Mtskheta, Geórgia

A Cidade Santa da Geórgia


A Beira-Rios de Mtshketa
Aquém das Muralhas
Mtshketa-diospiros-georgia-
Desembarque
Pedintes à Porta
A ovelha
Catedral de Svetitskhoveli
Padres Ortodoxos
Passos de Noiva
A Catedral de Svetitskhoveli
O Biombo da Boda
4 Níveis de Ortodoxia
Velas de Fé
Baptismo Ortodoxo
Mosteiro de Jvari II
Velas por Cristo
O Frontão
Beijo Matrimonial
O Mosteiro de Jvari
Se Tbilissi é a capital contemporânea, Mtskheta foi a cidade que oficializou o Cristianismo no reino da Ibéria predecessor da Geórgia, e uma das que difundiu a religião pelo Cáucaso. Quem a visita, constata como, decorridos quase dois milénios, é o Cristianismo que lá rege a vida.

É Domingo à tarde. Mtskheta enfrenta um frenesim cerimonial.

Percorremos a ruela que dá acesso ao domínio da catedral Svetitskhoveli. No sentido contrário, um ex-noivo carrega a esposa ao colo, sobre um calçadão irregular.

Por fim, a muralha que protege o grande templo ortodoxo da cidade cede a um portão entreaberto. Passamos para o interior.

Um grupo de vendedoras de flores e de pedintes, sentados num banco de madeira reclamam a quem entra um gesto de caridade.

A Azáfama Cerimonial-Ortodoxa da catedral Svetitskhoveli

Quem entra de vez, impressiona-se com a imponência da catedral, empilhada em quatro níveis, até à cúpula abençoada por cruz dourada que a aclama.

Surgem mais fiéis da penumbra emoldurada da entrada na nave, entre eles, duas convidadas, uma loura, outra morena, ajustadas a vestidos elegantes.

Logo, nova noiva, auxiliada por o que estimamos ser uma dama d’honor, também ela a resplandecer de alvura.

Com o fim de semana a aproximar-se do término, o ciclo cerimonial prossegue, a forte ritmo.

Internamo-nos na abadia do Pilar da Vida.

Crentes acendem velas, sussurram as suas preces e leem trechos da Bíblia, diante de uma imagem de Cristo crucificado, dourada pela luz da multitude de chamas.

Depois de um Matrimónio, Outro Casamento

Na iminência do altar, damos com novo matrimónio, protocolar e sumptuoso à altura da ortodoxia cristã anfitriã.

Padrinhos e noivos seguram velas. Os nubentes, distinguidos e louvados por coroas prateadas, são conduzidos na cerimónia por um sacerdote de longas barbas negras, enfiado numa batina tom de sangue debruada e adornada com padrões e símbolos religiosos.

O padre abandona o seu púlpito, a segurar uma cruz brilhante abaixo do queixo. Puxa os noivos pelas mãos até diante do iconostásio.

Ali, posiciona a noiva à esquerda, o noivo à direita.

Depois, ao contrário.

De acordo com instruções da sua liturgia, o casal beija ambos os lados da divisória decorada por imagem de santos. Quando volta ao sacerdote, este, sela a sua união, felicitada pelos familiares em espera que, logo, debandam para o átrio.

Chegados a um outro recanto lúgubre, um segundo padre celebra um baptismo, criança mergulhada na água sagrada por três vezes, numa sequência de movimentos ágeis.

Ainda os pais acalmam e secam a criança, já um próximo duo casamenteiro está alinhado na casa de partida matrimonial, tanto eles como os padrinhos, em trajes georgianos tradicionais, todos a aguardarem que o sacerdote das bodas se recomponha da anterior e reapareça no seu posto.

Esta azáfama ortodoxa em que deambulamos e que registamos tem a sua óbvia razão de ser. A catedral Svetitskhoveli não é a maior igreja da Geórgia. Esse título pertence à Catedral da Santa Trindade, de Tbilissi.

