La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical


Brigada incrédula
Visitantes de La Digue dentro de água a capturarem o incrível cenário dos rochedos de Anse Source d'Argent.
Sombra de azul
Mulher fotografa as águas turquesa da costa norte da ilha.
Grande Anse
Onda rola na areia coralífera da costa leste de La Digue, a mais batida pelo oceano Índico.
Bye !!
Thomas e Yencel regressam a La Passe depois de capturarem polvos e chocos nas águas baixas de Anse Gaulettes.
Verde cyano
Enseada tropical em frente ao vilarejo de Patatran.
Repouso tropical
Amigas descontraem à beira-mar de Anse Source d'Argent.
Pesca fácil
Thomas e Yencel exibem as suas capturas do dia.
Coração de pedra
Rochedos isolados na selva encharcada do nordeste de La Digue.
Num equilíbrio geológico
Calhaus de granito destacam-se da praia idílica de Petite Anse.
Doce vislumbre
Cores deslumbrantes de outra das enseadas da costa oriental de La Digue.
Welcome to Grande Anse
Proprietário de um bar à entrada da Grande Anse de La Digue, prepara-se para grelhar peixe.
Attention
Grande cartaz esclarece os visitantes de La Union sobre os cuidados a terem com as tartarugas locais.
Sumos da Tropicalidade
Vendedora de sumos a postos na banca por norma gerida pelo seu irmão.
De Partida
Traineira prestes a zarpar do porto de La Digue.
Vida Subaquática
Peixes cercam os banhistas que removem a areia junto aos seus territórios.
Lares. De férias
Casas na encosta florestada em redor na doca em que atracam os ferries.
Bozoo
Guia num carrinho de golfe, a saudar conhecidos.
Flor & Pedra
Trepadeira ajusta-se ao granito predominante em La Digue e nas Seychelles em geral.
Coração de Granito
Grande bloco de granito no interior de La Digue.
Marina
Veleiros preenchem a marina de La Digue, junto à doca dos ferries.
Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.

Até há algum tempo, não era autorizada a propriedade de carros na pequena ilha.

Hoje, ainda são raros.

Daniel, aguardava-nos num mas de golfe, o tipo de veículo mais popular de La Digue, lado a lado com a bicicleta. Dá-nos as boas vindas à saída da doca em que atraca o ferry vindo de Praslin e convida-nos a subir a bordo.

Connosco instalados, inaugura a curta viagem de travessia da costa oeste à oriental. Avançamos por um caminho de blocos de cimento que a vegetação envolve e torna sombria.

Daniel conhece todos os não forasteiros com que se cruza, também eles ao volante de golf carts, de bicicletas ou a pé e cumprimenta-os de forma alternada. Saúda alguns com um simples “Allo”, a outros dá um “bozoo”, o crioulo local para “bonjour”.

La Digue, Seychelles, Estradinha

Guia num carrinho de golfe, a saudar conhecidos.

Outros ainda, vê-os com tanta regularidade que lhe dedica apenas um esboço de aceno. Cinco minutos volvidos, chegamos à entrada viçosa da Grande Anse.

Vencida uma persistente hesitação, combinamos a hora em que nos apanharia de volta e metemo-nos no trilho curto que, entre coqueiros, conduzia ao areal.

As Praias Selvagens do Leste de La Digue

Uma placa assinala o seu término e o início do verdadeiro litoral. O aviso que difunde alarma o mais que pode, a branco e vermelho e em cinco dialectos distintos, a começar pelo seichelense: “Atansyon: Kouran tré danzere”.

Ainda assim, o que mais nos capta a atenção é a beleza da enorme praia que se estende tanto para norte como para sul, o areal alvo, o mar cristalino banhado em gradientes de azul que se encaixa na perfeição da baía.

La Digue, Seychelles, Praia junto a Patatran

Banhista deixa o mar turquesa ao largo de Patatran.

E as pequenas penínsulas cobertas penhascos que lhe encerram a longitude, desde o mar já sem pé até à orla verdejante da selva equatorial, a que os nativos chamam de “pointes”.

