Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia


Magníficos Dias Atlânticos
Banhistas mergulham no mar tropical ao largo do Morro de São Paulo.
Vida submarina a dois
Casal faz snorkeling nas piscinas naturais em frente ao Morro do Farol.
Ao cuidado de Deus
Burro e carrinho de gelados abençoados pela igreja da Nª Senhora da Luz.
Pescaria em equilíbrio
Amigas pescam à mão na barra do rio Vermelho.
Verde-coco num céu azul
Copas de coqueiros projectam-se sobre a área do forte velho.
Cicerone e Skipper
Guia Dentinho conduz um grupo de visitantes estrangeiros em redor do Morro.
Velha Protecção
O forte velho, em tempos essenciais para defesa dos ataques de embarcações inimigas.
Foz do Rio Vermelho
Litoral curvilíneo na boca do rio Vermelho, na fronteira das ilhas de Tinharé e de Boipeba
Coco para Gelar
Vendedor de cocos conduz a sua mula carregada pela beira-mar do Morro de São Paulo.
Transporte Balnear
Carregador conduz um carrinho-de-mão ao longo de uma das últimas praias do Morro de São Paulo.
Transbordo delicado
Nativo tenta chegar ao seu barco sem molhar a roupa.
Baía da 1ª Praia
A enseada original do Morro de São Paulo, a que reúne as casas originais dos pescadores.
À espera do poente
Pequena comunidade de adoradores do pôr-do-sol convive sobre as velhas muralhas do forte velho do Morro de São Paulo.
Tirolesa da Bahia
Veraneante do Morro de São Paulo lança-se sobre o mar da Primeira Praia na famosa tirolesa do Morro de São Paulo
O Forte de Velho
Visitantes entram na área interior do forte velho do Morro de São Paulo, em tempos providencial para a defesa da povoação.
Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.

Mesmo que a vista a partir da lancha provinda de Salvador o tivesse deixado claro, começava a parecer-nos que o Morro fazia questão de provar que não era uma elevação qualquer.

Já desembarcados, enquanto percorremos o cais, somos abordados por condutores de carrinho-de-mão que oferecem os seus préstimos. Não demoramos a perceber porque quase toda a gente os aceitava de bom grado.

No fim do pontão, surge uma primeira rampa que conduz ao portal da povoação.

Passado esse portal, damos de caras com a ladeira que conduz à igreja da Nossa Senhora da Luz, ainda mais longa e íngreme.

Ao cuidado de Deus

Burro e carrinho de gelados abençoados pela igreja da Nª Senhora da Luz.

Por norma, é aqui que aqueles que fizeram questão de transportar a sua bagagem se arrependem, se vêem obrigados a ceder e a dispensar alguns reais aos trabalhadores da doca.

O negócio dos carregadores do Morro foi de tal forma abençoado pelo relevo local e pela quase total ausência de viaturas (com excepção para alguns tractores) que nunca parou de prosperar.

A determinada altura, os profissionais do ramo eram tantos que tiveram que formar a ACMSP (Associação dos Carregadores do Morro de São Paulo) encarregue de regulamentar os procedimentos, ditar a moda do uniforme e tabelar os preços: cinco reais até à Segunda praia, o dobro para a Quarta, mais ajuste, menos ajuste.

Baía da 1ª Praia

A enseada original do Morro de São Paulo, a que reúne as casas originais dos pescadores.

Cinco Secções de Litoral, Cinco Praias Divinais da Bahia

Povo acolhedor, os morrenses depressa se provaram também pragmáticos. Com cinco extensões de litoral bem demarcadas ao dispor, em vez de improvisarem nomes folclóricos para as identificarem, optaram pela sua denominação numérica.

A Primeira praia tem cerca de 500 metros de extensão e acolheu os visitantes pioneiros da vila. É na enseada que a delimita, com o farol a espreitar das alturas, que as suas casas se dispõem de frente para o mar e para a Pedra do Moleque, uma reentrância rochosa que gera uma ondulação aproveitada pelos surfistas.

