Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle


Mini-snorkeling
Rapazinho tailandês diverte-se equipado com equipamento de snorkeling nas águas pouco profundas ao largo de Phi-Phi Leh.
Maya Bay
Primeira lancha da manhã a chegar à baía de Maya, na ilha de Phi Phi Leh.
Nongsok
Visitante das ilhas Phi Phi segue na proa de um long-tail boat, durante um tour de snorkeling.
Rota de Evacuação
Sinal instalado após o tsunami de 2004 indica a rota de fuga em caso de novo maremoto.
Maya Bay II
Lanchas atracadas na Maya Bay, a grande atracção das ilhas Phi Phi após a fama gerada por "A Praia" e o tsunami de 2004 que destruiu os long-tailboats em que antes ali levavam visitantes.
Pelos Ares
Grupo de visitantes entretêm-se a soltar um pequeno balão de ar quente sobre o arquipélago das Phi Phi.
Benção budista
Tiras de tecido colorido abençoam um barco de pesca tailandês.
De um lado ao outro
Banhistas percorrem um trilho que atravessa a Maya Bay, sinalizado como rota de fuga em caso de tsunami.
Barco pós-tsunami
Barco atracado num recanto da enseada principal da ilha de Phi-Phi Don, a maior do arquipélago.
Convívio marinho
Grupo de asiáticos flutua nas águas tranquilas do interior de um grupo de penhascos projectados do mar de Andamão.
Ray Lay beach
Mochileira compra algo num bar-barco instalado nas águas rasas da Ray Lay beach, em Krabi.
Pintura de Krabi
Pescador regressa do mar com a maré vazia e durante um pôr-do-sol exuberante numa praia de Krabi.
Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.

Os nossos nomes são Marco e Sara.

Que mais precisam de saber? Coisas sobre a nossa família ou de onde somos? Nada disso interessa. Não após cruzarmos o oceano e nos termos libertado, à procura de algo mais belo, algo mais excitante e sim, admitimos, eventualmente mais perigoso.

A adaptação da apresentação irreverente do americano Richard (Leonardo di Caprio) assentava-nos na perfeição enquanto, tal como ele, percorríamos a rua mochileira mais famosa de Banguecoque – a Khao San –  meio à deriva e acossados por agentes dos mais diversos negócios, à procura de sítio para nos alojarmos.

Esfomeados e de rastos após a longa viagem do extremo ocidental da Europa para o sudeste asiático, faltava-nos a paciência para o doloroso processo de escolher quarto.

Ficámos no primeiro que espreitámos, numa guest-house com poucas ou nenhuma diferença face àquela em que Richard se instalou, onde logo conheceu o lunático e malfadado Daffy (Robert Carlisle) que lhe entregou o objecto fulcral do enredo, o mapa da ilha secreta.

Pintura de Krabi

Pescador regressa do mar com a maré vazia e durante um pôr-do-sol exuberante numa praia de Krabi.

O Ritual Tailandês e Mochileiro Incontornável da Khao San Road

Deixámos as mochilas e mais alguma tralha. Descemos a escadaria da pensão oriental para almoçar já muito fora de horas.

Com a tarde a terminar, regressamos à azáfama da Khao San Road, em que centenas de jovens viajantes regressavam de tours de dia, acabavam de chegar de partes distintas da Tailândia ou países vizinhos, bebiam as últimas cervejas Chang e Singh ou faziam as derradeiras compras de produtos contrafeitos antes de voltarem a casa.

chinatown, banguecoque, mil e uma noites, tailandia

Donos de uma banca na gigantesca Chinatown de Banguecoque.

Umas horas depois, a atmosfera tornar-se-ia bem mais intensa.

Os bares aumentaram o volume da música, o consumo do álcool intensificou-se e os farangs (assim chamam os tailandeses aos estrangeiros) de alma perdida cediam aos seus instintos mais básicos incluindo ao incontornável desejo que os fazia sondar o sexo oposto ocidental e tailandês mais apetecível e acessível.

Nós, dormimos mais com o jet lag que um com o outro enquanto dezenas de jovens prostitutas e ladyboys proactivos assumiam a sua posição de ataque na rua e atmosfera do lugar se continuou a degradar.

Como para os restantes viajantes, a Khao San foi, para nós, um mero ponto de partida. Não era a primeira vez que de lá saíamos em direcção ao sul tailandês.

