Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço


Cap 110
Visitante examina o memorial Cap 110 à escravatura, erguido por altura dos 150 anos da sua abolição.
Baía dos barcos
Incontáveis pequenas embarcações aproveitam a calmaria assegurada por uma enseada do sul de Martinica.
Olhar desconfiado
Um dos idosos briosos da Grande Anse d'Arlets avessos a que lhe tirem fotografias com receio da fama indesejada e não paga dos postais turísticos.
H. Clément
Edifício da Habitation Clément uma famosa produtora histórica de rum.
Em busca de frescura
Coqueiros inclinam-se sobre o Mar das Caraíbas numa das inúmeras praias da Martinica.
Rum e mais rum
Grandes cubas da destilaria de rum da Habitatión Clément.
Trabalhos náuticos
Morador de Anse d'Arlet entregue a um trabalho à beira-mar.
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Moradores partilham o longo pontão de Anse d'Arlet.
Caminho da Floresta
Casal percorre um passadiço elevado entre árvores.
Marisco Martiniquenho
Cozinheiro finaliza uma panela de marisco à moda criola da Martinica.
Caminhada Solitária
Nativo percorre uma rua ladeada por velhas casas de madeira.
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Cenário verdejante do leste de Martinica.
Anse Vulcanica
Praia de areia negra de uma das anses vulcânicas.
Quase em Anse Caffard
Carro percorre uma estrada íngreme e florestada rumo a Anse Caffard.
Igreja Lamentin
Moradores em frente a uma igreja pitoresca e pontiaguda.
Le Diamant
Veleiro navega em frente ao rochedo Diamant.
Faina
Pescadores ao largo de Anse d'Arlet.
Maison du Bagnard
Visitante espreita a Maison du Bagnard, nas imediações do monumento Cap110.
Praia Hello Kitty
Banhista numa praia do norte da ilha de Martinica.
Praia da Ilha
Famílias repousam numa praia de mar tranquilo da Martinica.
Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.

Decorre uma pescaria tradicional na Grande Anse d’Anses-d’Arlets, uma de tantas enseadas recortadas da Martinica.

Junta-se uma pequena assistência intrigada pelos métodos pouco ortodoxos da faina. Pescadores sobre um pequeno barco soltam uma rede na água que moldam até formar um círculo.

Aprisionam, assim, inúmeros peixes que um outro, munido de equipamento de snorkeling mergulha para ajeitar e capturar.

A enseada de que apreciamos a cena também é um pequeno porto de abrigo. Famílias inteiras de metros (franceses da metrópole) ocupam a extremidade do pontão mais longo ou acompanham a acção a partir do convés dos seus veleiros.

Algumas são de Nantes, outras de Marselha e outras ainda da Córsega.

Partilham o privilégio de viajar ao sabor dos ventos.

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Incontáveis pequenas embarcações aproveitam a calmaria assegurada por uma enseada do sul de Martinica

Fazem longas escalas nos Départements e régions d’outre-mer.

A Colonização sem Retorno dos Békés

Ao longo da história colonial das Antilhas, muitas destas famílias aventureiras aportaram na Martinica e na vizinha Guadalupe onde se depararam com um clima aconchegante e com oportunidades de negócio e condições de vida excepcionais.

Já não regressaram. Instalaram-se, ocuparam terras, compraram escravos e enriqueceram com a exportação de açúcar e de rum.

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Grandes cubas da destilaria de rum da Habitatión Clément.

Ficaram conhecidos como Békés, termo com uma génese polémica. Tanto pode ter origem na expressão “eh bé qué?” que os primeiros colonos adaptaram de “eh bien quois?”, como no título “blancs des quais” (brancos dos cais, por os colonos controlarem todas as mercadorias) ou ainda na sigla BK, criada para abreviar “Blanc Kréyol”.

Seja qual for a versão real, os Békés constituem, hoje, uma ínfima parte da população da Martinica (3000 de quase 400.000 habitantes). Mesmo se só alguns preservam o estatuto de grandes patrões, a sua “classe” detém várias das empresas mais lucrativas.

São os békés e os governos regionais e da metrópole os suspeitos do costume sempre que o custo de vida da ilha se torna insuportável, algo que a população se habituou a verificar nos preços praticados nos muitos supermercados, hipermercados e lojas de grandes dimensões martiniquenses e “exportadas” da metrópole, casos do Carrefour, do 8 à Huit, Leader Price, entre outros.