O surf está longe de ser a actividade mais radical que se pratica por estes lados.

A Famosa e Temida Tirolesa do Morro do Farol

Empreendedores da aventura decidiram lucrar com a localização suprema do Morro do Farol e instalaram uma corda de tirolesa. De quando em quando, alguém aparece em voo controlado sobre a Primeira praia e provoca um enorme splash que assusta os banhistas mais distraídos.

Tirolesa da Bahia

Veraneante do Morro de São Paulo lança-se sobre o mar da Primeira Praia na famosa tirolesa do Morro de São Paulo

Esta experiência produz adrenalina em permanência e refresca as almas destemidas que a tentam. Durante os fins-de-semana e feriados do Verão, também dá origem a uma fila considerável na rampa de salto.

Como tivemos oportunidade de comprovar, o tempo de espera não é passado em vão. Dali de cima, o Morro de São Paulo revela, em formato panorâmico, todo o seu esplendor.

Formada por três colinas interligadas – os Morros de Farol, Mangaba e Galeão – a vila surge na ponta nordeste de Tinharé, uma das ilhas da Costa de Dendê, que por sua vez, se situa entre o recôncavo baiano e o Rio de Contas.

Verde-coco num céu azul

Copas de coqueiros projectam-se sobre a área do forte velho.

A Segunda praia fica ali ao lado mas tem pouco que ver com a anterior. É, de longe, a mais famosa e mais equipada das cinco, o que, para os adeptos irredutíveis da ecologia, se podia dispensar.

Logo pela manhã, o seu extenso areal transforma-se num campo para vários tipos de desportos e artes: futebol, futevólei, vólei, frescobol (vulgo ténis de praia), capoeira e por aí fora. Ou apenas e só num refúgio em que os banhistas aproveitam o calor tropical nas cadeiras e espreguiçadeiras de aluguer.

A Muvuca Sempre Animada da Segunda Praia

Se, durante o dia, a Segunda é agitada, depois do escurecer, pouco ou nada se altera. Por essa altura, os bares e as discotecas preparam-se para receber a “muvuca”, uma espécie de festa intensa, barulhenta e internacional que, muitas vezes, só termina com a alvorada.

À espera do poenteAté por volta das dez da noite, os convivas concentram-se nos bares e restaurantes do centro da vila, animados em redor das bancas de caipirinhas e cocktails. Mais cedo ou mais tarde, lá surgem os primeiros focos de música ao vivo. A euforia generaliza-se com toda a gente a dançar e a cantar os êxitos do momento.

Num dos dias que dedicámos ao Morro, por volta das onze, juntamo-nos a uma destas migrações com destino à “pequena Ibiza” onde a pista abre quase sempre com introduções mobilizadoras gritadas pelos DJ’s e MC’s de serviço: “A noite vai ser boooooooooa!”

Mais banquinhas de fruta e bebidas fecham um quadrado desenhado sobre a areia, em jeito de cerco. Quando o cansaço e a sede se fazem sentir, lá estão elas, à mão de semear, como se fossem stands de restabelecimento de energia ou, nos casos mais drásticos, de assistência médica.

Terceira e Quarta Praias. O Retiro Balnear do Morro de São Paulo

Quase sem areal, sobra à Terceira praia proporcionar algumas actividades aquáticas, como o mergulho ao largo do ilhéu do Caitá. Mas não só. As suas pousadas acolhem quem prefere adormecer embalado pelo som das ondas em vez do ribombar electrónico vindo das praias antecessoras.

Com quatro quilómetros de comprimento e uma maré baixa que lhe empresta muitos metros de areal extra e inúmeras piscinas naturais de água morna, a Quarta Praia é menos explorada.

Concede aos visitantes uma sensação de paz e liberdade única no Morro.