Fazia uma semana que estávamos nas Seychelles.

Depois das ilhas irmãs Mahé e de Praslin, aquele tipo de formações rochosas não eram propriamente novidade. Tinham, no entanto, uma harmonia de formas e linhas inédita que, condomínio com alguns coqueiros intrépidos e com vegetação arbustiva, tornavam singulares.

La Digue, Seychelles, seta indicação Petite Anse

Indicação do trilho para a Petite Anse.

A Grande Anse foi só a primeira das praias desertas, selvagens e sedutoras que exploramos naquela manhã de sol radioso. A norte desta, escondia-se a Petite Anse.

Para lá desta menor, ficava a Anse Coco.

Pointe após Pointe, as Anses Perfeitas de La Digue

Findos os areais de cada uma, o acesso à próxima seguia trilhos que se metiam por pequenos pantanais e trepavam ao cimo de novas “pointes” tanto pela floresta tropical como por entre os rochedos afiados que dela se destacam.

Fosse em que trecho fosse, a humidade mantinha-se opressiva e, por mais água que bebêssemos, destilava-nos aos poucos.

Tão desenfreada crescia a selva que nem sempre a conquista do cimo destas “pointes” nos garantia vistas desafogadas das baías abaixo. Por mais que uma vez, para as conseguirmos tivemos que concretizar acrobacias sobre os rochedos afiados, por vezes, em equilibrios realmente precários.

Quando, por fim, atingíamos pontos livres de rochas ou de copas de coqueiros, os panoramas das “anses” arredondadas, com as suas colónias de calhaus graníticos, o mar azulão e a selva verde- garrido deixavam-nos boquiabertos.

La Digue, Seychelles, Costa leste

Cores deslumbrantes de outra das enseadas da costa oriental de La Digue.

Descemos ao areal da Anse Cocos encharcados em suor.

Uma placa similar à da Grande Anse sinalizava mais correntes marinhas traiçoeiras mas, cozinhados como estávamos pela clorofila quente daquelas latitudes, não tínhamos como resistir.

Escolhemos um recanto sem aparentes abnormalidades no vaivém do mar e banhámo-nos como aquela pequena ilha das Seychelles merecia: em absoluto êxtase.

Apressado pelo atraso vergonhoso que já tínhamos face ao combinado com Daniel, completamos o regresso à Grande Anse num quinto do tempo.

Regresso Atrasado ao Povoado de La Digue

Quando lá chegamos, já tinha voltado à povoação de La Digue.

Recuperamos energias num bar crioulo de praia em convívio com os donos e com uma estrangeira cinquentona amalucada que nos parecia ali regressar após alguns anos e que, para espanto do trio, os tratava como se fossem íntimos.

La Digue, Seychelles, Bar em Grande Anse

Proprietário de um bar à entrada da Grande Anse de La Digue, prepara-se para grelhar peixe.

Daniel aparece com um ar tranquilo mas conformado. Mais uma vez à sua boleia retornamos ao centrinho quase urbano da ilha. Já em La Passe, mudamos do carrinho de golfe para duas bicicletas sem mudanças, tão perras quanto seria possível, eventualmente as piores da ilha.

Mesmo em modo de queixume, pedalamos costa norte acima.

Ciclistas, La Digue, Seychelles

Moradores partilham bicicletas na povoação da pequena La Digue.

Logo na primeira rampa, constatamos porque vários outros ciclistas-turistas conduziam as suas bicicletas apeados.

É a pé que chegamos à beira do cemitério local, um conglomerado de campas e cruzes brancas coloridas por flores que se sucediam sobre a relva até ao domínio mais elevado da floresta.

Anse Severe e a Costa Urbanizada de La Digue

Os primeiros colonos franceses de La Digue desembarcaram na ilha acompanhados de escravos africanos, a partir de 1769.

