La Paz, Baja Califórnia Sur, México

Na Paz do Golfo da Califórnia


Palmeiras Sobranceiras
Palmeiras acima de uma ladeira
Travessia do Mural
Casal da República passa por Mural, em La Paz
As Dunas de Mogote
As Dunas de Mogote com La Paz em fundo
El Tecolote
Quase pôr-do-sol na Praia de El Tecolote, a leste de La Paz
A Catedral de La Paz
O templo cristão que abençoa La Paz
El 5º Sol
Esquina da capital, com El Quinto Sol
Incursão às Dunas
Dunas de Mogote, La Paz
Marginal em Fogo
Pôr-do-sol na marginal da cidade, México
Magote ao Vento
Banhistas ao vento da Playa Magote, litoral de La Paz
Duo República
Duo da República
Ocaso sobre a Marina de Cortés
Ocaso sobre a Marina de Cortés de La Paz
O Museu Madero
Lusco-fusco envolve o o Museu Madero de La Paz
Anoitecer na Marginal
Marginal rosada pelo anoitecer
Mural em Fábula
Um de muitos murais da Capital da Baja Califórnia
Um Museu Iluminado
Lampiões em frente ao Museu Madero
Los Cabos e o fundo da longa península acolhem a maior parte dos resorts e dos gringos. La Paz, recebe os seus, mas mantem-se a grande urbe genuína da Baja Califórnia, com um entorno desértico e marinho dos mais exuberantes do México.

Na capital de uma região com bem mais de 300 dias de céu limpo por ano, o sol assume um estrelato impossível de ignorar.

Resplandece, ocaso após ocaso, por detrás da sebe de coqueiros e palmeiras com que as autoridades apostaram em tropicalizar o malecón que une La Paz ao Mar de Cortés.

Admiramos o entardecer. A partir da Plaza de las Califórnias que acolhe o letreiro tridimensional e colorido da cidade, que lhe serve de terraço com vista sobre o Golfo da Califórnia.

Os troncos inclinados dissimulam uma floresta de mastros oscilantes que despontam de dezenas de veleiros ancorados na Marina Cortés.

À medida que a circunferência do grande astro se precipita, condena todos esses elementos e mais alguns a silhuetas servas do áureo.

Pôr-do-sol na marginal da cidade, México

Bandos enfileirados de pelicanos sobrevoam-nos, de olho nos cardumes encurralados na Baía de La Paz. Ao nível do solo, outras movimentações reforçam um habitual frenesim crepuscular.

Corredores, ciclistas e patinadores cruzam-se, entregues aos seus esforços preventivos do dia.

Apesar do compromisso de entregar a beira-mar aos pedestres e desportistas, o cabildo de La Paz falhou em deslocar o trânsito para zonas interiores secundárias.

As frequentes travessias da Via 11 – Paseo Álvaro Obregón agravam filas lentas, quase paradas, de veículos, que rumam aos arredores inóspitos, mas habitacionais da cidade.

De quando em quando, circulam com óbvia prioridade, jipes do exército, repletos de soldados que seguram metralhadoras. Por enquanto, a Baja Califórnia Sur é dos estados com menor presença dos cartéis mexicanos.

A sua posição às portas dos E.U.A. tornam-na um domínio apetecido que, na ausência do contrapoder militar, descambaria numa Cartelândia caótica e sanguinária, à imagem de boa parte do México.

Um de muitos murais da Capital da Baja Califórnia

O derradeiro pôr do sol e a iluminação artificial activada sobre o lusco-fusco, douram e recompõem a marginal e conferem novos tons às estátuas que decoram o malecón.

Damos com a da pomba hiperbólica que ilustra o nome da capital da Baja Califórnia Sur.

Com as erguidas como monumento às baleias e aos tubarões-martelo que afluem àquelas águas providenciais. D

amos ainda com a que honra o oceanógrafo Jacques-Yves Cousteau que estudou e documentou estas e tantas outras espécies.

