Montãna Redonda e Rancho Salto Yanigua, República Dominicana

Da Montaña Redonda ao Rancho Salto Yanigua


los-haitises-republica-dominicana-resgate-garca
Acrobacias
Cruz Dominicana
Retalhos Tropicais
Direcções
Arrozais e o Atlântico
O Burro do rancho Salto Yanigua
Pão-de-Côco
Mineração de Âmbar
Poço da Mineração
Montra Tropical
Lagoa Verdejante
O Retratista Fotografado
Pedras da Mineração
Letreiro de Todas as Cores
Salto Yanigua
À descoberta do noroeste dominicano, ascendemos à Montaña Redonda de Miches, recém-transformada num insólito apogeu de evasão. Desse cimo, apontamos à Bahia de Samaná e a Los Haitises, com passagem pelo pitoresco rancho Salto Yanigua.

De viagem, nem sempre as soluções a que chegamos são as perfeitas.

Nessa alvorada em particular, deixado o pueblo de Uvero Alto para trás, damos conosco à bordo de um autocarro coreano importado, repleto de turistas da Europa germânica ensonados.

Joel Montilla, o guia de serviço, sabe que tem que despertar e activar os passageiros.

Munido de microfone, questiona o grupo sobre as nacionalidades a bordo. A maior parte são alemães. Acompanham-nos austríacos e suíços. A destoarem e, por certo, a intrigarem os restantes, estão ainda dois portugueses. Nós.

Seguíamos a bordo, com um conhecimento demasiado básico de alemão. O meu, adquirido em dois anos já longínquos de aulas no Gõethe Institut de Lisboa, entre os 13 e 15 anos de idade.

O da Sara, pela aprendizagem de ouvir os pais comunicarem em alemão, por razões que, por si só, dariam para outra longa estória.

Ora, estes antecedentes insólitos permitiam-nos compreender bem mais do discurso tranquilo e pausado de Joel do que estávamos a contar. Uma vez que o guia fazia questão de abordar todos os temas dominicanos interessantes de que se lembrava, esforçamo-nos a dobrar.

Neste entretém cognitivo, quase uma hora depois, chegamos à primeira escala do dia.

Quando Joel aflora uma “Runde Berg”, sabemos que estamos perante a famosa Montaña Redonda de Miches.

O guia dita um transbordo do autocarro para camiões equipados de assentos e de uma poderosa tracção às quatro rodas.

Galgamos a estrada enlameada que conduz ao cume, num modo rali que delicia parte dos passageiros. Deixa outros em pânico.

 Montaña Redonda: uma Colina com Panoramas Privilegiados

Menos de dez minutos depois, desembarcamos no topo arredondado e ventoso da elevação, malgrado o nome pomposo, um mero outeiro.

Ainda assim, devido à sua localização privilegiada, lugar de panoramas a toda a volta, uns, a norte e noroeste, do oceano Atlântico, da baía de Samaná e das lagoas Redonda e del Limón.

Outros, nas direcções opostas, de pastos sulcados por sobras de vegetação, nas vertentes das montanhas de Hispaniola a sério.

Aos poucos, uma multidão, já não só germânica, ocupa o zénite da montaña.

Os forasteiros contemplam as suas vistas por tempo que acabam por abreviar, atraídos pelas diversões que os dominicanos por ali instalaram.

Uns, fazem fila para os baloiços.

Outros, para a tirolesa que desliza, em L, para a meia-encosta virada ao mar.

Destacada da colina, bem acima dos baloiços, uma cruz branca fixada contra um pilar com as cores da bandeira da República Dominicana, abençoa o lugar e as tropelias e acrobacias que por lá se sucedem.

Incluindo os balouçares de cabeça para baixo que, às tantas, dois guias fazem questão de exibir.

Esgota-se o tempo previsto para a montanha, mas não o vento que a castiga dia adentro.

Rumo a Norte e à Cidade de Miches

Regressamos ao sopé, ao bus e à carretera Bavaro-Miches, uma via estreita que serpenteia por aldeolas e lugarejos de génese piscatória, até que cruza o rio Yeguada, no âmago da cidade que lhe empresta a segunda metade do nome.

A partir de Miches, seguimos pela continuação, já adaptada a “Sabana-Miches”, de acordo com a escala que se segue. Por altura de Sabana, flectimos para sul, com destino em El Valle.

Nessa povoação, passamos do asfalto para uma via de terra batida que sulca a floresta tropical e, a espaços, plantações de palmeiras geradoras do valioso óleo de palma.

Por essa altura, já o rio Yanigua ziguezagueia a sul, numa profusão e exuberância de meandros que, entretanto, intersectamos.

Desviamos para outra via, quase caminho, perdida numa vegetação que a proximidade do rio adensa.