Magníficos Dias Atlânticos

Banhistas mergulham no mar tropical ao largo do Morro de São Paulo.

A Quinta, por sua vez, não passa de um trecho final da Quarta, com cerca de 1 km de comprimento. Ainda que a separação estabelecida pela foz do rio Vermelho lhe confira um cenário distinto tão ou mais apelativo.

Talvez já fartos da sequenciação balnear, as agências e o turismo do Morro de São Paulo, optaram por divulgá-la como Praia do Encanto.

Outro tipo de apelo dos sentidos leva-nos a aderir uma nova peregrinação, desta feita, vespertina.

O Ocaso Quase Sagrado do Forte do Morro

Por volta das cinco, seguimos o fluxo de dezenas de veraneantes que percorrem o caminho paralelo às muralhas da velha fortaleza do Morro e se instalam no que resta das ameias.

Velha Protecção

O forte velho, em tempos essenciais para defesa dos ataques de embarcações inimigas.

Vêm quase todos munidos de máquinas fotográficas. Alguns poucos destes adoradores do crepúsculo privilegiam as violas e os jambés e animam o estranho cerimonial com temas clássicos e rejuvenescidos de samba e bossa-nova.

Quando o sol se aproxima da linha do horizonte, o forte é já uma bancada que o público sobrelotou. Fica vários metros acima de um mar translúcido contido, logo abaixo, pela ruína do paredão secular.

Vida submarina a dois

Casal faz snorkeling nas piscinas naturais em frente ao Morro do Farol.

Nos dias anteriores, a meteorologia havia-nos prendado quase só com céu limpo. De novo, nesse delicioso anoitecer, o firmamento imaculado assume tonalidades quentes.

Os contornos da ilha de Tinharé tornam-se mais nítidos que nunca.

Transbordo delicado

Nativo tenta chegar ao seu barco sem molhar a roupa.

A pouco e pouco, o sol abriga-se do outro lado do Mundo. Deixa padrões incandescentes acima do horizonte e uma aura celestial que progride de rosa-suave para lilás e, junto ao oceano Atlântico, se colore de um roxo intenso.

Fartos de admirar o lento mergulho da estrela, divertimo-nos a apreciar como, malgrado a adesão massiva dos forasteiros, a maior parte dos nativos ali presentes ignorava o romantismo universalizado do momento.

Pescaria em equilíbrio

Amigas pescam à mão na barra do rio Vermelho.

Alguns aproveitam a vulnerabilidade sensorial da multidão, para vender gelados.

Outros, disputam peladas de três para três (com balizas de um passo) num campo improvisado entre coqueiros altivos.

Destes últimos, o único comentário alusivo ao grande astro digno de registo foi proferido, com indisfarçável mau génio, por um “peladeiro” irascível saturado de criticismo:

“ Que é que você quer rapaizzz?! ‘Tô levando com esse sol nos olhos! Não vi o cara vindo, não!”

Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.

Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

Ilhabela, Brasil

Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Ilha Margarita ao PN Mochima, Venezuela

Ilha Margarita ao Parque Nacional Mochima: um Caribe bem Caribenho

A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
Corn Islands-Ilhas do Milho, Nicarágua

Puro Caribe

Cenários tropicais perfeitos e a vida genuína dos habitantes são os únicos luxos disponíveis nas também chamadas Corn Islands ou Ilhas do Milho, um arquipélago perdido nos confins centro-americanos do Mar das Caraíbas.
Ilhas Gili, Indonésia

Gili: as Ilhas da Indonésia que o Mundo Trata por "Ilhas"

São tão humildes que ficaram conhecidas pelo termo bahasa que significa apenas ilhas. Apesar de discretas, as Gili tornaram-se o refúgio predilecto dos viajantes que passam por Lombok ou Bali.
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Maupiti, Polinésia Francesa