John Steinbeck, um Escritor que Celebrou La Paz e a Baja Califórnia

E ainda com a que louva outra das preciosidades naturais da região, as ostras e as suas pérolas. Esta estátua, em particular, remete-nos para uma das personalidades notórias que contribuíram para a fama da Baja Califórnia e de La Paz: John Steinbeck.

Numa altura em que Acapulco concentrava as atenções dos norte-americanos célebres e endinheirados, Los Cabos começou a seduzir outros, atraídos pelas suas areias douradas e águas cristalinas repletas de marlins e grandes peixes afins.

Foram os casos de Lucille Ball, John Wayne, Bing Crosby, para mencionarmos os mais conhecidos.

Estes nomes difundiram, entre os gringos, uma Califórnia Mexicana glamorosa.

Casal da República passa por Mural, em La Paz

De tal maneira, que os próprios milionários ligados a Hollywood, resolveram investir em resorts pioneiros.

Como sempre acontece nestes fenómenos turísticos, outros nomes, com interesses distintos, dedicaram-se a lugares da região menos explorados.

Desde, pelo menos, 1930 que John Steinbeck era influenciado pelo amigo e biólogo marinho Ed Ricketts em apreciar o mar e as suas formas de vida.

A Expedição a Bordo do “Western Flyer”

Decorridos dez anos, ambos decidiram alugar um barco de pesca de sardinha, o “Western Flyer”, na Baía de Monterrey, de onde zarparam para uma expedição Mar de Cortés abaixo. Steinbeck e Ricketts contaram com quatro elementos adicionais e cruciais à navegação.

E ainda com Carol, a mulher de Steinbeck. Este, esperava que a evasão fosse benéfica para o seu casamento. Na realidade, o casal separou-se de vez pouco depois do regresso.

A rota que seguiram levou-os até Cabo San Lucas. Contornaram a ponta sul da península e subiram o Golfo da Califórnia até La Paz e à ilha de Espiritu Santo. Logo, pela costa do estado de Sonora acima. Após o que regressaram a La Paz.

Pelo caminho, Steinbeck, Ricketts e Carol, ajudados por outros tripulantes, recolheram espécimes com que o duo planeava publicar um livro científico que, no mínimo, esperavam que viesse a compensar o custo da expedição.

Contactos com mexicanos da cidade e o esgotar da cerveja a bordo levaram-nos a La Paz, que consideraram agradável e hospitaleira.

Na cidade, Steinbeck inteirou-se da abundância e da importância das pérolas na vida das gentes da região. Fascinou-se também com um conto local centrado num mergulhador de pérolas indígena, Kino.

Este conto, veio a inspirar o seu romance “A Pérola”, publicado onze anos após a expedição em redor da Baja Califórnia e da publicação da narrativa “The Log from the Sea of Cortez”.

La Paz, Entre o Deserto e o Golfo da Califórnia, ou Mar de Cortés

Em La Paz, após ter constatado a construção de um novo hotel, Steinbeck augurou: “O mais certo é que os aviões comecem a trazer turistas de fim-de-semana de Los Angeles e a pobre, maravilhosa, velha cidade vai florescer com uma feieza floridense.”

Tal como pudemos constatar, essa mácula afectou Los Cabos e a faixa até San José del Cabo, não tanto La Paz.

São só uns poucos os resorts em volta da cidade.

Pouco ou nada a desvirtuam e aos seus cenários costeiros impressionantes, em boa parte, protegidos como parques e reservas naturais que temos o privilégio de explorar.

Banhistas ao vento da Playa Magote, litoral de La Paz

A incrível Playa e Baía Balandra, a vizinha de Tecolote, a ilha de Espiritu Santo e a barreira de areia de Mogote, entre outras.

Todas, lugares com uma beleza difícil de descrever.

