Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço


Cap 110
Visitante examina o memorial Cap 110 à escravatura, erguido por altura dos 150 anos da sua abolição.
Baía dos barcos
Incontáveis pequenas embarcações aproveitam a calmaria assegurada por uma enseada do sul de Martinica.
Olhar desconfiado
Um dos idosos briosos da Grande Anse d'Arlets avessos a que lhe tirem fotografias com receio da fama indesejada e não paga dos postais turísticos.
H. Clément
Edifício da Habitation Clément uma famosa produtora histórica de rum.
Em busca de frescura
Coqueiros inclinam-se sobre o Mar das Caraíbas numa das inúmeras praias da Martinica.
Rum e mais rum
Grandes cubas da destilaria de rum da Habitatión Clément.
Trabalhos náuticos
Morador de Anse d'Arlet entregue a um trabalho à beira-mar.
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Moradores partilham o longo pontão de Anse d'Arlet.
Caminho da Floresta
Casal percorre um passadiço elevado entre árvores.
Marisco Martiniquenho
Cozinheiro finaliza uma panela de marisco à moda criola da Martinica.
Caminhada Solitária
Nativo percorre uma rua ladeada por velhas casas de madeira.
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Cenário verdejante do leste de Martinica.
Anse Vulcanica
Praia de areia negra de uma das anses vulcânicas.
Quase em Anse Caffard
Carro percorre uma estrada íngreme e florestada rumo a Anse Caffard.
Igreja Lamentin
Moradores em frente a uma igreja pitoresca e pontiaguda.
Le Diamant
Veleiro navega em frente ao rochedo Diamant.
Faina
Pescadores ao largo de Anse d'Arlet.
Maison du Bagnard
Visitante espreita a Maison du Bagnard, nas imediações do monumento Cap110.
Praia Hello Kitty
Banhista numa praia do norte da ilha de Martinica.
Praia da Ilha
Famílias repousam numa praia de mar tranquilo da Martinica.
Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.

Decorre uma pescaria tradicional na Grande Anse d’Anses-d’Arlets, uma de tantas enseadas recortadas da Martinica.

Junta-se uma pequena assistência intrigada pelos métodos pouco ortodoxos da faina. Pescadores sobre um pequeno barco soltam uma rede na água que moldam até formar um círculo.

Aprisionam, assim, inúmeros peixes que um outro, munido de equipamento de snorkeling mergulha para ajeitar e capturar.

A enseada de que apreciamos a cena também é um pequeno porto de abrigo. Famílias inteiras de metros (franceses da metrópole) ocupam a extremidade do pontão mais longo ou acompanham a acção a partir do convés dos seus veleiros.

Algumas são de Nantes, outras de Marselha e outras ainda da Córsega.

Partilham o privilégio de viajar ao sabor dos ventos.

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Incontáveis pequenas embarcações aproveitam a calmaria assegurada por uma enseada do sul de Martinica

Fazem longas escalas nos Départements e régions d’outre-mer.

A Colonização sem Retorno dos Békés

Ao longo da história colonial das Antilhas, muitas destas famílias aventureiras aportaram na Martinica e na vizinha Guadalupe onde se depararam com um clima aconchegante e com oportunidades de negócio e condições de vida excepcionais.

Já não regressaram. Instalaram-se, ocuparam terras, compraram escravos e enriqueceram com a exportação de açúcar e de rum.

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Grandes cubas da destilaria de rum da Habitatión Clément.

Ficaram conhecidos como Békés, termo com uma génese polémica. Tanto pode ter origem na expressão “eh bé qué?” que os primeiros colonos adaptaram de “eh bien quois?”, como no título “blancs des quais” (brancos dos cais, por os colonos controlarem todas as mercadorias) ou ainda na sigla BK, criada para abreviar “Blanc Kréyol”.