Muitos regressaram a França mas os nomes de vários outros podem ser encontrados nas lápides mais antigas que tínhamos por diante, como nos apelidos dos actuais habitantes, descendentes dos colonos que ficaram, dos escravos entretanto libertados e de emigrantes asiáticos que a estes se juntaram.

Descemos do cemitério de novo para a beira-mar da Anse Severe.

Detemo-nos a examinar aquela praia semi-escondida à sombra de um exército poderoso de árvores takamaka com ramos que invadiam o areal.

Por baixo de uma destas árvores, encontramos uma vendedora de sumos instalada atrás de uma banca coberta de frutas tropicais coloridas que havia decorado com flores de hibisco cor-de-rosa.

Um Convívio Refrescante com Dona Alda dos Sumos

Perguntamos quanto custava cada sumo. Alda, a senhora, responde-nos dez euros como se não fosse nada. Explicamos-lhe que não podemos gastar vinte euros assim do nada em dois sumos.

A senhora reconhece que o preço é exagerado e recorre a uma panóplia de explicações: “sabem é que a banca não é minha, é do meu filho e foi o preço que ele e a mulher decidiram.

La Digue, Seychelles, Vendedora de Sumos

Vendedora de sumos a postos na banca por norma gerida pelo seu irmão.

Ao contrário do que a maior parte das pessoas pensam, a fruta aqui em La Digue, é cara, vem de Mahé já a preços bem altos.” Entretanto apresentámo-nos mutuamente. Alda comenta o que mais nos intrigava: “não é assim tão fácil nós plantarmos fruta por cá.

Os terrenos são muito caros por todas as Seychelles. Cada um de nós tem espaços mínimos em redor das casas. O que conseguimos plantar é para a família consumir.” Ficamos meia-hora à fala com a senhora que nos desabafa metade dos problemas da sua vida.

Sensibilizada pela companhia, oferece-nos os sumos que bebemos, entregues a mais conversa. Findas as bebidas, retomamos as bicicletas e a estradinha sinuosa de cimento.

Pedalamos esforçados mas re-hidratados quando atingimos o meandro apertado do extremo norte da ilha e passamos da Anse Severe para a Anse Patates.

A La Digue Sedutora de Patatran para Sudeste

Por altura do vilarejo de Patatran, o litoral de La Digue, ali bem mais suave do que o virado ao grande Índico da costa leste, volta a aprimorar-se.

Veste-se de uma fabulosa paleta de azuis e cianos marinhos prolongada céu acima. Novelos brancos verticais atravessam o firmamento e acima e ocultam o horizonte longínquo.

No plano abaixo do varandim de que apreciávamos este fabuloso panorama tropical único, se bem que comparável ao “The Baths” da ilha caribenha de Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas.

Um branco reflector emanava da areia que as vagas de enfeite não conseguiam molhar.

Coqueiros sedentos de frescura inclinam-se sobre o mar e deixam as suas silhuetas no areal, mais uma vez delimitado por “pointes” elegantes de granito.

Enquanto contornamos a costa do norte para oeste, o litoral de La Digue pouco deriva deste cenário imaculado.

La Digue, Seychelles, Silhueta em Ciano

Mulher fotografa as águas turquesa da costa norte da ilha.

A Pescaria Tresloucada de Thomas e Yencel

Já a pedalar na Anse Gaulettes, detemo-nos a espreitar a actividade de dois nativos que vasculhavam o mar, com a água pelos joelhos. Gesticulamos-lhes a nossa curiosidade. Respondem-nos para esperarmos um pouco. Passam apenas um minuto deitados na água.

Quando se levantam, exibem-nos o resultado da sua demanda: um polvo e um choco acabados de capturar.

Satisfeitos com o prémio quase instantâneo, caminham para fora de água. Mesmo antes de saírem, um deles ainda nos consegue surpreender: “Esperem lá! Pensavam que já tinha acabado.

La Digue, Seychelles, Pesca

Thomas e Yencel exibem as suas capturas do dia.

Ainda há mais.” Mergulha as mãos na água e retira-as já a segurar uma pequena tartaruga. “Se querem fotografar, sejam rápidos!

