renas.

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Renas pastam num campo gelado da Lapónia.

A existência finlandesa destes cervídeos pouco tem que ver com a impingida pelo imaginário natalício. Todos os espécimes têm donos e identificam-nos coleiras e chapas coloridas.

De tão habituadas que estão aos proprietários, as renas ignoram já quase por completo a presença humana. Há décadas que não existem renas selvagens na Finlândia.

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Um bar-restaurante em forma de tipi, nas imediações de Rukka, a principal estância de neve da região.

Chegados ao conforto da base, jantamos guisado de rena – noutros dias carne de alce – uma especialidade da Lapónia pouco apreciada no sul da Finlândia. “Alguns miúdos do sul vêm cá e fazem fitas porque não querem comer o Rodolfo” desabafa Satto.

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Rena destaca-se de uma manada que pasta sobre a neve.

Outros, infernizam os pais porque notam a diferença de sabor em relação à carne de vaca.”

PN Oulanka e o Paanajarvi, em Tempos Também Finlandês

Novo dia, nova incursão nos domínios remotos da região. A temperatura cai a pique. As estradas ficam de novo cobertas de um gelo perigoso.

Sari Alatossava conduz-nos com à vontade mas, apesar dos pneus especiais de Inverno, repletos de espigões perfuradores, é surpreendida por duas vezes quando o Land Cruiser derrapa e quase inverte o sentido na estrada.

O susto é relativo. Depressa recuperamos o diálogo em que a anfitriã nos explicava a sua improvável relação com Portugal.

Ora, segundo nos conta, em 2001, Sari cumpriu um intercâmbio Erasmus na Faculdade de Letras do Porto porque o queria fazer num país pequeno e gostava muito dos livros de Saramago.

Acabou a namorar com português com família madeirense disseminada pela África do Sul, por Malta e pela Finlândia.

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Floresta semi-gelada do Parque Nacional de Oulanka.

Já a pé, com a neve a cair mais abundante que nunca, Sari guia-nos ao longo de novo trilho de floresta. O caminho é suave e curto. Ainda assim, desvenda-nos o cenário agreste e selvagem do Canyon de Oulanka que o rio Oulankajoki continua a aprofundar.

Uma vez mais, avistamos a Rússia à distância. Sari queixa-se de que, agora, as expedições finlandesas de rafting têm que se acautelar com a posição da fronteira para não trespassarem o território do grande urso.

E de que os Russos são como a maior parte dos povos dos países grandes:  “têm sempre que conseguir o que querem e, para isso, passam por cima de tudo e de todos.”

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Sinal que identifica o Círculo Polar Árctico, Napapiiri, no dialecto suomi.

De volta ao ponto de partida, avançamos para norte e cruzamos o Círculo Polar Árctico. Espera-nos Salla “In The Middle of Nowhere”.

Kemi, Finlândia

Não é Nenhum "Barco do Amor". Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Ilha Hailuoto, Finlândia

À Pesca do Verdadeiro Peixe Fresco

Abrigados de pressões sociais indesejadas, os ilhéus de Hailuoto sabem sustentar-se. Sob o mar gelado de Bótnia capturam ingredientes preciosos para os restaurantes de Oulu, na Finlândia continental.
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Porvoo, Finlândia

Uma Finlândia Medieval e Invernal

Uma das povoações anciãs da nação suómi, no início do século XIV, Porvoo era um entreposto ribeirinho atarefado e a sua terceira cidade. Com o tempo, Porvoo perdeu a importância comercial. Em troca, tornou-se um dos redutos históricos venerados da Finlândia.  
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Helsínquia, Finlândia

A Filha Suomi do Báltico

Várias cidades cresceram, emanciparam-se e prosperaram à beira deste mar interior do Norte. Helsínquia lá se destacou como a capital monumental da jovem nação finlandesa.
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Sombra vs Luz
Arquitectura & Design
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
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Cerimónias e Festividades
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Palácio de Cnossos, Creta, Grécia
Cidades
Iraklio, CretaGrécia

De Minos a Menos

Chegamos a Iraklio e, no que diz respeito a grandes cidades, a Grécia fica-se por ali. Já quanto à história e à mitologia, a capital de Creta ramifica sem fim. Minos, filho de Europa, lá teve tanto o seu palácio como o labirinto em que encerrou o minotauro. Passaram por Iraklio os árabes, os bizantinos, os venezianos e os otomanos. Os gregos que a habitam falham em lhe dar o devido valor.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Cultura
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
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Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Dorrigo NP, Austrália: ponte suspensa do Waterfall Way
Em Viagem
Dorrigo a Bellingen, Austrália

Entre Tree-Changers, por Florestas da Gondwana

Os australianos criaram o termo para definir as pessoas que decidem mudar-se para o campo. Bellingen, no norte de Nova Gales do Sul, tornou-se uma povoação que ilustra a tendência. À entrada de uma imensidão florestal pré-histórica e do parque nacional homónimo, Dorrigo segue-lhe os passos.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Étnico
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Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
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Do Berço da Geórgia à Infância de Estaline

À descoberta do Cáucaso, exploramos Uplistsikhe, uma cidade troglodita antecessora da Geórgia. E a apenas 10km, em Gori, damos com o lugar da infância conturbada de Joseb Jughashvili, que se tornaria o mais famoso e tirano dos líderes soviéticos.
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Rapa Nui foi descoberta pelos europeus no dia de Páscoa de 1722. Mas, se o nome cristão ilha da Páscoa faz todo o sentido, a civilização que a colonizou de moais observadores permanece envolta em mistério.
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O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
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Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
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Poucos povos veneram a evasão como os aussies. Com o Verão meridional em pleno e o fim-de-semana à porta, os habitantes de Perth refugiam-se da rotina urbana no recanto sudoeste da nação. Pela nossa parte, sem compromissos, exploramos a infindável Austrália Ocidental até ao seu limite sul.
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À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
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Grande Ilha do Havai: À Procura de Rios de Lava

São cinco os vulcões que fazem da ilha grande Havai aumentar de dia para dia. O Kilauea, o mais activo à face da Terra, liberta lava em permanência. Apesar disso, vivemos uma espécie de epopeia para a vislumbrar.
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A Capital Fortaleza de um Rei Parricida

Kashyapa I chegou ao poder após emparedar o monarca seu pai. Receoso de um provável ataque do irmão herdeiro do trono, mudou a principal cidade do reino para o cimo de um pico de granito. Hoje, o seu excêntrico refúgio está mais acessível que nunca e permitiu-nos explorar o enredo maquiavélico deste drama cingalês.
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Upolu, Samoa

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Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
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Tesouros Balneares do Mar de Cortés

Proclamada, amiúde, a praia mais bonita do México, encontramos na enseada recortada de playa Balandra um caso sério de exotismo paisagístico. Em duo com a vizinha playa Tecolote, revela-se uma das beira-mares realmente imperdíveis da vasta Baixa Califórnia.
Via Conflituosa
Religião
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Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
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Sobre Carris
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A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
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Sociedade
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O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
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Vida Selvagem
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.