Seja qual for a versão real, os Békés constituem, hoje, uma ínfima parte da população da Martinica (3000 de quase 400.000 habitantes). Mesmo se só alguns preservam o estatuto de grandes patrões, a sua “classe” detém várias das empresas mais lucrativas.

São os békés e os governos regionais e da metrópole os suspeitos do costume sempre que o custo de vida da ilha se torna insuportável, algo que a população se habituou a verificar nos preços praticados nos muitos supermercados, hipermercados e lojas de grandes dimensões martiniquenses e “exportadas” da metrópole, casos do Carrefour, do 8 à Huit, Leader Price, entre outros.

Hoje, os habitantes contestam as inevitáveis injustiças sociais de uma colónia com passado mais que colonial, esclavagista. Assumem com orgulho as tradições e valores africanos mas, não raras vezes, a sua famosa fineza no diálogo e no trato assimilada dos colonos.

Bem como outras expressões marcantes da francofonia, como é o caso da paixão pelo ciclismo, pela petanca e outros.

E o Sucesso Martiniquenho na Esfera Francófona

Basta atentar na quantidade de personagens importantes com origem ou sangue martiniquense a representar a França – Nicolas Anelka, Abidal, Wiltord, Raphael Varane só no mundo do futebol – para perceber a seriedade do fenómeno.

No sentido inverso, os franceses que se mudam para a Martinica para de vez, de início apenas em negócios ou de férias, acabam por desfrutar de inúmeras recompensas naturais.

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Praia de areia negra de uma das anses vulcânicas.

A costa irregular da ilha esconde enseadas e baías profundas e idílicas e povoações com pequenas igrejas coloniais coloridas que dão para longos passadiços e areais brancos ou negros como os das Anses d’Arlets, na costa virada às Caraíbas ou as da Presqu’ile de La Caravelle, batida pelo oceano Atlântico.

São estas as praias e zonas de bares e os restaurantes de areal em que os metros ocupam, ali à falta de bananeiras, sob as copas dos coqueiros, sempre guarnecidos com as suas geladeiras, chapéus de sol e equipamento de snorkeling.

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Famílias repousam numa praia de mar tranquilo da Martinica.

Fazem-no principalmente nos períodos de férias da Europa e de Dezembro a Abril, intervalo em que a chuva só cai de quando em quando.

À Descoberta da Costa Oriental da Martinica

Algures na costa leste, entre Le François e Le Robert, passamos por um reservatório de água lamacento cercado de erva. Sem o esperarmos, damos por uma manada de vacas a contornarem-no em fila e sem pressas, sem o pastor que seguira na dianteira a tentar pôr ordem num sub-grupo tresmalhado.

Adiante, encontrarmos nova praia. Repete-se a cena das famílias a piquenicarem, praticarem desporto ou a dormitarem à sombra da vegetação tropical da beira-mar.

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Banhista numa praia do norte da ilha de Martinica.

Ainda nos rimos e divertimos com a canoagem improvisada de uma dupla sui generis – um dos tripulantes, branco muito pequeno, o outro negro volumosíssimo – que munida de pagaias, dá o seu máximo para compensar a falta de velas e de motor da casquinha de noz em que seguiam.

A Longa Visita de Paul Gauguin

De uma forma seguramente menos balnear, Paul Gauguin provou-se um dos primeiros metros seduzido pela Martinica. Gauguin conquistou notoriedade muito graças às pinturas de mulheres taitianas.

E, no entanto, foram os seus laços ancestrais peruanos e de afinidade com a América do Sul e com as Caraíbas que lhe despertaram o desejo de evasão para uma terra selvagem.

Na primeira tentativa, abandonou a Paris nativa e, em 1887, escreveu à sua esposa a comunicar que partira para o Panamá. Pouco depois, viu-se forçado a trabalhar no Canal que os franceses haviam recentemente projectado e construíam.

Só algum tempo volvido conseguiu instalar-se numa cabana da Martinica, predisposto a pintar o que mais o inspirasse. Foi na Martinica que passou para a tela as suas primeiras paisagens exóticas e se emancipou do Impressionismo do reconhecido mentor Pizarro.