Hoje, os habitantes contestam as inevitáveis injustiças sociais de uma colónia com passado mais que colonial, esclavagista. Assumem com orgulho as tradições e valores africanos mas, não raras vezes, a sua famosa fineza no diálogo e no trato assimilada dos colonos.

Bem como outras expressões marcantes da francofonia, como é o caso da paixão pelo ciclismo, pela petanca e outros.

E o Sucesso Martiniquenho na Esfera Francófona

Basta atentar na quantidade de personagens importantes com origem ou sangue martiniquense a representar a França – Nicolas Anelka, Abidal, Wiltord, Raphael Varane só no mundo do futebol – para perceber a seriedade do fenómeno.

No sentido inverso, os franceses que se mudam para a Martinica para de vez, de início apenas em negócios ou de férias, acabam por desfrutar de inúmeras recompensas naturais.

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Praia de areia negra de uma das anses vulcânicas.

A costa irregular da ilha esconde enseadas e baías profundas e idílicas e povoações com pequenas igrejas coloniais coloridas que dão para longos passadiços e areais brancos ou negros como os das Anses d’Arlets, na costa virada às Caraíbas ou as da Presqu’ile de La Caravelle, batida pelo oceano Atlântico.

São estas as praias e zonas de bares e os restaurantes de areal em que os metros ocupam, ali à falta de bananeiras, sob as copas dos coqueiros, sempre guarnecidos com as suas geladeiras, chapéus de sol e equipamento de snorkeling.

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Famílias repousam numa praia de mar tranquilo da Martinica.

Fazem-no principalmente nos períodos de férias da Europa e de Dezembro a Abril, intervalo em que a chuva só cai de quando em quando.

À Descoberta da Costa Oriental da Martinica

Algures na costa leste, entre Le François e Le Robert, passamos por um reservatório de água lamacento cercado de erva. Sem o esperarmos, damos por uma manada de vacas a contornarem-no em fila e sem pressas, sem o pastor que seguira na dianteira a tentar pôr ordem num sub-grupo tresmalhado.

Adiante, encontrarmos nova praia. Repete-se a cena das famílias a piquenicarem, praticarem desporto ou a dormitarem à sombra da vegetação tropical da beira-mar.

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Banhista numa praia do norte da ilha de Martinica.

Ainda nos rimos e divertimos com a canoagem improvisada de uma dupla sui generis – um dos tripulantes, branco muito pequeno, o outro negro volumosíssimo – que munida de pagaias, dá o seu máximo para compensar a falta de velas e de motor da casquinha de noz em que seguiam.

A Longa Visita de Paul Gauguin

De uma forma seguramente menos balnear, Paul Gauguin provou-se um dos primeiros metros seduzido pela Martinica. Gauguin conquistou notoriedade muito graças às pinturas de mulheres taitianas.

E, no entanto, foram os seus laços ancestrais peruanos e de afinidade com a América do Sul e com as Caraíbas que lhe despertaram o desejo de evasão para uma terra selvagem.

Na primeira tentativa, abandonou a Paris nativa e, em 1887, escreveu à sua esposa a comunicar que partira para o Panamá. Pouco depois, viu-se forçado a trabalhar no Canal que os franceses haviam recentemente projectado e construíam.

Só algum tempo volvido conseguiu instalar-se numa cabana da Martinica, predisposto a pintar o que mais o inspirasse. Foi na Martinica que passou para a tela as suas primeiras paisagens exóticas e se emancipou do Impressionismo do reconhecido mentor Pizarro.

Gauguin deixou-se encantar pela beleza vulcânica de enseadas como Anse Turin, com vista para a fascinante montanha Pelée que, volta e meia, fumegava e, 15 anos mais tarde, viria a carbonizar Saint Pierre e as gentes desta povoação que Gauguin tanto admirava.

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Panorâmica de Saint-Pierre ao lusco-fusco.

Ainda em 1887, adoeceu.

Foi repatriado para a metrópole gaulesa onde ficou em convalescença antes de voltar a investir no fascínio dos longínquos trópicos, dessa feita, na Polinésia Francesa.

Mesmo assim, quem sabe se no tempo que passou na Martinica não despoletou a versão local de um dos traumas recorrentes do universo francófono: a fotofobia.