Rancho Salto Yanigua: o Interior Pitoresco da República Dominicana

Detemo-nos na clareira aberta por um dos muitos ranchos e haciendas que salpicam este interior esquecido da República Dominicana.

Um letreiro amplo e garrido identifica-o à moda sinalética que se tornou viral na América Latina. De todas as cores. E ilustrado com exemplos da fauna e flora destas paragens.

Composto por três andares de largura crescente, o letreiro adorna e identifica a propriedade, sem grandes margens para dúvidas: “Rancho Salto Yanigua.”

Joel Montilla saúda Simón Duran, o dono.

O duo trata de conduzir os visitantes à zona gastronómica da fazenda, instalada, por mais que uma conveniência, à beira do caudal afundado do rio, de frente para a queda d’água que lhe justifica a toponímia.

Por ali, sobre um fogo alimentado a lenha, uma cozinheira tímida faz cozer e dourar pão-de-côco que preenche quase metade de uma grande panela.

A manhã tinha avançado.

Àquela hora, qualquer alma filha de boa gente começa a sentir-se faminta.

Experientes na arte de acolher e satisfazer os forasteiros, Simón e os seus tratam de os confortar.

Petiscos Dominicanos do Campo, uns atrás dos Outros

Com copinhos de mamajuana, o licor nacional dominicano, afiançam-nos sempre que fonte de vigor, virilidade ou, vá lá que seja de fertilidade.

Como alternativas não alcoólicas, oferecem café, cacau ou café moca, neste caso, adoçado com chocolate de cacau produzido na horta biológica do rancho.

Bebericamos um pouco de ambos quando Simón Duran e a cozinheira começam a servir os pães-de-côco, ainda fumegantes e que nos aconselham a rechear de um creme de cacau e mel, nutritivo e delicioso.

Tardio, o pequeno-almoço chega como um manjar dos deuses de Hispaniola.

Só o fluir convidativo do Salto Yaniqua, logo ali à frente, desmobiliza os visitantes de continuarem a empanturrar-se.

Num ápice, uma multidão de banhistas ansiosos inunda o rio.

O Salto do Rio Yanigua, mesmo à Beira do Rancho

Entregam-se a chapinhanços, a saltos e, por exemplo de um anfitrião que os acompanhava, a tratamentos dermo-faciais espontâneos assegurados pela argila esbranquiçada que forrava o fundo do rio.

Também Juan Carlos, o fotógrafo-retratista ao serviço do tour compõe a sua máscara.

Embeleza-se, aliás, a dobrar. Com uma pluméria vermelha exposta acima de uma orelha.

Chicos, no aprovechan esto?” indaga-nos, quase ofendido, quando nos vê sem sinal da argila de que tinha coberto a face.

Pouco depois, sem que o esperássemos, vemo-nos vítima da tal lama milagrosa.

Seguimos Simón Duran num périplo em redor do rancho. Com passagem por bananais, plantações de abacaxis, de papaieiras e de outras frutas e vegetais.

Apreciamos a casa que havia instalado na árvore mais alta e frondosa da propriedade, já dotada de painel solar e de outros equipamentos e decorações dignas de hóspedes aventureiros.

Conversamos à sua sombra, quando um burro do rancho se junta ao grupo, determinado a conseguir um petisco de cenoura ou afim a que já tinha sido habituado.

Simón aconselha-nos a não lhe darmos demasiada atenção.

A Descoberta Atribulada da Mina de Âmbar Local

Continuamos numa espécie de fuga disfarçada quando esbarramos com a mineração de âmbar, larimar e outras pedras, do rancho.

De novo à beira-rio, três trabalhadores haitianos, repetiam uma mesma sequência de operações.

Um deles, no fundo de um poço, enchia um bidão de cascalho extraído do leito.

Dois outros, tratavam de o içar à corda e de o vazar para uma área de triagem.

Intrigados, acompanhamos o tal processo, à conversa. Uma, duas vezes.

Por um qualquer acaso, à terceira, o bidão vinha mais cheio.

Os homens à superfície, despejam-no no solo.

A sobrecarga gera um ricochete que os enche e a nós da argila encharcada.

Demoramos quase vinte minutos a restabelecer-nos do percalço, boa parte desse tempo, a limparmos os olhos da microterra semi-preciosa.

Quando contamos o infortúnio a Juan Carlos, o fotógrafo deixa-se levar numa risada bem-disposta: “Ah, então fizeram um tratamento à força!” conclui no seu castelhano dominicano suavizado das Antilhas.

Juntamo-nos à comitiva que Simón Duran convidava para as mesas e para o buffet que complementava as opções da bandera dominicana, composta do clássico arroz com feijão com frango e salada ou, numa variante com nome por atribuir, com peixe do rio Yanigua panado, tão ou mais divinal.