Elas entram em stresse se as segurarmos fora de água muito tempo.

OK, vou larga-la!” avisa-nos Thomas com a anuência de Yencel a partilharem risadas fáceis e solarengas enquanto se debatiam com as tentativas de mordedura da tartaruga e com as vagas que, mesmo comedidas, os desequilibravam.

La Digue, Seychelles, Tartaruga

Tartaruga apressada em regressar ao oceano Índico que banha La Digue e as Seychelles.

Deixamo-los a arrumarem os moluscos e seguimos a pedalar à frente. Pouco nos adiantamos quando deixamos cair uma garrafa de água e temos que encostar à berma.

Enquanto nos recompomos, o duo passa por nós com grande espalhafato. Thomas segue sobre uma bicicleta cor-de-rosa de criança que parece ter saído de uma qualquer promoção da Barbie.

Os dois acenam-nos “adeuses”, com enormes sorrisos e “byes” estridentes abaixo de uma nuvem com visual de mascote e extraviada a baixa altura. Thomas gritou-a a exibir os seus grandes dentes, perfeitos, ainda mais brancos pelo contraste com a pele negra.

La Digue, Seychelles, Ciclistas

Thomas e Yencel regressam a La Passe depois de capturarem polvos e chocos nas águas baixas de Anse Gaulettes.

De tão cómica e surreal, a cena lembra-nos parte de um daqueles históricos anúncios de TV do rum Malibu rodados nas Caraíbas.

La Digue e as suas Tartarugas Hiperbólicas e Quase Jurássicas

Continuamos costa leste abaixo até atingirmos à “pointe” da Anse Caiman que nos separava da Anse Cocos em que havíamos terminado a caminhada matinal.

Aí, voltamos uma vez mais ao ponto de partida de La Passe, comprarmos víveres numa mercearia quase a fechar e apontamos à fazenda e fábrica de copra agora histórica de Union.

La Digue, Seychelles, cuidados com as tartarugas

Grande cartaz esclarece os visitantes de La Union sobre os cuidados a terem com as tartarugas locais.

Em tempos, esta propriedade concentrava a principal produção de La Digue, os cocos.

Hoje, é um parque temático informal.

Abriga o maior e um dos mais antigos rochedos de granito da ilha, com 700 milhões de anos, quarenta metros de altura e diz-se que uma área de 4000 m2 e, na sua base, uma colónia malcheirosa, e barulhenta de tartarugas gigantes de Aldabra.

La Digue, Seychelles, Granito e Coqueiros

Grande bloco de granito no interior de La Digue.

Também libidinosas, devemos dizê-lo.

La Digue, Seychelles, Tartarugas em cópula

Velhas tartarugas de La Digue apanhada em plena actividade sexual.

Anse Source d’Argent: a La Digue Monumental

Espreitamo-las e também ao velho cemitério local.

Prosseguimos fazenda fora e chegamos à mais notória das praias de La Digue: Anse Source d’Argent. Damos entrada no seu ainda mais excêntrico reduto de granito pelo meio de alguns dos rochedos que tanto a caracterizam.

Já do lado de lá, encontramos a maré vazia como seria perfeito que estivesse. Entramos mar adentro com cuidado, entre corais e bancos de algas submersos.

E quando nos afastamos o suficiente da beira-mar, percebemos a sumptuosidade do cenário à frente.

Vemo-lo composto por sucessivos rochedos estriados e listados, alguns empoleirados em cima de outros, os mais baixos coroados por copas de coqueiros e cercados da floresta viçosa e pujante.

La Digue, Seychelles, Anse d'Argent

Visitantes de La Digue dentro de água a capturarem o incrível cenário dos rochedos de Anse Source d’Argent.

Durante todo o tempo que admiramos e fotografamos a paisagem, uma família de peixes-morcegos-redondos nada-nos em redor das pernas, a verificarem o que poderiam aproveitar da turbulência que provocávamos no leito do mar.

La Digue, Seychelles, Anse d'Argent peixes

Peixes cercam os banhistas que removem a areia junto aos seus territórios.