Uma Sociedade à Margem

À sombra da fama quase planetária da vizinha Bora Bora, Maupiti é remota, pouco habitada e ainda menos desenvolvida. Os seus habitantes sentem-se abandonados mas quem a visita agradece o abandono.
Waikiki, OahuHavai

A Invasão Nipónica do Havai

Décadas após o ataque a Pearl Harbor e da capitulação na 2ª Guerra Mundial, os japoneses voltaram ao Havai armados com milhões de dólares. Waikiki, o seu alvo predilecto, faz questão de se render.
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Espiritu Santo, Vanuatu

Divina Melanésia

Pedro Fernandes de Queirós pensava ter descoberto a Terra Australis. A colónia que propôs nunca se chegou a concretizar. Hoje, Espiritu Santo, a maior ilha de Vanuatu, é uma espécie de Éden.
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Curitiba, Brasil

A Vida Elevada de Curitiba

Não é só a altitude de quase 1000 metros a que a cidade se situa. Cosmopolita e multicultural, a capital paranaense tem uma qualidade de vida e rating de desenvolvimento humano que a tornam um caso à parte no Brasil.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Hidroeléctrica Binacional de Itaipu, Brasil

HidroElétrica Binacional do Itaipu: a Febre do Watt

Em 1974, milhares de brasileiros e paraguaios confluíram para a zona de construção da então maior barragem do Mundo. 30 anos após a conclusão, Itaipu gera 90% da energia paraguaia e 20% da do Brasil.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
A pequena-grande Senglea II
Arquitectura & Design
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Cerimónias e Festividades
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Frederikstad-Saint-Croix-ilhas-virgens-americanas-freedom
Cidades
Frederiksted, Saint Croix, Ilhas Virgens Americanas

A Cidade da Emancipação das Índias Ocidentais Dinamarquesas

Se Christiansted se afirmou como a capital e principal polo comercial da ilha de Saint Croix, a “irmã” do sotavento, Frederiksted teve o seu apogeu civilizacional quando lá se deu a revolta e posterior libertação dos escravos que garantiam a prosperidade da colónia.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Kente Festival Agotime, Gana, ouro
Cultura
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Em Viagem
Lago Inlé, Myanmar

Uma Agradável Paragem Forçada

No segundo dos furos que temos durante um passeio em redor do lago Inlé, esperamos que nos tragam a bicicleta com o pneu remendado. Na loja de estrada que nos acolhe e ajuda, o dia-a-dia não pára.
Sombra de sucesso
Étnico
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Donos de lanchas junto ao embarcadouro de Trou d'Eau Douce
História
Ilha Maurícia

Leste da Maurícia, Sul à Vista

A costa leste da ilha Maurícia afirmou-se como um dos édenes balneares do Índico. Enquanto a percorremos, descobrimos lugares que se revelam, ao mesmo tempo, redutos importantes da sua história. São os casos da Pointe du Diable, de Mahebourg, da Île-aux-Aigrettes e de outras paragens tropicais deslumbrantes.
Fajãzinha, Ilha das Flores
Ilhas
Ilha das Flores, Açores

Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Jingkieng Wahsurah, ponte de raízes da aldeia de Nongblai, Meghalaya, Índia
Natureza
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Mulher atacamenha, Vida nos limites, Deserto Atacama, Chile
Parques Naturais
Deserto de Atacama, Chile

A Vida nos Limites do Deserto de Atacama

Quando menos se espera, o lugar mais seco do mundo revela novos cenários extraterrestres numa fronteira entre o inóspito e o acolhedor, o estéril e o fértil que os nativos se habituaram a atravessar.
Património Mundial UNESCO
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Personagens
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Tombolo e Punta Catedral, Parque Nacional Manuel António, Costa Rica
Praias
PN Manuel António, Costa Rica

O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
Cândia, Dente de Buda, Ceilão, lago
Religião
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
Sociedade
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Vida Selvagem
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.