Gauguin deixou-se encantar pela beleza vulcânica de enseadas como Anse Turin, com vista para a fascinante montanha Pelée que, volta e meia, fumegava e, 15 anos mais tarde, viria a carbonizar Saint Pierre e as gentes desta povoação que Gauguin tanto admirava.

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Panorâmica de Saint-Pierre ao lusco-fusco.

Ainda em 1887, adoeceu.

Foi repatriado para a metrópole gaulesa onde ficou em convalescença antes de voltar a investir no fascínio dos longínquos trópicos, dessa feita, na Polinésia Francesa.

Mesmo assim, quem sabe se no tempo que passou na Martinica não despoletou a versão local de um dos traumas recorrentes do universo francófono: a fotofobia.

Encanto Caribenho das Sucessivas Anses

Antes de deixarmos a Grande Anse d’Anses-d’Arlets detectamos dois velhotes pitorescos numa conversa tranquila entre um quintal e a beira-mar. Perguntamos se os podemos fotografar. Nessa ocasião, recebemos uma resposta frontal: “Não, desculpem mas não.

A minha irmã disse uma vez que sim a um turista qualquer. Agora está nos postais todos da ilha. E o que é que nós ganhamos com isso? Nada!”

Um vizinho deste ancião, prova-se mais aberto à ideia.

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Um dos idosos briosos da Grande Anse d’Arlet.

Eras bem mais vetustas que aquela dupla de indignados representaram outras injustiças, essas realmente difíceis de suportar e de resistir, tal  qual, alguns quilómetros para sul, a arte e memória nos obrigam a reconstituir.

Chegamos à Anse Caffard, vizinha da vila de Diamant. Encontramos, ali, o memorial Cap 110 à escravatura, erguido, em 1998, por altura do aniversário dos 150 anos da sua abolição.

A escultura inspirou-se no afundamento trágico de um barco negreiro no litoral traiçoeiro ao largo e a que sobreviveram oitenta passageiros forçados, recolhidos pelo encarregado de uma estalagem próxima.

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Visitante examina o memorial Cap 110 à escravatura, erguido por altura dos 150 anos da sua abolição

Alinha as suas figuras anónimas de pedra, de frente para o mar e para o rochedo emblemático do Diamante. Lembra, assim, o último dos naufrágios de navios negreiros verificado na Martinica.

De uma forma que se reveste de ironia à medida que pequenos veleiros contornam o rochedo com a paz e a elegância da sua classe de recreio e a prepararem-se para momentos de paz e lazer.

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Veleiro navega em frente ao rochedo Diamant.

A Rivalidade Histórica com os Vizinhos do Outro lado do Canal da Mancha

Há muito que os britânicos exploravam outras ilhas das Caraíbas e mostravam interesse nos territórios gauleses ultramarinos. Acabaram por invadir a Martinica, em 1794. Permaneceram até 1815.

Foi um período em que os fazendeiros locais – entre os quais a família de Josefina de Beauharnais, futura esposa de Napoleão Bonaparte, nascida na ilha –  aproveitaram para contornar a vaga de abolicionismo que a Revolução Francesa gerara e em que venderam o seu açúcar no mercado britânico em vez de no francês.

Com o fim das Guerras Napoleónicas, os britânicos viram-se obrigados a devolver a Martinica aos colonos originais. O Império Francês recuperou a sua estabilidade. Desde então, não só não voltou a perder a adorada colónia das Antilhas, como a integrou no território esparso e polifacetado da República a que a Revolução Francesa deu origem.

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Cenário verdejante do leste de Martinica.

Para o interior, a Martinica também tem inúmeros encantos esquivos para lá das Flores que estiveram na confusa génese do seu nome. Nos inícios de que há registo, a ilha terá sido chamada Jouanacaera-Matinino pelos indígenas Tainos de Hispaniola e apenas de Jouanacaera pelos Caribs, o que significava ilha das Iguanas.