Convés de ferry dirigido às Ilhas Phi Phi, repleto de passageiros veraneantes.

Em ambas, gastámos menos que os 4.000 baths (menos de 100€) que Richard e o casal francês despenderam a chegar ao litoral de Ko Phangan, de onde os três nadaram o derradeiro quilómetro e pouco até à ilha que o mapa partilhado pelo americano os convencera a descobrir.

E tiveram que nadar porque nenhum barqueiro os queria levar a uma ilha parte do Parque Nacional Koh Phi Phi.

Da Ray Lay Beach ao Retiro Deslumbrante das Ilhas Phi Phi

Da primeira vez, sem o seu mapa ou outra forma de nos metermos em sarilhos, continuámos para o litoral privilegiado de Krabi.

Lá nos rendemos à beleza indolente da praia de Ray Lay, cercada de penhascos verticais de calcário e, como tal, acessível apenas de barco.

Ray Lay beach

Mochileira compra algo num bar-barco instalado nas águas rasas da Ray Lay beach, em Krabi.

De Krabi, mudámo-nos para as ilhas Phi Phi, na altura, as mais ansiadas paragens tailandesas.

À chegada, uma enorme frota de long-tail boats coloridos ocupava quase toda o areal de Phi Phi Don, a ilha-mãe do arquipélago.

Para diante do cais da aldeia muçulmana de Ban Ton Sai, uma floresta densa de coqueiros preenchia as suas terras planas e chegava a invadir as encostas dos extremos mais elevados de Don.

Esta floresta abrigava e dava sombra a um sem número de guest-houses, bares, restaurantes, casas de massagem e centros de mergulho entre outros incontáveis negócios.

Juntámo-nos a veraneantes de todas as partes e abrigámo-nos num albergue local abafado e humilde.

“A Praia”. O Clássico de Danny Boyle que Eternizou o Modo de Vida Mochileiro

Estávamos em 2000.

Nesse mesmo ano, estreou por quase todo o planeta “A Praia”, um filme realizado por Danny Boyle a partir do romance com o mesmo nome de Alex Garland, escritor, viajante compulsivo, introspectivo, sempre inconformado com o que viajar representava e devia representar, com o que estava bem e mal na maneira de viajar dos ocidentais:

“Os turistas iam de férias enquanto os viajantes faziam outra coisa. Viajavam.” era uma das suas perspectivas preferidas sobre o tema.

Não tardámos a constatar que as Phi Phi permaneciam ocupadas por um misto de ambos.

E que, passadas décadas desde que os ocidentais pioneiros as visitaram, predominavam os primeiros.

Nongsok

Visitante das ilhas Phi Phi segue na proa de um long-tail boat, durante um tour de snorkeling

Admirador de Garland, Boyle aproveitou o sucesso de “Trainspotting” (“Sem Limites”) e de “A Life Less Ordinary” (“Vidas Diferentes”).

Mudou-se para a Tailândia no início de 1999, após recrutar um Leonardo di Caprio adolescente e em plena ascensão consumado o protagonismo mais que melodramático, meloso, de “Titanic”. Boyle filmou o enredo pouco alterado do livro nalguns dos cenários tailandeses de sonho.

Um deles ficava a menos de dois quilómetros da guest house em que nos alojámos. Em 2000, era só uma das incontáveis praias escondidas pelos ainda mais abundantes cachos de rochedos verdejantes projectados do fundo do Mar de Andamão.

A Praia” correu mundo. Pode ter dividido os cinéfilos. Deixou um trilho cultural indelével para os novos mochileiros do milénio.

No ano seguinte, a ilha-filha de Phi Phi Leh e, em particular, a Maya Bay em que têm lugar as cenas mais invejáveis e abomináveis do filme começaram a conquistar popularidade.

Mini-snorkeling

Rapazinho tailandês diverte-se equipado com equipamento de snorkeling nas águas pouco profundas ao largo de Phi-Phi Leh.

Para o que contribuiu o oportunismo das pequenas agências de Krabi, das ilhas Phi Phi e dos proprietários de embarcações que a começaram a destacar nos seus cartazes e folhetos de tours.

Em “A Praia” a Maya Bay foi o cenário da carnificina provocada pelo tubarão que vitimou os irmãos suecos encarregues da pesca.

