Miami, Flórida, E.U.A.

A Porta de Entrada da América Latina


Céus Atlânticos
Emergência
10th Street
Stars & Stripes
A Esquina
The Biltmore
Cavalier
Estilo Cubano
Praia de Miami Beach
A Torre da Liberdade
Recifes das Boas Vindas
Selfie Beach
Skyline II
Arte Deco
the Carlysle
Miami All
A Marina
Miami Skyline
Não é só a localização privilegiada, entre um oceano exuberante e o verde dos Everglades, com a vastidão caribenha logo ali a sul. É o afago tropical, o do clima e o cultural e uma modernidade urbana exemplar. Cada vez mais em castelhano, num contexto latino-americano.

A travessia atlântica desde Lisboa demora as suas nove horas.

Passamos o tempo quase todo acima de água salgada e azulada. Com sorte, ainda na primeira metade do percurso, vislumbramos algumas ilhas açorianas. De Maio a fim de Outubro, em plena época dos furacões, o voo revela-se algo mais turbulento, nada que chegue a gerar apreensão.

Quase finda a rota em arco apontada à latitude do Trópico de Câncer, sobre o norte do arquipélago das Bahamas e na iminência da península da Flórida, a janela do avião emoldura uma inesperada compensação paisagística.

Numa zona deixada para trás por um furacão que se desfaz para norte, centenas de nuvenzinhas rasantes e etéreas pairam sobre o mar liso e translúcido.

As suas sombras parecem flutuar logo abaixo, em manchas abundantes que suplantam as de uns poucos retalhos de recife.

Progredimos para sudoeste.

Esses retalhos dão lugar a uma longa barreira, coberta por ondas de areia coralífera, tão alva que a superficialidade as tinge de ciano.

O sobrevoo mantem-nos nesse tom e num deslumbre absoluto por quinze minutos mais.

Até que passamos sobre uma verdadeira língua de terra, consolidada ao ponto de sustentar vegetação e edifícios.

Miami: Porta de Entrada da América Latina à Vista

É a badalada franja de Miami Beach.

Uma lagoa salpicada de ilhéus quase todos edificados, surge ligada à Flórida contígua por quatro ou cinco vias e pontes impostas à lagoa.

Pelo menos três delas conduzem ao núcleo da grande metrópole que tínhamos como destino final. Dita a direcção do vento que, para aterrar, ainda tivéssemos que entrar e dar voltas sobre os Everglades, a pradaria alagada que contem a cidade a oeste.

A aterragem e incursão no imenso aeroporto reforça o que já tínhamos constatado em visitas anteriores. Estamos a chegar aos Estados Unidos.

As gentes que processam a entrada e com que nos cruzamos têm quase todas visuais hispano-americanos. Conversam num espanhol suavizado pelo clima mais quente.

Quando nos abordam, têm dificuldade em concluir se somos ou não “como eles”. De acordo, mudam para o inglês com sotaque a que os obrigam os protocolos profissionais.

O predomínio linguístico que sentimos à chegada é sintoma de uma realidade mais abrangente. Nos E.U.A., só Nova Iorque acolhe mais visitantes anuais que Miami.

Se, como no nosso caso, lá desembarcam europeus e ainda mais norte-americanos, o grosso dos forasteiros provem da ampla metade sul das Américas, a que, como a Flórida, foi descoberta para o Novo Mundo pelos espanhóis e que se preservou hispânica.

A grande excepção desse universo, reside nos milhões de passageiros brasileiros, divididos entre turistas, trabalhadores imigrados e recém-convertidos em americanos.

O Protagonismo Cubano em Miami

Devido à proximidade e ao passado de êxodo intenso que se seguiu à tomada de poder de Fidel Castro, em 1959, os Cubanos são mais de 1.2 milhões. O facto de o mais famoso bairro cubano de Miami se denominar Little Havana prova-se ilusório.

Quase metade da população do Condado de Miami tem origem cubana. Os refugiados mais abastados voaram de Cuba assim que perceberam que a viragem Revolucionária-Comunista da ilha os condenaria. Ao longo das décadas, seguiram-nos muitos mais, como podiam, uns a bordo de aviões e grandes barcos.

Outros, os balseros, sobre jangadas improvisadas que, nalguns casos trágicos, os atraiçoaram.

Domino Park

O centro de dominó e de convívio onde confraternizam diariamente milhares de cubanos.

A Little Havana, com os seus bares, murais, casas de charutos e o parque Máximo Gomez em que os cubanos disputam partidas e torneios ruidosos de dominó, a discutirem as novidades desportivas e políticas da sua nova pátria, exibe o lado pitoresco da migração cubana.

Um pouco por todo o condado, destacam-se monumentos ao empreendedorismo destes recém-chegados.

