Miami, Flórida, E.U.A.

A Porta de Entrada da América Latina


Céus Atlânticos
Emergência
10th Street
Stars & Stripes
A Esquina
The Biltmore
Cavalier
Estilo Cubano
Praia de Miami Beach
A Torre da Liberdade
Recifes das Boas Vindas
Selfie Beach
Skyline II
Arte Deco
the Carlysle
Miami All
A Marina
Miami Skyline
Não é só a localização privilegiada, entre um oceano exuberante e o verde dos Everglades, com a vastidão caribenha logo ali a sul. É o afago tropical, o do clima e o cultural e uma modernidade urbana exemplar. Cada vez mais em castelhano, num contexto latino-americano.

A travessia atlântica desde Lisboa demora as suas nove horas.

Passamos o tempo quase todo acima de água salgada e azulada. Com sorte, ainda na primeira metade do percurso, vislumbramos algumas ilhas açorianas. De Maio a fim de Outubro, em plena época dos furacões, o voo revela-se algo mais turbulento, nada que chegue a gerar apreensão.

Quase finda a rota em arco apontada à latitude do Trópico de Câncer, sobre o norte do arquipélago das Bahamas e na iminência da península da Flórida, a janela do avião emoldura uma inesperada compensação paisagística.

Numa zona deixada para trás por um furacão que se desfaz para norte, centenas de nuvenzinhas rasantes e etéreas pairam sobre o mar liso e translúcido.

As suas sombras parecem flutuar logo abaixo, em manchas abundantes que suplantam as de uns poucos retalhos de recife.

Progredimos para sudoeste.

Esses retalhos dão lugar a uma longa barreira, coberta por ondas de areia coralífera, tão alva que a superficialidade as tinge de ciano.

O sobrevoo mantem-nos nesse tom e num deslumbre absoluto por quinze minutos mais.

Até que passamos sobre uma verdadeira língua de terra, consolidada ao ponto de sustentar vegetação e edifícios.

Miami: Porta de Entrada da América Latina à Vista

É a badalada franja de Miami Beach.

Uma lagoa salpicada de ilhéus quase todos edificados, surge ligada à Flórida contígua por quatro ou cinco vias e pontes impostas à lagoa.

Pelo menos três delas conduzem ao núcleo da grande metrópole que tínhamos como destino final. Dita a direcção do vento que, para aterrar, ainda tivéssemos que entrar e dar voltas sobre os Everglades, a pradaria alagada que contem a cidade a oeste.

A aterragem e incursão no imenso aeroporto reforça o que já tínhamos constatado em visitas anteriores. Estamos a chegar aos Estados Unidos.

As gentes que processam a entrada e com que nos cruzamos têm quase todas visuais hispano-americanos. Conversam num espanhol suavizado pelo clima mais quente.

Quando nos abordam, têm dificuldade em concluir se somos ou não “como eles”. De acordo, mudam para o inglês com sotaque a que os obrigam os protocolos profissionais.

O predomínio linguístico que sentimos à chegada é sintoma de uma realidade mais abrangente. Nos E.U.A., só Nova Iorque acolhe mais visitantes anuais que Miami.

Se, como no nosso caso, lá desembarcam europeus e ainda mais norte-americanos, o grosso dos forasteiros provem da ampla metade sul das Américas, a que, como a Flórida, foi descoberta para o Novo Mundo pelos espanhóis e que se preservou hispânica.

A grande excepção desse universo, reside nos milhões de passageiros brasileiros, divididos entre turistas, trabalhadores imigrados e recém-convertidos em americanos.

O Protagonismo Cubano em Miami

Devido à proximidade e ao passado de êxodo intenso que se seguiu à tomada de poder de Fidel Castro, em 1959, os Cubanos são mais de 1.2 milhões. O facto de o mais famoso bairro cubano de Miami se denominar Little Havana prova-se ilusório.

Quase metade da população do Condado de Miami tem origem cubana. Os refugiados mais abastados voaram de Cuba assim que perceberam que a viragem Revolucionária-Comunista da ilha os condenaria. Ao longo das décadas, seguiram-nos muitos mais, como podiam, uns a bordo de aviões e grandes barcos.

Outros, os balseros, sobre jangadas improvisadas que, nalguns casos trágicos, os atraiçoaram.

Domino Park

O centro de dominó e de convívio onde confraternizam diariamente milhares de cubanos.

