Levada do Caldeirão Verde, Madeira, Portugal

Água Cima, Água Abaixo


Lago dos Patos
Casa das Queimadas
Árvore Candelabro
Bis Bis
Casa das Queimadas II
Reino dos Líquenes
Cascata Efémera
Passagem Escavada
Fetos Ensopados
Pela Levada Fora
O Desfiladeiro
Túnel Duplo
Entrada para o Caldeirão
O Cimo da Neblina
Reino do Musgo
Outro túnel
Vale para o Norte
Desfiladeiro II
É apenas um dos mais de cem sistemas de canais prodigiosos que os madeirenses construíram para irrigarem os cultivos. Os seus cenários verdejantes, escarpados e dramáticos fazem os visitantes da ilha fluírem em contínuo ao longo da levada do Caldeirão Verde.

Surge como um conto de fadas madeirense, o ponto de partida da caminhada.

Desvela-o o resplendor do grande astro, à medida que se embrenha no manto de nuvens que aconchega o norte e o ocidente da ilha.

Névoa vem, névoa vai, define-se o lago longilíneo no âmago do Parque Florestal das Queimadas.

Os patos que nele chapinham sulcam a água escura, cercados por um contorcido de vedações feitas de velhos ramos.

Entrada para o Parque Florestal

O parque é florestal. Tudo nele se desvela orgânico, verdejante, natural. E, como a maior parte da Madeira, quase tropical. Reluzem fetos hipérboles e viçosos.

Pouco acima, em volta, disputam a luz as árvores e arbustos que adensam a vegetação endémica da Laurissilva, as urzes, folhados e perados, cedros-da-madeira, os tis, exemplares vetustos de pau-branco e de uveira-da-serra, piornos, sanguinhos e leitugas.

Forram-nos musgos e líquenes que a humidade constante mantem encharcados e a pingar.

A destoar desta quase-selva atlântica, duas ou três edificações, uma delas sobranceira, de um visual que roça o surreal.

É sabido que, mais cedo ou mais tarde, quem aterra à descoberta da Madeira, se encanta com as casas típicas de telhado de colmo, preservadas e aprimoradas, em Santana.

E a Casa de Encantar das Queimadas

Pois, nas Queimadas, meritória de tantos ou mais postais, aponta aos céus uma versão improvisada, se vítima de uma comparação insensível, exagerada.

O telhado em A e o frontal listado, parecem emular a arquitectura alpina do Tirol.

Só que os nevões são raros, na Madeira.

Quando se dão, cobrem de branco as alturas supremas dos Picos das Torres (1853m), Ruivo (1861m), do Arieiro (1818m) e altitudes afins.

Na sua precoce excentricidade, a casa das Queimadas surgiu para abrigar os caminhantes que, corria ainda o primeiro quarto do século XX, a notoriedade internacional da Ilha Jardim do Atlântico, atraía à floresta, ao trilho e à levada seculares (obra de 1877-1904) que lhes revelavam o misterioso Caldeirão Verde.

Não só.

Pelas Queimadas, passavam duas outras caminhadas eleitas, a do Caldeirão do Inferno e a do Pico das Pedras.

A casa integrou uma rede de edifícios de albergue, planeados a partir de 1877 e, pelo menos até 1904, distribuídos pelos lugares que os visitantes preferiam explorar.

Ajustada a realidade, aos 990 metros de altitude, chuva em vez de neve, foi o estilo peculiar das casas de Santana que deu azo à das Queimadas.

Mais desafogada e aconchegante, tendo em conta o cuidado necessário com as gentes que lá se hospedavam ansiosas e a ela regressavam fatigadas.

Como a execução dessa tal rede, a conclusão do quartel-general das Queimadas, tardou.

Durante mais de três décadas, as autoridades mantiveram uma versão elementar do abrigo.

Do Simples Abrigo à Mansão Madeirense que Deslumbra

Finda a 2ª Guerra Mundial – Portugal e Madeira à margem da tragédia – as autoridades confirmaram o ensejo dos europeus voltarem a viajar em modo de evasão.

A Madeira recuperou o seu estatuto de éden Atlântico idolatrado. A partir do meio do século XX, a casa das Queimadas foi equipada a condizer.