Jorge Mas Santos nasceu já em Miami (em 1962), filho de imigrantes cubanos. É o presidente da MasTec, uma multinacional especializada em construção e infraestruturas, sediada em Coral Gables.

Mesmo se considerado bilionário, no incrível extracto do sucesso financeiro das gentes de Miami, não surge sequer no Top 10. Mesmo assim, a sua fortuna estimada em 1.3 mil milhões de dólares permitiu-lhe adquirir o clube de futebol Inter Miami e, em Julho de 2023, contratar por valores extraterrestres (leia-se entre 50 a 60 milhões anuais), a estrela argentina em decadência Lionel Messi.

Miami e os seus Outros Latino-Americanos

A outra grande comunidade latino-americana de Miami é a formada pelo sempre criativos porto-riquenhos, já mais de duzentos mil. Seguem-se os colombianos e os mexicanos. Nos últimos tempos, só Madrid se pode equiparar a Miami no acolhimento de hispano-americanos.

Ambas assimilam, sem pruridos, os investimentos imobiliários que lá realizam. Ambas oferecem em troca, vivências sofisticadas e cosmopolitas.

Em termos meteorológicos, a mácula do frio invernal de Madrid está a par do calor, humidade e furacões excessivos do Verão de Miami.

De tal maneira excessivos nos últimos tempos que as autoridades decidiram nomear um pioneiro Oficial Chefe para o Calor.

Ano após ano, chegado o Inverno do hemisfério norte, junta-se à comunidade latino-americana de Miami uma outra, por norma, sazonal. Compõe-na os reformados e nómadas digitais norte-americanos (americanos e canadianos) que se abrigam, em Miami, do Inverno enregelante do grande Norte.

Desde que a Venezuela tomou o mesmo caminho ideológico de Cuba, os venezuelanos chegam e instalam-se em número considerável, atraídos pelas possibilidades sem fim deste sul-abafado da Terra da Oportunidade.

Miami Beach, a Waterfront e a Miami Bay

À descoberta de Miami, deambulamos pelo domínio Art Deco de Miami Beach que as autoridades transformaram numa ilha com espaço para a arte, cultura, para um convívio multinacional mais saudável.

Apesar de já pouco parecer, a partir do que era um antro festivo pejado dos vícios combatidos na TV e na cidade pelas brigadas “Miami Vice” e, à sua maneira sanguinária, mais tarde, por “Dexter”.

Com o passar dos anos, esta maré evolutiva alastrou-se a outras partes de Miami. Inspirou outras cidades floridenses e de estados vizinhos a seguirem-lhe o exemplo.

Até o abandonado e degradado bairro de Wynwood deu lugar a uma vasta galeria de arte urbana. E, com essa metamorfose, as suas ruas e edifícios valorizaram-se sobremaneira no mercado imobiliário.

Wynwood Walls em Wynwood, Miami, Estados Unidos da América

O pórtico das Wynwood Walls sonhadas por Tony Goldman.

Exploramos a Miami Waterfront e a Miami Bay que se estende entre ambas.

Uma volta de barco guiada por estas águas represadas revela-nos – agora de baixo para cima – a prolífica skyline de Miami, formada por arranha-céus comedidos, exuberantes que baste.

Mais tarde, de uma das ilhas da baía, fecharíamos o dia a admirar como, com o arrebol, o seu perfil acinzentado se convertia num festival de luz, duas das suas pontes iluminadas de azul quase fluorescente.

Os incontáveis quadradinhos dourados dos arranha-céus reflectidos na água, a brilharem, contra o derradeiro azul-celeste.

Ainda de manhã, por detrás dos prédios e acima, uma frente de cumulus nimbuscarregados e azulados preparava-se para invadir a cidade, para sobre ela chover, relampejar e fazer os moradores suarem as estopinhas.

Se tivermos em conta a apetência da Flórida para atrair e sofrer com os furacões, eram todos males menores.

Little Haiti e a Génese Histórica de Miami

Noutros dias, embrenhamo-nos em bairros distintos, menos visitados da cidade, porque menos seguros e, sobretudo menos turísticos.

Em Little Haiti, encontramos uma congénere da Little Havana, bem mais afastada, para norte, do CBD da cidade.

Ali, na também denominada Lemon City, se concentrou boa parte dos haitianos, bahamianos e caribenhos de outras paragens, muitos deles, imigrantes ancestrais da cidade, chegados desde o início do século XX. Hoje, reunidos numa comunidade com predomínio afroamericano de quase 30 mil habitantes.

As gentes de Little Haiti moram numa expansão de pequenas vivendas térreas, em ruas com nomes franceses-crioulos. Constatamo-las, humildes, degradadas, mas, à imagem de Miami em geral, arejadas e refrescadas por uma camada arbórea generosa que a meteorologia irriga.