Encanto Caribenho das Sucessivas Anses

Antes de deixarmos a Grande Anse d’Anses-d’Arlets detectamos dois velhotes pitorescos numa conversa tranquila entre um quintal e a beira-mar. Perguntamos se os podemos fotografar. Nessa ocasião, recebemos uma resposta frontal: “Não, desculpem mas não.

A minha irmã disse uma vez que sim a um turista qualquer. Agora está nos postais todos da ilha. E o que é que nós ganhamos com isso? Nada!”

Um vizinho deste ancião, prova-se mais aberto à ideia.

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Um dos idosos briosos da Grande Anse d’Arlet.

Eras bem mais vetustas que aquela dupla de indignados representaram outras injustiças, essas realmente difíceis de suportar e de resistir, tal  qual, alguns quilómetros para sul, a arte e memória nos obrigam a reconstituir.

Chegamos à Anse Caffard, vizinha da vila de Diamant. Encontramos, ali, o memorial Cap 110 à escravatura, erguido, em 1998, por altura do aniversário dos 150 anos da sua abolição.

A escultura inspirou-se no afundamento trágico de um barco negreiro no litoral traiçoeiro ao largo e a que sobreviveram oitenta passageiros forçados, recolhidos pelo encarregado de uma estalagem próxima.

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Visitante examina o memorial Cap 110 à escravatura, erguido por altura dos 150 anos da sua abolição

Alinha as suas figuras anónimas de pedra, de frente para o mar e para o rochedo emblemático do Diamante. Lembra, assim, o último dos naufrágios de navios negreiros verificado na Martinica.

De uma forma que se reveste de ironia à medida que pequenos veleiros contornam o rochedo com a paz e a elegância da sua classe de recreio e a prepararem-se para momentos de paz e lazer.

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Veleiro navega em frente ao rochedo Diamant.

A Rivalidade Histórica com os Vizinhos do Outro lado do Canal da Mancha

Há muito que os britânicos exploravam outras ilhas das Caraíbas e mostravam interesse nos territórios gauleses ultramarinos. Acabaram por invadir a Martinica, em 1794. Permaneceram até 1815.

Foi um período em que os fazendeiros locais – entre os quais a família de Josefina de Beauharnais, futura esposa de Napoleão Bonaparte, nascida na ilha –  aproveitaram para contornar a vaga de abolicionismo que a Revolução Francesa gerara e em que venderam o seu açúcar no mercado britânico em vez de no francês.

Com o fim das Guerras Napoleónicas, os britânicos viram-se obrigados a devolver a Martinica aos colonos originais. O Império Francês recuperou a sua estabilidade. Desde então, não só não voltou a perder a adorada colónia das Antilhas, como a integrou no território esparso e polifacetado da República a que a Revolução Francesa deu origem.

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Cenário verdejante do leste de Martinica.

Para o interior, a Martinica também tem inúmeros encantos esquivos para lá das Flores que estiveram na confusa génese do seu nome. Nos inícios de que há registo, a ilha terá sido chamada Jouanacaera-Matinino pelos indígenas Tainos de Hispaniola e apenas de Jouanacaera pelos Caribs, o que significava ilha das Iguanas.

Quando Cristovão Colombo a ela regressou após a ter avistado pela primeira vez em 1493, desencadeou um processo de adaptação dos nomes Madinina, Madiana e Matinite que levou ao nome actual de Martinique.

Montanhas Verdejantes, Floresta tropical e Plantações de Cana-de-Açúcar

A cordilheira de Pitons du Carbet eleva-se aos 1100 metros. Surge coberta por uma vegetação luxuriante que, dependendo da altitude, conta com fetos, trepadeiras e até com florestas de bambu, mogno e pau-rosa.

Estas áreas são demasiado sombrias para o efeito mas outras zonas vastas da ilha estão cobertas de plantações de ananases.

E, sobretudo, de cana-de-açúcar, a sua produção histórica por excelência e a razão de ser de inúmeras habitations (leia-se fazendas agrícolas) que, a partir do século XVIII processaram o açúcar e destilaram o rum em quantidades industriais e assim garantiram as fortunas dos donos.

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Edifício da Habitation Clément uma famosa produtora histórica de rum.