Numa altura em que a protecção das árvores da Laurissilva estava por vigorar, os dois pisos da casa receberam, soalhos e mobiliário talhados em madeiras da Madeira, em til e em vinhático. As árvores que nos viriam a oxigenar.

O que hoje lá se encontra, respeita a decoração inicial. Uma mesa sólida coberta por um delicado linho da Madeira.

De acordo com a relação íntima da ilha com investidores da terra de Sua Majestade, as loiças e outros utensílios eram relíquias inglesas, importadas para ingleses – entre outros – verem.

Visitantes e caminhantes terão partilhado essa mesa vezes sem conta. Nas noites mais invernais e húmidas, amornavam ainda o ambiente as incontornáveis ponchas, em torno do calor da grande lareira.

Num dia de estio, com o sol a subir no horizonte e a perder a timidez, estimávamos regressar ainda quentes da caminhada. Inauguramo-la assim que o deambular em redor da casa de colmo deixou de nos prendar novidades.

Levada do Caldeirão Verde Fora

Séculos depois da sua construção, aprontamo-nos a seguir os passos dos forasteiros.

Deixamos o vislumbre da casa para um túnel arbóreo composto pelas copas, ramagem e troncos sortidos, que culminam na solidez áspera de alguns cedros-da-madeira, um deles, com a forma inusitada de uma meia menorá.

A mesma névoa que nos prendara à chegada ascende as encostas viradas ao norte, afaga e irriga a vegetação.

Sobretudo os líquenes e barbas-de-espanhol ensopadas que dela pendem e pingam sobre um húmus ora saturado, ora erodido pelas bátegas e sulcado por entrelaçados de raízes.

Contra o sentido da levada, da água fria e assumimos que o percorrido por umas poucas trutas, depressa nos vemos na base de penhascos de tal maneira cobertos de fetos e musgos que não exibem sinal de rocha.

A água desce, veloz, na direcção do Faial. Nós, subimos, mas pouco, na do ainda distante Caldeirão.

O ziguezaguear dissimulado da levada interna-nos nos recortes abruptos da montanha.

Expõe cristas e vales do Norte e as raras povoações que neles se aventuraram, encurraladas entre as vertentes e o oceano.

A espaços, a encosta estreita de tal maneira que o trilho perde o lugar.

Avançamos pelo próprio rebordo que sustem o caudal, sob ramos que o vento e a gravidade fizeram inclinar ou quase tombar sobre o caminho.

Uma cascata preliminar eterniza uma verdadeira queda, dividida entre dois deslizes suaves sobre o veio polido do talude.

Abre-se vista para novo vale florestado, massajado pela neblina matinal. Logo, retomamos o aperto, contra muros naturais, agasalhados de mais musgo.

A levada serpenteia na base de grandes rochedos talhados.

Passado um enorme fetal vertical, arredonda-se e ajusta-se à ferradura da Caldeirinha.

Os Túneis Escavados na Encosta de que a Floresta se Apodera

Pouco depois, deparamo-nos com outro dos quatro túneis que viabilizam a levada e o trilho, todos, escavados à lei da picareta e auxiliares.

Uma vez mais, a matéria-prima é a rocha, vulcânica e escura. O visual da entrada para o novo trecho subterrâneo pouco ou nada destoa da floresta.

Uma pintura integral de musgo e de líquenes torna o paredão perfurado vegetal.

Como esperado, o interior permanece nas trevas.

A altura do tecto é irregular. Mesmo munidos de frontais, em boa parte da travessia, vemo-nos obrigados a baixar as cabeças.

Assim nos mantemos, quando um laivo de luz se intensifica e quebra a penumbra.

Do nada, o túnel surpreende-nos com uma dupla abertura para a falésia florestada.

De volta ao exterior, recuperamos a vista das escarpas mais altas da ilha.

Distinguimos o sulco na vertente de uma levada oposta. Seria um trecho distante da do Caldeirão Verde?

Seria outra?

Com tanto meandro, por essa altura, estávamos baralhados.

Progredimos para uma passagem à sombra, conquistada a uma secção côncava do barranco mais profundo e dramático do percurso.

A mesma vedação, simples, de cabo de aço que há muito delimita o trilho e apoia os caminhantes, atenua a vertigem do precipício à direita.

Quando a deixamos para trás, temos como recompensa vistas abertas e longínquas do vale de São Jorge.