Mtskheta e a Génese do Cristianismo da Geórgia

É, no entanto, uma das importantes e veneradas da Geórgia e do Cáucaso, uma das quatro principais igrejas do “mundo” ortodoxo georgiano.

Com o passar dos anos, o protagonismo religioso da catedral muralhada, alastrou-se a Mtskheta em geral.

Mtskheta foi o lugar em que, em 337 d.C., os monarcas da Ibéria proclamaram o Cristianismo a religião do seu reino. No século seguinte, a Cristandade estava consolidada.

A Ibéria pôde eleger o seu primeiro Catholicus e determinar que teria como residência Svetitskhoveli, à época, uma fracção do complexo defensivo e religioso que se tornaria.

Conscientes da relevância que a povoação estava a conquistar, os monarcas ditaram a sua múltipla fortificação, assente nas citadelas de Armazi, de Tsitsamuri e de Sarkine.

A História do Templo Pioneiro de Svetitskhoveli

Svetitskhoveli ficou conhecida como o lugar de enterro do manto que Cristo usou antes de ser crucificado, levado de Jerusalém por judeus desta região do Cáucaso e diz-se que guardado sob um cibório erguido no século XVII.

Com o passar do tempo, a pequena igreja de madeira pioneira de Svetitskhoveli, do século IV, deixou de servir os propósitos dos recém-convertidos, Cristãos.

Dá entrada o século V. Atento às necessidades do Catholicus e do povo, um monarca de seu nome Vakhtang Gorgasali (nascido Kartli) ditou a construção de uma basílica desafogada, à data, a maior igreja da actual Geórgia.

Essa basílica perdurou, como tal, até ao século XI. Até que a comunidade cristã voltou a aumentar demasiado para o espaço que o templo oferecia. O Catholicus de então, reclamou uma nova, ainda mais ampla. O resultado subsiste na deslumbrante catedral Svetitskhoveli de hoje.

Do século XI em diante, Svetitskhoveli afirmou-se ainda o lugar da coroação e última morada de uma série de reis da região. Esse estatuto transferiu-se para o subsequente reino da Geórgia. Manteve-se até ao século XIX, quando o Império Russo incorporou a Geórgia.

Voltas de Fé, pela Catedral-Mãe de Svetitskhoveli

Mesmo se situada a meros 20km da capital Tbilissi, e com menos de oito mil habitantes, Mtskheta assumiu-se a sede da Igreja Ortodoxa Georgiana.

Tornou-se um centro de peregrinação e religiosidade que a coexistência do mosteiro de Jvari e de distintos templos ortodoxos místicos só veio reforçar. Viríamos a desvendá-los.

No entretanto, continuamos a explorar o reduto murado, que o sol poente fazia dourado, de Svetitskhoveli. Vemos dois crentes arrastarem uma ovelha pelo lombo e orelhas.

Deixam-na a pastar sobre um ervado, junto de um sacerdote num hábito todo negro que fala ao telemóvel.

Contornamos uma esquina do templo.

Sentados num banco de mármore, contra uma parede de pedra, os dois padres que tínhamos acompanhado nos sucessivos casamentos e baptismos, recuperam do desgaste das suas tarefas, lado a lado, ambos com dois grandes crucifixos dourados a penderem sobre o peito.

Nenhum falava uma língua que nos permitisse comunicar, apenas georgiano e russo. Como tal, esboçamos um pedido de os fotografarmos, desejo que vemos de imediato concedido.

Os sacerdotes posam, pesados e orgulhosos, da sua preponderância na sociedade georgiana. Após o que os deixamos entregues à conversa que tínhamos interrompido.

Por fim, deixamos Svetitskhoveli aos fiéis. Primeiro, de volta à ruela calçada, entre charretes, diospireiros sobrecarregados e lojas de itens religiosos e recordações já quase à sombra.