Hoje, o património imobiliário e cultural destas propriedades faz parte da herança inalienável da ilha. Apreciamo-lo numa das mais emblemáticas, a Clément Domaine de L’Acajou.

Provamo-lo igualmente em bancas de rua ou de beira de praia apelativas e repletas de garrafas de todas as cores. Mais que uma identidade da Martinique, o planteur anima corações e aproxima diferenças.

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Moradores partilham o longo pontão de Anse d’Arlet.

O Rum Delicioso à Moda Planteur

Jeán-Toti tem disso plena consciência como tem dos seus dentes de mentiroso.

À medida que provamos o seu rum de frutas à procura dos aromas e sabores mais estimulantes, faz questão de nos servir incontáveis mini-shots e de alimentar uma animada cavaqueira.

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Banca repleta de garrafas de rum planteur.

Quando acabamos a rodada, assalta-nos a horrível sensação de que já nos agradam todos por igual. “Bom, vou ser eu a escolher-vos umas garrafinhas, certo?

Não precisam de me dizer mais, estou habituado a apoiar os clientes nestes seus dramas, principalmente os recém-chegados da Europa que aterram sem qualquer resistência à nossa pomada. Aliás, até tenho outra sugestão preciosa para você.

Não vão já! Sentem-se aqui ao lado. Comam qualquer coisa, mandem uns mergulhos. Aproveitem a vida sem inibições, vão ser poucos os lugares até mesmo das Caraíbas onde encontram um dois-em- um do melhor da nossa e da vossa.”

Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas

Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os "Caribanhos" Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
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Arquitectura & Design
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
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Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
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Cowboys da Oceania

O Texas até fica do outro lado do mundo mas não faltam vaqueiros no país dos coalas e dos cangurus. Rodeos do Outback recriam a versão original e 8 segundos não duram menos no Faroeste australiano.
Bonaire, ilha, Antilhas Holandesas, ABC, Caraíbas, Rincon
Cidades
Rincon, Bonaire

O Recanto Pioneiro das Antilhas Holandesas

Pouco depois da chegada de Colombo às Américas, os castelhanos descobriram uma ilha caribenha a que chamaram Brasil. Receosos da ameaça pirata, esconderam a primeira povoação num vale. Decorrido um século, os holandeses apoderaram-se dessa ilha e rebaptizaram-na de Bonaire. Não apagaram o nome despretensioso da colónia precursora: Rincon.
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Comida
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Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
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Cultura

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Uma Espanha Medieval

De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
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Em Viagem
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Vista do John Ford Point, Monument Valley, Nacao Navajo, Estados Unidos
Étnico
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Banco improvisado
História
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Banho refrescante no Blue-hole de Matevulu.
Ilhas
Espiritu Santo, Vanuatu

Os Blue Holes Misteriosos de Espiritu Santo

A humanidade rejubilou, há pouco tempo, com a primeira fotografia de um buraco negro. Em jeito de resposta, decidimos celebrar o que de melhor temos cá na Terra. Este artigo é dedicado aos blue holes de uma das ilhas abençoadas de Vanuatu.
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Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
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São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
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Já Vacila o Glaciar Rei da Europa

Só na Gronelândia e na Antárctica se encontram geleiras comparáveis ao Vatnajökull, o glaciar supremo do velho continente. E no entanto, até este colosso que dá mais sentido ao termo Terra do Gelo se está a render ao cerco inexorável do aquecimento global.
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
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A Península Dourada de Machangulo

A determinada altura, um braço de mar divide a longa faixa arenosa e repleta de dunas hiperbólicas que delimita a Baía de Maputo. Machangulo, assim se denomina a secção inferior, abriga um dos litorais mais grandiosos de Moçambique.
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Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
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O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
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O Cabo Ledo e a Baía do Regozijo

A apenas a 120km a sul de Luanda, vagas do Atlântico caprichosas e falésias coroadas de moxixeiros disputam a terra de musseque. Partilham a grande enseada forasteiros rendidos ao cenário e os angolanos residentes que o mar generoso há muito sustenta.
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A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
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Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
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Tongatapu, Tonga

A Última Monarquia da Polinésia

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e ao Havai nenhuma outra monarquia resistiu à chegada dos descobridores europeus e da modernidade. Para Tonga, durante várias décadas, o desafio foi resistir à monarquia.
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Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Vida Selvagem
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A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
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Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.