Quando Cristovão Colombo a ela regressou após a ter avistado pela primeira vez em 1493, desencadeou um processo de adaptação dos nomes Madinina, Madiana e Matinite que levou ao nome actual de Martinique.

Montanhas Verdejantes, Floresta tropical e Plantações de Cana-de-Açúcar

A cordilheira de Pitons du Carbet eleva-se aos 1100 metros. Surge coberta por uma vegetação luxuriante que, dependendo da altitude, conta com fetos, trepadeiras e até com florestas de bambu, mogno e pau-rosa.

Estas áreas são demasiado sombrias para o efeito mas outras zonas vastas da ilha estão cobertas de plantações de ananases.

E, sobretudo, de cana-de-açúcar, a sua produção histórica por excelência e a razão de ser de inúmeras habitations (leia-se fazendas agrícolas) que, a partir do século XVIII processaram o açúcar e destilaram o rum em quantidades industriais e assim garantiram as fortunas dos donos.

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Edifício da Habitation Clément uma famosa produtora histórica de rum.

Hoje, o património imobiliário e cultural destas propriedades faz parte da herança inalienável da ilha. Apreciamo-lo numa das mais emblemáticas, a Clément Domaine de L’Acajou.

Provamo-lo igualmente em bancas de rua ou de beira de praia apelativas e repletas de garrafas de todas as cores. Mais que uma identidade da Martinique, o planteur anima corações e aproxima diferenças.

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Moradores partilham o longo pontão de Anse d’Arlet.

O Rum Delicioso à Moda Planteur

Jeán-Toti tem disso plena consciência como tem dos seus dentes de mentiroso.

À medida que provamos o seu rum de frutas à procura dos aromas e sabores mais estimulantes, faz questão de nos servir incontáveis mini-shots e de alimentar uma animada cavaqueira.

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Banca repleta de garrafas de rum planteur.

Quando acabamos a rodada, assalta-nos a horrível sensação de que já nos agradam todos por igual. “Bom, vou ser eu a escolher-vos umas garrafinhas, certo?

Não precisam de me dizer mais, estou habituado a apoiar os clientes nestes seus dramas, principalmente os recém-chegados da Europa que aterram sem qualquer resistência à nossa pomada. Aliás, até tenho outra sugestão preciosa para você.

Não vão já! Sentem-se aqui ao lado. Comam qualquer coisa, mandem uns mergulhos. Aproveitem a vida sem inibições, vão ser poucos os lugares até mesmo das Caraíbas onde encontram um dois-em- um do melhor da nossa e da vossa.”

Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas

Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os "Caribanhos" Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
A Crucificação em Helsínquia
Cerimónias e Festividades
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Nissan, Moda, Toquio, Japao
Cidades
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
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Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Cultura
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.
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Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
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Em Viagem
Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes

Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
Sombra de sucesso
Étnico
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Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

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São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
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O Vulcão que Assombra o Atlântico

Com 3718m, El Teide é o tecto das Canárias e de Espanha. Não só. Se medido a partir do fundo do oceano (7500 m), só duas montanhas são mais pronunciadas. Os nativos guanches consideravam-no a morada de Guayota, o seu diabo. Quem viaja a Tenerife, sabe que o velho Teide está em todo o lado.
Cavalos sob nevão, Islândia Neve Sem Fim Ilha Fogo
Inverno Branco
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Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
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Literatura
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A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
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Moyo: Uma Ilha Indonésia Só Para Alguns

Poucas pessoas conhecem ou tiveram o privilégio de explorar a reserva natural de Moyo. Uma delas foi a princesa Diana que, em 1993, nela se refugiou da opressão mediática que a viria a vitimar.
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

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Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
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Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
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A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
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Praias
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2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
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Religião
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O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
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Sobre Carris
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Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
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O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Vida Selvagem
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.