Ascensão às Alturas Panorâmicas do Mosteiro de Jvari

Momentos mais tarde, rumo ao cimo panorâmico do mosteiro de Jvari, situado nos arredores de Mtskheta.

Sem que o esperássemos, voltamos a cruzar-nos com pares recém-casados, acompanhados dos seus séquitos de familiares e de amigos, livres das formalidades ortodoxas e, como tal, espontâneos e divertidos.

O duo que casara, em Svetitskhoveli, em trajes tradicionais georgianos, beija-se como se não houvesse amanhã, filmado por um compincha promovido a cineasta.

Completada a cena, inauguram a descida de volta à cidade, numa romaria de tal maneira eufórica que a ex-noiva ignora que a cauda do seu vestido varre o chão.

Observamo-los sumirem-se nos fundos do trilho da colina. E o sol fazer o mesmo para o lado iluminado do Mundo.

Holofotes destacam o mosteiro de Jvari do crepúsculo, uma vez mais em dourado, sobre a orla vertiginosa em que os cristãos pioneiros do reino da Ibéria o ergueram, decorria o século VI.

A iluminação artificial gera silhuetas que admiramos a alongarem-se e encurtarem, numa dança caprichosa de luz e breu.

Assim entretidos, vencemos os 656 metros do monte Jvari. Deslumbramo-nos com os panoramas grandiosos que nos revela.

O Fluxo dos Grandes Rios Georgianos entre Países Ortodoxos e Muçulmanos

Abaixo, o rio Aragvi une-se ao Mtkvari (também conhecido por Kura), na sua própria comunhão fluvial, dali, destinado ao Mar Cáspio, com passagem sinuosa por Tbilissi e boa parte do vizinho Azerbaijão.

Por um capricho da História, o Azerbaijão tornou-se uma nação muçulmana, como o são o Daguestão e a Chechénia a norte. A Turquia, a oeste e o Irão, a sul.

Malgrado a disseminação islâmica em seu torno, a Geórgia e a Arménia mantêm-se cunhos milenares do Cristianismo, bastiões e difusores da fé em Cristo, desde pouco depois da sua Ressurreição.

Na Arménia, a sede do Cristianismo Ortodoxo e assento do Catholicos está em Etchmiadzin.

Na Geórgia, o assento equivalente permanece na Mtskheta de todas as missas, casamentos, crismas e baptismos, cidade santa do Cáucaso e uma das há mais tempo habitadas em contínuo à face da Terra.

Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Uplistsikhe e Gori, Geórgia

Do Berço da Geórgia à Infância de Estaline

À descoberta do Cáucaso, exploramos Uplistsikhe, uma cidade troglodita antecessora da Geórgia. E a apenas 10km, em Gori, damos com o lugar da infância conturbada de Joseb Jughashvili, que se tornaria o mais famoso e tirano dos líderes soviéticos.
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Arménia

O Berço do Cristianismo Oficial

Apenas 268 anos após a morte de Jesus, uma nação ter-se-á tornado a primeira a acolher a fé cristã por decreto real. Essa nação preserva, ainda hoje, a sua própria Igreja Apostólica e alguns dos templos cristãos mais antigos do Mundo. Em viagem pelo Cáucaso, visitamo-los nos passos de Gregório o Iluminador, o patriarca que inspira a vida espiritual da Arménia.
Alaverdi, Arménia

Um Teleférico Chamado Ensejo

O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Lago Sevan, Arménia

O Grande Lago Agridoce do Cáucaso

Fechado entre montanhas a 1900 metros de altitude, considerado um tesouro natural e histórico da Arménia, o Lago Sevan nunca foi tratado como tal. O nível e a qualidade da sua água deterioram-se décadas a fio e uma recente invasão de algas drena a vida que nele subsiste.
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Khinalig, Azerbaijão