Desprovida desses resorts rendidos às férias de pacote, La Paz, os seus bares, restaurantes e clubezecos, misturados com agências de tours e uma miríade de negócios que servem sobretudo os seus quase 250 mil moradores, atraem visitantes diferentes dos de Los Cabos.

Os, como nós, propensos a férias pouco programadas, a experiências genuínas na Natureza e a uma diversão e convívio mais modesto, mas aberto ao inesperado.

A partir de La Paz, deambulamos por mares de cactos. Chapinhamos entre bandos de pelicanos que almejam peixes em voos picados.

Nadamos lado a lado com tubarões-baleia.

As Dunas de Mogote com La Paz em fundo

La Paz: A Urbe que se Tornou Capital da Baja Califórnia Sur

Deixamo-nos perder nas dunas de Mogote, acima das areias que retêm o zooplâncton e o fitoplâncton de que os maiores dos peixes se alimentam.

Também a cidade, em especial o centro e a sua longa marginal, nos retém mais tempo do que estávamos a contar. Abundam, em La Paz, pinturas murais criativas que celebram a natureza e a cultura da região.

Dão mais cor ao âmago histórico da capital, marcado pela Catedral de Nuestra Señora de La Paz, pelo Jardim Velasco e pelo Museu de Arte da Baja Califórnia Sur, identificável pela sua enorme sebe de candeeiros de rua, sobre um piso quadriculado.

Lampiões em frente ao Museu Madero

A actual catedral foi erguida em 1865, no lugar em que os Jesuítas fundaram a sua missão local, parte de uma história de proselitismo católico que legou outras grandes catedrais a lugares surreais da Baja Califórnia.

Fortún Ximenez e os Conquistadores que se Seguiram

Como sempre acontecia, a Companhia de Jesus chegou na peugada dos Conquistadores espanhóis.

Ora, a sua imposição colonial nestas partes das Américas revelou-se tudo menos pacífica.

O primeiro europeu a desembarcar na Baja Califórnia e em La Paz foi Fortún Ximenez, um navegador e subcomandante de uma expedição enviada por Hernán Cortés, em 1533, encarregue de explorar os mares do sul do oceano Pacífico.

Ximenez revoltou-se, matou o comandante da expedição e submeteu a facção da tripulação que lhe era fiel.

Na sequência, navegou para ocidente. Entrou na baía de La Paz.

Deu com um litoral habitado por nativos pouco vestidos.

Ocaso sobre a Marina de Cortés de La Paz

Os homens ao serviço de Ximenez perceberam que os indígenas guardavam grandes pérolas, abundantes nas ostras da zona.

Gananciosos e instigados pelos exemplos do irascível Ximenez, pilharam as pérolas e violaram mulheres que, ao contrário das de Espanha, viviam quase nuas.

Esta violência, levou a que os nativos matassem Ximenez e vários dos seus homens, sendo que os sobreviventes retiraram em pânico.

Era já a terceira expedição enviada por Cortés, que falhava em anexar terras ou descobrir riquezas, além de umas poucas pérolas que lhe foram apresentadas. Frustrado, Cortés decidiu liderar uma quarta expedição.

A 3 de Maio de 1535, desembarcou na baía reportada pelos homens sobreviventes de Ximenez. Lá confirmou a morte do subordinado rebelado e decidiu estabelecer uma colónia.

Também esse seu projecto falhou, devido à falta de colonos e aos constantes danos infligidos pelos nativos.

Foram necessários outros 61 anos.

Só em 1596, Sebastián Vizcaíno, um almirante originário de Huelva, conseguiu dominar os nativos que tinham frustrado os seus antecessores.

Estabeleceu, por fim, a colónia que baptizou condignamente de La Paz, ainda hoje, abençoada pela inevitável catedral.

O templo cristão que abençoa La Paz

Como então, La Paz e a Baja Califórnia Sur em volta mantêm-se invejáveis.

E dignas do oceano Pacífico iminente.

Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
Chichen Itza, Iucatão, México

À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia

Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

De Filão da Nova Espanha a Pueblo Mágico Mexicano

No início do século XIX, era uma das povoações mineiras que mais prata garantia à Coroa Espanhola. Um século depois, a prata tinha-se desvalorizado de tal maneira que Real de Catorce se viu abandonada. A sua história e os cenários peculiares filmados por Hollywood, cotaram-na uma das aldeias preciosas do México.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

A Depreciação da Prata que Levou à do Pueblo (Parte II)

Com a viragem para o século XX, o valor do metal precioso bateu no fundo. De povoação prodigiosa, Real de Catorce passou a fantasma. Ainda à descoberta, exploramos as ruínas das minas na sua origem e o encanto do Pueblo ressuscitado.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Big Freedia e bouncer, Fried Chicken Festival, New Orleans
Cerimónias e Festividades
New Orleans, Luisiana, Estados Unidos

Big Freedia: em Modo Bounce

New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, lá emergem novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, aventuramo-nos à descoberta do Bounce hip hop.
Museu do Petróleo, Stavanger, Noruega
Cidades
Stavanger, Noruega

A Cidade Motora da Noruega

A abundância de petróleo e gás natural ao largo e a sediação das empresas encarregues de os explorarem promoveram Stavanger de capital da conserva a capital energética norueguesa. Nem assim esta cidade se conformou. Com um legado histórico prolífico, às portas de um fiorde majestoso, há muito que a cosmopolita Stavanger impele a Terra do Sol da Meia-Noite.
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Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Cultura
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Namibe, Angola, Gruta, Parque Iona
Em Viagem
Namibe, Angola

Incursão ao Namibe Angolano

À descoberta do sul de Angola, deixamos Moçâmedes para o interior da província desértica. Ao longo de milhares de quilómetros sobre terra e areia, a rudeza dos cenários só reforça o assombro da sua vastidão.
Pequeno navegador
Étnico
Honiara e Gizo, Ilhas Salomão

O Templo Profanado das Ilhas Salomão

Um navegador espanhol baptizou-as, ansioso por riquezas como as do rei bíblico. Assoladas pela 2ª Guerra Mundial, por conflitos e catástrofes naturais, as Ilhas Salomão estão longe da prosperidade.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Mdina, Malta, Cidade Silenciosa, arquitectura
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A Cidade Silenciosa e Notável de Malta

Mdina foi capital de Malta até 1530. Mesmo depois de os Cavaleiros Hospitalários a terem despromovido, foi atacada e fortificou-se a condizer. Hoje, é a costeira e sobranceira Valletta que conduz os destinos da ilha. A Mdina coube a tranquilidade da sua monumentalidade.
Horta, Faial, Cidade que dá o Norte ao Atlântico
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Horta, Açores

A Cidade que Dá o Norte ao Atlântico

A comunidade mundial de velejadores conhece bem o alívio e a felicidade de vislumbrar a montanha do Pico e, logo, o Faial e o acolhimento da baía da Horta e do Peter Café Sport. O regozijo não se fica por aí. Na cidade e em redor, há um casario alvo e uma efusão verdejante e vulcânica que deslumbra quem chegou tão longe.
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Inverno Branco
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Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
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Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
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Um Oásis na China das Areias

A milhares de quilómetros para oeste de Pequim, a Grande Muralha tem o seu extremo ocidental e a China é outra. Um inesperado salpicado de verde vegetal quebra a vastidão árida em redor. Anuncia Dunhuang, antigo entreposto crucial da Rota da Seda, hoje, uma cidade intrigante na base das maiores dunas da Ásia.
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
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O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
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O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
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Personagens
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A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
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Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.
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Religião
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Barco Lento, Rio Mekong Abaixo

A beleza do Laos e o custo mais baixo são boa razões para navegar entre Chiang Khong e Luang Prabang. Mas esta longa descida do rio Mekong pode ser tão desgastante quanto pitoresca.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
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A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Uma espécie de portal
Sociedade
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A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
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A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Vida Selvagem
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Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.