Escutamos o murmurar de água e os sons comunicativos das aves que têm habitat neste interior abrupto da Madeira.

O arrulhar de pombos-torcazes distantes.

O chilrear dos tentilhões e dos amigáveis bísbis, estes, endémicos da ilha da Madeira, habituados a aproximarem-se dos caminhantes, a esperarem pelas suas doces oferendas.

Chegada a um Caldeirão Verde demasiado Instável

Seis quilómetros de exercício, conversa e deslumbre depois, estamos na iminência da falésia arredondada de que se precipita, de quase cem metros de altura, a queda d’água do Caldeirão Verde que empresta o nome à levada.

Escondida no cimo do talude profundo, municia-a uma ribeira também ela homónima, uma das inúmeras que a névoa quase residente e as chuvas setentrionais fazem correr ilha abaixo, e contra as vagas do Atlântico.

Com frequência, a chuva castiga a Madeira com intensidade danosa. Provoca enxurradas e derrocadas que geram instabilidades duradouras.

O Caldeirão Verde e a sua queda d’água passavam por um desses períodos. Nos últimos tempos, a ribeira arrastava rochas que se estatelavam na lagoa abaixo.

A probabilidade de tragédia tinha feito as autoridades proibirem o acesso às suas imediações. Sem vontade de desafiarmos as normas e o destino, conformamo-nos. Como o fazem outros caminhantes.

Sentamo-nos sobre um dos grandes calhaus arredondados e polidos pelo curso erosivo do riacho.

Tiramos sandes das mochilas que devoramos em três tempos.

O suficiente para os bisbis detectarem o petisco e se instalarem em redor.

Tínhamos cumprido os 6.5 km da levada. Faltavam os do regresso.

No sentido da água corrente.

Parque Florestal Ribeiro Frio, Madeira

Ribeiro Frio Acima, na Senda dos Balcões

Há muito que esta região do interior elevado da Madeira tem a cargo a repopulação das trutas arco-íris da ilha. Entre os vários trilhos e levadas que confluem nos seus viveiros, o Parque Florestal Ribeiro Frio oculta panoramas grandiosos sobre o Pico Arieiro, o Pico Ruivo e o vale da Ribeira da Metade que se estende à costa norte.
Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical

A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal

A Ponta Leste, algo Extraterrestre da Madeira

Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
Seixal, Madeira, Portugal

A Ilha da Madeira do Coração

Quem visita a Madeira, encanta-se com o seu dramatismo quase tropical. Neste caso, o autor deve confessar que foi o destino das suas primeiras três viagens de avião. Que tem uma amiga de lá, que o fez ser um pouco de lá. Da Madeira virada ao Norte sem fim. Do destemido e acolhedor Seixal.
São Jorge, Açores

De Fajã em Fajã

Abundam, nos Açores, faixas de terra habitável no sopé de grandes falésias. Nenhuma outra ilha tem tantas fajãs como as mais de 70 da esguia e elevada São Jorge. Foi nelas que os jorgenses se instalaram. Nelas assentam as suas atarefadas vidas atlânticas.
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores

O Éden Açoriano Traído pelo outro Lado do Mar

A Cuada foi fundada, estima-se que em 1676, junto ao limiar oeste das Flores. Já em pleno século XX, os seus moradores juntaram-se à grande debandada açoriana para as Américas. Deixaram para trás uma aldeia tão deslumbrante como a ilha e os Açores.
Ponta Delgada, São Miguel, Açores

A Cidade da Grande Ilha dos Açores

Durante os séculos XIX e XX, Ponta Delgada tornou-se a cidade mais populosa e a capital económico-administrativa dos Açores. Lá encontramos a história e o modernismo do arquipélago de mãos-dadas.
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores

Heroína do Mar, de Nobre Povo, Cidade Valente e Imortal

Angra do Heroísmo é bem mais que a capital histórica dos Açores, da ilha Terceira e, em duas ocasiões, de Portugal. A 1500km do continente, conquistou um protagonismo na nacionalidade e independência portuguesa de que poucas outras cidades se podem vangloriar.
Ilha do Pico, Açores

A Ilha a Leste da Montanha do Pico

Por norma, quem chega ao Pico desembarca no seu lado ocidental, com o vulcão (2351m) a barrar a visão sobre o lado oposto. Para trás do Pico montanha, há todo um longo e deslumbrante “oriente” da ilha que leva o seu tempo a desvendar.
Vale das Furnas, São Miguel