Os forasteiros que continuavam a afluir a Phi Phi Don, esses, não esqueciam sobretudo o convívio quase imaculado da comunidade no seu éden oculto.

E, outros, a cena erótica nocturna entre Richard e Françoise nas águas a que a agitação do plâncton dera um misterioso brilho azul.

Sem surpresa, o paraíso começou a receber hordas diárias de visitantes. As filmagens já tinham deixado alterações na paisagem que irritaram parte da população nativa e os ambientalistas.

Apesar da polémica, as invasões quotidianas prosseguiram por três anos, período em que fizeram lucrar os donos dos pitorescos mas ensurdecedores long-tail boats.

Antiga frota de long-tail boats quatro anos antes do tsunami de Dezembro de 2004 a ter destruído.

O Maremoto Arrasador de 24 de Dezembro de 2004

Assim se passou até que, na manhã de 24 de Dezembro de 2004, um simples capricho geológico provou que os paraísos, tal como nos habituámos a apreciar, ficam onde a Terra quiser.

Um sismo com magnitude superior a 9.0 agitou o fundo do oceano Indico durante mais de oito minutos.

Gerou um tsunami que causou destruição disseminada em distintas regiões da Ásia e, em particular, arrasou o istmo de Phi Phi Don, uns meros metros acima do nível do mar e onde tinham acabado de despertar a maioria dos turistas, viajantes, trabalhadores e moradores.

As ondas e o fluxo marinho massivo que se seguiu provocaram milhares de vítimas. Devastaram quase por completo a floresta densa de coqueiros e grande parte dos edifícios.

Destruíram ainda a frota de long-tailboats que, além de ser imagem de marca da ilha, há muito transportava os farangs mais poupados nas suas pequenas excursões de snorkeling e outros passeios.

Cercada por penhascos excepto numa pequena entrada, a Maya Bay pouco ou nada sofreu. O guia Lonely Planet informou que as ondas mais fortes que entraram a limparam apenas da vegetação não nativa acrescentada em 1999 pela equipa de filmagem.

Ao invés, a Maya Bay beneficiou durante algum tempo da indisponibilidade turística daquelas paragens da Tailândia. Viu-se, de novo, quase secreta.

Maya Bay

Primeira lancha da manhã a chegar à baía de Maya, na ilha de Phi Phi Leh.

Na longa-metragem, a comunidade de “A Praia” termina quando outros mochileiros a quem Richard havia dado uma cópia do mapa chegam à ilha e despertam a ira do dono tailandês da plantação local de marijuana.

Este tinha já avisado o grupo original que só os admitiria a eles. Convenceu então a carismática líder Sal (Tilda Swinton) a abater o culpado.

Confrontada com a falta de escrúpulos de Sal e com a probabilidade de o mesmo lhes poder acontecer, a comunidade abandona a ilha secreta do ecrã.

O Regresso Pós-Maremoto às Ilhas Phi-Phi

Por volta de 2006, já se passava o inverso com a ilha real.

Malgrado os muitos anos volvidos, quando regressámos às ilhas Phi Phi, a desolação provocada pelo tsunami ainda era bem visível. Algum entulho e um ou outro estaleiro evidenciavam a reconstrução.

A floresta de coqueiros e a frota de long-tail boats já não existiam. No caso das embarcações, tinham sido substituídas por dezenas de lanchas modernas muito menos ruidosas mas sem o encanto tradicional das antecessoras.

Foi a bordo de uma delas que voltámos à Maya Bay. Encontrámo-la repleta destas lanchas, a transbordar de visitantes dos quatro cantos do mundo e de sinais que indicavam as rotas de evacuação em caso de tsunami.

Rota de Evacuação

Sinal instalado após o tsunami de 2004 indica a rota de fuga em caso de novo maremoto

Em “A Praia” já de volta a Banguecoque, Richard assume “E eu? Ainda acredito no paraíso. Mas agora, pelo menos, sei que não é um lugar que se possa procurar porque não é onde se vá.

É como nos sentimos num determinado momento da nossa vida quando fazemos parte de alguma coisa.

E quando encontramos esse momento… dura para sempre.”

Também nós regressámos à capital tailandesa e à Khao San. E lá nos vimos numa comunidade, já com demasiados daqueles que Alex Garland e o alter ego Richard definiam como “os cancros, os parasitas que comiam o mundo todo”.