Incursão Fluvio-Marinha ao Parque Nacional Los Haitises

Findo o repasto, partimos para norte, pelo domínio terrestre do Parque Nacional Los Haitises. Vários quilómetros depois, já a bordo de um catamarã, pelo mar recolhido e remoto no sopé da imensa cordilheira.

Anos antes, já tínhamos tido o privilégio de explorarmos as suas grutas repletas de pinturas rupestres, obras dos indígenas taínos.

E os ilhéus sempre disputados pelas fragatas e pelicanos, tal e qual na Laguna Oviedo do sudoeste dominicano, situada entre Barahona e a Bahia de Las Águilas.

Fragatas, Cayo de Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana

Fragatas sobrevoam o Cayo de Los Pájaros, em Los Haitises.

Nem tudo se repetiu. A determinada altura, avistamos uma garça a flutuar no mar. Padecia de um defeito nas patas pelo que não conseguia levantar voo. Os tripulantes decidem resgatá-la.

Tentam por várias vezes navegar a rasar e apanhá-la. Em vão. Já farto da frustração, um dos tripulantes oferece-se para mergulhar.

Persegue a garça que, sentindo-se ameaçada tudo faz para o bicar. “Cuidado com tus ojos! Proteje los ojos!” gritam os companheiros cientes do dano que o bico afiado poderia infligir na vista do voluntário. Por fim, este consegue agarrá-la e subi-la a bordo.

O capitão aproxima o catamarã de um dos ilhéus aviários de Los Haitises, aquele de que, com forte probabilidade, teria caído a ave.

A operação de salvamento contribuiu para deixar ainda mais marcado o cariz natural e selvagem ainda tão exótico em certos redutos da República Dominicana.

Nesta nação cada vez mais rendida aos mega-resorts e ambientes artificiais colossais, tais impressões entraram há muito em perigo de extinção.

 

COMO IR:

Reserve o seu pacote para a República Dominicana e respectivas excursões – incluindo Ilha Saona – comercializados pelo operador Jolidey e disponíveis nas agências de viagens.

Já na Rep. Dominicana, também poderá reservar a sua excursão à Ilha Saona ou outros tours através da agência Visit Dominican Republic

Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
Ilha Saona, República Dominicana

Uma Savona nas Antilhas

Durante a sua segunda viagem às Américas, Colombo desembarcou numa ilha exótica encantadora. Baptizou-a de Savona, em honra de Michele da Cuneo, marinheiro savonês que a percebeu destacada da grande Hispaniola. Hoje tratada por Saona, essa ilha é um dos édenes tropicais idolatrados da República Dominicana.

Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cerimónias e Festividades
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Cidades
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Tabatô, Guiné Bissau, Balafons
Cultura
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Remadores Intha num canal do Lago Inlé
Étnico
Lago Inle, Myanmar

A Deslumbrante Birmânia Lacustre

Com uma área de 116km2, o Lago Inle é o segundo maior lago do Myanmar. É muito mais que isso. A diversidade étnica da sua população, a profusão de templos budistas e o exotismo da vida local, tornam-no um reduto incontornável do Sudeste Asiático.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

St. Augustine, Cidade da Flórida, EUA, a ponte dos Leões
História
Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica

A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas
Ilhas
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Em espera, Mauna Kea vulcão no espaço, Big Island, Havai
Natureza
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Foz incandescente, Grande Ilha Havai, Parque Nacional Vulcoes, rios de Lava
Parques Naturais
Big Island, Havai

Grande Ilha do Havai: À Procura de Rios de Lava

São cinco os vulcões que fazem da ilha grande Havai aumentar de dia para dia. O Kilauea, o mais activo à face da Terra, liberta lava em permanência. Apesar disso, vivemos uma espécie de epopeia para a vislumbrar.
Casario tradicional, Bergen, Noruega
Património Mundial UNESCO
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Personagens
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Mangal entre Ibo e ilha Quirimba-Moçambique
Praias
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
Pemba, Moçambique, Capital de Cabo Delgado, de Porto Amélia a Porto de Abrigo, Paquitequete
Religião
Pemba, Moçambique

De Porto Amélia ao Porto de Abrigo de Moçambique

Em Julho de 2017, visitámos Pemba. Dois meses depois, deu-se o primeiro ataque a Mocímboa da Praia. Nem então nos atrevemos a imaginar que a capital tropical e solarenga de Cabo Delgado se tornaria a salvação de milhares de moçambicanos em fuga de um jihadismo aterrorizador.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Creel, Chihuahua, Carlos Venzor, coleccionador, museu
Sociedade
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Tombolo e Punta Catedral, Parque Nacional Manuel António, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Manuel António, Costa Rica

O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.