O ocaso anunciava-se e o ferry para Praslin zarpava daí a uma hora.

Sem estadia marcada em La Digue, corremos para o areal, apanhámos as bicicletas ainda presas a coqueiros e pedalámos à velocidade que aquelas pasteleiras permitiam em direcção à doca de La Passe.

Apanhamos o ferry sem sobressaltos e ainda com luz suficiente para um último olhar sobre algumas das incríveis obras de arte graníticas de La Digue.

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os "Caribanhos" Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério

Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.
PN Tortuguero, Costa Rica

A Costa Rica e Alagada de Tortuguero

O Mar das Caraíbas e as bacias de diversos rios banham o nordeste da nação tica, uma das zonas mais chuvosas e rica em fauna e flora da América Central. Assim baptizado por as tartarugas verdes nidificarem nos seus areais negros, Tortuguero estende-se, daí para o interior, por 312 km2 de deslumbrante selva aquática.
PN Tortuguero, Costa Rica

Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles

Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.
Victoria, Mahé, Seychelles

De "Estabelecimento" Francófono à Capital Crioula das Seychelles

Os franceses povoaram o seu “L’Établissement” com colonos europeus, africanos e indianos. Dois séculos depois, os rivais britânicos tomaram-lhes o arquipélago e rebaptizaram a cidade em honra da sua rainha Victoria. Quando a visitamos, a capital das Seychelles mantém-se tão multiétnica como diminuta.
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
Arquitectura & Design
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Cansaço em tons de verde
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Chihuahua, cidade do México, pedigree, Deza y Ulloa
Cidades
Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Mural exibe músicos de Jazz, acima de um parque de estacionamento de New Orleans.
Cultura
New Orleans, Luisiana, Estados Unidos

Ao Ritmo da Música Orleaniana

New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, o jazz deu o tom a novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, temos o privilégio de apreciar de tudo um pouco.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Promessa?
Étnico
Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Marcha Patriota
História
Taiwan

Formosa mas Não Segura

Os navegadores portugueses não podiam imaginar o imbróglio reservado a Formosa. Passados quase 500 anos, mesmo insegura do seu futuro, Taiwan prospera. Algures entre a independência e a integração na grande China.
Playa Nogales, La Palma, Canárias
Ilhas
La Palma, Canárias

A Isla Bonita das Canárias

Em 1986, Madonna Louise Ciccone lançou um êxito que popularizou a atracção exercida por uma isla imaginária. Ambergris Caye, no Belize, colheu proveitos. Do lado de cá do Atlântico, há muito que os palmeros assim veem a sua real e deslumbrante Canária.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Estancia Harberton, Tierra del Fuego, Argentina
Natureza
Terra do Fogo, Argentina

Uma Fazenda no Fim do Mundo

Em, 1886, Thomas Bridges, um órfão inglês levado pela família missionária adoptiva para os confins do hemisfério sul fundou a herdade anciã da Terra do Fogo. Bridges e os descendentes entregaram-se ao fim do mundo. Hoje, a sua Estancia Harberton é um deslumbrante monumento argentino à determinação e à resiliência humana.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Património Mundial UNESCO
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Vista da Casa Iguana, Corn islands, puro caribe, nicaragua
Praias
Corn Islands-Ilhas do Milho, Nicarágua

Puro Caribe

Cenários tropicais perfeitos e a vida genuína dos habitantes são os únicos luxos disponíveis nas também chamadas Corn Islands ou Ilhas do Milho, um arquipélago perdido nos confins centro-americanos do Mar das Caraíbas.
Cortejo garrido
Religião
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
cowboys oceania, Rodeo, El Caballo, Perth, Australia
Sociedade
Perth, Austrália

Cowboys da Oceania

O Texas até fica do outro lado do mundo mas não faltam vaqueiros no país dos coalas e dos cangurus. Rodeos do Outback recriam a versão original e 8 segundos não duram menos no Faroeste australiano.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Vida Selvagem
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.