A Little Havana, com os seus bares, murais, casas de charutos e o parque Máximo Gomez em que os cubanos disputam partidas e torneios ruidosos de dominó, a discutirem as novidades desportivas e políticas da sua nova pátria, exibe o lado pitoresco da migração cubana.

Um pouco por todo o condado, destacam-se monumentos ao empreendedorismo destes recém-chegados.

Jorge Mas Santos nasceu já em Miami (em 1962), filho de imigrantes cubanos. É o presidente da MasTec, uma multinacional especializada em construção e infraestruturas, sediada em Coral Gables.

Mesmo se considerado bilionário, no incrível extracto do sucesso financeiro das gentes de Miami, não surge sequer no Top 10. Mesmo assim, a sua fortuna estimada em 1.3 mil milhões de dólares permitiu-lhe adquirir o clube de futebol Inter Miami e, em Julho de 2023, contratar por valores extraterrestres (leia-se entre 50 a 60 milhões anuais), a estrela argentina em decadência Lionel Messi.

Miami e os seus Outros Latino-Americanos

A outra grande comunidade latino-americana de Miami é a formada pelo sempre criativos porto-riquenhos, já mais de duzentos mil. Seguem-se os colombianos e os mexicanos. Nos últimos tempos, só Madrid se pode equiparar a Miami no acolhimento de hispano-americanos.

Ambas assimilam, sem pruridos, os investimentos imobiliários que lá realizam. Ambas oferecem em troca, vivências sofisticadas e cosmopolitas.

Em termos meteorológicos, a mácula do frio invernal de Madrid está a par do calor, humidade e furacões excessivos do Verão de Miami.

De tal maneira excessivos nos últimos tempos que as autoridades decidiram nomear um pioneiro Oficial Chefe para o Calor.

Ano após ano, chegado o Inverno do hemisfério norte, junta-se à comunidade latino-americana de Miami uma outra, por norma, sazonal. Compõe-na os reformados e nómadas digitais norte-americanos (americanos e canadianos) que se abrigam, em Miami, do Inverno enregelante do grande Norte.

Desde que a Venezuela tomou o mesmo caminho ideológico de Cuba, os venezuelanos chegam e instalam-se em número considerável, atraídos pelas possibilidades sem fim deste sul-abafado da Terra da Oportunidade.

Miami Beach, a Waterfront e a Miami Bay

À descoberta de Miami, deambulamos pelo domínio Art Deco de Miami Beach que as autoridades transformaram numa ilha com espaço para a arte, cultura, para um convívio multinacional mais saudável.

Apesar de já pouco parecer, a partir do que era um antro festivo pejado dos vícios combatidos na TV e na cidade pelas brigadas “Miami Vice” e, à sua maneira sanguinária, mais tarde, por “Dexter”.

Com o passar dos anos, esta maré evolutiva alastrou-se a outras partes de Miami. Inspirou outras cidades floridenses e de estados vizinhos a seguirem-lhe o exemplo.

Até o abandonado e degradado bairro de Wynwood deu lugar a uma vasta galeria de arte urbana. E, com essa metamorfose, as suas ruas e edifícios valorizaram-se sobremaneira no mercado imobiliário.

Wynwood Walls em Wynwood, Miami, Estados Unidos da América

O pórtico das Wynwood Walls sonhadas por Tony Goldman.

Exploramos a Miami Waterfront e a Miami Bay que se estende entre ambas.

Uma volta de barco guiada por estas águas represadas revela-nos – agora de baixo para cima – a prolífica skyline de Miami, formada por arranha-céus comedidos, exuberantes que baste.

Mais tarde, de uma das ilhas da baía, fecharíamos o dia a admirar como, com o arrebol, o seu perfil acinzentado se convertia num festival de luz, duas das suas pontes iluminadas de azul quase fluorescente.

Os incontáveis quadradinhos dourados dos arranha-céus reflectidos na água, a brilharem, contra o derradeiro azul-celeste.

Ainda de manhã, por detrás dos prédios e acima, uma frente de cumulus nimbuscarregados e azulados preparava-se para invadir a cidade, para sobre ela chover, relampejar e fazer os moradores suarem as estopinhas.

Se tivermos em conta a apetência da Flórida para atrair e sofrer com os furacões, eram todos males menores.

Little Haiti e a Génese Histórica de Miami

Noutros dias, embrenhamo-nos em bairros distintos, menos visitados da cidade, porque menos seguros e, sobretudo menos turísticos.

Em Little Haiti, encontramos uma congénere da Little Havana, bem mais afastada, para norte, do CBD da cidade.