A Aldeia no Cimo do Azerbaijão

Instalado aos 2300 metros rugosos e gélidos do Grande Cáucaso, o povo Khinalig é apenas uma de várias minorias da região. Manteve-se isolado durante milénios. Até que, em 2006, uma estrada o tornou acessível aos velhos Ladas soviéticos.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Parada e Pompa
Cerimónias e Festividades
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Catedral de Santa Ana, Vegueta, Las Palmas, Gran Canária
Cidades
Vegueta, Gran Canária, Canárias

Às Voltas pelo Âmago das Canárias Reais

O velho e majestoso bairro Vegueta de Las Palmas destaca-se na longa e complexa hispanização das Canárias. Findo um longo período de expedições senhoriais, lá teve início a derradeira conquista da Gran Canária e das restantes ilhas do arquipélago, sob comando dos monarcas de Castela e Aragão.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Mar-de-Parra
Cultura
Mendoza, Argentina

Viagem por Mendoza, a Grande Província Enóloga Argentina

Os missionários espanhóis perceberam, no século XVI, que a zona estava talhada para a produção do “sangue de Cristo”. Hoje, a província de Mendoza está no centro da maior região enóloga da América Latina.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Africa Princess, Canhambaque, Bijagós, Guiné Bissau,
Em Viagem
Cruzeiro Africa Princess, 1º Bijagós, Guiné Bissau

Rumo a Canhambaque, pela História da Guiné Bissau

O Africa Princess zarpa do porto de Bissau, estuário do rio Geba abaixo. Cumprimos uma primeira escala na ilha de Bolama. Da antiga capital, prosseguimos para o âmago do arquipélago das Bijagós.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Étnico
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Zanzibar, ilhas africanas, especiarias, Tanzania, dhow
História
Zanzibar, Tanzânia

As Ilhas Africanas das Especiarias

Vasco da Gama abriu o Índico ao império luso. No século XVIII, o arquipélago de Zanzibar tornou-se o maior produtor de cravinho e as especiarias disponíveis diversificaram-se, tal como os povos que as disputaram.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Ilhas
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Oásis do Atlas Tunisino, Tunísia, chebika, Palmeiras
Natureza
Chebika, Tamerza, Mides, Tunísia

Onde o Saara Germina da Cordilheira do Atlas

Chegados ao limiar noroeste de Chott el Jérid, o grande lago de sal revela-nos o término nordeste da cordilheira do Atlas. As suas encostas e desfiladeiros ocultam quedas d’água, torrentes sinuosas de palmeiras, aldeias abandonadas e outras inesperadas miragens.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Manatee Creek, Florida, Estados Unidos da América
Parques Naturais
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Abençoado repouso
Património Mundial UNESCO
Hoi An, Vietname

O Porto Vietnamita Que Ficou a Ver Navios

Hoi An foi um dos entrepostos comerciais mais importantes da Ásia. Mudanças políticas e o assoreamento do rio Thu Bon ditaram o seu declínio e preservaram-na como as cidade mais pitoresca do Vietname.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Surfistas caminham pela praia do Tofo, Moçambique
Praias
Tofo, Moçambique

Entre o Tofo e o Tofinho por um Litoral em Crescendo

Os 22km entre a cidade de Inhambane e a costa revelam-nos uma imensidão de manguezais e coqueirais, aqui e ali, salpicados de cubatas. A chegada ao Tofo, um cordão de dunas acima de um oceano Índico sedutor e uma povoação humilde em que o modo de vida local há muito se ajusta para acolher vagas de forasteiros deslumbrados.
Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo
Religião
Chiang Khong - Luang Prabang, Laos

Barco Lento, Rio Mekong Abaixo

A beleza do Laos e o custo mais baixo são boa razões para navegar entre Chiang Khong e Luang Prabang. Mas esta longa descida do rio Mekong pode ser tão desgastante quanto pitoresca.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
Sociedade
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Vida Selvagem
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.