Os viajantes sem interesse pelas outras gentes e lugares do planeta que apenas desejavam reproduzir, noutros lugares, os mesmos comportamentos redutores e decadentes que tinham à porta de casa.

Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Chiang Mai, Tailândia

300 Wats de Energia Espiritual e Cultural

Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.
Bago, Myanmar

Viagem a Bago. E ao Reino Português de Pegu

Determinados e oportunistas, dois aventureiros portugueses tornaram-se reis do reino de Pegu. A sua dinastia só durou de 1600 a 1613. Ficou para a história.
Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.
Monte Kyaiktiyo, Myanmar

A Rocha Dourada e em Equilíbrio de Buda

Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
Yangon, Myanmar

A Grande Capital da Birmânia (Delírios da Junta Militar à Parte)

Em 2005, o governo ditatorial do Myanmar inaugurou uma nova capital bizarra e quase deserta. A vida exótica e cosmopolita mantém-se intacta, em Yangon, a maior e mais fascinante cidade birmanesa.
Lago Inlé, Myanmar

Uma Agradável Paragem Forçada

No segundo dos furos que temos durante um passeio em redor do lago Inlé, esperamos que nos tragam a bicicleta com o pneu remendado. Na loja de estrada que nos acolhe e ajuda, o dia-a-dia não pára.
Banguecoque, Tailândia

Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Fiel em frente à gompa A gompa Kag Chode Thupten Samphel Ling.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Gravuras, Templo Karnak, Luxor, Egipto
Arquitectura & Design
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Cerimónias e Festividades
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Dotonbori, Osaka, Japão
Cidades
Osaka, Japão

O Japão Urbano-Jovial de Osaka

Terceira cidade mais populosa do Japão e uma das mais antigas, Osaka não perde demasiado tempo com formalidades e cerimónias. A capital da região do Kansai é famosa pelas suas gentes extrovertidas sempre prontas a celebrar a vida.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Mar-de-Parra
Cultura
Mendoza, Argentina

Viagem por Mendoza, a Grande Província Enóloga Argentina

Os missionários espanhóis perceberam, no século XVI, que a zona estava talhada para a produção do “sangue de Cristo”. Hoje, a província de Mendoza está no centro da maior região enóloga da América Latina.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Em Viagem
Estradas Imperdíveis

Grandes Percursos, Grandes Viagens

Com nomes pomposos ou meros códigos rodoviários, certas estradas percorrem cenários realmente sublimes. Da Road 66 à Great Ocean Road, são, todas elas, aventuras imperdíveis ao volante.
António do Remanso, Comunidade Quilombola Marimbus, Lençóis, Chapada Diamantina
Étnico
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Bonaire, ilha, Antilhas Holandesas, ABC, Caraíbas, Rincon
História
Rincon, Bonaire

O Recanto Pioneiro das Antilhas Holandesas

Pouco depois da chegada de Colombo às Américas, os castelhanos descobriram uma ilha caribenha a que chamaram Brasil. Receosos da ameaça pirata, esconderam a primeira povoação num vale. Decorrido um século, os holandeses apoderaram-se dessa ilha e rebaptizaram-na de Bonaire. Não apagaram o nome despretensioso da colónia precursora: Rincon.
Mural de Key West, Flórida Keys, Estados Unidos
Ilhas
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Cascata de Tamul, Aquismón, Huasteca Potosina, San Luís Potosi, México
Natureza
Aquismón, San Luís Potosi, México

A Água que os Deuses Despejam de Jarros

Nenhuma queda d’água da Huasteca Potosina se compara com a de Tamul, a terceira mais alta do México, com 105 metros de altura e, na época das chuvas, quase 300 metros de largo. De visita à região, saímos na demanda do salto de rio que os indígenas viam como divino.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Totem, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia
Parques Naturais
Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, Doces crocantes
Património Mundial UNESCO
São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Nova Gales do Sul Austrália, Caminhada na praia
Praias
Batemans Bay a Jervis Bay, Austrália

Nova Gales do Sul, de Baía em Baía

Com Sydney para trás, entregamo-nos à “South Coast” australiana. Ao longo de 150km, na companhia de pelicanos, cangurus e outras peculiares criaturas aussie, deixamo-nos perder num litoral recortado entre praias deslumbrantes e eucaliptais sem fim.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Religião
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Sociedade
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Vida Selvagem
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.