Em termos arquitectónicos, lá se destacam o edifício garrido do mercado e a estátua de homenagem a Toussaint L’Ouverture, o general negro que fez espoletar a Revolução Haitiana.

Diz-se que Miami é uma das poucas urbes dos Estados Unidos fundadas por uma mulher, no caso, Julia Tuttle, uma produtora de citrinos que, a braços com a necessidade de transportar os seus frutos, terá convencido um magnata de nome Henry Flagler a fazer o caminho de ferro que construía passar junto às suas terras.

Os carris fizeram valorizar as plantações e as propriedades. Num ápice, devido à migração, os moradores de Miami aumentaram de meros trezentos para muitos milhares. Entretanto, para cima de dois milhões.

O nome emblemático e sonoro que ostenta adveio do termo Mayami (grande água) que os nativos Calusa e Tequesta usavam para o actual lago Okeechobee e para a etnia Mayami que também habitava as suas margens.

Preserva o seu quê de irónico que, dois séculos decorridos desde que – dos conquistadores espanhóis ao exército dos E.U.A. – os invasores da América submeteram os nativos destas paragens, o Mundo parece dividir-se entre duas formas divergentes de proferir o nome da cidade: entre a original Mayami e a hispânica Míami.

Para Miami, pouca diferença faz. A cidade tem todo um mundo para seduzir e acolher.

 

 

COMO IR

Reserve o voo Lisboa – Miami (Flórida), Estados Unidos, com a TAP: flytap.com por a partir de 620€.

Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Parque Nacional Everglades, Flórida, E.U.A.

O Grande Rio Ervado da Flórida

Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica

A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.
Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

A Rampa de Lançamento do Programa Espacial Americano

De viagem pela Flórida, desviamos da órbita programada. Apontamos ao litoral atlântico de Merrit Island e do Cabo Canaveral. Lá exploramos o Kennedy Space Center e acompanhamos um dos lançamentos com que a empresa Space X e os Estados Unidos agora almejam o Espaço.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton

Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Safari
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Gravuras, Templo Karnak, Luxor, Egipto
Arquitectura & Design
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Cerimónias e Festividades
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Cortejo garrido
Cidades
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Cultura
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Camboja, Angkor, Ta Phrom
Em Viagem
Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor

Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
Centro Cultural Jean Marie Tjibaou, Nova Caledonia, Grande Calhau, Pacifico do Sul
Étnico
Grande Terre, Nova Caledónia

O Grande Calhau do Pacífico do Sul

James Cook baptizou assim a longínqua Nova Caledónia porque o fez lembrar a Escócia do seu pai, já os colonos franceses foram menos românticos. Prendados com uma das maiores reservas de níquel do mundo, chamaram Le Caillou à ilha-mãe do arquipélago. Nem a sua mineração obsta a que seja um dos mais deslumbrantes retalhos de Terra da Oceânia.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
História
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Bufalos, ilha do Marajo, Brasil, búfalos da polícia de Soure
Ilhas
Ilha do Marajó, Brasil

A Ilha dos Búfalos

Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Ponte de Ross, Tasmânia, Austrália
Natureza
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
ilha de Praslin, cocos do mar, Seychelles, Enseada do Éden
Parques Naturais

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Picos florestados, Huang Shan, China, Anhui, Montanha Amarela dos Picos Flutuantes
Património Mundial UNESCO
Huang Shan, China

Huang Shan: as Montanhas Amarelas dos Picos Flutuantes

Os picos graníticos das montanhas amarelas e flutuantes de Huang Shan, de que brotam pinheiros acrobatas, surgem em ilustrações artísticas da China sem conta. O cenário real, além de remoto, permanece mais de 200 dias escondido acima das nuvens.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Surfistas caminham pela praia do Tofo, Moçambique
Praias
Tofo, Moçambique

Entre o Tofo e o Tofinho por um Litoral em Crescendo

Os 22km entre a cidade de Inhambane e a costa revelam-nos uma imensidão de manguezais e coqueirais, aqui e ali, salpicados de cubatas. A chegada ao Tofo, um cordão de dunas acima de um oceano Índico sedutor e uma povoação humilde em que o modo de vida local há muito se ajusta para acolher vagas de forasteiros deslumbrados.
Cândia, Dente de Buda, Ceilão, lago
Religião
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Ponte u bein, Amarapura, Myanmar
Sociedade
Ponte u-BeinMyanmar

O Crepúsculo da Ponte da Vida

Com 1.2 km, a ponte de madeira mais antiga e mais longa do mundo permite aos birmaneses de Amarapura viver o lago Taungthaman. Mas 160 anos após a sua construção, U Bein está no seu crepúsculo.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Vida Selvagem
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.