Ali, na também denominada Lemon City, se concentrou boa parte dos haitianos, bahamianos e caribenhos de outras paragens, muitos deles, imigrantes ancestrais da cidade, chegados desde o início do século XX. Hoje, reunidos numa comunidade com predomínio afroamericano de quase 30 mil habitantes.

As gentes de Little Haiti moram numa expansão de pequenas vivendas térreas, em ruas com nomes franceses-crioulos. Constatamo-las, humildes, degradadas, mas, à imagem de Miami em geral, arejadas e refrescadas por uma camada arbórea generosa que a meteorologia irriga.

Em termos arquitectónicos, lá se destacam o edifício garrido do mercado e a estátua de homenagem a Toussaint L’Ouverture, o general negro que fez espoletar a Revolução Haitiana.

Diz-se que Miami é uma das poucas urbes dos Estados Unidos fundadas por uma mulher, no caso, Julia Tuttle, uma produtora de citrinos que, a braços com a necessidade de transportar os seus frutos, terá convencido um magnata de nome Henry Flagler a fazer o caminho de ferro que construía passar junto às suas terras.

Os carris fizeram valorizar as plantações e as propriedades. Num ápice, devido à migração, os moradores de Miami aumentaram de meros trezentos para muitos milhares. Entretanto, para cima de dois milhões.

O nome emblemático e sonoro que ostenta adveio do termo Mayami (grande água) que os nativos Calusa e Tequesta usavam para o actual lago Okeechobee e para a etnia Mayami que também habitava as suas margens.

Preserva o seu quê de irónico que, dois séculos decorridos desde que – dos conquistadores espanhóis ao exército dos E.U.A. – os invasores da América submeteram os nativos destas paragens, o Mundo parece dividir-se entre duas formas divergentes de proferir o nome da cidade: entre a original Mayami e a hispânica Míami.

Para Miami, pouca diferença faz. A cidade tem todo um mundo para seduzir e acolher.

 

 

COMO IR

Reserve o voo Lisboa – Miami (Flórida), Estados Unidos, com a TAP: flytap.com por a partir de 620€.

Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Parque Nacional Everglades, Flórida, E.U.A.

O Grande Rio Ervado da Flórida

Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica

A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.
Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

A Rampa de Lançamento do Programa Espacial Americano

De viagem pela Flórida, desviamos da órbita programada. Apontamos ao litoral atlântico de Merrit Island e do Cabo Canaveral. Lá exploramos o Kennedy Space Center e acompanhamos um dos lançamentos com que a empresa Space X e os Estados Unidos agora almejam o Espaço.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton

Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Cerimónias e Festividades
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Natal nas Caraíbas, presépio em Bridgetown
Cidades
Bridgetown, Barbados e Granada

Um Natal nas Caraíbas

De viagem, de cima a baixo, pelas Pequenas Antilhas, o período natalício apanha-nos em Barbados e em Granada. Com as famílias do outro lado do oceano, ajustamo-nos ao calor e aos festejos balneares das Caraíbas.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Cultura
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Gyantse, templo Kumbum
Em Viagem
Lhasa a Gyantse, Tibete

Gyantse, pelas Alturas do Tibete

O objectivo final é o Everest Base Camp tibetano. Neste primeiro trajecto, a partir de Lhasa, passamos pelo lago sagrado de Yamdrok (4.441m) e pelo glaciar do desfiladeiro de Karo (5.020 m). Em Gyantse, rendemo-nos ao esplendor budista-tibetano da velha cidadela.
Cenário marciano do Deserto Branco, Egipto
Étnico
Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
História
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Espargos, ilha do Sal, Cabo Verde
Ilhas
Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
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Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
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Natureza
Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
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Outono
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
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Parques Naturais
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Assuão, Egipto, rio Nilo encontra a África negra, ilha Elefantina
Património Mundial UNESCO
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Mangal entre Ibo e ilha Quirimba-Moçambique
Praias
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
Camboja, Angkor, Ta Phrom
Religião
Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor

Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
imperador akihito acena, imperador sem imperio, toquio, japao
Sociedade
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Gandoca Manzanillo Refúgio, Baía
Vida Selvagem
Gandoca-Manzanillo (Refúgio de Vida Selvagem), Costa Rica

O Refúgio Caribenho de Gandoca-Manzanillo

No fundo do seu litoral sudeste, na iminência do Panamá, a nação “tica” protege um retalho de selva, de pântano e de Mar das Caraíbas. Além de um refúgio de vida selvagem providencial, Gandoca-Manzanillo revela-se um deslumbrante éden tropical.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.