O Calor Açoriano do Vale das Furnas

Surpreendemo-nos, na maior ilha dos Açores, com uma caldeira retalhada por minifúndios agrícolas, massiva e profunda ao ponto de abrigar dois vulcões, uma enorme lagoa e quase dois mil micaelenses. Poucos lugares do arquipélago são, ao mesmo tempo, tão grandiosos e acolhedores como o verdejante e fumegante Vale das Furnas.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
Ilha das Flores, Açores

Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza

Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.
Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
Santa Maria, Açores

Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

Foi a primeira do arquipélago a emergir do fundo dos mares, a primeira a ser descoberta, a primeira e única a receber Cristovão Colombo e um Concorde. Estes são alguns dos atributos que fazem de Santa Maria especial. Quando a visitamos, encontramos muitos mais.
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do "Pequeno Tibete Português" às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Campos de Gerês -Terras de Bouro, Portugal

Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

Prosseguimos num périplo longo e ziguezagueante pelos domínios da Peneda-Gerês e de Bouro, dentro e fora do nosso único Parque Nacional. Nesta que é uma das zonas mais idolatradas do norte português.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Arquitectura & Design
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cerimónias e Festividades
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Selfie, Hida do Japão Antigo e Medieval
Cidades
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Músicos de etnia karanga jnunto às ruínas de Grande Zimbabwe, Zimbabwe
Cultura
Grande ZimbabuéZimbabué

Grande Zimbabwe, Pequena Dança Bira

Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.  
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Vista do John Ford Point, Monument Valley, Nacao Navajo, Estados Unidos
Em Viagem
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Étnico
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Dominica, Soufriére e Scotts Head, fundo da ilha
História
Soufriére e Scotts Head, Dominica

A Vida que Pende da Ilha Caribenha da Natureza

Tem a fama da ilha mais selvagem das Caraíbas e, chegados ao seu fundo, continuamos a confirmá-lo. De Soufriére ao limiar habitado sul de Scotts Head, a Dominica mantém-se extrema e difícil de domar.
PN Timanfaya, Montanhas de Fogo, Lanzarote, Caldera del Corazoncillo
Ilhas
PN Timanfaya, Lanzarote, Canárias

PN Timanfaya e as Montanhas de Fogo de Lanzarote

Entre 1730 e 1736, do nada, dezenas de vulcões de Lanzarote entraram em sucessivas erupções. A quantidade massiva de lava que libertaram soterrou várias povoações e forçou quase metade dos habitantes a emigrar. O legado deste cataclismo é o cenário marciano actual do exuberante PN Timanfaya.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Inverno Branco
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Kogi, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia
Natureza
PN Tayrona, Colômbia

Quem Protege os Guardiães do Mundo?

Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde
Parques Naturais
Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde

Chã das Caldeiras a Mosteiros: descida pelos Confins do Fogo

Com o cimo de Cabo Verde conquistado, dormimos e recuperamos em Chã das Caldeiras, em comunhão com algumas das vidas à mercê do vulcão. Na manhã seguinte, iniciamos o regresso à capital São Filipe, 11 km de caminho para Mosteiros abaixo.
Guardiã, Museu Estaline, Gori, Georgia
Património Mundial UNESCO
Uplistsikhe e Gori, Geórgia

Do Berço da Geórgia à Infância de Estaline

À descoberta do Cáucaso, exploramos Uplistsikhe, uma cidade troglodita antecessora da Geórgia. E a apenas 10km, em Gori, damos com o lugar da infância conturbada de Joseb Jughashvili, que se tornaria o mais famoso e tirano dos líderes soviéticos.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Cabana de Bay Watch, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,
Praias
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Solovestsky Outonal
Religião
Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Máquinas Bebidas, Japão
Sociedade
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Pesca, Caño Negro, Costa Rica
Vida Selvagem
Caño Negro, Costa Rica

Uma Vida à Pesca entre a Vida Selvagem

Uma das zonas húmidas mais importantes da Costa Rica e do Mundo, Caño Negro deslumbra pelo seu ecossistema exuberante. Não só. Remota, isolada por rios, pântanos e estradas sofríveis, os seus habitantes encontraram na pesca um meio embarcado de fortalecerem os laços da sua comunidade.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.